tag:blogger.com,1999:blog-72325653804377909992024-03-26T12:00:33.615-03:00Contos Anê BlogAne-senseihttp://www.blogger.com/profile/15313384524200893084noreply@blogger.comBlogger142125tag:blogger.com,1999:blog-7232565380437790999.post-73140921364448791692024-03-26T12:00:00.000-03:002024-03-26T12:00:00.235-03:00Boletim de Anelândia: #21 - Minha carreira como autora publicada (Autora de antologias)<div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQsGN_d9V80_HwYYTmX0Hjp62Vfr1tS7W6v4CVb5rY3tsSn_AiYvbKUOOGXpCZZ45RS_I3-KjMzLJiFctUy1OFx4x-k0hscfBH2jCYt1e4QqPxOUwJSp7dxybGbG05P_pqO64ZLLQxzz4Bs0HVpCWpV0195APb9CL17Vc53mlTVqGrN5UAz4xb8zFaLyI/s1080/BolCA%2021.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQsGN_d9V80_HwYYTmX0Hjp62Vfr1tS7W6v4CVb5rY3tsSn_AiYvbKUOOGXpCZZ45RS_I3-KjMzLJiFctUy1OFx4x-k0hscfBH2jCYt1e4QqPxOUwJSp7dxybGbG05P_pqO64ZLLQxzz4Bs0HVpCWpV0195APb9CL17Vc53mlTVqGrN5UAz4xb8zFaLyI/w400-h400/BolCA%2021.png" width="400" /></a></div><br /> </div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;">Oie, pessoas! Boas-vindas a mais uma edição do Boletim de Anelândia.<br />Decidi finalmente comentar sobre onde comecei a publicar minhas histórias de maneira oficial, estando num livro e tudo o mais. Sim, foram nas antologias!<br /><i><b>Dá para acreditar que eu já publiquei um bocado de contos desse jeito? Pois é! Já participei e organizei algumas antologias.</b></i><br />Quero aproveitar a edição de hoje para falar sobre esse assunto, como foi minha experiência e se vale a pena.<br /> <br /><br /><h2 style="text-align: left;">Como virei autora de antologias</h2><br /><b>Dez anos atrás, lá em 2014, não lembro exatamente como, deve ter sido através dos milhares de grupos de autores que eu participava naquela (quase) finada rede chamada Facebook,</b> mas acabei encontrando os editais de antologias da Editora Andross e depois de ler, decidi participar. O que eu tinha a perder afinal?<br />O organizador gostou da minha ideia, mas pediu para eu mudar o conto, pois já tinha um outro com a temática parecida. Então, eu transformei o conto, tirando que um dos personagens havia morrido e o outro não. E assim, meu conto foi aprovado!<br />Então, nos anos seguintes fui me inscrevendo e participando de várias outras, fosse com contos de romance, terror, até de natal.<br /><i>Isso porque quando eu comecei nas antologias, eu nem tinha descoberto a minha força como autora de contos... Coisa que eu só fui perceber quando comecei a escrever para o Café com Letra.</i> (Que tem uma edição presente no Boletim de Anelândia.) Mesmo que em ambas eu tivesse dificuldade por causa da quantidade de caracteres ou palavras.<br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCWDqaCz1Qc_rO-Od8KwXpuAnsP-1crSZ2KHuoYS3Ua2GVYCzakZmdyT-6YvETr_IdF_ZBS8EouMBlXyt21JUzwzTh6DJAKrSc95NE1Ob1MtKTbuz7nslPaEAiyXOTBIcLFl1jYkbZfGTNbAQ-j3w0Uycha-JXBg8BiJxy8FfHN-pIJcOzy7sknv0YW2g/s1600/21-1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCWDqaCz1Qc_rO-Od8KwXpuAnsP-1crSZ2KHuoYS3Ua2GVYCzakZmdyT-6YvETr_IdF_ZBS8EouMBlXyt21JUzwzTh6DJAKrSc95NE1Ob1MtKTbuz7nslPaEAiyXOTBIcLFl1jYkbZfGTNbAQ-j3w0Uycha-JXBg8BiJxy8FfHN-pIJcOzy7sknv0YW2g/w400-h300/21-1.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: center;"><i>Foto do dia que fiz uma mini sessão de autógrafos lá em 2014, quando publiquei na primeira antologia.</i><br /></div></div><div style="text-align: left;"> <br /><br /><h2 style="text-align: left;">As antologias que participei</h2><br />Listando brevemente cada uma das quais eu participei, comentando brevemente também sobre cada um dos contos/textos presentes neles.<br /><br /><h3 style="text-align: left;">Amor nas Entrelinhas (2014)</h3><br />A ideia era usar alguma coisa escrita dentro do conto, eu escolhi uma carta e um casal perdido no meio do apocalipse zumbi e os dois queriam se reencontrar. (A temática de Zumbis estava forte na época ainda!)<br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_GKNXjddk0kSbc16L-f-sgsR-SS5hlunfATC3Ydl-bfFX90T9t2dSauULcbFlyPd2OMuYbTbbp0-TXqN7lv-fKMWX4b6QzOrSQPBM6e_6L2vo5tIPR8fiXEKhxhL2PCP3Xsjd2zda-l-ernRfXrzuaRvkkc8ByRDTmXJ-tFi8IF0PSVzMl5bkCevfQKU/s240/21-2.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="240" data-original-width="171" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_GKNXjddk0kSbc16L-f-sgsR-SS5hlunfATC3Ydl-bfFX90T9t2dSauULcbFlyPd2OMuYbTbbp0-TXqN7lv-fKMWX4b6QzOrSQPBM6e_6L2vo5tIPR8fiXEKhxhL2PCP3Xsjd2zda-l-ernRfXrzuaRvkkc8ByRDTmXJ-tFi8IF0PSVzMl5bkCevfQKU/s1600/21-2.webp" width="171" /></a></div><h3 style="text-align: left;">De repente, nós (2015)</h3><br />A ideia era escrever histórias sobre união ou separação, então escolhi usar de inspiração um casal de dubladores japoneses: Maaya Sakamoto e Suzumura Kenichi. Os personagens eram amigos na escola, acabaram brigando e cada um seguiu para seu lado, até que eles se reencontraram dentro da nova profissão (já que eles são dubladores).</div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiug8leBH-KycmRJlQAm2wE62kO-bdR6v1uvJXt5ODVMsEgF84x3yc9Sgtc7yJkANLdw4q3NHkEcvRD_PhptnEMpE0nh6rmYkavuxi20Q44150S_XOVFNLD6-a2gEgQmAa3lJtQuOmg8GtDTEHrkjTThg2diGHwFDNu-GC8in7NJk3MOeZklZ6j-3MB_z4/s243/21-3.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="243" data-original-width="176" height="243" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiug8leBH-KycmRJlQAm2wE62kO-bdR6v1uvJXt5ODVMsEgF84x3yc9Sgtc7yJkANLdw4q3NHkEcvRD_PhptnEMpE0nh6rmYkavuxi20Q44150S_XOVFNLD6-a2gEgQmAa3lJtQuOmg8GtDTEHrkjTThg2diGHwFDNu-GC8in7NJk3MOeZklZ6j-3MB_z4/s1600/21-3.webp" width="176" /></a></div><br /><h3 style="text-align: left;">King Edgar Hotel (2015)</h3><br />A ideia era escrever uma história ambientada dentro de um mesmo hotel, onde todas as histórias aconteciam no mesmo dia. Na minha, duas amigas acabam escolhendo o hotel para fazer uma noite de festa só delas duas, já que uma brigou com o ex-namorado. Contudo, nada sai como esperado.<br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnyzbVRB1Fhyphenhyphentax7g9cd29bmLPmYDilYNhVNBs8IqmikVcBFw2OWzVh661xVExJmpnzaPA2J3iegpWOproelgkVzNnbPUoLa3z49x7HMmH8Sr7dKCUZVi0Yo8YE6sU1KQAEH9F4_RmDUqFDv6XnsFznXhGCz4k3Sq5Ccnz1CDQtwm8CQzWxwTdfkQnlNE/s243/21-4.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="243" data-original-width="183" height="243" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnyzbVRB1Fhyphenhyphentax7g9cd29bmLPmYDilYNhVNBs8IqmikVcBFw2OWzVh661xVExJmpnzaPA2J3iegpWOproelgkVzNnbPUoLa3z49x7HMmH8Sr7dKCUZVi0Yo8YE6sU1KQAEH9F4_RmDUqFDv6XnsFznXhGCz4k3Sq5Ccnz1CDQtwm8CQzWxwTdfkQnlNE/s1600/21-4.webp" width="183" /></a></div><h3 style="text-align: left;">Poderes (2016)</h3><br />O próprio nome já diz a premissa, que são pessoas com poderes, tipo super-heróis ou não. Meu conto é inspirado numa das minhas personagens literárias favoritas, que é capaz de alterar a realidade através da escrita e como esse poder pode dar muito ruim se acabar nas mãos erradas. (O conto que eu reescrevi 4 vezes!)</div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpN9CYfkh0iE6bFPcLrogCBrfOMDCQKZk6JQmE8nXticXQq7aMbffbs6fH1BkSTJGYcvhd1lFd_nHLmjusf3mhK_W9wFmjL9HjmJLJMIqw2x0CVy0sx6SzgXHGRS2SiUGcu5FJsRu8he1BmA4xY2T7JP3yH7CHm796cIKU8RyTNfVbhvz4It7VLzJoUqw/s253/21-5.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="253" data-original-width="170" height="253" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpN9CYfkh0iE6bFPcLrogCBrfOMDCQKZk6JQmE8nXticXQq7aMbffbs6fH1BkSTJGYcvhd1lFd_nHLmjusf3mhK_W9wFmjL9HjmJLJMIqw2x0CVy0sx6SzgXHGRS2SiUGcu5FJsRu8he1BmA4xY2T7JP3yH7CHm796cIKU8RyTNfVbhvz4It7VLzJoUqw/s1600/21-5.webp" width="170" /></a></div><br /><h3 style="text-align: left;">Valquírias (2017)</h3><br />A ideia aqui era ser uma antologia feminina e de fantasia, porque tem gente que diz que mulher não sabe escrever esse gênero. Meu conto é sobre uma youkai de gelo e sobre como ela percebe as relações humanas.</div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3V77wGfG6T3HlyRbj6jXEWgygI_sCYgqD88tBSAIrH4rsRki1DdEvcvjvQAjWivOn7rEFiv3MUIrjFxn9-CObUfECCtgdSQC2b5yUGN4BAh2t2qyBtPwPeVwjwdaxA_HSuGrBLoKUo214lgrQRUmJgug-7LuJsvG8sMoPtRlEQas2L4iKucuNiOAel_8/s256/21-6.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="256" data-original-width="197" height="256" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3V77wGfG6T3HlyRbj6jXEWgygI_sCYgqD88tBSAIrH4rsRki1DdEvcvjvQAjWivOn7rEFiv3MUIrjFxn9-CObUfECCtgdSQC2b5yUGN4BAh2t2qyBtPwPeVwjwdaxA_HSuGrBLoKUo214lgrQRUmJgug-7LuJsvG8sMoPtRlEQas2L4iKucuNiOAel_8/s1600/21-6.webp" width="197" /></a></div><br /><br /><h3 style="text-align: left;">MMR: Construtoras do Bem (2018)</h3><br />Todos do Mulheres são mais textos do que contos. Aqui foram dois: <b>Por você mesmo; Sororidade.</b><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEZUg38UFU89fbq3WnB1hX9IGvGQDQ6akjawG9wgvN3d795ZBjyhk9rKIZPNWxnnE-fmmQp6X1ZZLf1suy9c_GgMc7eWgfv2iSLBCOAoyJSVLHGgUQ3m_pXknmGU-FCMpEAU_icT77UpAskD2C6dj0VzLxWPS6iUQRymtoEgEBtHt7dvq-nPdOig_zXNc/s295/21-7.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="295" data-original-width="197" height="295" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEZUg38UFU89fbq3WnB1hX9IGvGQDQ6akjawG9wgvN3d795ZBjyhk9rKIZPNWxnnE-fmmQp6X1ZZLf1suy9c_GgMc7eWgfv2iSLBCOAoyJSVLHGgUQ3m_pXknmGU-FCMpEAU_icT77UpAskD2C6dj0VzLxWPS6iUQRymtoEgEBtHt7dvq-nPdOig_zXNc/s1600/21-7.webp" width="197" /></a></div><h3 style="text-align: left;">MMR: Parceiros Reais (2019)</h3><br />Mesma coisa da anterior, mas a temática era só parcerias. O mais legal aqui é que eu publiquei junto com meu digníssimo. Meu texto foi: <b>Parceria para a vida</b>. (Também fui organizadora, mas falo sobre abaixo!)</div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVKRWx9uXPBLgYGT2dFMb4-o3wO6AWyeOYUKIXRfLXXxGJ4sFyXn-8VDO44vn0rqAhRuf7MTeXqcfqwVbb7ZIKJhSR9DhNtF8XK1dCowL9sjybhexBUh40XtlGto1vya3mJC5Aw99YjitCTGP0s4_tjmkP5DcFWXVP7CZpin6ivCCGenMkTz1AIqsMjAE/s263/21-8.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="263" data-original-width="187" height="263" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVKRWx9uXPBLgYGT2dFMb4-o3wO6AWyeOYUKIXRfLXXxGJ4sFyXn-8VDO44vn0rqAhRuf7MTeXqcfqwVbb7ZIKJhSR9DhNtF8XK1dCowL9sjybhexBUh40XtlGto1vya3mJC5Aw99YjitCTGP0s4_tjmkP5DcFWXVP7CZpin6ivCCGenMkTz1AIqsMjAE/s1600/21-8.webp" width="187" /></a></div><br /><h3 style="text-align: left;">MMR: Encontro do Dom (2019)</h3><br />Mesma coisa, mas a temática era com crianças e sobre como descobrimos os dons na infância. Tive que homenagear as minhas primogênitas com o texto: <b>Ser sempre uma Super Agente.</b> (Também fui organizadora aqui!)<br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMFABHGBJG1WOdWNGEPJ0RWO14U-Z_D8zOijQ64ODJXjpLXl463x8Q1PbnEJ7zbrchhMGdo5p22Ijc6r-20ik37KSkXrLrqDnJdYOK8A5MJedRrLyo_O-RKP-s4kMlgMK5W-J15nBM1_XuVX2n5bQxJ30Tmd1u9JBGSfNjENWBvQgkTK_wKb8W8sPgF14/s276/21-9.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="276" data-original-width="180" height="276" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMFABHGBJG1WOdWNGEPJ0RWO14U-Z_D8zOijQ64ODJXjpLXl463x8Q1PbnEJ7zbrchhMGdo5p22Ijc6r-20ik37KSkXrLrqDnJdYOK8A5MJedRrLyo_O-RKP-s4kMlgMK5W-J15nBM1_XuVX2n5bQxJ30Tmd1u9JBGSfNjENWBvQgkTK_wKb8W8sPgF14/s1600/21-9.webp" width="180" /></a></div><h3 style="text-align: left;">Aventuras Natalinas (2021)</h3><br />A premissa era bem simples, sobre histórias de Natal. Aproveitei a temática para fazer o crossover de dois personagens que sempre achei que se dariam muito bem: Magus e Seiyus. O nome do conto é <b>Meu Pequeno Monstrinho: Um Amigo de Natal.</b><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbgCegpC6KNQwAa6PXWtGdAl7vEOiH5-i0sQJf849F8Yx9f7BETLDdTop0NtqWhrJdXa6hc116pSaBUll-6T4h-fO3qKCRxQVnqaFOaFT1Ram1Z4SOkHzGA1yirOEGnf3WTH4oQahniRygWnmBsiQinAm6KkX7r6AnVDRcInvBzeTm1QAGAVSrmAherVg/s276/21-10.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="276" data-original-width="180" height="276" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbgCegpC6KNQwAa6PXWtGdAl7vEOiH5-i0sQJf849F8Yx9f7BETLDdTop0NtqWhrJdXa6hc116pSaBUll-6T4h-fO3qKCRxQVnqaFOaFT1Ram1Z4SOkHzGA1yirOEGnf3WTH4oQahniRygWnmBsiQinAm6KkX7r6AnVDRcInvBzeTm1QAGAVSrmAherVg/s1600/21-10.webp" width="180" /></a></div><br /> <br /><h2 style="text-align: left;">Minha experiência como organizadora de antologias</h2><br /><i>Além de escrever para antologias, também fiquei como organizadora em algumas. Foram duas do Movimento Mundial Mulheres Reais: Parceiros Reais; Encontro do Dom.</i><br />Fui convidada pela criadora do projeto e resolvi participar pois achei que seria uma ótima experiência e aprendizado para minha carreira. E bem, foi, mas não de um jeito legal.<br />Não querendo cuspir no prato que eu comi, mas foi mais um dos meus grandes picos de estresse. Porque acabou que juntou as coisas da antologia com coisas dos meus livros solo. Tudo isso, só para contextualizar, foi lá em 2019, quando publiquei O Diário da Escrava Amada e o 1º livro de As Aventuras de Jimmy Wayn.<br />Além disso, havia uma desorganização e falta de comprometimento das pessoas que estavam participando. Coisas que dificultavam e muito a minha função de produzir o arquivo do livro diagramado. A falta de envio de material, a falta de cumprimento de prazos e claro, como algumas pessoas acabaram me desrespeitando durante o processo (como se eu fosse funcionária delas).<br />Como uma pessoa formada em jornalismo e que chegou a trabalhar um tempo como estagiária num jornal... Sei que existe um período de fechamento para uma edição seja de revista, jornal e até livro. Contudo, cada um dos livros chegou a ficar um mês em fechamento. O que na minha visão é muito, mas muito tempo!<br /><b>Perdi a conta de quantos ajustes eu fiz, mexia coisa para lá e para cá e não acabava nunca! Alguns dias que eu fiquei até acima do meu limite de horário e fui trabalhar no dia seguinte completamente com sono, porque estava mexendo no arquivo do livro que não ficava pronto.</b><br />Isso não foi só com um dos projetos, foi com os dois. Nem sei até hoje como que eu sobrevivi a tudo isso, mas sai com um aprendizado de algo que nunca mais quero fazer.<br />Isso sem contar a falsidade de algumas pessoas de chegarem no dia de lançamento e me abraçarem como se nada tivesse acontecido, mas me xingaram pelas costas e me cobraram de forma desproporcional.<br />Até viagem eu cheguei a perder porque esse livro levou um século para ficar pronto! (Fiz o livro na viagem e não acabou também.)<br />Peço perdão pelo desabafo! Não cheguei a comentar muita coisa na época, mas eu fiquei com a saúde mental bem ferrada. (Pode até ser que alguém que era de lá leia isso, mas foi o que eu senti.)<br /><i>O que ficou de experiência foi algo que não quero que nunca mais se repita. Aconteceu pois não tinha nenhuma organização e muito menos limites.</i> Duas coisas que, com certeza, quando for fazer a antologia da minha editora, vou querer fazer. Tanto que até fiz um vídeo no canal de autora sobre o tema!<br /><br /> <br /><br /><h2 style="text-align: left;">Vale a pena participar de antologias?</h2><br /><b>Essa pergunta fica aqui no ar para qualquer outro autor que tenha interesse ou esteja pensando em participar de antologias. </b>Sim, vale super a pena! Só tem, claro, algumas pequenas dificuldades que vou listar.<br />Primeiro é ler o edital direitinho, pois sempre é importante saber de todas as regras e para cumprir os prazos e mandar o que é pedido certinho. <br />Segundo que tem que já ter um pequeno público para poder vender os livros da antologia – se ela for em físico. Pois algumas editoras dão uma cota de livros para os autores venderem.<br />Terceiro que é bem provável que você tenha que mexer no conto algumas vezes para que ele fique nos conformes. (Isso em qualquer publicação, na real!)<br />Quarto que é importante lembrar, talvez seu conto seja só mais um no meio de tantos, mas ele ainda é seu. Pode não ser o melhor da antologia, mas te escolheram por algum motivo.<br /><i>No mais, é super válido para conquistar público, fazer seu nome ser um bocadinho mais reconhecido e até se inserir melhor no mercado editorial.</i><br />Antologias são sim uma excelente porta de entrada para os autores novos e que sonha em ter suas histórias publicadas.<br /> <br /><br />Bem, pessoal, é isto!<br />Minha pequena e humilde experiência com as antologias.<br /><b><i>Nos vemos no próximo “Boletim de Anelândia”!</i></b><br /></div>Anelisehttp://www.blogger.com/profile/06098998692638161206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7232565380437790999.post-62161674263816014112024-03-21T12:00:00.001-03:002024-03-21T12:00:00.245-03:00Boletim de Anelândia: #12 - O Herói Amigo do Sol (Falando sobre a minha editora: Herói)<div><div style="text-align: center;"><b><i>Publicada originalmente em 10 de Janeiro de 2023. </i></b><br /></div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghtw99JAomBq4cyyeEfQAw844tgdW4HGvy0j6mTiPL3tXgX9Y3M_x5SZ2wQkNPlZD7-dOlAv6_QAMDEE7i7FYZObvNEpwrGYlfrJBJpi4wPQuHHqObFZD9EuiKdDgfXvyCz9GNkuR6DSgmq8ycO4y0RmOdNG1DVsndxnl51oBTyZKXyyO77Lr73uuhnwA/s1080/12-1.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghtw99JAomBq4cyyeEfQAw844tgdW4HGvy0j6mTiPL3tXgX9Y3M_x5SZ2wQkNPlZD7-dOlAv6_QAMDEE7i7FYZObvNEpwrGYlfrJBJpi4wPQuHHqObFZD9EuiKdDgfXvyCz9GNkuR6DSgmq8ycO4y0RmOdNG1DVsndxnl51oBTyZKXyyO77Lr73uuhnwA/w400-h400/12-1.webp" width="400" /></a></div><br /> </div><div style="text-align: left;">Olá, pessoas!<br />Mais uma semana e mais uma edição do nosso Boletim de Anelândia no ar!<br />Dessa vez quero falar um pouco sobre um dos meus grandes projetos, que nem sei se todos conhecem ou sequer sabem. Quis separar a edição de hoje para falar um pouco sobre a minha editora, que é a Herói.<br />Eu comento bem por cima, mas quero falar os motivos e claro aproveitar para divulgar um pouco o nosso trabalho né?<br />Então, bora lá!</div><div style="text-align: left;"><br /><h2 style="text-align: left;">A ideia de abrir a editora</h2><br />Confesso que a vontade de abrir uma editora era só uma coisa bastante remota e que achei impossível - e que ia precisar de bastante grana para isso.<br /><br />Eu estou nessa vida de autora publicada desde 2014 e já passei por alguns bocados nesse caminho, publicando em antologias, participando como organizadora e também acompanhei muitos casos de autores que sofreram na mão de algumas editoras. E bom, por esses motivos, que eu primeiro decidi seguir como autora independente e foi como fiz a publicação dos meus primeiros livros solo.<br />Depois de participar da Bienal em 2019, numa maratona maluca conciliando meu trabalho formal - onde estava no primeiro ano ainda - junto com participar do evento, eu e meu “conje” decidimos que talvez fosse uma boa que abrissemos a nossa própria editora, pelo menos para começar com meus livros.<br />E lá em 2020, nós oficialmente abrimos a Herói Editora. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmrUnwBCWbkWzBmYolU4gl-H72O1mNGHxCnyyBe5pgUrEP4ZrjQZHJTbCr-axIKAZwJBPKDYSrwvq1YQT5NTAxso3M4v43UzH2v4JaqKbR_ghCR0zdfdYrMLOv0hE1n3t_RcvkxT1o5T6AwwINtpsFQqeIxKdlPzHIv_xBOC8pfreQzFxjO-rutqb57k0/s1456/12-2.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="971" data-original-width="1456" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmrUnwBCWbkWzBmYolU4gl-H72O1mNGHxCnyyBe5pgUrEP4ZrjQZHJTbCr-axIKAZwJBPKDYSrwvq1YQT5NTAxso3M4v43UzH2v4JaqKbR_ghCR0zdfdYrMLOv0hE1n3t_RcvkxT1o5T6AwwINtpsFQqeIxKdlPzHIv_xBOC8pfreQzFxjO-rutqb57k0/s320/12-2.webp" width="320" /></a></div><br /></div><div style="text-align: left;"><h2 style="text-align: left;">Quem somos nós?</h2>A editora foi aberta por mim, meu noivo e meu irmão. Vou deixar para vocês um pouco sobre nós!<br /><br /><h3 style="text-align: left;"><i>Anelise Vaz<br />Gerente de Comunicação e sócia-fundadora</i></h3>Escritora desde os 11 anos, seus primeiros livros eram suas brincadeiras de infância.<br />Sempre teve o sonho de publicar seus livros, porém só foi realizar o sonho de ser publicada em 2014, através de um conto em uma antologia.<br />Pouco depois, em 2016, publicou o primeiro livro na Amazon: As Aventuras de Jimmy Wayn – O Menino Virgem. Em 2019, finalmente publicou seu primeiro físico solo, que foi o próprio Jimmy e pouco depois O Diário da Escrava Amada.<br />Sua formação é em Letras/Literatura e em Jornalismo.<br />Além de escritora é Blogueira, Otaku, Fã de dublador japonês, Amante de música japonesa, Fã de Minori Chihara.<br /><br /><h3><i>Elias Vaz<br />Diretor de arte e sócio-fundador</i></h3>Desde pequeno apaixonado por desenhos animados, animes e super heróis, pausando as fitas VHS para replicar os personagens, resolveu criar os próprios aos 7 anos. Daí em diante, não conseguiu parar.<br />Suas ilustrações viajam pela internet, ganhando reconhecimento até criar a capa de alguns livros.<br /><br /><h3 style="text-align: left;"><i>Marcus Almeida<br />Editor-chefe e sócio-fundador</i></h3>Apaixonado por leitura desde que aprendeu a ler. Com tantos anos lendo diversos livros diferentes, desenvolveu um gosto por avaliar escritos.<br />De vez em quando, trabalha em suas próprias histórias e poesias, mas tem uma timidez para mostrá-las e talvez elas nunca vejam a luz do dia.<br />Trabalha como roteirista em outros projetos, além de ser revisor, leitor crítico, tradutor e editor de vários livros nacionais, como por exemplo, os da autora Lari Lourenço.<br />Participou da antologia Mulheres Reais - Parceiros Reais junto com a autora Anelise Vaz.</div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiePXZghfzlxPxM3_0b7jpCWmac6Te9pMJ7WXepmFXIj62taxsnne2oqaBn3-Kz3G3lzrrcx8Mg9ms5abhthqcs2p4KQavf4YhWm3lnwf7e-AgnYkWbU3MFXbD-h1tecypHCmnPH2gFF-t2haeqP6_YLc6uY2r82pg_U6fIILxdckTi2NVGK5II1F05XMU/s1456/12-3.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="819" data-original-width="1456" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiePXZghfzlxPxM3_0b7jpCWmac6Te9pMJ7WXepmFXIj62taxsnne2oqaBn3-Kz3G3lzrrcx8Mg9ms5abhthqcs2p4KQavf4YhWm3lnwf7e-AgnYkWbU3MFXbD-h1tecypHCmnPH2gFF-t2haeqP6_YLc6uY2r82pg_U6fIILxdckTi2NVGK5II1F05XMU/s320/12-3.webp" width="320" /></a></div><h2 style="text-align: left;">O mascote e os outros personagens</h2>É uma coisa bastante pessoal de se falar, mas a origem do nome da editora é uma homenagem a um pequeno herói que em sua curta passagem neste mundo salvou uma vida e mudou várias. Seu nome é Ali Ravi, que significa Amigo do Sol. Então, ele é a nossa inspiração e o mascote da editora. E por esse motivo também, um dos nossos símbolos é justamente o Girassol.</div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9Yl2KDnL4ZGTnyH37CpiQcZRgbprAm9o_T3myXXYcTJ3uIWbgu4Gs1w80mXlDyAqBtruRMW2u_0ehQLVgvIa441FO6DUz932fKabq2Fvg3FkFAMl4eT5WYjyu9AHasuE0aVYy5hw4ZmF1mIGQfEOV4SxJYIi8WVaf10RyjIF70dnGfJD_HXmdTLqF790/s480/12-4.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="391" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9Yl2KDnL4ZGTnyH37CpiQcZRgbprAm9o_T3myXXYcTJ3uIWbgu4Gs1w80mXlDyAqBtruRMW2u_0ehQLVgvIa441FO6DUz932fKabq2Fvg3FkFAMl4eT5WYjyu9AHasuE0aVYy5hw4ZmF1mIGQfEOV4SxJYIi8WVaf10RyjIF70dnGfJD_HXmdTLqF790/s320/12-4.webp" width="261" /></a></div><br />Porém, ele não é o único personagem da editora. Temos uma série de tirinhas, onde os personagens são inspirados nos fundadores, em que os personagens seguem como aventureiros de RPG. Cada um com sua função, poderes e claro, as cores. São eles:<br /><br /><i>Elel Eise</i> é uma bruxa capaz de invocar servos e usar magias de controle de grupo. Seu grimório ancestral carrega seus segredos arcanos e a cada novo aprendizado, uma página se preenche. Está sempre disposta a ajudar e aprender, mesmo não tendo paciência para algumas situações.<br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjL1vBt8KgkO-iRfbPwkxsFTzjHH-_lQQb2YLgDSzbamtpQ7KNDZGnRrBYoIo4rR20qvoDDJm8r8MH0xlq9rjvkyrpMNwV9QLpZFGgePnufquR156jNPd5Ptt7HV0-9pq959Iqyw4nq_YvJO757NzkFbJLj78UDrdU-KOAloBIAuqh0RPj_WKiYRq70P68/s934/12-5.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="934" data-original-width="594" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjL1vBt8KgkO-iRfbPwkxsFTzjHH-_lQQb2YLgDSzbamtpQ7KNDZGnRrBYoIo4rR20qvoDDJm8r8MH0xlq9rjvkyrpMNwV9QLpZFGgePnufquR156jNPd5Ptt7HV0-9pq959Iqyw4nq_YvJO757NzkFbJLj78UDrdU-KOAloBIAuqh0RPj_WKiYRq70P68/s320/12-5.webp" width="204" /></a></div><br /><i>Eleeyasvlav Turrs</i> ("Leea" para os íntimos) é o mago residente do grupo. Suas magias são de maior potencial destrutivo e são conjuradas por desenhos feitos pelo seu cajado. Não é de muitas palavras, reservando-se o direito de falar somente o necessário. Seu temperamento frio e indiferente é constantemente colocado à prova pela presença de seus companheiros.<br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ094gIVwA69zG8t2A9XM4baxV78v-VTvNfOdbDEHPRfBZ2UcUZvpirZp_zK4_VBXVKPqONvJ5f_G2_aLQrbI3JHwlEo_VgEJr6Pv96yjRwKH0Co65LamqExcNNNEl6wn0yCPKuJBxVfyH1aE8poFWl8QbjSaYw_6pgvUuw_4rPNQI1rvOp-K4tM_2OTY/s911/12-6.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="911" data-original-width="756" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ094gIVwA69zG8t2A9XM4baxV78v-VTvNfOdbDEHPRfBZ2UcUZvpirZp_zK4_VBXVKPqONvJ5f_G2_aLQrbI3JHwlEo_VgEJr6Pv96yjRwKH0Co65LamqExcNNNEl6wn0yCPKuJBxVfyH1aE8poFWl8QbjSaYw_6pgvUuw_4rPNQI1rvOp-K4tM_2OTY/s320/12-6.webp" width="266" /></a></div><br /><i>Moku Yo Heiki</i> é o monge da equipe, um especialista em combate corpo-a-corpo. Com auxílio do seu bastão mágico, ele é capaz de derrotar inimigos com um só golpe. Sempre tem um plano na manga, especialmente nas situações periclitantes. É determinado, persistente e perigosamente corajoso, sendo não só a solução, mas a origem dos problemas do grupo.<br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhouXD4l7zolDANiMVB-bbTM8a45TRxxZoWlrlSfx4imJXwFsZ_9oP8i31x9wuL9czmYw8hyphenhyphenzAhMS3ikPps8DIh2YRDkWjuGLAgQy0tktlDEzbeCBr-KLjo74wqK8ZrfV2GQmHXtHKTojiDd6bkIkHOtqeRq7I4UP8HkdT3caRWm-k3etN8QeClnWrJWS8/s1010/12-7.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1010" data-original-width="665" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhouXD4l7zolDANiMVB-bbTM8a45TRxxZoWlrlSfx4imJXwFsZ_9oP8i31x9wuL9czmYw8hyphenhyphenzAhMS3ikPps8DIh2YRDkWjuGLAgQy0tktlDEzbeCBr-KLjo74wqK8ZrfV2GQmHXtHKTojiDd6bkIkHOtqeRq7I4UP8HkdT3caRWm-k3etN8QeClnWrJWS8/s320/12-7.webp" width="211" /></a></div> </div><h2 style="text-align: left;">Trabalhando com outros autores nacionais</h2><div style="text-align: left;">A primeira ideia da editora era para fazer a publicação dos meus livros, porque a gente quer realmente ir com mais calma e não sair publicando muita coisa de uma vez só. Tudo bem que o período da pandemia influenciou muito isto também.<br />Só que não significa que nós não trabalhamos com outros autores nacionais. Uma das nossas propostas é justamente ajudar os autores com suas publicações, sejam elas com a gente (que ainda vai ser mais pra frente) ou fazendo de maneira independente.<br />Por isso, oferecemos pros autores serviços editoriais - e necessários para a publicação do livro - como revisão, leitura crítica, diagramação, capa. Se você que está lendo esta edição do Boletim de Anelândia e é autor que está procurando algum desses serviços, só entrar em contato com a gente viu?<br />Já temos alguns autores trabalhando conosco e não é porque sou uma das fundadoras, mas todos ficam muito satisfeitos com o nosso trabalho.</div><div style="text-align: left;"><br /><h2 style="text-align: left;">A antologia Bravura</h2>Uma das coisas que nós planejamos é fazer a nossa antologia, que também entrou em stand by por causa da pandemia e estamos sem previsão para ela por ora.<br />A temática dela é Bravura, onde queremos histórias sobre heroísmo.<br />Já temos a capa, com o nosso mascote Ali e também a sinopse.<br /><br /><blockquote>Bravura. Coragem. Ímpeto. Valentia.<br />Atos que desafiam o bom senso em prol de algo maior. Pode resultar numa demonstração de força interna ou externa, mas é certo que culmina no momento em que apesar das chances não estarem a favor e do medo tomar conta, se opta em seguir em frente e enfrentar o perigo.<br />As histórias presentes aqui representam estes atos, em suas diversas formas e em seus diversos contextos, contadas através das palavras de autores que carregam a bravura em seus corações.</blockquote><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuUFhsy_3E9UzgD_1FjSjIZyyhUt07m7AIEcw6vP_EBWwL9qN-jx3OtXYDlWDXW0TMr_5vSlnQyQEv0xM_B6rJVd-LFh3c5xbra62HaaRuzb_rM3c4IZJVBWJRFz8iM7fzYjFRO3HGxUdEsoL6KCaJDg-3EK8U9XTyvJUBr-DFJAfAa3dTqGUt8le4ORY/s2059/12-8.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2059" data-original-width="1456" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuUFhsy_3E9UzgD_1FjSjIZyyhUt07m7AIEcw6vP_EBWwL9qN-jx3OtXYDlWDXW0TMr_5vSlnQyQEv0xM_B6rJVd-LFh3c5xbra62HaaRuzb_rM3c4IZJVBWJRFz8iM7fzYjFRO3HGxUdEsoL6KCaJDg-3EK8U9XTyvJUBr-DFJAfAa3dTqGUt8le4ORY/w283-h400/12-8.webp" width="283" /></a></div><br />É um projeto que queremos muitos que vá para frente, pois tem bem a cara da editora.</div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;">Bem, pessoal, é isto!<br />Uma pequena apresentação sobre a minha editora para quem não conhece. Estamos começando devagar, mas estamos indo.<br />Até a próxima edição do Boletim de Anelândia! <br /></div>Anelisehttp://www.blogger.com/profile/06098998692638161206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7232565380437790999.post-24473550982126238342024-03-20T12:00:00.030-03:002024-03-20T12:00:00.302-03:00Boletim de Anelândia: #11 - Projetos Literários para 2023 (Vem Aí 2023?)<div style="text-align: center;"><b><i>Publicada originalmente em 31 de Janeiro de 2023.</i></b></div><div style="text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgm2viukXDJFOrFjPYZ7pIXazYRSY7TOth-ND9p2U-4kNlORGfZ3KfPWLmfqDCuuFZ4mg8F4cFM_jfTeD5bHCycPAOgChtKQ9_Lr1r-lkctRv6eEWpZO4qfoPcjLQIJwZcMTy1-3-qGUGqghSnI_i0jDhEPQGSfkh61bjU7B_mO-cM2cv2c3P6pdVJUmzY/s1080/11-1.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgm2viukXDJFOrFjPYZ7pIXazYRSY7TOth-ND9p2U-4kNlORGfZ3KfPWLmfqDCuuFZ4mg8F4cFM_jfTeD5bHCycPAOgChtKQ9_Lr1r-lkctRv6eEWpZO4qfoPcjLQIJwZcMTy1-3-qGUGqghSnI_i0jDhEPQGSfkh61bjU7B_mO-cM2cv2c3P6pdVJUmzY/w400-h400/11-1.webp" width="400" /></a></div><br /><br /></div><div style="text-align: left;">Olá, pessoas! Estou de volta!<br />Enfim, ano de 2023 começando e nada mais justo do que separa uma edição para falar sobre os projetos literários que pretendo trabalhar durante o ano.<br />Alguns são a escrita dos ditos cujos, mas é claro que temos uns vem aí!<br />Enfim, segue a lista!</div><div style="text-align: left;"><br /><h2 style="text-align: left;">Terminar As Super Agentes e o livro das magias</h2><br />Desde 2020 que eu estou trabalhando na reescrita da nova versão do meu primeiro livro. Em 2022, ele acabou ficando um pouco pausado por conta do projeto de contos, que deu super certo.<br />Tem uma edição do Boletim de Anelândia falando sobre elas, mas em resumo é um livro com agentes, com figuras mitológicas brasileiras e personagens que estão comigo tem mais de 15 anos e eu amo!<br />O pior de tudo é que eu já escrevi mais de 170 páginas e não cheguei nem na metade da história. Acho que vem um calhamaço por ai!<br />Tem que planejar os próximos acontecimentos e prosseguir com a escrita. Não tenho certeza se termino este ano.<br />Bom, quem tiver interesse em conhecer, os primeiros capítulos estão disponíveis para leitura gratuita.<br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7CjuhibVlGslCq65bCsviIXrY5R5CoJBGyVllsawvh0ZIMlQMr2XQAW-RGNQZimmPty2XayL9wvvtA9AVQMsE4NarLcPL7n37Lj4wSX_rtsiSJ0aitlBovmLIPgHYdYxA9nG2swRXsv6UtZ2fo64JQm7VfZee3m27v179fkJ3z4YHKcGUfVsT1jYn2Ik/s1280/11-2.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="819" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7CjuhibVlGslCq65bCsviIXrY5R5CoJBGyVllsawvh0ZIMlQMr2XQAW-RGNQZimmPty2XayL9wvvtA9AVQMsE4NarLcPL7n37Lj4wSX_rtsiSJ0aitlBovmLIPgHYdYxA9nG2swRXsv6UtZ2fo64JQm7VfZee3m27v179fkJ3z4YHKcGUfVsT1jYn2Ik/s320/11-2.webp" width="205" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"><br /><h2 style="text-align: left;">Lançar As Aventuras de Jimmy Wayn 3 + 2º Edição JV1</h2><br />Esse aqui deste ano não passa! Primeiro porque eu preciso de lançamento para a Bienal Rio e porque o livro está pronto e é bem mais fácil né? Só tenho que digitar o arquivo manuscrito todo. (Pois é, eu escrevi vários livros meus a mão!)<br />As Aventuras de Jimmy Wayn é uma série de livros young adult, narrado pelo Jimmy, contando sobre sua vida na escola, sua família e até a sua banda. Ainda teremos uma edição do Boletim para falar sobre o menino JV.<br />E este terceiro livro da série - Reviravolta na Família - ficou comigo durante alguns anos, sendo que eu o terminei lá em 2019 e queria lançar em 2021 - porque 2020 saiu o JV2 - mas por conta de outras coisas não rolou.<br />É o livro mais complexo da série até então e que eu amei escrever.<br />E como a primeira edição do primeiro volume - O Menino Virgem - acabou, vou ter que imprimir mais, porque não dá para vender sem o primeiro de tudo.<br />Então, fiquem ligados para as novidades sobre o JV em breve!<br />Por enquanto, os dois primeiros livros estão disponíveis para leitura na Amazon.<br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPO1QYcJ5qk5IpdQiP-nmq_fdc-UUJugUaj9GA_mAI2WmDZXjabNvA_grbOZ9TrDot9UaxqmhtFzb9iRT9kPSojrpruNatXHLdfdc7z8N0zQyI7nMcA6PT7mRspGY5WOu2D7-59SX0TConLD64yXXeJIRfaMJRNDeDqnFA9YlFGGIzLPGru0MBEp_Ha7s/s1287/11-3.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="965" data-original-width="1287" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPO1QYcJ5qk5IpdQiP-nmq_fdc-UUJugUaj9GA_mAI2WmDZXjabNvA_grbOZ9TrDot9UaxqmhtFzb9iRT9kPSojrpruNatXHLdfdc7z8N0zQyI7nMcA6PT7mRspGY5WOu2D7-59SX0TConLD64yXXeJIRfaMJRNDeDqnFA9YlFGGIzLPGru0MBEp_Ha7s/s320/11-3.webp" width="320" /></a></div><h2 style="text-align: left;">Publicação Contemporânea Erótica</h2><br />Esse daqui também era meta de 2022, mas como vocês sabem né, não rolou!<br />Tivemos uma edição do Boletim sobre essa história que acompanha uma blogueira e uma fotógrafo que se conhecem e se relacionam de uma maneira inusitada. <br />Eu terminei de publicar o livro nas plataformas digitais e ele está por lá completo por ora!<br />Mas, vou dar uma revisada, arrumar o que for necessário e ele irá para a Amazon. Ficando só a degustação depois disponível gratuitamente.<br />E deve rolar também uma versão física dele, mas numa prensagem pequena, para colocar nos eventos e na Bienal também. (Sempre bom ter o livro na mão porque atrai a pessoa para comprar.)</div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKyPalsQcU_EdBVadaR8H4-A8om4jFe8wbRyek4mOVqABLY2yNtzD7OWM6PyU1WtOED-L3xlc2pJsoVZB0iWb9PZGPvAtUeaP810Sinpo0JfeUXlkwqZ0STOC57b9FbtHtBnHW1ARvwT42qDm5ffwBcU2T_1DgWrL-SfSJat15ozTXUMtAMOY8giopycA/s550/11-4.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="550" data-original-width="352" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKyPalsQcU_EdBVadaR8H4-A8om4jFe8wbRyek4mOVqABLY2yNtzD7OWM6PyU1WtOED-L3xlc2pJsoVZB0iWb9PZGPvAtUeaP810Sinpo0JfeUXlkwqZ0STOC57b9FbtHtBnHW1ARvwT42qDm5ffwBcU2T_1DgWrL-SfSJat15ozTXUMtAMOY8giopycA/s320/11-4.webp" width="205" /></a></div><br /><br /><h2 style="text-align: left;">História nova (Sigla DF)</h2><br />E sim, temos uma história nova! *todos comemoram*<br />Eu estou pensando nela desde a metade de 2022 e resolvi que finalmente vou escrevê-la.<br />Mas, como se fosse do meu feito, não quero falar muito sobre ela… Primeiro nem comecei a escrever e segundo é que eu quero fazer um suspense. (Se bem que a minha capacidade de guardar segredo sobre alguma coisa da minha carreira de escritora é de 5 minutos.)<br />Só para não deixar vocês tão escuro vai seguir uma linha parecida com a Contemporânea Erótica, uma história de romance mais adulta, só que é inspirada num dorama que eu amo e uma mangá que eu amo também.<br />Inclusive, um dos locais e dos personagens da história já apareceram num dos contos do “12 Meses com Minorin”.<br />A sigla é DF, que quando sair a edição do Boletim de Anelândia falando só sobre ela, eu direi finalmente o nome.<br />Quem sabem não solte os primeiros capítulos dela aqui em primeira mão né?<br />Bem provável que ela vá, assim como outras histórias minhas, ser postada no Nyah, Wattpad e Contos Anê Blog.</div><div style="text-align: left;"><br /><h2 style="text-align: left;">Publicação “12 Meses com Minorin”?</h2><br />Pois é, eu fiz um projeto de contos durante 2022 e acabou o ano e eu não sei o que eu faço com estes contos todos que ficaram.<br />Não sei se lanço eles separados na Amazon, se lanço todos juntos na Amazon, se faço uma versão física como um livro. Eu realmente não sei, mas eu sei que vai dar um trabalho! Vou ter que ver questão de capa, porque nem posso usar a foto da Minorin e também de revisar e diagramar bonitinho.<br />Falei melhor sobre aqui também e todos os contos estão disponíveis para leitura gratuita!</div><div style="text-align: left;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6OSA1w7o417hwYuQCr0AnvfjdxQfV5DKHgDr54PFdndI_0u6FaAqhp5fiPcEtkImn85m99BuDmo5ibYyOHZ92tjV63SoM1EOxsfmZpTC-prUwI8AEYEWaMdoFUZazMSdSFNCLiEGpQ28CdTuF-B91tVwE_j9skV10er4DuAGn2-zc0rFWQ8ytOTubays/s800/11-5.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="512" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6OSA1w7o417hwYuQCr0AnvfjdxQfV5DKHgDr54PFdndI_0u6FaAqhp5fiPcEtkImn85m99BuDmo5ibYyOHZ92tjV63SoM1EOxsfmZpTC-prUwI8AEYEWaMdoFUZazMSdSFNCLiEGpQ28CdTuF-B91tVwE_j9skV10er4DuAGn2-zc0rFWQ8ytOTubays/s320/11-5.webp" width="205" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Bem, pessoal, é isto! Esta autora está cheia de programações para o ano de 2023, vamos ver se vou conseguir cumprir né?<br />Até a próxima!</div>Anelisehttp://www.blogger.com/profile/06098998692638161206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7232565380437790999.post-82203551132928864102024-03-19T12:00:00.001-03:002024-03-19T12:00:00.315-03:00Boletim de Anelândia: #Bônus 5 - Capítulo da versão antiga de As Super Agentes e o livro das magias<div style="text-align: center;"><b><i>Publicada originalmente em 25 de Janeiro de 2023.
</i></b></div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvY9a8pxO4G9T9TQ3iZDQ8amFhPKL6nMehxONiWiV69LOga10V_H6opx80Fxj22ZA0TrgCM3Va_OTiFPM45maZyWXLP7OdeEcatcsh5nhy99DLLYdstl_bOAHDDpnLM33QKFW0ZB0BqrnoW4YdISmOIusahuwIuxX-9fOshFWoloISnMv5cO1w6BfisJ4/s1080/B5.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvY9a8pxO4G9T9TQ3iZDQ8amFhPKL6nMehxONiWiV69LOga10V_H6opx80Fxj22ZA0TrgCM3Va_OTiFPM45maZyWXLP7OdeEcatcsh5nhy99DLLYdstl_bOAHDDpnLM33QKFW0ZB0BqrnoW4YdISmOIusahuwIuxX-9fOshFWoloISnMv5cO1w6BfisJ4/w400-h400/B5.webp" width="400" /></a></div><br /></div><div style="text-align: left;">Olá, pessoal!<br />Trazendo hoje para vocês mais um bônus, dessa vez um capítulo da primeira versão do meu primeiro livro: As Super Agentes e o livro das Magias.<br />Alguns avisos: Eu escrevi isso com 11 anos de idade e devo ter mexido uma vez ou outra. Então relevem qualquer coisa mais infantil e também a falta de revisão do texto.<br />Se vocês gostarem, posto até mais um pedacinho.<br />Espero que se divirtam!<br /><br /><h2 style="text-align: left;">As Super Agentes e o livro das Magias</h2><h3 style="text-align: left;">Como tudo começou</h3></div><div style="text-align: left;">No mundo, o mal e o bem sofrem uma guerra que não tem fim. O bem conta com a ajuda de agentes municipais, estaduais e federais. E o mal com seus vilões maléficos e seus planos diabólicos. Mas o bem sempre arranja novas armas: As Super Agentes.<br />***<br />Dia 19/03/1992, nasce Joenize, sua mãe é uma agente do bem, que luta contra o mal que tenta se alastrar.<br />Dia 27/10/1992, nasce Camilly, sua mãe também é uma agente, que dá a luz no mesmo hospital em que Joenize nasceu.<br />Dia 30/11/1992, nasce Anelise, sua mãe é outra agente e seu sonho é que sua filha se torne uma agente igual a ela.<br />***<br />Aos 6 anos, Camilly e Joenize são separadas de suas mães, porque precisam começar seu treinamento. Já Anelise, com 5 anos, também é separada por ordem da GSAMEF(Grupo Social das Agentes Municipais, Estaduais e Federais), porque quando mais cedo melhor. Elas se encontram no Centro de Treinamento de Agentes e Super Agentes Dias Dourados, e se tornam grande amigas. Anelise é apelidada de Nise, Joenize de Jô e Camilly de Cacá, sua treinadora é Rose, umas das melhores do país e do mundo.<br />***<br />O bem conta também com ajuda dos Cavaleiros do Zodíaco que protegem a deusa Athena, Sailor Moon guardada pela lua, luta contra o mal, e Sakura que usa as mágicas cartas Clow.<br />***<br />Rose é rigorosa e exigente, faz pobrezinhas das meninas treinarem até desmaiar, elas estão cansadas, mas Rose diz a elas:<br />- O treinamento só termina às 17h!<br />São 17h, acabou! Por hoje é só e elas vão dormir pra começar tudo de novo.<br />***<br />Passado um tempo de treinamento, chega o dia 18/03/1998, véspera do aniversário de Joenize. Anelise e Camilly preparam uma surpresa, mas quando elas estavam falando sobre a surpresa e Joenize tomava banho, de repente Rose aparece e grita:<br />- O que vocês duas tanto cochicham aí?!<br />Elas respondem:<br />- Nós, Rose? Estamos desabafando! Colocando as fofocas em dia.<br />- Sim estão! Vão pra cama agora!-diz Rose<br />Elas saem furiosas do banheiro.<br />Rose treina 20 garotas, incluindo nossas heroínas, elas dormem no mesmo quarto. As outras 17 garotas, morrem de inveja de Anelise, Camilly e Joenize. Pois Camilly e Joenize são suas vizinhas e suas mães são amigas, elas odeiam a jovem Anelise, pois ela não era conhecida de ninguém, e depois que iniciaram o treinamento no Centro, as duas viraram amigas de Anelise e se esqueceram das outras.<br />A noite ás 21h, Anelise e Camilly vão dormir, para acordar às 4h para preparar a surpresa rápido, para não serem pegas. As duas correm ao refeitório, com ajuda dos funcionários. Antes de fazerem a surpresa para Joenize, perguntaram a eles, que na hora aceitaram o pedido das meninas.<br />São 7h, às 7:30 todos irão acordar, tudo está pronto. Os funcionários falam:<br />- Vão logo, a gente toma conta. E se a Rose descobrir, nós contamos a história pra ela. Ok?<br />- Sim, obrigada!! - dizem as meninas<br />São 7:30, Anelise e Camilly estão animadas, mas disfarçam. Enquanto Joenize fica magoada, pois ninguém lhe deu parabéns. Rose aparece e diz:<br />- Vamos ao refeitório para tomar café e depois começar o treinamento de hoje.<br />Nesse meio tempo Anelise e Camilly correm para lá. Todos estão a caminho. Joenize acha estranho:<br />- Onde estão a Nise e a Cacá, em? Não sei!<br />Todos estão na frente do refeitório, Rose manda pararem e diz:<br />- Agora vamos tomar um delicioso café?<br />Todos dizem:<br />- Sim Rose, um ótimo café!<br />- Vamos entrar!<br />Nesse meio tempo Rose abre a porta. Todos olham o refeitório, em questão de segundos, Anelise, Camilly e os funcionários começam a cantar:<br />- Parabéns pra você...<br />Joenize corre bem rápido e abraça as amigas e logo diz:<br />- Obrigada, amigas! Eu adoro vocês.<br />Rose e as outras garotas fazem cara de que não estão gostando de nada. Anelise vê suas caras e diz:<br />- Que coisa feia! Hoje, aniversário da minha amiga e vocês com essas caras?! Me poupe! Cruz Credo!<br />Joenize e Camilly dão uma risada que estressou todo mundo.<br />Camilly falou sorrindo:<br />- Venham, vamos comer uns salgados, bolo e se divertir!<br />Todas correm!<br />Depois de uma hora e meia de festa, hora de treinar. Até a Rose se divertiu na festa. Agora elas vão treinar muito para serem grandes agentes do bem no futuro.<br />A noite ocorreu um jantar especial pelo aniversário de Joenize. Foi Rose que mandou fazer para ela, como presente de aniversário.<br />Os pais de Joenize aparecem, e lhe dão um presente, e Joenize apresenta-os as suas novas amigas.<br />Na hora de dormir, Joenize pensou em tudo que passou nesse dia e diz:<br />- Que dia legal!<br />Agora, boa noite, e até amanhã. Que vai começar tudo de novo.<br /></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"><br /> </div><div style="text-align: left;">E só para lembrar, eu cheguei a reler e reagir a este capítulo uns anos atrás no meu canal de autora.</div><div style="text-align: center;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/YrNOpTcT1s8?si=pgsv2OxS21ar5D8U" title="YouTube video player" width="560"></iframe>
<br /></div><div style="text-align: left;"><br />Enfim, é isto por hoje!<br />Até o próximo Boletim de Anelândia!</div>Anelisehttp://www.blogger.com/profile/06098998692638161206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7232565380437790999.post-11430062488619038292024-03-07T12:00:00.001-03:002024-03-07T12:00:00.244-03:00Boletim de Anelândia: #10 - Tanta criatividade para quê? (O problema de conseguir se divulgar nesta internet)<div style="text-align: center;"><b><i>Publicada Originalmente em 14 de Dezembro de 2022.</i></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgL2yBrR8ww3vbWFvB1GVD-aXVzeh5kVrOCnSZADdgB3N-Bt94qssFE3hW6KejosEkNH2UUqBDQ4GYIVsjdikxp7J7ukkgTZnqlKA5ZFnZvR4phiClzRzeSs-168c7R1INtSmNzztMPQZ0cYRiQUgWsJgvL3dhYDYaKgZ_d3DiwQPUBXhdfVWrs4euZ6OI/s1080/10-1.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgL2yBrR8ww3vbWFvB1GVD-aXVzeh5kVrOCnSZADdgB3N-Bt94qssFE3hW6KejosEkNH2UUqBDQ4GYIVsjdikxp7J7ukkgTZnqlKA5ZFnZvR4phiClzRzeSs-168c7R1INtSmNzztMPQZ0cYRiQUgWsJgvL3dhYDYaKgZ_d3DiwQPUBXhdfVWrs4euZ6OI/w400-h400/10-1.webp" width="400" /></a></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Olá, pessoas! Como foram de final de ano? Sei que estou um cadinho sumida daqui, mas vou voltar com ritmo para cá. Ainda quero muito que essa newsletter dê certo, então vou continuar com ela por um tempo.<br />E bom, dessa vez quero falar mais um cadinho sobre os meus pequenos perrengues como autora nesta vida e por que não nesta internet? Eu tento sempre ser bastante criativa para divulgar meus livros, mas nem tudo adianta.<br />Então, segura que lá vamos nós!</div><div style="text-align: left;"><br /><h2 style="text-align: left;">Ser uma autora que tenta se divulgar nessa internet</h2><i>Vou parecer uma tiazona falando, mas com o surgimento da internet e a explosão das redes sociais, meio que todo mundo hoje quer vender ou oferecer algum serviço.</i><br />E também como esta pessoa aqui trabalha com a editora e até os livros dela na Amazon, é óbvio que eu também estou nesse barco de tentar vender algo.<br />Só que uma coisa que nem todo mundo deve saber - ou talvez perceber - é que as redes sociais mudam o tempo o todo e tem certas coisas que não adianta fazer, porque o bendito do algoritmo ou a própria rede social pode simplesmente não entregar seus posts.<br />E outra coisa é que como tem muita gente em rede social atualmente, é bastante difícil fazer algo que se destaque no meio dos outros, ainda eu sendo escritora e trabalhando com algo que muita gente sequer valoriza.<br /><i>Então, sim, é bastante complicado ser uma autora que tenta se divulgar nessa internet, é preciso ser criativa e tentar fazer diferente.</i><br />E mesmo com tantos anos tentando e tentando, em alguns poucos momentos que eu consegui algum destaque, numa ou em outra publicação dessa internet afora.<br /> </div><div style="text-align: left;"><h2 style="text-align: left;">Ideias diferentes que eu já tive</h2>Vou citar brevemente algumas coisas um pouquinho diferente para tentar divulgar meus livros, mas deu certo por um tempinho, mas nunca cresceu muito.</div><div style="text-align: left;"><br /><h3 style="text-align: left;">Criar o tumblr do Contos Anê</h3><b>Posso fazer uma edição exclusiva só por este Tumblr, porque toda essa coisa de ter “rede de autora” só começou por causa do Tumblr que eu abri em 2012, para poder colocar alguns trechos e fotos relacionadas com meus livros.</b><br />Nesta época, o Tumblr era mais popular, mas o meu sempre foi uma coisa mais por diversão, que na época do auge dava certo. Mas, ai, o Tumblr simplesmente flopou e muita gente parou de usar.<br />Por incrível que parível, o tumblr do Contos Anê ainda é ativo, porque gosto de manter o acervo por lá, mesmo que ninguém veja.<br />E na real, algumas coisas que faço até hoje só comecei <a href="https://contosane.tumblr.com/" target="_blank">por causa deste tumblr.</a><br />Sim, sou apegada a ele ainda!</div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhg1sVnS-W9YgGuLzRSNUmn7FQinkfUBdcKGSq75t6E6gzSZAzflPmg26shc7lIihO0VgcD1kv9gqQjlH9eYQpya1Gnbba3nEMTBQc3le5FKRVjfbo4UDTwffGG6ah4iU70ti88QV4klrZemS91UDESDoUn50okS-6GO_UZGim0cA-t0diNJEv5bnjNGpo/s884/10-2.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="775" data-original-width="884" height="281" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhg1sVnS-W9YgGuLzRSNUmn7FQinkfUBdcKGSq75t6E6gzSZAzflPmg26shc7lIihO0VgcD1kv9gqQjlH9eYQpya1Gnbba3nEMTBQc3le5FKRVjfbo4UDTwffGG6ah4iU70ti88QV4klrZemS91UDESDoUn50okS-6GO_UZGim0cA-t0diNJEv5bnjNGpo/s320/10-2.webp" width="320" /></a></div><h3 style="text-align: left;">Moda Personagem</h3><i>Ouso dizer que esta é a ideia mais criativa que tive como autora. Não sei se chegaram a ler a edição exclusiva sobre o Moda Personagem, mas eu o criei numa época que mal tinha instagram direito e também nem sonhava em existir o TikTok.<br /></i>E como falei brincando naquela edição de que eu devia cobrar royalties porque eu comecei com isso na época do tumblr e meio que todo mundo faz isso hoje.<br />Enfim, foi mais uma ideia criativa, porque eu simplesmente achava polyvore um horror e o num período da minha vida eu queria fazer moda.<br />Tanto que como vocês sabem, a coisa já tem uma pegada cosplay. Porém, o pessoal que começou a fazer vídeos de look em 2020 tem mais sucesso que eu, batalhando com o Moda Personagem desde 2013.</div><div style="text-align: left;"><br /><h3 style="text-align: left;">Gravar vídeos</h3>Sim, o canal do youtube do Contos Anê também surgiu por causa do tumblr. Era uma época em que o youtube ainda estava engatinhando um gatinho, mas muito gente gostava de criar um canal no youtube e tentar ser próximo Felipe Neto ou PC Siqueira.<br /><b>Gravando com a webcam do notebook que eu até hoje, numa qualidade de imagem e áudio péssimas, mas perdoáveis para a época que eu comecei a gravar alguns vídeos falando sobre meus livros.</b><br />No começo mostrei os cadernos, falei sobre as histórias mais antigas. Os vídeos nunca fizeram muito sucesso, o canal tem dez anos, mas fica só como hobby e eu adoro ficar horas falando sobre meus livros nele.<br /><i>Já fiz todos os tipos de vídeos lá também, como making ofs de Moda Personagem, Tags, Narração de histórias, relendo e reagindo a primeiros capítulos e outras.</i><br /></div><div style="text-align: left;"><a href="https://www.youtube.com/@ContosAne/featured" target="_blank">Eu me divirto muito gravando para o canal.</a></div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgb1TGzpxcJKPKydZX5qsLN7PO7tKNN559UfiFRfTcu_WNkpAUdhMRR2R2iLcY5S7FuJLHhgVmW-vcBIJR5KnULftRijt7FMMx6ar5k6AASqXoUquiYaYnjhSvDkvGl6ncMEDzqjxGdhVogBQLcp90z2f9-cYlM2Cn2iYwMbM_4FpOZU6vV-uTnhaxpw5g/s1456/10-3.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="617" data-original-width="1456" height="170" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgb1TGzpxcJKPKydZX5qsLN7PO7tKNN559UfiFRfTcu_WNkpAUdhMRR2R2iLcY5S7FuJLHhgVmW-vcBIJR5KnULftRijt7FMMx6ar5k6AASqXoUquiYaYnjhSvDkvGl6ncMEDzqjxGdhVogBQLcp90z2f9-cYlM2Cn2iYwMbM_4FpOZU6vV-uTnhaxpw5g/w400-h170/10-3.webp" width="400" /></a></div><h3 style="text-align: left;">O Avental</h3><b>Acho que essa é a história mais famosa que me envolve. Quem sabe não separe uma edição do Boletim para falar sobre mais detalhes.</b><br />Mas, em resumo, eu usei um avental transparente com meus livros nele durante a Bienal Rio 2017, só para tentar divulgar meus livros. Inocentemente - e comprovando a minha teoria de que rede social não faz sentido algum -, compartilhei num grupo de autores no final daquele dia. Da noite para o dia, durante o meu sono, porque eu ia pro estágio no dia seguinte, muita gente ficou me procurando. O pobre do meu celular não despertou, cinco mil pessoas falando de mim do dia para noite, entrevistas, matérias sobre. No final, consegui uma sessão de autógrafos num estande.<br />Agora pergunta quantos livros eu vendi neste período? Na Amazon não foi nada, contudo eu já tinha um livro lá. Já dos físicos, que só tinha antologia, vendi a mesma quantidade que no meu passeio com avental.<br />Enfim, se for fazer a edição especial mesmo conto um mais sobre como isso me frustra!</div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhORsodsURVJJsK3IGHLE3UE3ciNbmAVYdv1Uchk8hG5cRv_2mn1CQIsIVlTShyphenhyphenYVKJ2iHJ6RbbRaskX4dEsCiAa57RqTUwFL5QZEi3KD1ipoRPXYc9mzm65pEJZEAKWHpSzXEeBcCN0-Nn7f_nmCuqKCGc-kyn_3enGXyi3HbrsjgF9XqMhywHci6qed8/s2048/10-4.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1152" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhORsodsURVJJsK3IGHLE3UE3ciNbmAVYdv1Uchk8hG5cRv_2mn1CQIsIVlTShyphenhyphenYVKJ2iHJ6RbbRaskX4dEsCiAa57RqTUwFL5QZEi3KD1ipoRPXYc9mzm65pEJZEAKWHpSzXEeBcCN0-Nn7f_nmCuqKCGc-kyn_3enGXyi3HbrsjgF9XqMhywHci6qed8/w225-h400/10-4.webp" width="225" /></a></div><br /></div><div style="text-align: left;"><h2 style="text-align: left;">Por que será que é tão difícil?</h2>Eu cheguei até a falar lá em cima, mas é muita informação e muita gente querendo vender alguma coisa em alguma rede social atualmente. As fórmulas e algoritmos mudam o tempo todo!<br /><b>E sem querer soar clichê, só que a gente sabe muito bem como são os interesses por leitura, principalmente em rede social. Claro que tem o público que lê, mas não deve ser a maioria.</b><br />São um monte de achismos meus, obviamente, só que eu sinto que existe e muito uma barreira muito grande com relação a meus livros e o público. Na real, eu sinto essa barreira com qualquer coisa que eu posto na internet e quem me segue, nos meus perfis pessoais.<br />Outra dificuldade é furar a bolha e claro, tentar ser criativa, porque eu sincera não gostaria de ficar fazendo dancinha e muito menos apontando para textos na tela. Sei que consigo ser mais criativa que isso!<br /><i>E acho que, como eu, muitos outros autores têm trabalho formal e isso toma um bocado do nosso tempo. Então, o tempo que me sobra prefiro usar para escrever e apenas elaborar uma divulgações simples.</i><br />Enfim, por isso que eu acho que é tão difícil.<br />(Sim, provavelmente estou reclamando, mas quem escreve aqui sou eu e eu POSSO!)</div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEji4hRw-x2RJgFo78QPga6-YYozPHmAOQ7YSJPiO-IP7a3Ip8BoYr8iuy47Gf-XmmoRbMy9xNG7r5cIA7etbWA4H0dOmTXwRgsHOJP2IfRrFbgWU6nnaElyCUG8EcDugolUVWb3osyadK_yytfDhji0huETuW6Ijc7MOMl1Shl5rOhQA5Oy-aYqcSw4gls/s306/10-5.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="165" data-original-width="306" height="216" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEji4hRw-x2RJgFo78QPga6-YYozPHmAOQ7YSJPiO-IP7a3Ip8BoYr8iuy47Gf-XmmoRbMy9xNG7r5cIA7etbWA4H0dOmTXwRgsHOJP2IfRrFbgWU6nnaElyCUG8EcDugolUVWb3osyadK_yytfDhji0huETuW6Ijc7MOMl1Shl5rOhQA5Oy-aYqcSw4gls/w400-h216/10-5.webp" width="400" /></a></div><br /><h2 style="text-align: left;">O que dá para fazer para resolver?</h2><b>Falando isso, me sinto uma analfabeta digital, mas eu sinceramente não sei. Afinal, isso não é uma newsletter sobre dicas de marketing, mas sim de uma autora que muitas vezes acaba falando sobre suas frustrações e sobre seus livros.</b><br />Ainda quero parar para fazer um curso de marketing digital e claro, ficar de olho nas tendências. Mas, a internet é muito grande, então pode ser que nem funcione tanto.<br />Mas, o que aconselho, pelo pouco que eu sei, é ter uma identidade visual legal na sua rede. Eu tentei recriar a minha uns anos atrás, mudando o nome, mas mantive as arrobas porque sou apegada (e já tem muito material de divulgação com ela). E vai dizer que o nome não é simpático né?<br />Fazer divulgações com trechos, imagens legais, usando também os recursos mais recentes das redes (ainda mais o instagram).<br />São algumas coisas que dá para resolver esse problema do alcance. Contudo, para mim, é muito uma roleta russa, porque uma postagem do mesmo estilo acaba sendo mais entregue do que outras.<br /><i>Um exemplo é o Moda Personagem da personagem de Universo Fragmentado (Outubro - 12 Meses </i></div><div style="text-align: left;"><i>com Minorin), que não fiz nada de diferente e o instagram resolveu entregar.</i><br /></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXgE68mdN-N0cguf6K1B8RPypk6sA_A89BTQ13GguukMRpgT5N-Gu9XsR16QMHxTNj3ZkcUpOq2zVPSjfEB5R5aXS09E7SKK178rHsGApGa656pdgmGsFYS3_yONqPG79PcZZxSIcEWQSJzN8DZwHh01aEeCArECO56L57LLkFo2Iu-BApZsd1OIdljd8/s1068/10-6.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1068" data-original-width="980" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXgE68mdN-N0cguf6K1B8RPypk6sA_A89BTQ13GguukMRpgT5N-Gu9XsR16QMHxTNj3ZkcUpOq2zVPSjfEB5R5aXS09E7SKK178rHsGApGa656pdgmGsFYS3_yONqPG79PcZZxSIcEWQSJzN8DZwHh01aEeCArECO56L57LLkFo2Iu-BApZsd1OIdljd8/w368-h400/10-6.webp" width="368" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;">Se bem dentre as publicações mais curtidas de 2022, a maioria foi de Moda Personagem. O resto foi foto de evento, que sempre pega mais like naturalmente. Mas o de Outubro fez muito a mais!</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOnXXx_rBKxoxzDugzjGX_cn_ZsWkv2i5mgVj2QhU9vXaquq-K3EsKY2X166xHa-OPxphPIfTD9EpLvpep3z5XYHGwbNS9g8XnhtTwaSR8xIcWjfM1guaNzTdweU8rshZPdGMKDBkG-4x0Uplae3ctP6Oj5u1BNrgvQTJpnpm8RjE8Hu_h3fzxaa6vzFI/s720/10-7.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="611" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOnXXx_rBKxoxzDugzjGX_cn_ZsWkv2i5mgVj2QhU9vXaquq-K3EsKY2X166xHa-OPxphPIfTD9EpLvpep3z5XYHGwbNS9g8XnhtTwaSR8xIcWjfM1guaNzTdweU8rshZPdGMKDBkG-4x0Uplae3ctP6Oj5u1BNrgvQTJpnpm8RjE8Hu_h3fzxaa6vzFI/w340-h400/10-7.webp" width="340" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"><br /><b>Acredito que seja um misto de ser criativo e fazer o que rede social pede, mas né, não sou especialista.<br /></b><br />Bom, pessoal, é isto! Essa edição foi para darmos uma aquecida no Boletim de Anelândia para este ano de 2023. Obrigada por terem acompanhado o comecinho em 2022, vou tentar trazer mais coisas legais. Por enquanto, estou tirando umas férias da escrita, mas estou com alguns projetos para o ano, que vou falar na próxima edição.<br />Até logo! <br /></div>Anelisehttp://www.blogger.com/profile/06098998692638161206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7232565380437790999.post-14392659332643932592024-03-06T12:00:00.033-03:002024-03-06T12:00:00.269-03:00Boletim de Anelândia: #9 - A autora que ama lançar coisas no dia do próprio aniversário<div style="text-align: center;"><b><i>Publicada Originalmente em 5 de Dezembro de 2022. </i></b> <br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2IC0YupgjgcLsfZelXWK8j9YlL5DnRYw96Vl6bMJUIcYdmJgroa6tMDGMwjpCGJbvihwDXZbTHclOa3FyM0_REDSfsaZtlHjgyMFOPDaA1MXWTrQ7BH-Q2_ujIbLsUdhhYrrS1wI_tORwoEXWlHT8fhwpR2GRnSU7PoHtNlMLc-l1hP_qLDk9mthf-Xs/s1080/9-1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2IC0YupgjgcLsfZelXWK8j9YlL5DnRYw96Vl6bMJUIcYdmJgroa6tMDGMwjpCGJbvihwDXZbTHclOa3FyM0_REDSfsaZtlHjgyMFOPDaA1MXWTrQ7BH-Q2_ujIbLsUdhhYrrS1wI_tORwoEXWlHT8fhwpR2GRnSU7PoHtNlMLc-l1hP_qLDk9mthf-Xs/w400-h400/9-1.png" width="400" /></a></div><br /></div><div style="text-align: left;">Olar, pessoas! Como vão? Eu espero que bem!<br />Mais uma edição da Newsletter no ar e como foi meu aniversário nessa última semana - dia 30 de Novembro para ser exata, nada mais justo do que este ser um dos temas por aqui. Pelo título e no meio do caminho vocês irão entender!</div><div style="text-align: left;"><br /><h2 style="text-align: left;">A autora que é fã de J-pop e lança coisa no dia do aniversário</h2>Esta pessoa que vos fala simplesmente ama lançar coisas no dia do próprio aniversário. Em parte é por eu amar este dia e outra é porque eu sou ouvinte e fã de J-pop. E se tem uma coisa que os artistas de J-pop gostam de fazer é lançar single ou álbum no dia do próprio aniversário.<br />A Minorin já fez isso - tanto que o Re:Contact é de 18 de Novembro -, a Aya Hirano já fez também - Namida (3x) é de 8 de Outubro… Poderia listar diversos, mas isso aqui ia se estender demais!<br />E já fiz lançamento no dia do meu aniversário mais de uma vez e é sempre uma data marcante e dá para brincar com "o aniversário é da autora, mas o presente é pra vocês". Mas, pelo lado negativo, ainda mais quando a gente tenta divulgar em rede social - especialmente o das caras e livros - ele acaba jogando sua publicação de lançamento lá pra baixo, porque ela prioriza os sei lá quantos parabéns de gente que finge se importa com você neste dia.<br /><b>Mas, esse lado ruim nem pesa tanto, porque eu adoro fazer aniversário e sempre que possível quero lançar algo para comemorar a data.<br />Abaixo vou falar sobre algumas das coisas que lancei em 30s de Novembro!</b></div><div style="text-align: left;"><br /><h2 style="text-align: left;">As Aventuras de Jimmy Wayn - O Menino Virgem (JV1)</h2>O primeiro de todos, ou melhor, que eu me lembro, foi o primeiro livro da série de As Aventuras de Jimmy Wayn: O Menino Virgem. No caso, a publicação da versão em e-book, lá em 2016.<br />Ainda lembro toda a tour que foi para fazer essa publicação na Amazon. Deu tudo errado com a diagramação, que eu tinha feito em outro programa, tive que refazer. E bem, a capa era uma coisa linda maravilhosa de uma foto das minhas pernas com o violão, usando o Moda Personagem do Jimmy.<br /><i>Já tem uns seis anos que o livro tá lá, mas que carrega muitas das minhas primeiras experiências como autora da Amazon. (E claro que eu mudei a capa e a diagramação desde então, porque eu aprendi a fazer melhor.)</i><br />Disclaimer: Ainda teremos uma edição exclusiva do Boletim para falar sobre a série do JV!</div><div style="text-align: left;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPoLvciVxrXoqwHUhDH0ghmqYc09WV2OghyrtkreNsZt6VXDT13Uf-5rB_-Sm4OEEMJCgx9rRlTPPtZfcJmWWuVO1wMQv5XnYMgHHbpLPHcK_c7wYxyIL7LBnkl_F_3Hw9GDRBGQh5kdtdw4GmTaQPNEuwz-gLsPB1aCz6Dc5O4Zga9kpjWake7CZSiKA/s960/9-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="576" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPoLvciVxrXoqwHUhDH0ghmqYc09WV2OghyrtkreNsZt6VXDT13Uf-5rB_-Sm4OEEMJCgx9rRlTPPtZfcJmWWuVO1wMQv5XnYMgHHbpLPHcK_c7wYxyIL7LBnkl_F_3Hw9GDRBGQh5kdtdw4GmTaQPNEuwz-gLsPB1aCz6Dc5O4Zga9kpjWake7CZSiKA/s320/9-2.jpg" width="192" /></a></div><div style="text-align: center;"><i>A fatídica capa de 2016, que eu gosto mt confesso!</i></div><div style="text-align: left;"><br /><br /><a href="https://www.amazon.com.br/As-Aventuras-Jimmy-Wayn-Menino-ebook/dp/B01NCDSL2E?utm_campaign=Boletim%20de%20Anel%C3%A2ndia&utm_medium=email&utm_source=Revue%20newsletter" target="_blank">As Aventuras de Jimmy Wayn - O Menino Virgem na Amazon</a></div><div style="text-align: left;"><br /><h2 style="text-align: left;">Calliope - Conto</h2>O segundo fez exatamente um ano que foi lançado, no dia do meu 29º aniversário! E é o conto da Calliope, que é uma das minhas personagens de RPG.<br /><b>Eu escrevi o conto dela para uma antologia originalmente, mas eu perdi o prazo para mandar o conto arrumado - foi o ano novo que passei em Copacabana - e acabou que ficou guardado desde então.</b><br />E em Novembro passado, peguei alguns contos desses guardados e lancei na Amazon. O conto da Calliope foi o conto surpresa e especial que saiu no meu aniversário. Claro que eu arrumei o conto e dei um final diferente do que ia para a antologia, dando um final para essa personagem que eu joguei uns três anos.<br />E esta autora é tão doida, que em pleno calor de 40 graus, eu fiz sim o Moda Personagem dela. (Que ainda vai ter uma versão oficial!)</div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSahWj_teT1qOditjM81RoDg5aMfpHOhrZO9ZEdibKiIxBWZt-ukrk0m3RmKMF-Q81wy9JatYmhwqrKUZcX4w0ea5ZdPrOPM_VLZHyb-o87Blk5knZmfgYfJiypCqNlpSF6h6xcl4KhuseW6Vc5r46Ko3NzE_eDfL7ocng2Y0SySnOBEdT2j1oo89HhUY/s1000/9-3.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="625" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSahWj_teT1qOditjM81RoDg5aMfpHOhrZO9ZEdibKiIxBWZt-ukrk0m3RmKMF-Q81wy9JatYmhwqrKUZcX4w0ea5ZdPrOPM_VLZHyb-o87Blk5knZmfgYfJiypCqNlpSF6h6xcl4KhuseW6Vc5r46Ko3NzE_eDfL7ocng2Y0SySnOBEdT2j1oo89HhUY/s320/9-3.png" width="200" /></a></div></div><div style="text-align: center;"><i>A capa do conto na Amazon!</i><br /></div><div style="text-align: left;"><br /><a href="https://www.amazon.com.br/Calliope-Anelise-Vaz-ebook/dp/B09MB9D12H?utm_campaign=Boletim%20de%20Anel%C3%A2ndia&utm_medium=email&utm_source=Revue%20newsletter" target="_blank">Calliope - Anelise Vaz na Amazon</a><br /></div><div style="text-align: left;"><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrACr6ph03A_fOAkpGJtxF88MqigSU6y7iP-WS9BUR519WFiEk2wTh_-OteQVTF1Mzf7Ey80-ciY5nf_luulrmvz3bQlsGTpWinjDbhJFkbRFCKIhFisH2IRINI8cesvbNN8g3GcWqvSPBifkhfAnFiXxD_pvwpcckXYVtgSNn_wTOc0aITpiwWuiNJVI/s1080/9-4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrACr6ph03A_fOAkpGJtxF88MqigSU6y7iP-WS9BUR519WFiEk2wTh_-OteQVTF1Mzf7Ey80-ciY5nf_luulrmvz3bQlsGTpWinjDbhJFkbRFCKIhFisH2IRINI8cesvbNN8g3GcWqvSPBifkhfAnFiXxD_pvwpcckXYVtgSNn_wTOc0aITpiwWuiNJVI/s320/9-4.jpg" width="320" /></a></div></div><div style="text-align: center;"><i>E o meu Moda Personagem no calor de Bangu City!</i><br /></div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;"><h2 style="text-align: left;">Recanto das Almas - Novembro, 12 Meses com Minorin</h2><br /><i>E por último e também o mais recente e fresquinho, que saiu no último dia 30 de Novembro, o 11º conto do projeto “12 Meses com Minorin”, que se chama Recanto das Almas.</i><br />Foi um conto escrito inspirado na minha música favorita da Minorin e também é uma homenagem a todas as pessoas que perdemos na vida, mas em especial para as que perdemos durante a pandemia. É falando sobre o local que recebe as almas depois que elas saem da Terra e cuidam delas até poderem seguir seu caminho.<br />Foi o conto que escrevi mais rápido no projeto, mas eu amei o resultado, assim como de todos do projeto.<br /><b>Nada mais justo do que este conto ser um presente de aniversário aos leitores também!</b><br /><br /><a href="https://contosane-blog.blogspot.com/2022/11/recanto-das-almas-12-meses-com-minorin.html?utm_campaign=Boletim%20de%20Anel%C3%A2ndia&utm_medium=email&utm_source=Revue%20newsletter" target="_blank">Recanto das Almas - 12 Meses com Minorin: Novembro - Contos Anê Blog</a></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizf2DRZRiJxGTTIMb88nuP19ZqZVzEkGHswSfZbCRIjeSELGDTIlU_Edi5-ARISpycGhLKd8Gr_dOnWzkbnuzJaoHEJoMd9i66MUOGsUhwg9d2SwaNsAAOpmsXGTLb4f2Kte0rIjljIKxuaMe4A4Xg9zCJC2JVGxo-BkuK_Cp-TQcVwv1W-IE1lcrPcGM/s2304/9-5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2304" data-original-width="1296" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizf2DRZRiJxGTTIMb88nuP19ZqZVzEkGHswSfZbCRIjeSELGDTIlU_Edi5-ARISpycGhLKd8Gr_dOnWzkbnuzJaoHEJoMd9i66MUOGsUhwg9d2SwaNsAAOpmsXGTLb4f2Kte0rIjljIKxuaMe4A4Xg9zCJC2JVGxo-BkuK_Cp-TQcVwv1W-IE1lcrPcGM/s320/9-5.jpg" width="180" /></a></div></div><div style="text-align: center;"><i>Foto do Moda Personagem do mês de Novembro!</i><br /></div><div style="text-align: left;"><br />Bem, pessoal, é somente apenas tudo isso por aqui no nosso boletim!<br /><b>Aproveitem a chance para ler cada uma das histórias que eu indiquei aqui e muitas das outras que eu tenho.</b><br />No mais, parabéns para mim!<br />E até o próximo Boletim de Anelândia! <br /></div>Anelisehttp://www.blogger.com/profile/06098998692638161206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7232565380437790999.post-88096358795934433482024-03-05T12:00:00.006-03:002024-03-05T12:00:00.208-03:00Boletim de Anelândia: #8 - A Blogueira e o fotógrafo (Falando sobre Contemporânea Erótica)<div style="text-align: center;"><b><i>Publicada Originalmente em 24 de Novembro de 2022.</i></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwmXxVB6dVBbj3hD-Pxzk7XQ2RRJBlRkHqWsEjSnk8agozsAuT8xJXcNCPJqwgAPr4nG6vHJ8FtM3smwxshmUmLDJxUgUmke6W06KV5YnNa-iPcxdtF5T8BZqBTIDCfOEj0Bs0nWo6DaxihmHHVY4ZvXstCckC07DZ644K4meKHE2Nz2Vcqbn7ZkIgnic/s1080/8-1.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwmXxVB6dVBbj3hD-Pxzk7XQ2RRJBlRkHqWsEjSnk8agozsAuT8xJXcNCPJqwgAPr4nG6vHJ8FtM3smwxshmUmLDJxUgUmke6W06KV5YnNa-iPcxdtF5T8BZqBTIDCfOEj0Bs0nWo6DaxihmHHVY4ZvXstCckC07DZ644K4meKHE2Nz2Vcqbn7ZkIgnic/w400-h400/8-1.png" width="400" /></a></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;">Olá, pessoas! Como vão? Eu espero que bem!<br />Mais uma edição do nosso Boletim de Anelândia no ar.<br />Hoje falarei sobre uma das minhas histórias mais recentes, que me acompanhou no período de 2020/2021.<br />Uma história mais adulta do que costumo escrever, mas que eu amei trabalhar mesmo assim!<br />Vou comentar um cadinho sobre ela hoje então. Simbora!</div><div style="text-align: left;"><br /><h2 style="text-align: left;">Como surgiu e a inspirações</h2>No comecinho de 2020, naquele período em que pandemia começou e todo mundo ficou em casa, foi uma época em que assisti bastantes animes e entre eles vi alguns hentais curtinhos de uma história bastante questionável! (Tem vezes na vida que vemos coisas do "guilty pleasure".)<br /><b>Dentre estes estava o XL Joushi, que nada mais é do que a história do chefe que dá uns pegas na funcionária.</b><br />O ponto de partida da relação deles é uma encomenda que a protagonista recebe e é o primeiro ponto de enredo para os dois personagens da Contemporânea Erótica se conheçam! Ou melhor, existem duas encomendas que foram trocadas e na hora da troca que eles se conhecem.<br />Outra inspiração para esta história é o fato da Helena ser blogueira, assim como eu sou há vários anos!<br />E bom, Gustavo ser fotógrafo veio só do nada mesmo.<br />Ah, e o nome do blog veio de gerador aleatório mesmo!<br />E bom, eu estava me coçando para escrever outra história com hot né? Não sou de ferro!</div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: center;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/C5E7k_A9_8w?si=shy2l0gRB0udZb1a" title="YouTube video player" width="560"></iframe>
<br /></div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;"><h2 style="text-align: left;">O processo de escrita</h2>Só para esclarecer, o enredo é o seguinte: Temos o Gustavo, temos a Helena, ambos vizinhos no condomínio em que moram. Um dia suas encomendas são trocadas e assim ele descobre que ela é a autora de um blog famoso e que ele acompanha. Precisando de grana e para guardar o segredo, ele oferece um acordo de trabalho para ela.<br />E o processo da escrita dessa história mais adulta e que foi bastante divertida é bem parecido com o que aconteceu até no DEA e no Guilty Angels. Eu alternava os pontos de vista entre os dois personagens.<br /><i>No caso da Contemporânea Erótica, os capítulos são alternados entre os dois, sendo os capítulos ímpares do Gustavo e os pares da Helena.</i><br />E é sempre bastante interessante trabalhar sob este modo, porque em diversos momentos da história os personagens estão separados. E obviamente, escrever em primeira pessoa é sempre uma aventura.<br />Mas é interessante perceber as nuances entre Gustavo e Helena, cada um com suas questões e inseguranças.<br /><b>Sem contar que decidi continuar explorando o gênero hot, mas seguindo uma outra ideia que falarei a seguir.</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9gQ8hVMP6d_wkwFGYttEryATlx238Z_pkCzh0yIaxAmT5VpcCDO4voS4mcvRV3uknuqJHRm7bBrxEWSq_3vRJOsGF7Rbzk4nriHlNJHBOgyznwkdEG6QiteU73hJTMP6tCal1hRALDoyunbHo5K0Jk29VeKkIMWNLelQK0qfcNKgSwvhyphenhyphenPHcoLxhKYac/s267/8-2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="267" data-original-width="202" height="267" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9gQ8hVMP6d_wkwFGYttEryATlx238Z_pkCzh0yIaxAmT5VpcCDO4voS4mcvRV3uknuqJHRm7bBrxEWSq_3vRJOsGF7Rbzk4nriHlNJHBOgyznwkdEG6QiteU73hJTMP6tCal1hRALDoyunbHo5K0Jk29VeKkIMWNLelQK0qfcNKgSwvhyphenhyphenPHcoLxhKYac/s1600/8-2.jpg" width="202" /></a></div><div style="text-align: center;"><i>Esse livro também tem aqueles hot delícia que a gente lê e faz esta cara.</i><br /></div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;"><h2 style="text-align: left;">A dinâmica das cenas hot trabalhadas no Blog da história</h2>Uma das melhores coisas deste livro foi poder trabalhar justamente com algo que conheço bem, que são os blogs. Estou nessa vida de blogueira e nada mais justo do que criar mais uma personagem que tem coisas semelhantes comigo!<br />E para as partes hot, pelo menos mais no comecinho do livro, decidi fazer como uma coisa que a Helena -ou melhor, a Echii - escreve no blog. Trazendo as cenas hots de uma forma mais leve e até um pouco mais poética. Porque a personagem transforma as transas dela com o Gustavo em diversos contos que ela posta no blog, assim como ela fazia com todos os outros relacionamentos (longos ou não) que teve!<br />Foi bem legal escrever as cenas quentes da história desta maneira, porque é sempre bem divertido quando experimentamos algo diferente na escrita!<br />Sem contar que eu super me senti em casa escrevendo, pois blogueira desde 2006.</div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvILJnSXZ4QGy6HJFlAalI3xUkt-fUkZXlJIgfEhGc8zcccbV8vTjyoBg8ZDFso577q4xxuGxUI0qp9sU3EOt0aGk4QoVovcvseizscztzoBwrIF9kl_ks2fsiZipjTTijh6unSPGKyCTPJWm5lKrDhvQb0J0PoEgM-Mx6NNS6Eh8MosTEFsucPzEQZw0/s236/8-3.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="236" data-original-width="236" height="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvILJnSXZ4QGy6HJFlAalI3xUkt-fUkZXlJIgfEhGc8zcccbV8vTjyoBg8ZDFso577q4xxuGxUI0qp9sU3EOt0aGk4QoVovcvseizscztzoBwrIF9kl_ks2fsiZipjTTijh6unSPGKyCTPJWm5lKrDhvQb0J0PoEgM-Mx6NNS6Eh8MosTEFsucPzEQZw0/s1600/8-3.jpg" width="236" /></a></div><h2 style="text-align: left;"> </h2><h2 style="text-align: left;">Outros temas que a história aborda</h2><i>Apesar de ter tecnicamente uma história mais leve, a Contemporânea também tem os seus temas mais sérios sendo falados.</i><br />O primeiro, o mais de boas desta lista, é a parte de fotografia - que foi algo que amei fazer na faculdade - e também os perrengues que a nossa geração passa para conseguir a independência financeira, ainda mais o pobre do Gustavo sendo recém-formado.<br />O segundo é um pouco polêmico, que é justamente o tabu que existe em torno da Helena escreveu um blog erótico. E a maior parte disso vem justamente da sua família e de boa parte das pessoas que conhece. E esse é um dos motivos dela se manter no anonimato, por medo de ser julgada pelo que faz.<br />O terceiro é um ponto de gatilho até um pouco grande, que é o ex-namorado da Helena, que era super abusivo com ela, porém ela conseguiu sair da relação. Só que o ex não aceita o final do relacionamento e ainda fica atrás dela. E por isso que a Helena acaba sendo bastante insegura em diversas situações!<br />E até o Gustavo tem as suas questões, de não confiar em si mesmo e até de não achar que mereça a Helena.<br />Enfim, eles são dois personagens que têm suas próprias nuances.<br /><b>São temáticas que adorei trabalhar dentro deste livro e espero que quem leia também goste de acompanhar essa história e personagens.</b></div><div style="text-align: left;"><b> </b><br /></div><div style="text-align: center;"><i><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJH29k9YMtLcgpBVulp7LDThPNTMBk2tpVH42pVtTLue2cciV9xcd5Cg190yaqISDbGWkd7iPQ119YjlSE-_lpDyw0hzC4wgHBr5TAeCzmfXkG-v0Woje72zEhQIR3oTWNg7fRwvn3m7m9UU3VzAsmmBARve25t8454HKthzUMHBuUae9PavY-PRzYzUk/s500/8-4.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="355" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJH29k9YMtLcgpBVulp7LDThPNTMBk2tpVH42pVtTLue2cciV9xcd5Cg190yaqISDbGWkd7iPQ119YjlSE-_lpDyw0hzC4wgHBr5TAeCzmfXkG-v0Woje72zEhQIR3oTWNg7fRwvn3m7m9UU3VzAsmmBARve25t8454HKthzUMHBuUae9PavY-PRzYzUk/s320/8-4.webp" width="227" /></a><i> </i></div></i></div><div style="text-align: center;"><i>XL Joushi, o mangá/anime que foi uma das inspirações.</i><br /></div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;"><h2 style="text-align: left;">Em breve na Amazon</h2>Por enquanto, o livro está disponível completo e gratuitamente para leitura nas plataformas, como Nyah, Wattpad e o Contos Anê Blog.<br /><i>Uma das metas para 2023 é revisá-lo e colocá-lo lá na Amazon, assim como fiz com outros livros meus.</i><br />E quem sabe, não faça alguns exemplares físicos para vender em alguns eventos por ai? Mas essa parte aqui ainda estou pensando.<br /><b>Então, aproveitem a chance de conhecerem a obra completa e se apaixonarem pelo Gustavo e pela Helena.</b><br /><br /><a href="https://contosane-blog.blogspot.com/p/contemporanea-erotica.html?utm_campaign=Boletim%20de%20Anel%C3%A2ndia&utm_medium=email&utm_source=Revue%20newsletter" target="_blank">Contos Anê Blog: Contemporânea Erótica</a></div><div style="text-align: left;"><a href="https://www.wattpad.com/story/237388392-contempor%C3%A2nea-er%C3%B3tica?utm_campaign=Boletim%20de%20Anel%C3%A2ndia&utm_medium=email&utm_source=Revue%20newsletter" target="_blank">Contemporânea Erótica - Anelise Vaz - Wattpad</a></div><div style="text-align: left;"><a href="https://fanfiction.com.br/historia/796311/Contemporanea_Erotica/?utm_campaign=Boletim%20de%20Anel%C3%A2ndia&utm_medium=email&utm_source=Revue%20newsletter" target="_blank">Contemporânea Erótica - Anelise Vaz - Nyah Fanfiction</a></div><div style="text-align: left;"> <br /><b><i></i></b><blockquote><b><i>Sinopse:</i></b> Duas entregas que foram ao destinatário errado. Duas caixas trocadas.<br />Gustavo recebe sua encomenda que fez pela internet, mas ao abrir vê que não é nada daquilo que ele pediu. Logo percebeu a troca e foi ao apartamento da vizinha que devia estar com a caixa e fazer a troca. Tudo isso seria normal, se a caixa de Gustavo não estivesse cheia de produtos eróticos e ainda piora (ou será melhora?) pois ele descobre que sua vizinha Helena é a autora anônima de um blog que ele acompanha, chamado Contemporânea Erótica.<br />Imediatamente, para não revelar a identidade da blogueira, ele oferece um acordo: Ajudá-la com o blog. Porém, Helena reverte a situação a seu favor e Gustavo acaba virando a cobaia para testar alguns dos produtos que recebeu naquela caixa.<br />Suas experiências juntos serão transformadas em contos eróticos para o Contemporânea. Mas, tudo isso irá muito além do que simples contos</blockquote><br /><br />E somente apenas isso por hoje.<br />Até o próximo Boletim de Anelândia! <br /></div>Anelisehttp://www.blogger.com/profile/06098998692638161206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7232565380437790999.post-4177638762316531712024-02-29T12:00:00.001-03:002024-02-29T12:00:00.245-03:00Boletim de Anelândia: Bônus #3 - Despedida de Solteiro (Incompleto) - Sob pseudônimo de Kyon Hiryu<div style="text-align: center;"><b><i>Publicada originalmente em 17 de Novembro de 2022</i></b></div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUQLZVOUge79IFCa5TfDAbcqYJzbShCIHnkwOz96k_b27Srq4tYRyyC-oMc09TLgvoSqUax90JcspLimyB5pocH0Pyxnx71ORlomD5FL6FWy3G81omJTOY01SYb-UJzfsUgu1s65Y7n5ehsWmxbQ_7tbemxpUG0TONjlGQBMp28MgboPUCeamZ9zXYTSw/s1080/B3.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUQLZVOUge79IFCa5TfDAbcqYJzbShCIHnkwOz96k_b27Srq4tYRyyC-oMc09TLgvoSqUax90JcspLimyB5pocH0Pyxnx71ORlomD5FL6FWy3G81omJTOY01SYb-UJzfsUgu1s65Y7n5ehsWmxbQ_7tbemxpUG0TONjlGQBMp28MgboPUCeamZ9zXYTSw/w400-h400/B3.png" width="400" /></a></div><br /></div><div style="text-align: left;">Olar, pipous! Como vão? Espero que bem!<br />Mais uma edição extra do Boletim, desta vez trazendo mais uma coisinha que eu escrevi (e não terminei), aproveitando que falei sobre o pseudônimo na edição passada… Trouxe para vocês uma história que batizei de Despedida de Solteiro. (Sim, tipo a música do Latino!) Era apenas uma oneshot/conto que foi inspirado em meu OTP de ASA.<br />LEMBRANDO: Está INCOMPLETA e não revisado!<br />Espero que gostem!<br />Vou deixar a sinopse e o que eu escrevi…<br /><br /><b><i></i></b><blockquote><b><i>Sinopse: </i></b>O ex-namorado de Aria vai se casar. Ela ainda é apaixonada por ele. Um amigo em comum, Nick, entre ela e o ex, está organizando a despedida de solteiro do rapaz e sabendo dos sentimentos que Aria ainda tem, faz uma aposta com ela. A garota acaba perdendo. Ela será a “despedida de solteiro” de Luke. Só que essa última noite trará antigos sentimentos de volta e que causarão consequências sérias nos preparativos finais do casamento! </blockquote></div><div style="text-align: left;"><br /><h2 style="text-align: left;">Despedida de Solteiro - Cap Único</h2><br />Aria e Nick saíram de mais um dia cansativo de trabalho e por ser sexta-feira, eles foram beber um pouco com alguns outros colegas. Foram muitas horas de diversão após uma semana exaustiva de trabalho. Logo, os dois amigos voltaram para casa juntos, pois eram vizinhos. Nick estava organizando a despedida de solteiro do amigo, também ex de Aria, Luke. E entre os assuntos que falavam o caminho, essa festa foi uma delas. <br />-E como estão os preparativos da despedida de solteiro do Luke? <br />-Estão indo bem! Vai ser algo que ele jamais vai se esquecer. <br />-E como que o Luke está em relação ao casamento? <br />-Animado. Carolina é uma garota maravilhosa, tudo o que a família dele quer. <br />-Diferente de mim! <br />-Pare de falar desse jeito. Você também tem seu potencial. <br />-E uma paixonite aguda pelo Luke que não some nunca. Não consigo parar de pensar nele, ele foi o primeiro que eu amei de verdade. <br />-Tem mais de um ano que vocês terminaram, não é? <br />-É!<br />-E se me lembro bem, você foi a primeira que ele apresentou para a família. <br />-Isso também. Foi uma experiência um pouco estranha. <br />-Ele te chamou para o casamento? <br />-Não! A família dele e a Carolina me odeiam. <br />-A Carol te odeia? <br />-Carol, Nick? Carol? Puta que pariu! - fez careta – Ela tem raiva de mim porque eu ganhei um projeto que estava contra um dela e este valia uma nota. <br />-Nossa! Esse é mundo é pequeno demais. <br />-Nem me fala. <br />Após uma breve pausa e um suspiro de Aria, ela falou: <br />-Quem me dera pudesse ir ao casamento. Daria tudo para ver o Luke de novo. <br />-Tudo mesmo? <br />-Claro que sim! Eu não o amo? <br />-Disso eu não duvido. Quantas coisas eu te vi fazer por ele. - colocou a mão no queixo – E que tal fazermos uma aposta? <br />-Lá vem! Qual, Nick? <br />-Como eu sou o organizador da despedida de solteiro e o noivo é meu amigo, eu tenho acesso fácil aos convites. Que tal eu conseguir um para você? <br />-Duvido! Carolina não iria deixar. <br />-E quem disse que ela vai saber? - riu, sádico <br />Aria não segurou a gargalhada também. <br />Nesse altura, eles já estavam entrando no prédio. Pegaram o elevador e a conversa continuou: <br />-E se conseguir? O que eu tenho que fazer? <br />-Ora, eu ainda estou precisando da moça que será a última transa de solteiro do Luke. Afinal, depois disso ele só vai comer a Carolina pelo resto da vida. <br />-Você é louco né? - e deu um tapa nele – Mas nem pensar! Como vou encará-lo no casamento, depois disso tudo? <br />-Mas vai ser uma transa casual. Não terá nada mais que isso. <br />-Apenas o fato de eu ainda ser louca por ele. <br />-Penso melhor nisso depois. Primeiro preciso do seu convite! <br />-E eu vou pensar em algo para te fuder se não conseguir, filho da puta. <br />-Vai sonhando. <br />Despediram-se e foram cada um para seu apartamento. <br /><br />*** <br /><br />No dia seguinte, Nick se encontrou com Luke para o almoço e ver algumas coisas para a festa que o amigo organizava para ele. Nick quis saber algumas coisas que o amigo queria nessa festa, mas pediu várias opções, afinal, a festa seria uma total surpresa para o noivo. <br />No meio da zoeira dos amigos, Nick resolveu pôr o seu plano, de juntar Aria e Luke, em ação. <br />-Cara, sabia que a Aria quer ir no teu casamento? <br />-Aria? Você ainda fala com ela? <br />-Nós trabalhamos juntos. <br />-Poxa, que legal. Saudade dela. - Ele suspirou, se lembrando de algo – Minha família não gostava muito dela. <br />-Ela está com muita vontade de ir no seu casamento. Tem como descolar um convite para ela? <br />-Carolina me mata se descobrir, mas eu arrumo sim! Coloco ela na sua mesa. <br />-Beleza, cara! Muito obrigado. Acabou de livrar o meu pescoço. - e riu <br />-Só faço isso porque ela é uma pessoa especial para mim. <br />Nick não demonstrou, mas ele riu, mas riu histericamente por dentro. Ele conseguirá! Agora Aria seria “a garota”. <br />Na realidade, Nick não gostava muito de Carolina, a noiva de Nick, preferia que Aria ficasse com o seu melhor amigo desde o ensino médio. Ele sempre achou dois combinavam mais e se davam melhor. Ele ainda não entendia o motivo deles terem rompido, contudo estava disposto a fazê-los voltar. <br />Depois de todos os assuntos resolvidos, Nick voltou para sua casa. Decidiu fazer uma visita a amiga e contar da novidade da aposta. <br />-Olá, Nick. Então, como foi o almoço com o Luke? <br />-Foi divertido. E tem outra coisa... - abriu um sorriso <br />-Da aposta, eu suponho. <br />-Isso mesmo! Eu consegui! - pulou <br />-Eu não acredito. Achei que seria fácil, mas não tão ridículo. <br />-Ele é meu amigo desde o ensino médio, o que isso teria de difícil? <br />Aria ainda tentava processar que ela teria que transar com o seu ex-namorado, de uma maneira forçada e ainda iria ao casamento dele. Nick, então, gritou, entusiasmado: <br />-Ah, vai transar com o Luke! Eu tenho que te preparar e muito bem. Tem que ficar bem gostosa para ele! <br />-Tá mais animado que eu, Nick. Parece que é você que é apaixonado por ele aqui. <br />-E você já aparenta nervosismo. <br />-Obviamente, caro Nick. <br />-Não se preocupe com isso. Ele disse que você é alguém muito especial para ele. Isso é um bom sinal! <br />-De que ele vai me comer com pena né? <br />-Não seja idiota! Ele ainda gosta de você. Suspirou, sorriu e os “caralho todo”. <br />-Espero que eu tenha coragem para isso. <br />-Você vai ter sim. Seu coração vai falar mais alto. - abraçou a amiga, consolando-a – Vamos, eu tenho que cuidar dos seus preparativos. <br /><br />*** <br /><br />Duas semanas se passaram e era finalmente a semana do casamento. O chá de panela de Carolina acontecera na semana anterior, onde todos as mulheres deram utensílios para a casa dos noivos. <br />O casamento seria em uma ilha, onde havia um hotel, todos os convidados ficariam hospedados lá. <br />Todos os convidados viajaram para lá. Só era possível de barco ou de helicóptero. <br />A despedida de solteiro do noivo seria na noite da chegada, já que todos ficariam ali por três dias. <br />Nick chegou mais cedo que os outros, afinal, ele precisava esconder o presente do amigo: Aria. Ele colocou a amiga em um quarto separado para os fins da surpresa e porque a amiga também era uma convidada. Ainda era claro quando chegaram, pois fizeram hora extra para poderem sair mais cedo naquela sexta. <br />Ele foi levar Aria no quarto dela primeiro e lhe fazer umas recomendações para o “grande momento”. <br />-Não se esqueça de tomar um banho, se perfumar bem e ficar pronta no horário combinado. Qualquer coisa é só me ligar. <br />-Ok, Nick! Vai trazer meu jantar mais tarde?<br />-Claro! Eu sei que você está nervosa, mas aposta é aposta né? <br />-Filho da puta! <br />Nick riu. <br />-Sério. Não precisa se preocupar com mais nada hora, apenas curta o Luke em sua última noite como um homem “desimpedido”. <br />-Me sinto uma prostituta. <br />-Mas não é, porque tá fazendo de graça. <br />-Ah, porra, Nick! Sai daqui. <br />Aria expulsou o amigo do quarto. Ela estava sofrendo por medo do que iria fazer e do que poderia acontecer. Alguém poderia descobri-la antes ou até depois, sua reputação estava em jogo por conta disso. Mas Nick não iria deixá-la desistir agora. Para ele, aposta era aposta. Perdeu, tem que aguentar as consequências. <br />Enquanto isso, o amigo resolvia os últimos problemas da festa. <br />Uma hora depois, os noivos chegaram ao local de barco. Foram recebidos e devidamente alocados em quartos separados. A suíte nupcial apenas os esperava depois da cerimônia, que só seria do dia seguinte. Após isso, desceram e foram fazer o lanche da tarde diante de um bela vista para a praia, com a brisa e o cheiro de maresia sob eles. <br />-Então, amor, animado para a despedida de solteiro? <br />-Um pouco. Na verdade, estou com medo do que o Nick vai aprontar nisso. <br />-Não fique assim. Ele é o seu melhor amigo, não vai acontecer nada de ruim. <br />-E tem uma festa para você hoje também né? <br />-Tem sim! Também uma despedida de solteira. Ansiosa para saber o que será. Ninguém me falou nada do que vai ser! <br />-Só falta ser uma festa do pijama. <br />-Ah, isso não. Coisa de adolescente. Espero que tenha um stripper delicioso. <br />-Isso é coisa que se fale para seu noivo? <br />-Ah, Nick. - sorriu Luke – Não sabia que estava aqui. <br />-Eu sou um bom organizador e vim mais cedo justamente para deixar tudo nos conformes para a nossa farra de hoje. <br />-Quero só ver o que vai aprontar com o meu noivo. <br />-Nada demais, Carol. Nada demais. - Nick disse isso rindo totalmente por dentro <br /><br />*** <br /><br />Luke saiu de seu quarto e foi para a sua despedida de solteiro. Cruzou com Carolina no caminho, que também se dirigia a sua festa. <br />Nick o recebeu e ao abrir a porta ele viu o que de melhor podia ter imaginado para a ocasião. Muita bebida, música e mulheres bonitas. Maioria dos convidados gosta disso, porém os que não, estavam ali apenas por consideração ao noivo. <br />Nick contratou várias dançarinas e garçonetes. Elas brincavam com os homens do recinto.<br />A festa rolou por um tempo, com todos bebendo, até que Nick pediu para Luke subir ao palco. <br />-Luke, suba aqui e sente na cadeira. <br />Então, o noivo foi lá. Todas as dançarinas fizeram danças sensuais para ele e se despiram. Os convidados foram a loucura. <br />Depois deste show, todos continuaram bebendo e dançando e rindo. Após algumas horas, a festa foi encerrada. Os últimos a saírem foram os dois melhores amigos. Eles conversavam: <br />-Cara, eu tô cansado, mas essas dançarinas me deram um tesão. - falou Luke <br />-Ainda tenho um última surpresa para você. <br />-Como? <br />-Você vai poder “descarregar” o seu amigo. <br />-Eu não esperava que você fizesse isso, Nick. <br />-De nada. Só não deixe a Carol saber. <br />Alguns momentos depois, chegaram ao quarto. Aria já estava com a roupa adequada por baixo de um roupão. Nick abriu a porta, se despediu do amigo e desejou-lhe boa noite. Ele esperava que o seu plano funcionasse. <br />Luke quase caiu para trás quando viu que era Aria sentada na cama do quarto. <br />-A... Aria? <br />-Olá, Luke! <br />-Você é o meu “presente”? <br />-Sou eu sim. Por quê? Não gostou? <br />-Não é isso. Só estou surpreso. Nick é louco mesmo. <br />-Não me fale disso. <br />Os dois há muito tempo sem se ver e mesmo assim sem nada para dizer um ao outro. Um era especial para o outro, mas não queriam admitir. Luke resolveu puxar um assunto casual: <br />-E o que tem feito depois que terminamos? <br />-Ora, apenas trabalhado junto com o Nick. Bastantes e bons projetos da nova empresa. E você? <br />-Bem, estou resolvendo bastantes assuntos lá da minha empresa. Muitas transações valiosas. <br />-Fico feliz por você. - sorriu – E vai se casar. <br />-É! Você também está com alguém? <br />-Não. Resolvi dar um tempo nisso, me dedicar a mim. <br />Outro silêncio mortal se fez. Eles apenas se entreolhavam. Aria tomou uma atitude, abriu o seu roupão e mostrou a sua lingerie vermelha e sexy. Luke quase babou. <br />-Venha, Luke, sou toda sua. <br />Ele foi dominado por um desejo, um sentimento antigo que surgiu em seu corpo. Roubou um beijo de Aria. <br /><br /> </div><div style="text-align: left;">E ai? O que acharam?<br />Eu confesso que até hoje vontade de terminar isso daqui e quem sabe lançar na Amazon. Quem sabe né?<br />Enfim, até a próxima!</div>Anelisehttp://www.blogger.com/profile/06098998692638161206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7232565380437790999.post-49539420853377278552024-02-28T12:00:00.001-03:002024-02-28T12:00:00.257-03:00Boletim de Anelândia: #7 - Eu deveria ter um pseudônimo? (Sobre eu escrever histórias de temáticas bastante diferentes)<div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div style="text-align: center;"><b><i>Publicada originalmente em 14 de Novembro de 2022</i></b></div></div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjy86eskA_J2R37c4x9NCI9JK68AgmKYTwyOn8ej52xKzt3lpeFucRZGX25Zf5z0Rf7VpweTM4RsQ52CzuVuV3wDl5EpPaMj-xjP9rVuC_kvW9UtasEAqk-pr4-OVGbxd47nBX3555myz2xWs0CDxNJSzIKWaXZoLCT6OGDC-2UCmDzpBOUz-qiN2JUhyI/s1080/7-1.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjy86eskA_J2R37c4x9NCI9JK68AgmKYTwyOn8ej52xKzt3lpeFucRZGX25Zf5z0Rf7VpweTM4RsQ52CzuVuV3wDl5EpPaMj-xjP9rVuC_kvW9UtasEAqk-pr4-OVGbxd47nBX3555myz2xWs0CDxNJSzIKWaXZoLCT6OGDC-2UCmDzpBOUz-qiN2JUhyI/w400-h400/7-1.png" width="400" /></a></div><br /> </div><div style="text-align: left;">Olá, pessoas! Como vão? Espero que bem!<br />Sejam bem-vindos a mais uma edição do nosso Boletim de Anelândia e dessa vez quero falar sobre uma coisa que me pego pensando de vez em quando.<br />E mesmo com o pouco tempo desta newsletter no ar, vocês já sabem que vem uma enxurrada de coisas por aí!<br />Então, segurem-se que lá vamos nós!</div><div style="text-align: left;"><br /><h2 style="text-align: left;">A autora que atende as próprias coceiras</h2><br />Para quem me conhece como autora e me acompanha há mais tempo sabe como os meus livros têm temáticas e gêneros bastante diversificados.<br />Tem infanto juvenil, fantasia, erótico, young adult… São tantos que nem dá para listar, ainda mais se formos levar os contos da época do café com letra (que posso separar para falar sobre num Edição) e até os do projeto do ano!<br /><b>E eu, sinceramente, não me sinto uma autora de um gênero só! Meus próprios gostos para a leitura são bastante variados, então por que para escrever seria diferente?</b><br />Eu me sinto muito segura e eu mesma enquanto estou escrevendo e a escrita para mim também é uma eterna experimentação.<br />Muitos dos livros que escrevi foram justamente por que eram para suprir uma necessidade ou uma vontade que me surgiu. Por exemplo, na época em que comecei As Aventuras de Jimmy Wayn havia poucos livros com narradores masculinos em primeira pessoa e era uma coisa que sentia falta e resolvi fazer.<br />Com O Diário da Escrava Amada foi uma necessidade de ter alguma história erótica com algum plano de fundo, assim como a inspiração, também explorando a escrita de cenas hots.<br />Com As Super Agentes, foi uma saudade do período anterior, junto com a vontade de escrever coisas com agentes e inspirada nos animes que gostava na época, como Sailor Moon, Saint Seiya e InuYasha. (Porque os poderes elementais dos meninos eram porque eles eram youkais.)<br /><i>Meu noivo chama esse tipo de coisa de "coçar uma coceira", mas ele usa o termo para relacionar a outras mídias, mas é basicamente é que atendam alguma necessidade inerente nossa. Sabe quando a gente procura uma história de algo muito específico e finalmente encontra? E tipo isso!</i><br />Então sim, eu mesma atendo as minhas coceiras como escritora!</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-WmVsZqy463B0nSxpIg0OVQ7K3pNhytKFVzbg6UupzaipwBVHzwNqE6bJVMUU-LIiglrrbcRcRvqitrtH3LX4s_23LrZCENNeJR6HUBPJRELcAXcKwtLmLjoLMW6wGlmgl9cwVNjtTwXLJ9a8l-2X0UDHnMF1xNWSIxkDzkklDdO28UKjJp2SmiVVE9c/s347/7-2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="268" data-original-width="347" height="247" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-WmVsZqy463B0nSxpIg0OVQ7K3pNhytKFVzbg6UupzaipwBVHzwNqE6bJVMUU-LIiglrrbcRcRvqitrtH3LX4s_23LrZCENNeJR6HUBPJRELcAXcKwtLmLjoLMW6wGlmgl9cwVNjtTwXLJ9a8l-2X0UDHnMF1xNWSIxkDzkklDdO28UKjJp2SmiVVE9c/s320/7-2.png" width="320" /></a></div><div style="text-align: center;">Eu feliz atendendo minhas coceiras como autora!<br /></div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;"><h2 style="text-align: left;">Essa mistura de temática confunde os leitores e/ou públicos?</h2><br /><b>Eu já ouvi alguns outros autores falarem que essa coisa de escrever histórias tão diferentes pode acabar confundindo os públicos de leitores.</b><br />Porque, me usando de exemplo, eu escrevi uma história erótica/dark romance e conquistei um público com ele… Aí vou lá e no ano seguinte e lanço uma história infanto-juvenil ou que é para o extremo oposto de tipo de leitor, seja a idade ou até a frequência.<br />Sei que muitos autores se focam em escrever um estilo apenas de história e ficar com aquele público, já que essas pessoas que curtem o gênero sempre irão atrás de suas obras. Já tem outros que até arriscam em escrever algo diferente, mas para evitar a confusão dos próprios leitores acaba usando pseudônimos diferentes. Além do claro trabalho que isto dá, porque conversar com audiências opostas é bem complicado, também existe o trabalho de - se é autor engajado em redes sociais - de ter um perfil para divulgar estes livros. Enfim, é um pouco mais de trabalho, mas cada um sabe onde o calo aperta.<br /><i>Até tem uma autora que eu acompanho que tinha uns 3 pseudônimos - e pouco tempo atrás ela nem divulgava que era ela, só ficava como perfil separado - e cada um tinha o seu tipo de história. Ela administrava três perfis divulgando e claro, escrevia os livros em questão!</i><br />Recentemente, ela decidiu juntar tudo num só, já que estava dando muito trabalho!<br />Enfim, como leitora entendo que os autores podem ter histórias de gêneros diferentes em seu, digamos, currículo!</div><div style="text-align: left;"><br /><h2 style="text-align: left;">Por que eu não tenho vontade de ter um pseudônimo para separar os gêneros?</h2></div><div style="text-align: left;">Eu sinceramente, já até pensei em fazer um pseudônimo para separar os gêneros das histórias! Acho que foi por que me sugeriram, num me lembro com exatidão!<br /><b>Até pensei em usar um segundo nome favorito, como Amélia, e meu outro sobrenome.</b><br />Mas, eu já acho bem complicado me divulgar e fazer o meu nome como autora crescer, mesmo escrevendo coisas tão distintas umas das outras. Acho que seria bem mais complicado se eu separasse, porque é meio que começar do zero e bom, na minha carreira não estou mais neste ponto. Até porque eu já lido com um monte de contas em redes sociais, eu estaria louca de criar mais. (E mesmo assim crio, mas isso é detalhe!)<br />Inclusive, quem me segue e me acompanha sabe muito bem o quanto eu escrevo um pouco de cada coisa e acho que essa é a graça dos meus livros: eles são de gêneros diferentes. Até porque eu como leitora, como falei antes, gosto de gêneros praticamente opostos entre si. E sempre costumo brincar que eu escrevo os livros que eu gostaria de ler.<br /><i>Enfim, eu poderia ficar horas e mais horas aqui listando os motivos plausíveis para eu não ter um pseudônimo… Mas, eu simplesmente não quero e é isto!</i></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvpEdd9wh29VynFrVw2G9znK7Ica2tzcKGVG3j3dCgd7K4ruaNSZ5nKTi37aS4jRqFEXrUegWJ6YiJ2svkTb5aMr0vpXZ_B7b5Cml6ciwaaRDXNzE0FXvKIa7mKWKSdIfPoE4MNsfoqXb7sYhwI8xg4wqyHdj6OLzIk0PJw_tGGBprnsj8u-InvA_Ncn4/s945/7-3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="694" data-original-width="945" height="235" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvpEdd9wh29VynFrVw2G9znK7Ica2tzcKGVG3j3dCgd7K4ruaNSZ5nKTi37aS4jRqFEXrUegWJ6YiJ2svkTb5aMr0vpXZ_B7b5Cml6ciwaaRDXNzE0FXvKIa7mKWKSdIfPoE4MNsfoqXb7sYhwI8xg4wqyHdj6OLzIk0PJw_tGGBprnsj8u-InvA_Ncn4/s320/7-3.jpg" width="320" /></a></div></div><div style="text-align: center;"><i>Meus leitores vendo minhas histórias diferentes e zoneadas.</i></div><div style="text-align: left;"><br /><h2 style="text-align: left;">Se bem que… Eu tenho um pseudônimo!</h2><br />Vocês agora: Ah, criatura, se decide né?! Ou você tem pseudônimo ou num tem.<br />Mas, calma, segura na mãozinha que eu vou explicar.<br />Nos meus tempos áureos de autora do Nyah Fanfiction - quando era mais ativa, no caso - eu cheguei a criar uma segunda conta por lá, que é a do Kyon Hiryu. E até escrevi umas duas coisas usando este nome.<br /><b>Mas de onde diabos veio isso de Kyon Hiryu? Bom, é basicamente um personagem, que é meio que pseudônimo também. Lá por 2010, criei um blog para esse personagem e usava para falar algumas coisas sobre mim mesma na terceira pessoa. (Quem nunca né?)</b><br />Só para explicar, a origem do nome é a mistura do Kyon - de Suzumiya Haruhi no Yuutsu - e do Stider Hiryu - do jogo Strider. Pois é, eu e minhas ideias geniais.<br />Atualmente, ainda escrevo coisas usando o personagem, mas para falar sobre outras temáticas que gosto, no meu blog Ane-chan’s Shizen?. E confesso que gosto muito de usar essa “identidade”.<br /><i>Enfim, uma das coisas que escrevi usando esse pseudônimo foi a história ”Mate-me se for capaz”, que é sobre a briga entre a enteada e a madrasta pela herança do pai recém-falecido. Confesso que é daquelas que tenho uma vontade imensa de terminar, porque tem agentes e é isto.</i><br />Vou deixar o link para quem quiser ler os dez capítulos que eu publiquei dessa história lá em 2014/2015.<br />(Vou deixar duas opções para a leitura...)<br /><br /><a href="https://fanfiction.com.br/historia/467232/Mate-me_se_for_capaz?utm_campaign=Boletim%20de%20Anel%C3%A2ndia&utm_medium=email&utm_source=Revue%20newsletter" target="_blank">Mate-me se for capaz | KyonHiryu</a><br /><br />Lexi Aspen Donovan é uma garota de seus 19 anos, vive com o pai, a madrasta e o meio-irmão. Perdera sua mãe biológica quando era criança. Seu pai é muito rico e é dono de uma empresa bem sucedida.<br />A família vivia feliz até pouco depois do 19º aniversário de Lexi, quando a madrasta matou o marido envenenado, pois ela sempre teve interesse pela fortuna dele.<br />Porém, a leitura do testamento dava maior parte dos bens do falecido a sua filha mais velha. Lexi se tornou o próximo alvo da perversa madrasta. Sem ela no caminho, toda a fortuna seria de seu filho com o falecido.<br />Lexi sabe bem quem foi que matou seu pai e de todo o perigo que corre, então contrata uma pessoa para protegê-la: Aiden Levi Memphis, um ex-agente secreto.<br />O dever do rapaz é evitar que Lexi seja assassinada até que a fortuna seja entregue a ela.<br /><br /><a href="https://www.wattpad.com/story/107026947-mate-me-se-for-capaz?utm_campaign=Boletim%20de%20Anel%C3%A2ndia&utm_medium=email&utm_source=Revue%20newsletter" target="_blank">Mate-me se for capaz - Kyon Hiryu - Wattpad</a><br /> </div><div style="text-align: left;"><b>Inclusive, fiquem ligados na edição bônus dessa semana, que será sobre a outra história que escrevi usando o nome de Kyon Hiryu.</b><br />E só para ilustrar...</div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfeIvMscbWPeGUt9JZoYn1EyMN9S15hzvKxmajl0t3uiE8ebPGTOUtWhIiF0NuRz1cXi0bDPxaaSyqwxvX9cnZsE9dpjdE8-92ObvMmVmcKkEcpYRP_1QWoHtTUwnXpya3TzeNwsu7F5EavHm1kiBUhZDykeYJg9r6V3Lzm97LhDuPXOgcoBgmaTFJtBU/s512/7-4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="363" data-original-width="512" height="284" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfeIvMscbWPeGUt9JZoYn1EyMN9S15hzvKxmajl0t3uiE8ebPGTOUtWhIiF0NuRz1cXi0bDPxaaSyqwxvX9cnZsE9dpjdE8-92ObvMmVmcKkEcpYRP_1QWoHtTUwnXpya3TzeNwsu7F5EavHm1kiBUhZDykeYJg9r6V3Lzm97LhDuPXOgcoBgmaTFJtBU/w400-h284/7-4.jpg" width="400" /></a></div></div><div style="text-align: center;"><i>Kyon da Haruhi (Sim, meu husbando!)</i></div><div style="text-align: left;"><br /><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9hTLJGy1PfDwLJdsj-leYl6HcU2ng3WonTmv9lgnsslbBm_tpJWhHKeJzXVk0EdqqRD7OsQeDivC-i1RIntl9Ju2IZXAfCJKyN726l0hUS1yh8Jux2TeN5f9BeAl4iVrL3bcgnVow2DXzcoet-1lFAhwf5lREEHeFEkt6oZ0b5ZCDfBovlcuCVlZb8Vs/s456/7-5.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="456" data-original-width="400" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9hTLJGy1PfDwLJdsj-leYl6HcU2ng3WonTmv9lgnsslbBm_tpJWhHKeJzXVk0EdqqRD7OsQeDivC-i1RIntl9Ju2IZXAfCJKyN726l0hUS1yh8Jux2TeN5f9BeAl4iVrL3bcgnVow2DXzcoet-1lFAhwf5lREEHeFEkt6oZ0b5ZCDfBovlcuCVlZb8Vs/w351-h400/7-5.png" width="351" /></a></div><div style="text-align: center;"><i>Stider Hiryu (A CAPCOM e a arte de fazer boneco gostoso...)</i></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"><br /><h2 style="text-align: left;">Conclusão desta bagaça</h2><br />Não vai ser uma conclusão tão incrível, porque eu sou a pessoa/autora que detesta ficar se metendo na escrita dos outros. Aliás, sou uma pessoa que odeia se meter até na vida dos outros.<br /><i>Então, assim, para mim funciona melhor fazer a mistureba de todos os gêneros para uma autora só do que ficar criando nomes apenas para separar isso. Quem já é de casa - de Anelândia, melhor dizendo - já sabe como a coisa funciona.</i><br />Mas, se você é autor e acha melhor criar um pseudônimo… Vai na sua! Você faz o que achar melhor para você!<br />Quer usar seu nome? Usa! Quer criar pseudônimo? Cria!<br /><b>Eu costumo dizer que para a escrita não existe regra, o que dá certo para fulano pode não dar para ciclano e este é a vida! Então, cada um faz o que achar melhor. </b><br />Não sei se o que eu falei nesta edição acabou fazendo algum sentido, mas é isso ai!<br />Espero que tenham gostado e nos vemos no próximo Boletim de Anelândia!</div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiutsIyXAmgO5vcB-SBqUdYSZYE2nt1oIVrOQDWpI6xm1OC5Tmq9Yy80qKk5XsohE-qO50t9iv-CkzneUxKbNY5xaJPU2akDx_OBBO2Ri5fbEAkzjhFJ-DiYcRvP1qaeDmBHqJi__8sDW91QTEJQ4rDawky6eBKbDeeLUmBEGSHJ2Q2-ROyLxSO1CkdZkY/s923/7-6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="923" data-original-width="923" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiutsIyXAmgO5vcB-SBqUdYSZYE2nt1oIVrOQDWpI6xm1OC5Tmq9Yy80qKk5XsohE-qO50t9iv-CkzneUxKbNY5xaJPU2akDx_OBBO2Ri5fbEAkzjhFJ-DiYcRvP1qaeDmBHqJi__8sDW91QTEJQ4rDawky6eBKbDeeLUmBEGSHJ2Q2-ROyLxSO1CkdZkY/s320/7-6.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: center;"><i>Vocês terminando de ler esta edição e não entendendo nadica de nada! </i><br /></div></div>Anelisehttp://www.blogger.com/profile/06098998692638161206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7232565380437790999.post-78625940925497034912024-02-27T12:00:00.003-03:002024-02-27T12:00:00.160-03:00Boletim de Anelândia: #20 - Projetos para 2024 e os 20 anos como autora<div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqucqjsLg15wt6Wxx9BOKI0JvC6gPG4-uE6ScRLZo5O_jKeL0X_Bk75TQZ48eIRAxRDSqBrCnpsaSHZW7sDDZ_91DUlnUU8il_dTJpjXnfdZRoc2xBDj2VqtYV0-09ryqKUUax_Ov9Qr8GWJICqlq6H74KHFJvHbxGkjZLO_yblPBVmASHgrlKVt-yT_8/s1080/BolCA%2020.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqucqjsLg15wt6Wxx9BOKI0JvC6gPG4-uE6ScRLZo5O_jKeL0X_Bk75TQZ48eIRAxRDSqBrCnpsaSHZW7sDDZ_91DUlnUU8il_dTJpjXnfdZRoc2xBDj2VqtYV0-09ryqKUUax_Ov9Qr8GWJICqlq6H74KHFJvHbxGkjZLO_yblPBVmASHgrlKVt-yT_8/w400-h400/BolCA%2020.png" width="400" /></a></div> </div><div style="text-align: left;"><b>Olá, pessoas! Eis a gata aqui de volta trazendo a nossa edição mensal do Boletim de Anelândia</b>.<br />Estamos no finalzinho de fevereiro, mas para muitos o ano só começa depois do carnaval né? Enfim, brincadeiras à parte, acho que ainda é tempo de eu falar sobre quais são os meus projetos literários para este ano de 2024, mesmo que seja só a mesma coisa do ano passado, mas diferente.<br />Bora lá!<br /><br /><h2 style="text-align: left;">O que era de 2023 ficou para 2024</h2><br />Quem leu a última edição da Newsletter já sabe o que mais ou menos aconteceu em 2023 na minha vida. E bom, como falei por lá e repito aqui, eu deixei a minha carreira como escritora praticamente largada às traças durante o 2023, tudo porque eu não tinha energia para mais nada.<br /><i>Então, os planos de livros para escrever e livros para lançar foram ficando enrolados e mais enrolados e em certo ponto eu só decidi deixar para o ano seguinte mesmo... Cuidando de mim primeiro.</i><br />Uma pena, pois estava real bastante animada e empolgada com tudo, só que tem coisas que são realmente fora do nosso controle e aconteceu...<br />Alguns desses projetos já estavam atrasados até bem antes disso, mas eu queria era logo resolver e oficializar a coisa.<br />Espero que desta vez dê certo! E se pá, vai na força do ódio!<br /><br /> <br /><br /><h2 style="text-align: left;">Publicação JV3 (+ 2ª edição JV1)</h2><br />Esse aqui é um dos meus lançamentos que estão na fila já deve ter uns três anos. Minha ideia era lançar lá em 2021 ou 2022 - já que o JV2 saiu em 2020.<br />Como é um dos livros mais “antigos”, ele ainda foi criado na técnica do caderno escrito a lápis e com esses tipos, rola o trabalho extra de ter que digitar o livro todo para poder partir para a revisão. Esta era a função do meu digníssimo, que conseguiu ficar com o caderno de panda – que é onde está o manuscrito – encostado pegando poeira por praticamente dois anos. Ele disse que digitaria pois eu estava muito ocupada com o meu trabalho CLT e no fim das contas, acabou que ele ficou enrolado também. (Até porque estamos em vias de cafofo e casamento e talz.)<br /><b>Eu perdi a paciência e resolvi pegar o caderno de volta e eu mesma fazer a digitação, um pouco em cada um dos meus dias de folga. Este é até agora o maior livro da série, então este trabalho acaba sendo redobrado, já que acabam ficando mais páginas para digitar.</b><br />Como tenho experiência com minhas histórias escritas assim, mesmo fazendo cada dia um pouco, é bem possível conseguir arrumar o livro todo e lançar bonitinho. Minha pretensão é lá por Maio ou Junho, mas não vou prometer nada!<br /><i>Confesso que estou ansiosa para poder divulgar a capa de As Aventuras de Jimmy Wayn – Reviravolta na Família que já está pronto e guardada no meu computador, só esperando para reluzir com o seu brilho dourado. (Sim, SPOILER: ela é amarela!)</i><br />A ideia é fazer como os outros dois: Versão em E-book na Amazon e Versão Física.<br />E como este será o 3º livro da série, eu preciso ter o 1º volume para vender os outros. Como o JV1 foi um dos primeiro que produzi, acabou que a qualidade dele não ficou aquelas coisas. Então, nada mais justo do que fazer uma nova edição, onde eu vou arrumar principalmente a margem da diagramação.<br />Então, fiquem ligados que teremos novidades sobre As Aventuras de Jimmy Wayn e obviamente mais um brinde especial e um KIT com os três volumes melhor ainda.<br /> <br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijbbbCD1NbuyjVzEjzpKrK84UFHIySp5xoOLvkGkiYEpEZEUNvVvFke59roiRKfR6p6Zs7RZWdbDFJUjVi0jNPTxh8VkT5ZHzxwrlvgucZPpqkodKHXB7N1UtUQMZkiOA6_D-zf_lLw4F10GJXLRc3FYt0gG67VEJahcm6j-L0fLbtHmVaftb4cK9R2AE/s1287/edb20f77-3b2c-4d2a-a71d-0fb0273d08e4_1287x965.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="965" data-original-width="1287" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijbbbCD1NbuyjVzEjzpKrK84UFHIySp5xoOLvkGkiYEpEZEUNvVvFke59roiRKfR6p6Zs7RZWdbDFJUjVi0jNPTxh8VkT5ZHzxwrlvgucZPpqkodKHXB7N1UtUQMZkiOA6_D-zf_lLw4F10GJXLRc3FYt0gG67VEJahcm6j-L0fLbtHmVaftb4cK9R2AE/w400-h300/edb20f77-3b2c-4d2a-a71d-0fb0273d08e4_1287x965.webp" width="400" /></a></div><h2 style="text-align: left;">Publicação Contemporânea Erótica</h2><br />Este aqui também era de 2022, mas não rolou nem lá e nem depois, então só passei para 2024.<br /><b>Diferente da anterior, esta aqui está inteiramente já pronta - até porque eu aprendi a fazer meus livros no computador direto – e só precisava revisar e ver alguns detalhes que eu não tenho conhecimento e acabei colocando elementos disso na história. E adivinha? Um doce para quem acertar! Exatamente: meu digníssimo acabou não conseguindo fazer a revisão.</b><br />Porém, neste caso, já conseguimos resolver. Ou seja, o livro finalmente está revisado e só tenho que fazer os ajustes e cuidar do projeto gráfico e tudo o mais. Sabe só o que dá mais raiva? Ele fez a porcaria da revisão em DOIS DIAS. Enrolou um ano e levou tão pouco!<br /><i>Contemporânea Erótica já tem uma edição exclusiva aqui no Boletim de Anelândia - que deve ser repostada em breve. É uma das histórias que me acompanhou durante a pandemia e mesmo não sendo a coisa mais genial que já escrevi, ainda considero ela muito divertida.</i><br />A ideia é fazer a versão em ebook e uma prensagem pequena de edição física só para não ficar sem mesmo. Coisa de 20 exemplares talvez!<br />Ela ainda está disponível para leitura gratuita no Contos Anê Blog e vai ficar até o lançamento oficial. Então, aproveitem para conhecer a história do Gustavo e da Helena.</div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgm5mbH0Eh6QJXQI07Xip_w9mSdPkgnbe9NPt9hMdrILy0vqVsqhA6Xc5Cv6rF8N8Vho606cHXyR2ywY1N724X0ptzGqR0ciCFuNpqIFvImY4McxdTRbriSxrFIvenrjxMYKEYM8jvEdVQ76PZVNbMUDx8POV55qUygcUlM50zzLk9JnqKAeXPsFK32VyU/s550/8bbf7acf-f176-4561-a110-f1c466da8597_352x550.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="550" data-original-width="352" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgm5mbH0Eh6QJXQI07Xip_w9mSdPkgnbe9NPt9hMdrILy0vqVsqhA6Xc5Cv6rF8N8Vho606cHXyR2ywY1N724X0ptzGqR0ciCFuNpqIFvImY4McxdTRbriSxrFIvenrjxMYKEYM8jvEdVQ76PZVNbMUDx8POV55qUygcUlM50zzLk9JnqKAeXPsFK32VyU/w256-h400/8bbf7acf-f176-4561-a110-f1c466da8597_352x550.webp" width="256" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"><br /><br /><h2 style="text-align: left;">Escrever Destinos Florescentes e As Super Agentes</h2><br />Os dois são meus projetos atuais de escrita e acabaram ficando bem parados durante 2023.<br /><b>Destinos Florescentes é uma história inspirada num dos meus dramas asiáticos favoritos: Fated to Love You. Sempre gostei muito e a minha vontade era de fazer uma versão dela, mas trazendo uma carinha mais de Brasil e tudo o mais.</b><br />Voltei finalmente a escrita dela no finalzinho de 2023 e estou amando escrevê-la, mesmo que tenham horas que eu acho que estou mega enferrujada da escrita.<br />Além disso, ela tem uma edição exclusiva no Boletim, onde conto mais sobre as inspirações e temos o vídeo falando dela também. (Além de estar sendo postada no Contos Anê Blog.)<br /></div><div style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/U8J3gprBQSg?si=uvx-wCVa5wunFw2j" title="YouTube video player" width="560"></iframe><br /></div><div style="text-align: left;"><i>As Super Agentes dispensam apresentações para quem me acompanha melhor. O fato é de que é uma história que praticamente cresceu comigo e foi onde a minha alma de escritora nasceu. Ela merece muito carinho e cuidado até na sua escrita, então, acabo contando com a consultoria do meu editor/conje, já que as ideias para a nova versão meio que nasceram de nós dois.</i><br />E adivinha o que aconteceu? Eu meti o louco e sai escrevendo o livro... Meti 28 capítulos e mais de 170 páginas e acabou que meu noivo enrolado – tadinho, falando tão mal dele nessa edição - não conseguiu revisar.<br />Ele ainda está terminando de ver as trocentas páginas que eu escrevi. Depois, devo arrumar algumas coisas para poder prosseguir com a escrita dela. E para isso, estou ansiosa demais! Acho que é o livro que eu mais quero que dê certo!<br />Para quem estiver curioso, tem alguns capítulos dessa nova versão disponíveis no Nyah e no Wattpad. A autora aqui estava com fogo para postar e foi isso que ela fez! </div><div style="text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEgzxs6ZNquNbxpEDO9gCdahh20aYPbz9v1zYba1ZH8plDYRJbji3NuCWZdHTciEeX_2MQWz4jui_TOuRjBfotN45osIavNk5zHistUxVnCBGPcmu8xXoXGn6mkG64hDUiX1EaIuEq9dLvnfxsJjQ4nDxl_JQKdDehJxvIGYogH4ND5xzs7onCES7Hrrs/s1280/e3214424-c82f-494a-a46d-ca5771b869b4_819x1280.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="819" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEgzxs6ZNquNbxpEDO9gCdahh20aYPbz9v1zYba1ZH8plDYRJbji3NuCWZdHTciEeX_2MQWz4jui_TOuRjBfotN45osIavNk5zHistUxVnCBGPcmu8xXoXGn6mkG64hDUiX1EaIuEq9dLvnfxsJjQ4nDxl_JQKdDehJxvIGYogH4ND5xzs7onCES7Hrrs/s320/e3214424-c82f-494a-a46d-ca5771b869b4_819x1280.webp" width="205" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2B6qows_sPJL-m8VWZY5brLX3V-4J6hz9SJIeJ6n2MDd6y8qy0llBG3RPEd39rxvywQTwrfdlEb87x6Lxrwz_GpiwY4zQtaSqmBwmQzB7wQBGDi9hJHkqOLCDnZTzXrtDFVRg0rF9y0yHXjs34pUYBO3CAiX_2jqv6udF3AF4eaM0fX9uDM5iqPEEub4/s800/livres,%20leves%20e%20soltos.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="512" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2B6qows_sPJL-m8VWZY5brLX3V-4J6hz9SJIeJ6n2MDd6y8qy0llBG3RPEd39rxvywQTwrfdlEb87x6Lxrwz_GpiwY4zQtaSqmBwmQzB7wQBGDi9hJHkqOLCDnZTzXrtDFVRg0rF9y0yHXjs34pUYBO3CAiX_2jqv6udF3AF4eaM0fX9uDM5iqPEEub4/s320/livres,%20leves%20e%20soltos.png" width="205" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"><br /><h2 style="text-align: left;">Comemorando meus 20 anos como escritora</h2><br />Lembro de ter falado na edição anterior que o ano de 2024 é bastante especial. Talvez alguns estejam se perguntado o porquê. (Ou não!) Calma, eu explico!<br /><b>Exatos 20 anos atrás – a idade batendo com força - que eu comecei a escrever o meu primeiro livro, num caderninho velho. Eu era só uma criança com muita imaginação, uma mudança de escola traumática - com um leve bullying envolvido – e uma saudade de quando as coisas eram mais simples e felizes.</b><br />Tem 20 anos que a cada momento em que eu me sento para escrever, eu penso e vejo aquela Anelise de tanto tempo atrás e a abraço, dizendo que vai ficar tudo bem! Tivemos nossos altos e baixos, mas continuamos aqui juntinhas.<br />Uma coisa tão importante da minha vida não pode ter seu aniversário deixado e esquecido. Eu não valho nada – e como boa fã de J-pop – vou comemorar a altura, assim como foi lá em 2014 quando completei os 10 anos.<br /><i>Pode parecer uma grande bobeira na visão de alguns, mas quero muito festejar, ainda mais quando estou saindo de uma das minhas fases mais complicadas até com a escrita. Então, sim, vou comemorar e vocês que lutem ou o façam junto comigo!</i><br />Ainda estou preparando os pormenores e detalhes, mas estou bastante animada, pois envolve praticamente todas as minhas redes de autora no processo.<br />Contudo, antes de começar mesmo, ainda quero preparar o vídeo especial de 100 vídeo do meu canal de autora e também um Moda Personagem (Oficial) novo.<br />Sobre essas novidades, conto melhor nas outras redes e em outras edições por aqui!</div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkyLLeedgv_iSPwjHu-Ezr35qLieoNHD-2pHcCKfYI2bsY8RoEOqjee1i4f82auMFBnSODsGD-3OVf0X-Uj4MLT86TzuMVFGRsEwCtOSGnJB1eoCvxQYza6an9IPX1OtppMc_ovR_Xx5oCIwLQvLXq52PIOQgilrMu8XJTyBrD579OXRUGeuLimEns5s0/s347/10.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="268" data-original-width="347" height="247" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkyLLeedgv_iSPwjHu-Ezr35qLieoNHD-2pHcCKfYI2bsY8RoEOqjee1i4f82auMFBnSODsGD-3OVf0X-Uj4MLT86TzuMVFGRsEwCtOSGnJB1eoCvxQYza6an9IPX1OtppMc_ovR_Xx5oCIwLQvLXq52PIOQgilrMu8XJTyBrD579OXRUGeuLimEns5s0/s320/10.png" width="320" /></a></div><div style="text-align: center;"><i>Eu toda animada com meus projetos do ano!</i><br /></div></div><div style="text-align: left;"> <br />Bem, pessoal, é isto!<br />Acho que deu para perceber como a pessoa aqui está louca para retornar com todo o gás, trazendo mais coisa do que deveria, mas quer fazer mesmo assim. Só espero que eu consiga executar o máximo possível.<br /></div>Anelisehttp://www.blogger.com/profile/06098998692638161206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7232565380437790999.post-40060874224506508912024-02-22T12:00:00.105-03:002024-02-25T10:14:57.741-03:00Boletim de Anelândia: #6 - A Origem da autora cosplayer (Como o Moda Personagem começou)<div style="text-align: center;"><b><i>Publicada originalmente em 7 de Novembro de 2022</i></b></div><div style="text-align: center;"><b><i><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizrUym9EHjcwDRLRDjEtWApg67-e5FJ_DqjyXHViGm_Ut6K9QYNtfrHeaoCXMmau44uU3o6AFZtu6ENqUx0KZ_SeWj8NyeXkQYFnFhOGYIzv3yuFvP5lMASItWGSl9D3oYEezL9WleyUCqAtC6felDEKY2Gr7y3HSUSNKFqTN_BK6cZVAwV2g7RB9MnrE/s1080/6-1.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizrUym9EHjcwDRLRDjEtWApg67-e5FJ_DqjyXHViGm_Ut6K9QYNtfrHeaoCXMmau44uU3o6AFZtu6ENqUx0KZ_SeWj8NyeXkQYFnFhOGYIzv3yuFvP5lMASItWGSl9D3oYEezL9WleyUCqAtC6felDEKY2Gr7y3HSUSNKFqTN_BK6cZVAwV2g7RB9MnrE/w400-h400/6-1.png" width="400" /></a></div><br /> </i></b></div><div style="text-align: left;">Olá, pipous! Sentiram saudades?<br />Enfim, cá estou trazendo mais uma edição do Boletim de Anelândia. E desta vez falarei sobre uma das coisas que é a minha marca de autora nessa internet, o Moda Personagem.<br />E sim, como tudo na minha vida, é bastante criatividade que até fico em choque!<br />Então, se preparem e lá vamos nós! (Insira meme do Pica Pau aqui!)<h2 style="text-align: left;">Como surgiu</h2>O famoso e conhecido Moda Personagem surgiu lá em 2013/2014, no auge do Tumblr do Contos Anê - que ainda é ativo. <b>Não lembro com exatidão como foi, mas é bem provável que eu estivesse entediada e… Mente ociosa, oficina de escritor para criar coisa nova!</b><br />Como eu era apenas uma universitária ferrada de grana, peguei as minhas próprias roupas -inspirada pelo polyvore - e montei looks pensando como se fossem os personagens, alguns em ocasiões ou até roupas de transformação. E foi assim que nasceu o MP (a sigla desta budega).<br />Começou como uma coisa do do Tumblr e que foi se expandindo para as minhas outras redes de autora.<br /><i>Desde então, foram várias edições oficiais, extras, os genderbends e os relacionados ao 12 Meses com Minorin. (Zera o contador "falei da Minorin"!</i>)</div><div style="text-align: left;"><br /><h2 style="text-align: left;">As edições oficiais</h2>Quando eu digo "Edição Oficial" significa que é quando posto maratona no Tumblr! Faço uns 4 a 6 personagens, tiro um monte de foto borrada, e depois arrumo tudinho e faço até uns Photoshop para finalmente postar!<br /><b>Oficialmente tivemos 8 edições, sendo que dentre uma delas houve a de sexos trocados.</b><br />Eu separo uma tarde, geralmente num feriado ou no período de férias, para poder fazer. E uma das características do Moda Personagem é a foto na frente do espelho, que antes era segurando a cybershot e agora é o celular. Isso porque é a melhor forma de mostrar o corpo todo e tampar meu rosto, pois assim não fica parecendo eu usando uma roupa minha. E o tal espelho com florzinhas fica hoje no closet da minha mãe, mas lá em 2014 ficava na frente do meu quarto, aí eu tirava foto ali.<br />Então, nós mais recentes ainda existe a foto no espelho, mas é no meu quarto e porque eu o levo para lá!<br />É uma das coisas que mais me divirto fazendo como autora.<br /><i>Já foram mais de 40 personagens feitos e muitas fotos icônicas no pacote! Sim, meninas sou uma autora cosplayer e num tenho vergonha disso!</i><br />E confesso que estou com uma saudade enorme de fazer e quero, pelo menos no ano que vem uma 9° edição! E eu já tenho até os personagens!<br />Então, fiquem de olho viu?</div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhE5RbwXWyhMP-DF_EWCLpsq_KiZ99ntCvckIsJmXovJ28whUQMmSa8cSui92kizGK1GBI_WCVI3owvKegA9EKd9v2RjCxgLY01asrQlTEjSwjNx6hiTDajXiFmGr3icJSP3lQT0-nCmbjeKgOcjrgJU-1AFFqFIZa3-lGeuAi0RH5tafSuEmeplh6uHSg/s1200/6-2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1200" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhE5RbwXWyhMP-DF_EWCLpsq_KiZ99ntCvckIsJmXovJ28whUQMmSa8cSui92kizGK1GBI_WCVI3owvKegA9EKd9v2RjCxgLY01asrQlTEjSwjNx6hiTDajXiFmGr3icJSP3lQT0-nCmbjeKgOcjrgJU-1AFFqFIZa3-lGeuAi0RH5tafSuEmeplh6uHSg/w640-h640/6-2.jpg" width="640" /></a></div><div style="text-align: center;">Compiladinho só para ilustrar!<br /></div></div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;"><h2 style="text-align: left;">A própria evolução do MP</h2>Ainda lembro do começo de tudo isso, porque eu ainda estava construindo como Moda Personagem ia funcionar. Como tem moda no nome, realmente passa essa ideia de look, mas com o tempo a coisa foi tomando forma de cosplay mesmo, com roupas mais elaboradas (algumas com gambiarras) e até algumas roupas exclusivamente feitas para o Moda Personagem.<br /><b>Claro que lá no início era tudo uma tosquice sem tamanho, alguns eu tenho até vergonha de ter feito, porque ficou muito aquém do que o personagem pediu, mas era o que conseguia fazer.</b><br />Mas, com o tempo a gente vai evoluindo e eu peguei o jeito de fazer o MP e ele também foi mais uma coisa que me fez crescer como autora.<br /><i>E pensar que isso é uma coisa que meio que todo mundo com os tico teco da vida… Mas lá no longínquo ano de 2014 eu já fazia isso! Posso dizer que sou pioneira? Eu devo cobrar royalties de todo mundo atualmente? (É piada pelamor!)</i><br />E para mostrar com imagens essa evolução, vou deixar linkados dois vídeos onde eu revejo os primeiros Moda Personagem e comento sobre. Na época que era tudo mato e a maioria pode ser considera um belo de um cospobre! Um dos vídeos mais divertidos do canal de autora!</div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: center;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="410" src="https://www.youtube.com/embed/ZNT7tzW_4g0" title="Reagindo (e relembrando) os Moda Personagem 1, 2 & 3 - Para o Contos Anê! [70]" width="728"></iframe><br /><br />
<iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="410" src="https://www.youtube.com/embed/e8mddDQHJGg" title="Reagindo (e relembrando) os Moda Personagem 4, 5, 6 & Extras - Para o Contos Anê! [73]" width="728"></iframe>
<br /></div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;"><h2 style="text-align: left;">Os Moda Personagem do "12 Meses com Minorin"</h2>Eu realmente essa coisa de fazer Moda Personagem bastante a sério, tento que uso como um método de divulgação. <b>Afinal, vários personagens de livros publicados meus têm seus "cospobre"!</b><br />E como eu sempre me coço para fazer coisa demais, aproveitei o projeto do ano como mais uma grande desculpa para fazer 12 MPs novinhos e sempre cheirosos!<br />E confesso que é uma das coisas mais divertidas do projeto também, pois é dar mais uma cara para o conto, representando a história que foi contada ali.<br />E nossa, como eu cavei meu armário para fazer isso, inclusive eu fiz um kimono por causa de Moda Personagem, que foi para o conto de Agosto!<br /><i>E não ironicamente, muitos visuais acabam lembrando bastante coisas que a própria Minorin já fez!</i><br />Então, todo mês gravar um videozinho mostrando a tal roupa e tal personagem é maravilhoso! (Certeza que no final do ano faço um vídeo compilado com os 12!)<br /> </div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgas0e0ONX02LaQ1UzpZgUf34CrvnHDM5OWQHV9CJL3gEUo8MMI9yGj05sxjPWlP_Vog-ojDAJzxvjgKpunbHOQ7xO5KkwvvTu3DU6gaHx-0khFrE0zcGkI2A4jh3w3uqjqhyAQ0IvAVzg1XRue-KNPKPVXeMF4UmERrwJuSQpUYdgCUBzx11PmIk_ewrQ/s500/6-3.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="313" data-original-width="500" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgas0e0ONX02LaQ1UzpZgUf34CrvnHDM5OWQHV9CJL3gEUo8MMI9yGj05sxjPWlP_Vog-ojDAJzxvjgKpunbHOQ7xO5KkwvvTu3DU6gaHx-0khFrE0zcGkI2A4jh3w3uqjqhyAQ0IvAVzg1XRue-KNPKPVXeMF4UmERrwJuSQpUYdgCUBzx11PmIk_ewrQ/w400-h250/6-3.jpg" width="400" /></a></div></div><div style="text-align: center;"><i>A Minorin representando a trabalheira que dá para fazer os MP do "12 Meses com Minorin".</i></div><div style="text-align: left;"><br /><h2 style="text-align: left;">Meus MP favoritos</h2>Em meio a tantos visuais e tantos personagens, existem aqueles que se tornam os nossos favoritos e eu vou listar para vocês quais são.</div><div style="text-align: left;"><br /><h3 style="text-align: left;">Will e Willa</h3>A minha primeira foto do insta pessoal foi de quando eu fiz o MP do Will, que carrega os antigos nas costas.<br />E uns anos depois, na edição de sexos trocados, ficou mais um ícone.<br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhto7RIErK15bZ-Mi562TGhS0UdpIiPz2b2lkkDZ5cGRfwY-_V9vt2RqL_91AsIFQNS4GjNqrW-gCEIch2kBk-vu3pH7xwHBBM_-8q9ybRDHlOU0NYqdufgEfPwKOIdyzfPXtiQnV-wUBraDKs5_L_G5N3_4RA6iYLXbj6xYU249N_Lo9Mg_shIjGVk7m0/s2048/6-4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1536" data-original-width="2048" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhto7RIErK15bZ-Mi562TGhS0UdpIiPz2b2lkkDZ5cGRfwY-_V9vt2RqL_91AsIFQNS4GjNqrW-gCEIch2kBk-vu3pH7xwHBBM_-8q9ybRDHlOU0NYqdufgEfPwKOIdyzfPXtiQnV-wUBraDKs5_L_G5N3_4RA6iYLXbj6xYU249N_Lo9Mg_shIjGVk7m0/w400-h300/6-4.jpg" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3G3wumEg83S6XFdDcv6J9bvwWBwuxsduTtANB8OvVeEHZ9Kl1Vku4o_adagfFxhNDFOUu2DyzH_FXm_kcymXhEzmX0rnZMDaElt9mOYC_xBlmhvIs8F0Ob-fnbv9Ve2CVEo359KmozMVZi23EpE72iJ5K83w337-eiJpCyW2cOKWOw8K4PbxxW3BdMU0/s2048/6-5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1536" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3G3wumEg83S6XFdDcv6J9bvwWBwuxsduTtANB8OvVeEHZ9Kl1Vku4o_adagfFxhNDFOUu2DyzH_FXm_kcymXhEzmX0rnZMDaElt9mOYC_xBlmhvIs8F0Ob-fnbv9Ve2CVEo359KmozMVZi23EpE72iJ5K83w337-eiJpCyW2cOKWOw8K4PbxxW3BdMU0/w300-h400/6-5.jpg" width="300" /></a></div><br /></div><div style="text-align: left;"><h3 style="text-align: left;">Caterine</h3>Este também é um dos que carrega os antigos nas costas, apenas representando a melhor cena do livro todinho!<br />(Até hoje não dei essa blusa por causa disso!)</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkdh373N-98ZooHvfZit_xFeQTsD5kXPbk-1cc8upiRvuZljkk6EZhEGsKayODyMHF480NSgW37lO6-XlX2S8yu53HL8lGxnqEcftOA6iUYXXRRWD-w-Dep4M0j5YaxDCNyLcVRWnhuDiQJrYrd3W_3OjOF4_Yx9MPjE08LVCf0usQd2gEI0YRrEDQfgY/s2048/6-6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1536" data-original-width="2048" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkdh373N-98ZooHvfZit_xFeQTsD5kXPbk-1cc8upiRvuZljkk6EZhEGsKayODyMHF480NSgW37lO6-XlX2S8yu53HL8lGxnqEcftOA6iUYXXRRWD-w-Dep4M0j5YaxDCNyLcVRWnhuDiQJrYrd3W_3OjOF4_Yx9MPjE08LVCf0usQd2gEI0YRrEDQfgY/w400-h300/6-6.jpg" width="400" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"><h3 style="text-align: left;">Jimmy (as duas versões)</h3>Esse aqui é um dos amorzinhos da minha vida, tanto que a primeira capa do JV1 na Amazon é com uma foto do Moda Personagem.<br />Na edição de sexo trocado, fiz a versão feminina que ficou linda também. (Mais uma desculpa para tirar foto com o violão.)</div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlTEOD9SSE2lqYVsLD54HjZM8oJIogSaH5PDXm5UfAW5ztGDAsXE0E2ofin_BLJwALIpIDvkIdWw-1f5qBvLr7BSQ8wf2c5GhVTvQ9m8WnQDw2s08_yojcB3nT1vRJq4UrpdJ-qjPHuwoG57tPLxfpSNrTuh_6UZkzjbYqRxH8DTfLfQ6juJmNOXp4ZF0/s2048/6-7.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1152" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlTEOD9SSE2lqYVsLD54HjZM8oJIogSaH5PDXm5UfAW5ztGDAsXE0E2ofin_BLJwALIpIDvkIdWw-1f5qBvLr7BSQ8wf2c5GhVTvQ9m8WnQDw2s08_yojcB3nT1vRJq4UrpdJ-qjPHuwoG57tPLxfpSNrTuh_6UZkzjbYqRxH8DTfLfQ6juJmNOXp4ZF0/s320/6-7.jpg" width="180" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnTSCBVuBZvdtTovc3Ti-NNkw4bHFBABCr7ODXMIrA6KaNCVI0WZFYn_Fs8zeoVZ3Ay7I45Ka2tRd8RngaZiPC5cAga5cy-e2IwmoNp2Zy9wlxQ9tYnAK0U9YWxVtL2XMsaA3-nQGZbpcaxoVTkur6MMaJPmOW_0WLhY-GeZ40KoDgBpOrm1qWrOxD8TI/s2048/6-8.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1536" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnTSCBVuBZvdtTovc3Ti-NNkw4bHFBABCr7ODXMIrA6KaNCVI0WZFYn_Fs8zeoVZ3Ay7I45Ka2tRd8RngaZiPC5cAga5cy-e2IwmoNp2Zy9wlxQ9tYnAK0U9YWxVtL2XMsaA3-nQGZbpcaxoVTkur6MMaJPmOW_0WLhY-GeZ40KoDgBpOrm1qWrOxD8TI/s320/6-8.jpg" width="240" /></a></div><br /><h3 style="text-align: left;">Kazuko e Makoto</h3>Apenas os maiores! Ambos já tiveram mais de uma versão, mas estou considerando aqui a Kazuko de vestido vermelho e o Makoto versão masculina (se bem que a feminina dele num tá muito atrás não!</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRjykNV4MoYicAX59v5QGkcnK232znLUbDsstRq2nJ22jxc1MfrzBQAM0BotiMG6drkcJrzEiuG6zhOSERVH-epffJQuAqBrPyltetMGX8QpJjEIXbfo-2hH3Ptyk8U85RDj-ig9vZD3uUArEqqYujhebxlJbWKw55rMEXTapbNPI8Zh6mQJeNxqaMdWM/s2048/6-9.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1152" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRjykNV4MoYicAX59v5QGkcnK232znLUbDsstRq2nJ22jxc1MfrzBQAM0BotiMG6drkcJrzEiuG6zhOSERVH-epffJQuAqBrPyltetMGX8QpJjEIXbfo-2hH3Ptyk8U85RDj-ig9vZD3uUArEqqYujhebxlJbWKw55rMEXTapbNPI8Zh6mQJeNxqaMdWM/w225-h400/6-9.jpg" width="225" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRrWocS2Dt04mpLlIFE7vpcV0TCJyzI9wQG2NI1oXTCWDtksBXITYmbnJOesO9A-SXhA_Wkj0QfVTUpZuYXrZuNxZe7oy41EVC_5XfJQdNHihIleKcQsMnJ6jE6zrq0L8T6tboyX9JgpwcjI-3pKZIkgtg_ALac2Wb0vmbmFLC7eKYd_B9d4NYC2AiT1g/s720/6-10.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="540" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRrWocS2Dt04mpLlIFE7vpcV0TCJyzI9wQG2NI1oXTCWDtksBXITYmbnJOesO9A-SXhA_Wkj0QfVTUpZuYXrZuNxZe7oy41EVC_5XfJQdNHihIleKcQsMnJ6jE6zrq0L8T6tboyX9JgpwcjI-3pKZIkgtg_ALac2Wb0vmbmFLC7eKYd_B9d4NYC2AiT1g/w300-h400/6-10.jpg" width="300" /></a></div><div style="text-align: left;"><br /><h3 style="text-align: left;">Inconsciência</h3>Sim, eu sei que sou só eu de roupa preta, mas é ficou tudo tão lindo e perfeito e eu me senti uma grande gostosa.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQ9dAN4ycF_MQazIkamDYY0rVvL2sQko_EyR5rwQUhlosI7OClnxIU_1gF8h5L8MS0W9BLkaSXmiINTwoazh1tyO7yuBYH5Q019PVK7g7wkID5pKMHUKjJvUuzN8DFfjckRE_M7xcpyopGUDf9X7q0HA9qCC71SLZMqbR70iwJixE7B50DxG6uHTS3VV8/s720/6-11.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="540" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQ9dAN4ycF_MQazIkamDYY0rVvL2sQko_EyR5rwQUhlosI7OClnxIU_1gF8h5L8MS0W9BLkaSXmiINTwoazh1tyO7yuBYH5Q019PVK7g7wkID5pKMHUKjJvUuzN8DFfjckRE_M7xcpyopGUDf9X7q0HA9qCC71SLZMqbR70iwJixE7B50DxG6uHTS3VV8/w300-h400/6-11.jpg" width="300" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"><h3 style="text-align: left;">Amélia Scarlet</h3>Vocês acharam mesmo que não ia colocar esse ícone de MP na lista de favoritos? Pois é! Apenas eu me sentindo uma grande gostosa, mas dessa vez vampiresca.</div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgT1qaGck_M9bPHLZHAjBsQGf3LDGremOUhkkiqyngp1oO5NmK8h2sio-f2ccP7pIXbkUIAev-cpQKJMZoTlGdVBzQPEHDBugm05HLt-BzWKmYPjWLb7EUa2-LnQgBLLZiRFj6d09wQEdqno59uglFhjntcdketDtYJp10ejL-WFLNQdyfZoUtnDwsA1Po/s2048/6-12.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1152" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgT1qaGck_M9bPHLZHAjBsQGf3LDGremOUhkkiqyngp1oO5NmK8h2sio-f2ccP7pIXbkUIAev-cpQKJMZoTlGdVBzQPEHDBugm05HLt-BzWKmYPjWLb7EUa2-LnQgBLLZiRFj6d09wQEdqno59uglFhjntcdketDtYJp10ejL-WFLNQdyfZoUtnDwsA1Po/w225-h400/6-12.jpg" width="225" /></a></div><br /> </div><div style="text-align: left;"><br /><h2 style="text-align: left;">Até com essa coisa inofensiva implicaram (Juro!)</h2></div><div style="text-align: left;">Pois é né gente! Se estamos na internet, a tendência é que existam pessoas que se incomodem simplesmente por algo que fazemos sem incomodar uma pobre mosca! (Se formos entrar no assunto de política, a coisa piora!)<br />E sim, já implicaram com o Moda Personagem, mais de uma vez!<br />Uma das histórias vocês conhecem, que eu até botei a mensagem da pessoa numa edição anterior. A de lá de 2014, que não gostou do conto e também achava que eu <i>"Devia parar de sonhar e colocar roupinha de personagem, aí talvez assim escrevesse algo decente".</i><br />Essa não chegou a ser tão gratuita quanto a outra que recebi em outra vez. Ainda lembro que eu compartilhei um dos Moda Personagem no grupo do Nyah Fanfiction no Facebook (aquele antro) e a pessoa veio no meu Tumblr e mandou mensagem dizendo que eu devia ter algum problema mental e que eu devia me tratar.<br /><b>E tem um plus, que envelheceu como leite: ela disse que outras autoras, tipo a JK rolinha, não se sujeitaria a isto. (Depositem aqui suas risadas!)</b><br />Eu claro, dei um fecho daqueles, mandei tomar no cu mentalmente e continuei fazendo, porque fazer o MP me faz muito feliz!</div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJPc5eG6SGuBeM4tUEM4W9I-WTLVVQvVtADzv4maPKWwVS66x6lXs8gDaWTzmeykyqGZGpnvfNTx1MM-HC1o2oKTq7fiHx4kgml3Zs_91njaGUprRzMlz7ybczAt7h1afq5FO3Zpil5OMbONbLcFGhPe8tB9AfACYsUEBMwjn1lqxc07c7noEm9QETDYE/s952/6-13.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="952" data-original-width="530" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJPc5eG6SGuBeM4tUEM4W9I-WTLVVQvVtADzv4maPKWwVS66x6lXs8gDaWTzmeykyqGZGpnvfNTx1MM-HC1o2oKTq7fiHx4kgml3Zs_91njaGUprRzMlz7ybczAt7h1afq5FO3Zpil5OMbONbLcFGhPe8tB9AfACYsUEBMwjn1lqxc07c7noEm9QETDYE/w357-h640/6-13.png" width="357" /></a></div></div><div style="text-align: center;">Apenas para ilustrar que falei acima!</div><div style="text-align: left;"><br /><h2 style="text-align: left;">E eu tenho Cosplay oficial também</h2>Pode não parecer, mas eu já fiz alguns cosplays de personagens meus. Na real, foram só dois, ambos sendo em dois aniversários, sendo um no de 15 anos e o outro no de 21 anos.<br />Foram respectivamente (feat. fotos):<br /><h3 style="text-align: left;">Anelise/Amélia (As Super Agentes)</h3>Com a roupa antiga e com design criado pelo meu irmão.<br />Lembro que ter dado um desenho de referência para a costureira fazer e mesmo sem alguns detalhes ficou uma gracinha, ainda mais com a coroa que tinha zero a ver!<br />Esse livro dispensa apresentações, ou melhor, já tivemos uma edição do Boletim pra ele.</div><div style="text-align: left;"><br /><h3 style="text-align: left;">Super Gata/Guinevere</h3>Sim, eu só fiz cosplay das Mahou Shoujo mesmo.<br />Ainda lembro as orelhas de papel que eu fiz (que mais pareciam de coelho) para ser a dela, hoje em dia eu tenho uma orelha de gato que serve à função.<br />A Super Gata é uma garota comum que vira uma super heroína e salva a cidade.<br /> </div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDEjCT7y8Y0pN1YlXhxICZtmbECiqa3T1C3Ok7_a1kkS0os0AMfKvLaDgbWJ-Koo33SA66XEYqYRpUE3aWd5Cpep4Fjk5V4QbrpoUYJ9rKKldYUSNtePi4m7UAGwZe3qo9hjH30T-n-nGcBCCalY_MrnjSulcf6z994Lc3cLbdCfUqkEZP5g3VD-F7d1Y/s1440/6-14.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1440" data-original-width="1440" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDEjCT7y8Y0pN1YlXhxICZtmbECiqa3T1C3Ok7_a1kkS0os0AMfKvLaDgbWJ-Koo33SA66XEYqYRpUE3aWd5Cpep4Fjk5V4QbrpoUYJ9rKKldYUSNtePi4m7UAGwZe3qo9hjH30T-n-nGcBCCalY_MrnjSulcf6z994Lc3cLbdCfUqkEZP5g3VD-F7d1Y/w400-h400/6-14.jpg" width="400" /></a></div></div><div style="text-align: center;"><i>Foto de 2020, porque ainda tenho as roupas.</i></div><div style="text-align: center;"><i>(E não ouso jogar meu corpo aos 15 e nem aos 21 anos na internet!)</i><br /></div><div style="text-align: left;"><br />Enfim, pessoal, essa foi a nossa edição de hoje do Boletim de Anelândia. Espero que tenham gostado de conhecer a loucura e origem por trás do Moda Personagem.<br />Até a próxima! <br /></div>Anelisehttp://www.blogger.com/profile/06098998692638161206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7232565380437790999.post-54975110867512704452024-02-21T12:00:00.002-03:002024-02-21T12:00:00.171-03:00Boletim de Anelândia: Bônus #2 - Capítulo de uma versão alternativa de O Diário da Escrava Amada<div style="text-align: center;"><i><b>Publicada originalmente em 3 de Novembro de 2022</b></i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZMTtlxC6I3dowhX2JZ4iK4XfTgRx-nt7UDto1YQiHtubH9zD92JCda48Y39IebxSTyWhsnGla-sRboxfkgzfREmw2SjRRv2MLWyWFsl-vTN9byWeVxOKmceaDccQl3gmOb3f5KWRZ-z67iy2AbF-BuJPuJSCWrheNNop8M0kwqKop4FKR43bO_SF8OHc/s1080/B2-1.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZMTtlxC6I3dowhX2JZ4iK4XfTgRx-nt7UDto1YQiHtubH9zD92JCda48Y39IebxSTyWhsnGla-sRboxfkgzfREmw2SjRRv2MLWyWFsl-vTN9byWeVxOKmceaDccQl3gmOb3f5KWRZ-z67iy2AbF-BuJPuJSCWrheNNop8M0kwqKop4FKR43bO_SF8OHc/w400-h400/B2-1.png" width="400" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;">Olá, pessoas! Como vão?<br />Trazendo mais um boletim bônus para vocês e dessa vez é de uma coisa que devo ter escrito no início de 2020, que é uma versão alternativa de O Diário da Escrava Amada, onde imaginei que a primeira gravidez na Kazuko (que acontece lá pelo capítulo 20) segue até o final e ela acaba tendo uma filha, chamada Kimiyo.<br /><b>Mas, nessa versão tudo dá “errado” e Kazuko e Makoto acabam se afastando e ele se casa com a Kana e é claro que vai dar merda. haha</b><br />Enfim, eu escrevi isto de puro fogo no cy e confesso que até fiz uns planejamentos pros capítulos, que seriam 10, mas eu escrevi dois do meio, que foram o 4 e o 5.<br /><i>E gente, eu fiz cálculo de data e ano que eu não fiz pro livro original…. Eu sou a vergonha da profisson!</i><br />Enfim, vou postar um capítulo hoje e em breve posto o outro. Só não quero deixar isso guardado num arquivo de word. E ignorem qualquer erro de revisão viu?<br /><b><i>AVISO: TEM CENA 18+ AQUI!</i></b><br />Então, aproveitem!</div><div style="text-align: left;"><br /><h2 style="text-align: left;">Capítulo 4 – O amor acabou?</h2><h3 style="text-align: left;">Ioma, 22 de Abril de 2255</h3><br />Diário querido,<br /><br />Sei que tem muito tempo que não lhe escrevo, mas preciso compartilhar algumas coisas.<br />Já pouco mais de um ano que o Makoto se casou com a Kana e eles têm vivido a lua de mel deles desde então. Eu passo meus dias apenas cuidando da Kimiyo, que acabou de completar dois anos e está mais esperta do que nunca. Sempre a levo para visitar a minha mãe, que fica muito feliz em nos ver. Também vou passear bastante com Rin e Namie, levando nossas filhas juntas, mesmo que a Shoko seja ainda bem pequena.<br />Confesso que fico com um pouco de ciúme da Kana com o Makoto, mas não tem nada que eu possa fazer. Eu quem estou nutrindo sentimentos por quem não sente nada além de amizade por mim. Eu só tive a filha dele, mas não sou nada além do que escrava e mãe para ele.<br />Sempre me pego pensando nas nossas transas, nossos beijos e as carícias que trocamos, bem antes dele se relacionar com a Kana. Sei o quão bem ele cuidou de mim durante a gravidez e sou grata por isso. Não sei se estou confundindo meus sentimentos com algo mais. Mas, é fato que eu sei bem o que eu sinto.<br />Kana e Makoto estão vivendo na bolha de felicidade deles e já estão pensando em crescer a família e terem um filho. Eu realmente estou ficando de lado e tudo bem pra mim. Eu tenho a minha filha para me preocupar.<br />Bem, era isso o que eu pensava até poucos dias atrás. Kana e Makoto tiveram uma briga daquelas, que é até incomum de acontecer, porque eles aprenderam a se dar bem, mesmo parecendo que tem horas que Kana quer esganar o Makoto. Os berros e gritos da discussão podiam ser muito bem ouvidos do meu quarto, que fica perto do deles. Não sei sobre o que eles brigavam, mas não me interessava. Estava lendo um livro para ver se pegava no sono e fui surpreendida por Makoto entrando no meu quarto. De sobressalto, perguntei:<br />- O que houve?<br />- Nada, só briguei com a Kana.<br />- Essa parte notei por conta da barulheira essa hora da noite.<br />- Ele só está estressada porque não engravidou ainda. Tem um tempo que a gente está tentando.<br />- Eu sei, mas logo vocês conseguem. Ela está fazendo tratamento não está?<br />- Sim. Mas, não quero falar sobre isso. Eu vim aqui para relaxar.<br />– Deixa-me pegar um outro travesseiro para você. - levantei, indo em direção ao armário<br />Disse isso, porque quando eles brigam ou só quando Makoto quer conversar, ele fica no meu quarto, mas nunca chegou a acontecer nada demais. Ficamos apenas conversando até altas horas da noite, enquanto a Kana fica dormindo no quarto deles.<br />- Não é isso. – ele se aproximou – É outra coisa.<br />Depois de dizer isso, ele me puxou pela cintura e me beijou. Tinha anos que eu não sentia isso, o gosto dele, os lábios dele, as mãos dele no meu corpo, me desejando. Era uma brisa fresca e relaxante dentro do meu coração e por todos os sentimentos que floresciam ali. Era finalmente o sol nascendo depois de tantos anos de escuridão. Quando nos desvencilhamos, eu suspirei e indaguei:<br />- O que você está fazendo, Makoto?<br />- O que um dono faz com uma escrava. Só isso!<br />- Makoto, eu não sou mais aquela Kazuko boba de antes. Você sabe! Só seja direto comigo.<br />- Eu quero você essa noite. Como era antes!<br />- Mas e a Kana? Você é casado com ela.<br />- Eu não sinto pela Kana o mesmo que por você. E nem nunca vou sentir, tenho certeza!<br />- Makoto... – mordi meus lábios quando ele beijou meu pescoço – Nós não podemos... - ele estava destruindo minhas defesas<br />- Você também quer!<br />- Makoto... – ia protestar<br />- Eu me resolvo com a Kana depois. – e me apertou contra si, acabei sentindo o volume na calça do pijama<br />Outro beijo aconteceu e mais outro depois. Suas mãos passeavam por meu corpo e eu estava cada vez mais inclinada a concordar com aquilo, de fazer aquilo. Um último resto de consciência e de bom senso me fazia botar o pé na realidade, enquanto Makoto me puxava pra longe dela. Meu coração pulava dentro do peito, batendo forte e ansioso, um misto de nervosismo e alegria. E eu cedi, não pude mais. Respondi a todos os estímulos dele com vontade. Não queria saber de mais nada, só viver aquele momento o máximo que pudesse.<br />Atracamo-nos na cama, ainda vestidos. As peças de roupa, que nem eram tantas, foram saindo uma a uma e ficando pelos cantos do quarto, jogadas. Logo estávamos nus, eu deitada e ele de joelhos na cama, Makoto me olhou uma última vez.<br />- Tem certeza? Você relutou tanto. – só ele para quase acabar com o clima com isso<br />– Eu quero você!<br />E de uma vez, ele penetrou e senti meu interior pulsar com aquilo, soltando um gemido sôfrego. Ele fez o movimento de vai e vem e eu sentia cada estocada ir bem fundo. Minha mente estava vazia, não pensava em mais nada, só em Makoto e eu olhava para ele, todo suado, com a franja caindo sobre os olhos. Não mais tão jovem quanto antes, mas sempre o mais bonito. Enlacei minhas pernas nas suas costas, me entregando por inteiro e sempre que ele quisesse. E então, ele finalmente gozou, me dando um beijo daqueles depois.<br />Saiu de dentro de mim e pegou o travesseiro que ia entregar para ele e que caiu no chão. Pediu um espaço para ele na cama e se deitou do meu lado. Ele olhou para mim e sorriu, o mesmo sorriso que lembro de quando dormíamos juntos na maior parte das noites, os mesmos que ele tem quando está com a Kimiyo e conversando comigo, mas não com a Kana. Ele colocou uma mecha de cabelo minha atrás da orelha e disse, por fim:<br />- Obrigado por isso. Foi... Muito bom!<br />- Mais relaxado?<br />- Sim.<br />- Agora me conta o que houve. Impossível você querer vir transar comigo do nada e só porque brigaram.<br />- A Kana tem ciúmes de você. Isso ficou claro hoje. Brigamos por sua causa e da Kimiyo.<br />- Minha causa? Por quê?<br />- Ela suspeita que ainda aconteça algo entre nós.<br />- Bem, depois de hoje, não é mentira.<br />- E não é só isso. Ela sabe que nutro sentimentos por você.<br />- Peraí, como é que é? – sentei na cama assustada – Olha, eu sou a mãe da sua filha, claro que sente algo por mim.<br />- Não isso. É que tem algo mais!<br />- O que, Makoto? – perguntei, o coração pulando uma batida<br />- Eu sinto mesmo algo por você.<br />- Makoto, seja direto. – olhei para ele<br />- Eu te amo! - se sentou também, ficando próximo demais do meu rosto - É isso que você queria ouvir?<br />- Se essa for a verdade.<br />- É a verdade!<br />Eu não tive pudor algum, só o beijei, deitando ele de volta e ficando por cima.<br />- Eu também amo você. – soltei por fim<br />- Eu já sabia disso. – riu – É meio óbvio!<br />- Eu sou péssima em disfarçar.<br />- Você disfarça bem! A Kana só percebeu hoje.<br />- Eu direciono minhas energias pra cuidar da Kimiyo. – confessei – Não quero atrapalhar a felicidade de vocês e nem nunca quis.<br />- Eu também sei disso. Só pelo seu olhar dá para perceber. Eu sinto muito por tudo o que eu fiz você passar.<br />- Não se sinta culpado. Eu já perdoei você!<br />Ele sorriu. Logo, questionei:<br />- E o que vai falar para Kana?<br />- A verdade! E propor um acordo.<br />- De divórcio?<br />- Não, até porque ela não vai me dar o divórcio. Tenho certeza!<br />- Continuo casado com ela, mas eu posso vir aqui pro seu quarto de vez em quando.<br />- Isso quer dizer que eu seria a sua amante? Ótimo! – falei irônica<br />- Pelas circunstâncias, você já é.<br />Bufei. Eu estou presa a ele, de dois jeitos, esse era mais um.<br />- O que eu posso fazer além de concordar? Makoto, você é louco! – reclamei<br />- Vamos fazer funcionar. Mas, veremos isso amanhã, está bem?<br />Assenti e fizemos mais uma vez, depois pegamos no sono.<br />No dia seguinte, levantamos e depois de tomar banho juntos também, descemos para tomar café e lá estava Kana nos esperando.<br />- Bom dia, amor! Bom dia, escrava! Bom saber que vocês dormiram juntos essa noite. – carregada de ironia e ódio<br />- Vamos conversar sobre isso depois. Eu vou trabalhar de casa hoje.<br />E assim aquele assunto morreu por um breve momento. Mais tarde, enquanto brincava com a Kimiyo, Keiko me chamou dizendo que Makoto e Kana me esperavam no escritório. Ela disse que ficaria tomando conta da pequena. Agradeci e fui.<br />E lá eles estavam me esperando. Makoto disse tudo o que acontecera na noite anterior para Kana e lhe ofereceu o acordo de continuar o casamento, até porque ele ainda gosta muito dela apesar de tudo o que aconteceu, mas o Makoto pode ficar e dormir comigo quando quiser e ela não pode reclamar.<br />- E quanto ao bebê? – Kana perguntou<br />- Nós ainda vamos ter um filho. Até dois se você assim quiser. - respondeu<br />Kana se retirou e ficamos eu e Makoto no recinto. Eu só assistira a tudo de novo. Ele me chamou para perto.<br />- Bem, não era o que eu queria mas serve.<br />- Eu realmente achei que estava tudo bem entre vocês.<br />- Sempre brigamos muito, desde que namoramos na adolescência.<br />- Por que se casou com ela então?<br />- Fiquei cego por mais uma paixão por ela e acabou me convencendo a casar. É algo que vai e vem sabe?<br />- Eu sou sua válvula de escape então? A amante mesmo?<br />- Você estava distante na época, cuidando da Kimiyo. Então me apoiei na Kana. Eu fiquei muito confuso com relação a você quando ela nasceu. Mas, você nunca foi a segunda para mim. Bem, se ficar nessa situação para ela está bem, quem sou eu para falar algo.<br />- Também não acho certo. Eu me sinto mal com isso tudo.<br />- Não sinta. Ela concordou! Ela prefere ter um casamento de mentira do que ser divorciada. Kana se importa e muito com o status.<br />- Quem dera tivesse a opção de escolher ficar ou não.<br />- Por que?<br />- Você sabe que ainda sou sua escrava não é? Pelo menos no papel.<br />- Não seja por isso. – disse me entregando algo<br />E ele me entregou o que mais quis: Minha liberdade de volta. Eu imediatamente o abracei e o beijei.<br />- Obrigada! – sorri<br />- Era o mínimo que eu podia fazer.<br />- Desde quando você tem isso?<br />- Bem, desde a semana passada. Eu não tive coragem de te dar, eu fiquei com medo de você ir embora. Não me odeie, por favor.<br />- Eu teria ficado independente disso ou não. – sentei em seu colo – Porque eu te amo. Desde bem antes dela nascer!<br />- Quando percebeu?<br />- Quando tive ciúmes da Kana.<br />E nos beijamos. Sorrimos um para o outro no fim.<br />Sai, pois deixei ele trabalhar e fui ficar com a minha filha. Bem, hoje ele foi ficar com esposa para eles poderem ter um filho.</div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmkLZUqFOEgj7huHn_on_GeJ6tYXSFi2scNgrAxkxV_C-mTWCq6ccxe932VZp6gDee-SVrFjW-Z5nN7e07I_KkH8rg2Z3_qA-Ues6RQvypl-M4-i2uKbbiyBucOx0TgDKZUezaRAEwpr_qfI4KFBudO-vwhA9Mkn_WNGk81h_oEL7eP99lAMNcEhucSg0/s512/B2-2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="343" data-original-width="512" height="268" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmkLZUqFOEgj7huHn_on_GeJ6tYXSFi2scNgrAxkxV_C-mTWCq6ccxe932VZp6gDee-SVrFjW-Z5nN7e07I_KkH8rg2Z3_qA-Ues6RQvypl-M4-i2uKbbiyBucOx0TgDKZUezaRAEwpr_qfI4KFBudO-vwhA9Mkn_WNGk81h_oEL7eP99lAMNcEhucSg0/w400-h268/B2-2.jpg" width="400" /></a></div></div><div style="text-align: center;"><i>Eu mesma, a autora, relendo este capítulo!</i><br /></div><div style="text-align: left;"><br />Esta foi mais uma edição do Boletim de Anelândia!<br />Até a próxima! <br /></div>Anelisehttp://www.blogger.com/profile/06098998692638161206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7232565380437790999.post-19160982804407324002024-02-20T12:00:00.002-03:002024-02-20T12:00:00.195-03:00Boletim de Anelândia: #5 - Avisos de gatilho e outras de forma de se proteger como autora (Falando sobre O Diário da Escrava Amada)<div style="text-align: center;"><b><i>Publicada originalmente em 31 de Outubro de 2022</i></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAuinlCpktCqvNQZcbxSzqldnGIkqdllmBso7NQwragkwPw8rOcM6jlid-j-ol34jTt_VdpnUJvcX13fTo4d-WWsYQHA0UI0UcMXqbScktcb6Uw55MFmrz7MTycFK0EFliPWnyErZ5kTDjmJiESPLnHge6bX05SjEkHYf3MOI-lnpEps0CzPZqcns4L8Q/s1080/5-1.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAuinlCpktCqvNQZcbxSzqldnGIkqdllmBso7NQwragkwPw8rOcM6jlid-j-ol34jTt_VdpnUJvcX13fTo4d-WWsYQHA0UI0UcMXqbScktcb6Uw55MFmrz7MTycFK0EFliPWnyErZ5kTDjmJiESPLnHge6bX05SjEkHYf3MOI-lnpEps0CzPZqcns4L8Q/w400-h400/5-1.png" width="400" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;">Olá, pipous! "Vortei"!<br />Hoje falaremos sobre mais uma das minhas histórias, talvez a minha mais conhecida pois a que mais divulgo, que é O Diário da Escrava Amada.<br />Uma história que me realizou bastante e também já me frustrou bastante como autora!<br />Enfim, bora lá né? <br /></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"><br /><h2>A origem e a inspiração</h2>O DEA (a sigla do livro) surgiu lá em 2013, comigo no auge dos meus 20 anos. Eu já estava com vontade de escrever algo de gênero erótico, porque eu queria experimentar, como sempre faço! Deve ser por isso que eu tenho histórias de gêneros tão diferentes.<br /><b>Então, eu acordei uma bela manhã e recordo muito bem de ter sonhado que reassistia ao meu yaoi/BL favorito: Ai no Kusabi.</b><br />E desde aquela época, ainda mais quando estou de folga, eu ainda fico mais um tempo na cama, enrolando para levantar. Fiquei pensando no meu sonho e eu não sei como as minhas sinapses fizeram (nunca entendo elas) mas acabou surgiu a ideia do enredo principal do livro. Basicamente uma sociedade no futuro em que as pessoas são bastante divididas pela classe social e aquelas que são pobres são vendidos como escravos sexuais para os ricos.<br /><i>Assim, com um gerador de nomes aleatório - porque eu não fazia ideia de que nome colocar nos personagens - nasceram Kazuko e Makoto, com sua história contada através de um diário comentado.</i></div><div style="text-align: left;"><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuv2LdGIbcEJdvl0lvt5syIQyEN15djMUtbyNUvzPnSILsmFFxnTCZRzpJ7OoAXcabCULWMg6nlUIpx8QJd1UGogKj3nKNEcSjaehImIcungQfgNOdMsjcOU9ykd01ngSP6E5mCVz4zHa0IjXGJ-_auXIBeYdEtW85KCDaCj70BTr-RHS5zIBZdwR-fFQ/s1200/5-2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="912" data-original-width="1200" height="304" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuv2LdGIbcEJdvl0lvt5syIQyEN15djMUtbyNUvzPnSILsmFFxnTCZRzpJ7OoAXcabCULWMg6nlUIpx8QJd1UGogKj3nKNEcSjaehImIcungQfgNOdMsjcOU9ykd01ngSP6E5mCVz4zHa0IjXGJ-_auXIBeYdEtW85KCDaCj70BTr-RHS5zIBZdwR-fFQ/w400-h304/5-2.jpg" width="400" /></a></div></div><div style="text-align: center;"><i>Capas 1 e 2 do livro, da época do começo da publicação no Nyah</i></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjh5aQvwrmoaWJvCk5KakBZ-8pplN1FJhSSAtc20uH_JaDFzHCX1oQnd2NGx6DxnB9OOMD-HvrLhNmW06bOC36TViLp9acILxCfhp02FZPLgIviM-cPQ26dGW1rdYyd_VwVTuf5p1GmXOwqOfLgnjVVqLjkJW1S-Aw3kmNEVvBqiHUplPx_Ewpfsqpnj0I/s1197/5-3.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="1197" height="168" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjh5aQvwrmoaWJvCk5KakBZ-8pplN1FJhSSAtc20uH_JaDFzHCX1oQnd2NGx6DxnB9OOMD-HvrLhNmW06bOC36TViLp9acILxCfhp02FZPLgIviM-cPQ26dGW1rdYyd_VwVTuf5p1GmXOwqOfLgnjVVqLjkJW1S-Aw3kmNEVvBqiHUplPx_Ewpfsqpnj0I/w400-h168/5-3.jpg" width="400" /></a></div></div><div style="text-align: center;"><i>Evolução das capas no wattpad</i></div><div style="text-align: left;"><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhueIIaslIZHC48xZyzAdpD9Ep1oTtsw2HUN_AWD_Xv3ThL4zzBzfBSUKpOAQP3_VxCUBDRUDA1MJ30vGrS6irxUQdM-Arqx87Mp6VI03BrooCI5ZLt2aTiur9wvQs5cQ6ljS1nZjIOZjtHX024Gch1E945FkN2qOPaacxcbyoXO6EiRStgTju7XpD-Hc0/s1200/5-4.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1200" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhueIIaslIZHC48xZyzAdpD9Ep1oTtsw2HUN_AWD_Xv3ThL4zzBzfBSUKpOAQP3_VxCUBDRUDA1MJ30vGrS6irxUQdM-Arqx87Mp6VI03BrooCI5ZLt2aTiur9wvQs5cQ6ljS1nZjIOZjtHX024Gch1E945FkN2qOPaacxcbyoXO6EiRStgTju7XpD-Hc0/s320/5-4.jpg" width="320" /></a></div></div><div style="text-align: center;"><i>Evolução das capas no Nyah Fanfiction</i></div><div style="text-align: left;"><br /><h2 style="text-align: left;">O processo de ser o meu maior livro (até agora)</h2>Levei cerca de 5 anos para terminar de escrever o DEA - sim, eu sou leeeenta - entre 2013 e 2018, fosse escrevendo em casa, na faculdade, em viagem, em restaurante. Foi um livro que me acompanhou durante a faculdade de jornalismo e que me fez amadurecer muito como autora e também me jogou de cabeça nesse mundo de fanfics, já que o DEA foi publicado completo nas plataformas, como o Wattpad.<br /><b>E bem, é um livro que ficou com 60 capítulos + prólogo + epílogo no final das contas. Quase 400 páginas no digital e quase 450 no físico!</b><br />Lá por 2019, decidi que queria fazer a campanha de publicação no catarse para lançar o livro na Bienal Rio do mesmo ano! Mas, a coisa foi bastante simbólica, porque eu consegui apenas 7% do valor total, mas eu já estava trabalhando e já ia custear os valores de tudo.<br />E por sorte, bem nessa época acabei ganhando um sorteio que dava uma capa completa e uma diagramação completa para vencedor e aproveitei para o DEA. (E foi a melhor coisa, porque eu passei tanto estresse por causa da antologia neste período.)<br />Mas fora essas coisas de publicação, este é um dos livros mais complexos que já escrevi, com personagens bastante complexos e um enredo cheio de nuances por trás.<i> Eu tenho bastante ciência de que esta é uma não é uma história de romance fofinho e nunca foi sobre isso. E mesmo assim, eu amo Kazuko, Makoto, a história deles e a de tantos outros personagens presentes neste livro!</i><br />(Uma pena que nem todo mundo que lê percebe esses detalhes e só olha problematizando. Vou falar sobre isto mais a frente!)</div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLo7C32fUeeQhRHVfqaMUpYGj_lN6e6NHThryIPyCPoRaGwQePCIPq8ATNjJnBjOcanfG8G0XaVXtZ113lLGopDHMiNpa8Z95Nj_NIOYepSrQhLTBWEPTDTOkMSWbXnJBmUgxGueNAZSsuw17brKn9rLk2x5-samXeWAZ1zgKs0_9gwU32LI0wDJFk6bc/s1115/5-6.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="878" data-original-width="1115" height="252" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLo7C32fUeeQhRHVfqaMUpYGj_lN6e6NHThryIPyCPoRaGwQePCIPq8ATNjJnBjOcanfG8G0XaVXtZ113lLGopDHMiNpa8Z95Nj_NIOYepSrQhLTBWEPTDTOkMSWbXnJBmUgxGueNAZSsuw17brKn9rLk2x5-samXeWAZ1zgKs0_9gwU32LI0wDJFk6bc/s320/5-6.png" width="320" /></a></div><div style="text-align: center;"><i>DEA lá no Nyah, confesso que tenho pena de apagar!</i><br /></div></div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;"><h2 style="text-align: left;">Referências de Ai no Kusabi e outras coisas</h2>Se tem uma coisa que existe e muito no DEA são referências, bastantes delas.<br />A começar pelas relacionadas com Ai no Kusabi, que estão nos nomes das cidades, tanto na época em que era dividida, quanto na unificação, que são Tana (de Tanagura, cidade dos ricos), Serec (Ceres, as favelas do mundo da novel) e Ioma (Amoi, mundo do novel).<b> Sem contar que lá no epílogo aparecerem dois personagens que apenas são citados como um loiro e um mestiço e quem já viu Ai no Kusabi sabe exatamente o que isto significa!</b></div><div style="text-align: left;"> <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXq1dfxBZRtx1wdrPBFf4woCoi6ermFMK__zB0JRAr3RHuhTkChi0j_ij2MsDCy_0Z7Fxa7VRekAZWPJdqBw0cgvItGfzh3JaaLWpWIycrDWTnf4tnNCJYrtFYqTumiB4S9vJ0Jzy2sZdDhVwPUsyqAvK6KzIJGGUjh5Lg2AujujY-vsi-dsy8XesQnDA/s535/5-7.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="535" data-original-width="400" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXq1dfxBZRtx1wdrPBFf4woCoi6ermFMK__zB0JRAr3RHuhTkChi0j_ij2MsDCy_0Z7Fxa7VRekAZWPJdqBw0cgvItGfzh3JaaLWpWIycrDWTnf4tnNCJYrtFYqTumiB4S9vJ0Jzy2sZdDhVwPUsyqAvK6KzIJGGUjh5Lg2AujujY-vsi-dsy8XesQnDA/s320/5-7.jpg" width="239" /></a></div></div><div style="text-align: center;"><i>Os maiores de todos os casais de BL, na minha humilde opinião! </i><br /></div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;">Sem contar que Ai no Kusabi me inspirou tanto, que tem diversas músicas da OST do OVA de 1992 presentes na playlist da história (que até hoje não consegui colocar no spotify) e também a citação de abertura do livro é a letra de Eternal, uma das músicas de AI no Kusabi.<br /><i>E se você observar certas coisas, o Makoto e a Kazuko são bastante parecidos com o Iason e o Riki mesmo.</i><br />E temos as referências mais simples, como as clichês em que cito uma obra minha na outra. Neste caso a que aparece é a Filha do Conselho (com o nome citado) e também o Mago Belo, citado indiretamente.<br />A última é para os mais inteligentes! haha<br />Tirando os primeiros núcleos de personagens que aparecem, a maioria dos nomes presentes no livro são de seiyuus. Alguns eu até joguei o sobrenome no meio, só catar tudo!<br /><b>“E quem conseguir ganha o quê?”, vocês devem estar se perguntando.<br />Vou soar meio nojenta, mas apenas um “Parabéns pelo tempo livre”!</b><br /></div><div style="text-align: left;"> <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZSGNJ8ItnAaS3QBa1B95tyHQIIcu6JIIzd4Ex2PpfKjGbo09CASq3PM1kfsSutjyI9PPaOP2UKeX_mfZsWndce663Nfqw262Z9_q54K1dxoad52BrZxiSPdMdAsCu-KW7TjIyjPtONef0hnVGe6Ym5raIUUkHdiQFtdtqxp6_xnxD4O0gR8USR9dB2-U/s965/5-8.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="965" data-original-width="724" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZSGNJ8ItnAaS3QBa1B95tyHQIIcu6JIIzd4Ex2PpfKjGbo09CASq3PM1kfsSutjyI9PPaOP2UKeX_mfZsWndce663Nfqw262Z9_q54K1dxoad52BrZxiSPdMdAsCu-KW7TjIyjPtONef0hnVGe6Ym5raIUUkHdiQFtdtqxp6_xnxD4O0gR8USR9dB2-U/s320/5-8.jpg" width="240" /></a></div></div><div style="text-align: center;"><i>O trecho da música na abertura do livro.</i><br /></div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;"><h2 style="text-align: left;">O Dreamcast com Seiyuus</h2>Ah, mas vocês acharam mesmo que eu não ia falar de seiyuus de novo nesta newsletter? Acharam errado! (Zeramos o contador de "falei sobre seiyuus, o recorde é 0 dias"!)<br />Brincadeiras à parte, uma das partes mais divertidas do DEA pra mim é justamente que o Dreamcast dos personagens do livro, pelo menos o casal principal do livro, são com seiyuus. Para a menina Kazuko temos a maravilhosa Asami Imai. Para o Makotinho temos o maravilhoso Kaji Yuuki (e o Lee Hong-ji por tabela).<br />E eu fiz isso não só porque sou apaixonada por dublador japonês, mas também porque os personagens são japoneses e eu queria fugir do padrão dos avatares por aí!</div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhI2cp47_XuFA76gL7B8emLp0OL1DeowBpL1oWxlywKO5WX0Zslp5hDg3nJ8YIxeVs_YRgqG1JZUPU41keh9T4JJHnSExLow_88JsDZoTpzqECeOjXrA2wjYjMBs6ZIWxV3eOSTs8QLP0bIqj7LHm8nRxx17PqgI_w6ae3Hoq_5zRuMEF1rmlKj6q9vHjk/s960/5-9.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="640" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhI2cp47_XuFA76gL7B8emLp0OL1DeowBpL1oWxlywKO5WX0Zslp5hDg3nJ8YIxeVs_YRgqG1JZUPU41keh9T4JJHnSExLow_88JsDZoTpzqECeOjXrA2wjYjMBs6ZIWxV3eOSTs8QLP0bIqj7LHm8nRxx17PqgI_w6ae3Hoq_5zRuMEF1rmlKj6q9vHjk/s320/5-9.jpg" width="213" /></a></div></div><div style="text-align: center;"><i>Asami Imai como Hirasawa Kazuko</i><br /></div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDE6XdIPP_XhnHxhnGvI377u4qYz6slEa2B5Oh2hHsbUNCv0JpRgvtDD_hXdbtJhOrfkypqxzvmfA52wciHVnDSJL4RH0xgYvvRufelX_xKgQ2EW66VKMSVd9orYa3XzQL-AIs01ailEK1yXr2L6xaklwYaAWi1DaHVyZoQ8NE5-NKbWRjBmP3zopUlQA/s960/5-10.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="540" data-original-width="960" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDE6XdIPP_XhnHxhnGvI377u4qYz6slEa2B5Oh2hHsbUNCv0JpRgvtDD_hXdbtJhOrfkypqxzvmfA52wciHVnDSJL4RH0xgYvvRufelX_xKgQ2EW66VKMSVd9orYa3XzQL-AIs01ailEK1yXr2L6xaklwYaAWi1DaHVyZoQ8NE5-NKbWRjBmP3zopUlQA/s320/5-10.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: center;"><i>Kaji Yuuki com Miyasaki Makoto</i><br /></div></div><div style="text-align: left;"><br />E como eu num valho nada, obviamente montei um Dreamcast Seiyuu - que posso separar uma edição para falar sobre - do livros quase todo. No caso, é seguindo a ideia de que seja um anime e os personagens tenham as vozes dos citados.<br /><b>Várias outras minhas tem seu próprio Dreamcast Seiyuu - Super Agentes inclusas -, mas um dos meus favoritos é justamente o do DEA. (Sugitan como Koishiro é apenas tudo e um pouco mais!)</b></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj17iFcfXVrZ7Z0I1ClVGR_V7HXaeMHZuAcNJB60VEiHOWJTOfSlqB250RsjFiK54QUw4HXKTVopgnvQHl27_7m_XpGQM0ZUBIlinaXgUBPrnOAZoN_0XybJfHPc7I4_R7EOBnKVUo0D1cxOrfYnxX4jr7KPSU2Pa-wKAWydFiJ1On5mPutDWgiUPiPzq8/s1200/5-11.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1200" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj17iFcfXVrZ7Z0I1ClVGR_V7HXaeMHZuAcNJB60VEiHOWJTOfSlqB250RsjFiK54QUw4HXKTVopgnvQHl27_7m_XpGQM0ZUBIlinaXgUBPrnOAZoN_0XybJfHPc7I4_R7EOBnKVUo0D1cxOrfYnxX4jr7KPSU2Pa-wKAWydFiJ1On5mPutDWgiUPiPzq8/s320/5-11.jpg" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKYOQCn-IxWc2LZWSsS3dmH9ptytHFLGURx2vj7AHlg1UVe5jxtIDUG-Jj5S3DP7rhfvCXeGP52DivN_ckFI5JUE6zSvtTMuwjlctHTAzPHHFUgJPlX3-8Na_k7f7F4topn_gfCj_vs9tB9CXPBj-OYbL_VvhrOP0MqqFswk4u02hrt8aqg8uawXl_710/s1200/5-12.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1200" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKYOQCn-IxWc2LZWSsS3dmH9ptytHFLGURx2vj7AHlg1UVe5jxtIDUG-Jj5S3DP7rhfvCXeGP52DivN_ckFI5JUE6zSvtTMuwjlctHTAzPHHFUgJPlX3-8Na_k7f7F4topn_gfCj_vs9tB9CXPBj-OYbL_VvhrOP0MqqFswk4u02hrt8aqg8uawXl_710/s320/5-12.jpg" width="320" /></a></div><br /> </div><h2 style="text-align: left;">Quando coloquei o aviso de gatilhos (e continuo tendo problema com isso)</h2><div style="text-align: left;">Tenho plena consciência que o DEA não é um livro com temas delicados, não é romancinho fofo. São dois personagens que iniciam uma relação de forma bastante adversa - para não dizer absurda a nossos olhos - e mesmo assim acabam se apaixonando. Mas o DEA não é apenas sobre isso, tem toda a questão de divisão, posição social e a hierarquia que é mostrada. Realmente é um livro muito complexo e com muitas nuances!<br />Próxima a época de publicação do livro físico, quando estava com a campanha no catarse lá na reta final, compartilhei sobre num grupo de autores, para dar aquela divulgada básica.<br />Cês acreditam que teve uma pessoa - imagino que outra autora - que pediu o link do livro e eu inocentemente mandei e a bonita foi lá - ciente dos gatilhos que tinha - e leu e fez questão de me esculachar num comentário?<br /><i>Não anulando os gatilhos e as coisas que ela sentiu, mas ela disse que eu tinha banalizado o tema da escravidão e em como a cena da primeira vez tinha afetado ela por ser considerado estupro! E quando a pessoa faz isso, ela não tece um elogio, ela só quer te botar para baixo e quer parecer justiceira social e que ela está certa.</i><br />Confesso que por causa disso, eu cheguei, literalmente aos 45 do segundo tempo, a semanas de publicar, a pensar em jogar um trabalho de cinco anos no lixo, porque era assim que eu me sentia. (Se você leu a edição anterior, sabe bem que isso tem a ver com as minhas crenças disfuncionais.) E para piorar, no dia que isso aconteceu eu estava no trabalho! Imagina a situação?!<br />Desabafei num grupo de autoras e as meninas foram umas fofas e me acalmaram e me deram a sugestão de colocar os avisos de gatilhos para eu me proteger de algo assim de acontecer outra vez!<br />Segui a sugestão delas e no livro tem, na parte de trás, os avisos e a classificação 18+. No ebook lá na Amazon, os avisos estão antes da sinopse do livro e caps Lock: AVISO DE GATILHO. Quando eu divulgo, faço questão de recordar da pessoa ver os avisos.<br />E vocês acham que depois dessa vez parou? Na verdade, não! Essa história de pessoa que leu o livro ciente dos avisos - porque está bem grande - e acabou tendo os gatilhos despertados e veio reclamar comigo acontece periodicamente.<br /><b>Agora eu me pergunto, tentando ao máximo não coringar, como a pessoa pode ser tão masoquista a esse ponto? Ler de propósito só para depois poder reclamar? (Acho que isso tem a ver e muito com a forma que consumimos as mídias hoje em dia, tema que dá outro textão se deixar.)</b><br /><strike>Se bem que eu sempre penso: Se esse povo for ver a obra que inspirou, entra em surto e tem uma síncope.</strike><br />Não foi a primeira e com certeza não será a última e eu já aceitei isso sabe?<br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtxozFQsqLxoo-BWETlwPPw0oNbCOj6eE8yqqVTFMhem2F-rhjT6oVNJVKje94pDLaAviqHQZNl66Iv5QXBD3gU3FeulxAxXtbzMeOItrWJFiNozruqLqTttZPln-1lI9GqnjVR1mWnYQmNxWnRoOdjBAoUz-voQFyZ42n5UfGemCdOD6K5kTJT3hQeUk/s642/5-13.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="642" data-original-width="640" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtxozFQsqLxoo-BWETlwPPw0oNbCOj6eE8yqqVTFMhem2F-rhjT6oVNJVKje94pDLaAviqHQZNl66Iv5QXBD3gU3FeulxAxXtbzMeOItrWJFiNozruqLqTttZPln-1lI9GqnjVR1mWnYQmNxWnRoOdjBAoUz-voQFyZ42n5UfGemCdOD6K5kTJT3hQeUk/s320/5-13.jpg" width="319" /></a></div></div><div style="text-align: center;"><i>Meme para descontrair!</i><br /></div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;"><h2 style="text-align: left;">Como um autor pode fazer para se proteger?</h2>Ainda falando dos avisos de gatilho, vou contar o causo da última vez!<br />Em Agosto, deixei o DEA de graça e sempre chegam as avaliações novas e esta foi justamente desta leva.<br /><i>Um dia, recebi um direct no insta de autora e era uma menina falando que leu o livro e que tinha algumas coisas para falar. Por conta do histórico, eu já sabia que vinha bomba!</i><br />O Instagram resolveu me trolar e eu fiquei uma semana achando que a menina não quis falar porque eu vi a mensagem dela e em dois segundos respondi. Mas, quando finalmente apareceu a mensagem, não era nada do que já não esperasse. Ela tinha gatilhos com esses temas, mas resolveu ler o livro mesmo assim e bom, deu no que eu já sabia. (E certeza que a avaliação de 2 estrelas que faltava na Amazon era dela.)<br />Tudo bem que a menina foi super justa e falou bem de boas, só pelo fato dela ter ido no direct já comprova isso.<br />Mas teve um detalhe que me deixou bem "passada". A sugestão de que eu colocasse um disclaimer/aviso antes do início do livro que tudo aquilo era ficção e que eu como autora não concordo com nada do que está descrito ali.<br />Eu fiquei: cumá?<br />Quem me segue na internet sabe que nunca concordei com nada do livro, mesmo que fale sobre algum assunto em qualquer livro, não significa que eu ache certo!<br />Sem contar que, ao meu ver, existe uma tremenda e puta falta de interpretação de texto de muitas pessoas que leram o DEA. Alguns só enxergam as problemáticas, outros só enxergam o romance da coisa. E eu falei acima as nuances que tornam o livro muito complexo! (Talvez seja cancelada justamente por esse parágrafo.)<br />Resumo da ópera: não coloquei o que ela pediu, mas decidi passar o DEA para o gênero de dark romance.<br />Mas, cá só entre nós aqui… Mais uma reflexão…<br /><b>O que mais a gente autor precisa fazer, ao escrever livros com temas mais pesados e bem problemáticos, temos que fazer para nos protegermos de coisas assim? Fazer sinal de fumaça? Fazer dancinha no tico teco? Sério mesmo, eu fico matutando isso na cabeça!</b><br />Não que a pessoa comentar sobre os gatilhos sejam o problema em si, mas essa cultura que estamos vivendo de sempre pisar em ovos e tomar sei lá quantas precauções para não ser cancelado (porque é isso que acontece hoje em dia).<br />Porque pode apostar que mesmo com os gatilhos, com o disclaimer sugerido e com a mudança de gênero do livro, vai aparecer alguém me mandando mensagem nesse estilo. E eu vou continuar com as mãos atadas, sem saber o que fazer, porque é um pulo para alguém espalhar coisas erradas sobre meu livro. (Já vi acontecer nessa internet, especialmente no twitter.)<br /><i>E a conclusão disso tudo? Bom, a gente continua tentando avisar leitor e proteger a eles e a nós também, mas é algo bastante complicado. Só tem como lidar depois que a merda sobe!</i><br /><br />Bem, pessoal, é isto!<br />Peço perdão por mais uma edição imensa, mas acabo me empolgando com algumas coisas.<br />Até a próxima edição do Boletim de Anelândia! <br /></div>Anelisehttp://www.blogger.com/profile/06098998692638161206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7232565380437790999.post-83028661191853384002024-02-08T12:00:00.002-03:002024-02-17T11:07:59.577-03:00Boletim de Anelândia: #4 - Crenças disfuncionais e a falta de confiança na carreira <div style="text-align: center;"><b><i>Publicada originalmente em 24 de Outubro de 2022</i></b></div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEie7baHEmq99ssgRusJuLesRK10zU7oY09su9LzEKWHhyphenhyphenbjyA4B6-SGA8pF04DveJpNrtvDyvQxFrNRwtXBcQcfCP7vwj4UshNBGPIVW63Fq8uHELkr2MAbue1WuK3kflkGf3O3Vvkp9mRphdX71l2XS1o0ciDsQOErFyy-jYDp9amDAkX1TLazBwcPHSU/s1080/4-1.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEie7baHEmq99ssgRusJuLesRK10zU7oY09su9LzEKWHhyphenhyphenbjyA4B6-SGA8pF04DveJpNrtvDyvQxFrNRwtXBcQcfCP7vwj4UshNBGPIVW63Fq8uHELkr2MAbue1WuK3kflkGf3O3Vvkp9mRphdX71l2XS1o0ciDsQOErFyy-jYDp9amDAkX1TLazBwcPHSU/w400-h400/4-1.png" width="400" /></a></div><br /> </div><div style="text-align: left;">Olá, pessoas! Estou de volta! Dessa vez trazendo uma atualização mais reflexiva e eu espero que entendam o que eu quero dizer por aqui.<br />Vão ser pequenos desabafos e coisas que eu sinto com relação a minha carreira como escritora. Eu também trabalho bastante sobre isto na minha terapia e tento da melhor forma lidar quando acontece do sentimento surgir com força.<b><br />E um disclaimer gigante: Eu não sou psicóloga, o que falarei é com base na minha experiência como paciente ao conhecer os esquemas/crenças.</b><br />Agora segura que lá vamos nós!</div><div style="text-align: left;"><br /><h2 style="text-align: left;">A falta de reconhecimento enquanto autora</h2>Isso sempre foi uma grande questão para mim e não é nem porque a literatura nacional (e independente) é bastante desvalorizada.<br />Eu comecei a escrever praticamente no final da minha infância e a coisa foi aumentando durante a adolescência, mas eu só decidi levar como carreira quando já estava mais velha.<br />E bem, poucas pessoas levaram isso a sério quando eu fiz isso, principalmente a família, especialmente meus pais. Talvez porque eles ainda vissem aquela menina de 11 anos que ficava escrevendo em cadernos.<br />Ainda me recordo quando publiquei o meu primeiro conto e eu tive que ouvir a audácia de um tio perguntando quanto era só a minha parte no livro, porque era só isso que ele ia pagar.<br />Ou o caso de uma pessoa conhecida (que inclusive tinha sumido da minha vida, mas agora voltou) que quando comprou o livro do conto, foi e mandou uma mensagem anônima no meu tumblr dizendo que eu devia parar de sonhar e procurar alguma coisa mais útil para fazer. E pasmem, tudo isso porque ela não tinha gostado da temática do meu conto em específico.<br />Confesso que esse foi mais um daqueles dias em que eu simplesmente tive vontade de jogar tudo para o alto e desistir.</div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirsTAz0vP8JgJTvwrwTHZvNJamjIE4LEMz1kb52Q4CiFcH-pWxbm3D_w269cdoNOwPNmggnJY68mBgOGkTnjbwB0Qeq9iKmIErNf6MD-zOvjknrxH6JTur4GwZsQJbAN5lAJO8Khj4hYqbrKLU4QTSB9SIug1kGC8zUQ4TpxiAnX59abaQNODJ66BaO0k/s647/4-2.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="602" data-original-width="647" height="373" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirsTAz0vP8JgJTvwrwTHZvNJamjIE4LEMz1kb52Q4CiFcH-pWxbm3D_w269cdoNOwPNmggnJY68mBgOGkTnjbwB0Qeq9iKmIErNf6MD-zOvjknrxH6JTur4GwZsQJbAN5lAJO8Khj4hYqbrKLU4QTSB9SIug1kGC8zUQ4TpxiAnX59abaQNODJ66BaO0k/w400-h373/4-2.png" width="400" /></a></div><div style="text-align: center;"><i>Sim, eu tenho a mensagem guardada, para lembrar que ninguém mais vai me derrubar assim.</i></div></div><div style="text-align: left;"><br />Essa falta de reconhecimento me afeta muito até hoje, seja pelo simples fato de eu tentar divulgar na internet e não ter alcance (mas isso é assunto para outra edição).<br />Eu só comecei a ser levada mais a sério lá em 2019, quando depois de juntar os meus primeiros salários paguei a publicação do primeiro volume de As Aventuras de Jimmy Wayn e de O Diário da Escrava Amada. (Que eu até lembro que tentei fazer uma campanha no catarse que foi um flop horroroso.) Fazendo também o lançamento de ambos na Bienal do Rio de 2019, onde subloquei um estande para expor os livros.<br /><b><i>Mas, eu conquistei o pouco espaço e o pouco reconhecimento que tenho a muito custo e contando com o apoio de pouquíssimas pessoas, sendo a principal delas o meu noivo/marido/conje, que foi a primeira que leu algo meu lá em 2007/2008.</i></b></div><div style="text-align: left;"><b><i> </i></b></div><div style="text-align: left;"><b><i><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBOWUlzlJqRZMKlQigezIVcWzroqOUCN1Oo_-OyZfoM4KrFEQTRHV10vitjqpZrOk_28L2EXFNkmtkbTi0CY0TN1NP4p5EJ3zQi_vYix56XNtG-W5Q2Haj_q3grR2OkkE4nvv1m8B_pBJGsoJZ8E5CHrrU19G7Czc_CTjF9ugHG_YUD0mVorypPyISppo/s4160/4-3.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4160" data-original-width="3120" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBOWUlzlJqRZMKlQigezIVcWzroqOUCN1Oo_-OyZfoM4KrFEQTRHV10vitjqpZrOk_28L2EXFNkmtkbTi0CY0TN1NP4p5EJ3zQi_vYix56XNtG-W5Q2Haj_q3grR2OkkE4nvv1m8B_pBJGsoJZ8E5CHrrU19G7Czc_CTjF9ugHG_YUD0mVorypPyISppo/s320/4-3.jpg" width="240" /></a></div></i></b><div style="text-align: center;">Uma humilde foto da minha mesa da sessão de autógrafos na Bienal 2019.</div></div><div style="text-align: left;"><br /><h2 style="text-align: left;">A bendita (ou seria maldita?) comparação</h2>Quando estamos inseridos num meio com tanta gente que está fazendo as próprias coisas (só para não falar “fazendo os próprios corre”) e tentando se promover, é claro que vão haver as comparações, mesmo que elas não sejam justas.<br /><i>Quantas vezes não me pego desanimada porque vejo o autor X que publicou um conto novo depois de um ano sem nada e eu que estou trabalhando e lançando coisa nova o tempo todo nem consigo isso? Ou quando o autor Y consegue 100% na campanha dele no catarse e eu fiz a minha e fiquei com 7%? Ou até o autor Z consegue ganhar algum concurso e quando eu participo ou num ganho ou quando tenho uma chance é capaz do concurso explodir só para eu não ganhar? (Isso pode até parecer exagero, mas já aconteceu mais de uma vez.)</i><br />Indiretamente a gente se compara e isso não é justo, mas nós fomos ensinados a ser assim.<br />Tenho plena consciência também de que cada um tem a sua trajetória e o seu próprio tempo para as coisas acontecerem. Só que eu tenho um sentimento de que nunca é a minha vez, entende? Muitos tentam me consolar falando: Calma, Anelise, tudo em seu tempo. Sua vez vai chegar.<br /><b>E nossa, como me frustra… MUITO! É o que eu sempre falo na minha terapia: parece que eu tô nadando num rio e eu nunca chego na outra margem, sendo que a outra margem é o sucesso/realização.</b> <br />Eu tô sempre no quase! Sempre me cobrando demais, buscando aprovação, me sacrificando e me punindo e muitas outras coisas. Inclusive, tentando me inserir em grupos que parecem que eu não faço parte, estou sempre alheia… E na “panelinha” de autores, eu tô sempre na bordinha, no cabo.<br />E tudo isso é consequência das minhas crenças disfuncionais, que tem origens que são exatamente o que vocês devem ter pensado: a minha criação, ou seja, meus pais.</div><div style="text-align: left;"><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiolmrRy4HaVCBOThVLrJxF_px6zuaLMp9P7Qzm1t3VzWS-0kFe2QZz82vvj63NFdg-iv-aZl2_dv6TiWgbOSLlCzUthGlnDcnc50YroEMnT3kCJ_yaW1MI7k6fh4jMuEdp5FxIDU3F_e_XhG3F06QWJcBgO55ImlVeflN8t-zk6a6a_g1w2lEUrHZw2Tc/s691/4-4.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="628" data-original-width="691" height="291" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiolmrRy4HaVCBOThVLrJxF_px6zuaLMp9P7Qzm1t3VzWS-0kFe2QZz82vvj63NFdg-iv-aZl2_dv6TiWgbOSLlCzUthGlnDcnc50YroEMnT3kCJ_yaW1MI7k6fh4jMuEdp5FxIDU3F_e_XhG3F06QWJcBgO55ImlVeflN8t-zk6a6a_g1w2lEUrHZw2Tc/s320/4-4.png" width="320" /></a></div><div style="text-align: center;"><i>Cena de um mangá que eu amo: Ore No Yubi De Midarero</i></div></div><div style="text-align: left;"><br /><h2 style="text-align: left;">Lidando com as crenças disfuncionais</h2><br />Já tem uns anos que eu estou com a minha psicóloga, mas uma das coisas que trabalhamos nas sessões são relacionadas a minha carreira de autora, de ter mais confiança, de fazer o meu e tudo o mais.<br />E um dos temas que me foram mostrados por ela são justamente as crenças disfuncionais, que nada mais são do que alguns “monstrinhos” que vivem dentro de nós e podemos alimentá-los ou não e em certos momentos uns estão mais alimentados do que outros. São modos que nos comportamos quando temos certos desconfortos e temos formas diferentes de enfrentá-los.<br /><i>E sério, foi uma das melhores coisas que eu já trabalhei na minha terapia, porque eu percebi quais são as origens de certos pensamentos meus, como eles começam e agora sei o que fazer para lidar com eles, sem precisar fugir.</i><br />Eu sei que o sentimento vem, não se pode evitar, mas se pode lidar com ele de uma maneira melhor e mais saudável.<br />Vou exemplificar melhor para vocês entenderem…<br />Antes, quando eu era abatida pela frustração e por aquele sentimento de fracasso, eu ia na rede social vizinha e postava “reclamando”, algo como: Ah, por que eu continuo tentando seguir na minha carreira de autora? Não sou boa, não escrevo nada direito.”<br />E claro, eu era entupida de mensagens das pessoas falando para eu não desistir, que o que faço é muito legal, que um dia eu chego lá. E bem, em resumo, este meu comportamento era fruto da crença de “Busca por aprovação” e este era o jeito errado que eu lidava com isso. Mas, agora eu sei quando vem e não faço mais isso!<br />Outro exemplo, que foi até o que apitou altíssimo quando fiz o último teste das crenças, foi a de Isolamento Social, que nada mais é do que não se sentir pertencente a nenhum grupo, segue ficando sentada isolada, sempre quieta. Sem contar que as coisas que eu gosto, a maioria das pessoas não conhecem, o que piora. Acho que agravou mais com a pandemia ainda, mas quando vejo as descrições de cada uma dessas crenças consigo me relacionar bastante com algumas delas.<br />Mas, lidar com as crenças que sempre estiveram presentes é bastante difícil, então é uma passo de cada vez.<br />Só para reforçar, as crenças disfuncionais são um tema da minha terapia e para descobrir quais estão “ativos” é preciso fazer um teste que o psicólogo aplica. (E que pode ser repetido em períodos, já que muda muito.)<br /><b>São 18 crenças ao total, mas só para deixar de curiosidade, foram essas que eu conheci até hoje: Isolamento Social; Postura Punitiva; Busca por aprovação; Sentimento de Fracasso; Auto Sacrifício; Padrões Inflexíveis ou Crítica Exagerada; Inibição Emocional; Negativismo ou Pessimismo; Autocontrole e autodisciplina insuficientes.</b></div><div style="text-align: left;"><b> </b><br /><h2 style="text-align: left;">A adulta saudável</h2><br />Outra personagem que tive contato na minha terapia neste ano foi a <b>“adulta saudável”</b>, que eu inclusive fiz como um Moda Personagem, a pedido da minha psicóloga.<br />Ainda lembro da experiência de fazer o visual dela, porque eu até tinha lido como uma personagem e confesso que até chorei quando estava na sessão explicando e então percebi que essa personagem sou eu mesma, é a Anelise. <br />Vou parafrasear o texto que eu pus no meu instagram quando compartilhei as fotos dela:<br /> </div><div style="text-align: left;"><blockquote>Pensei ela como um daqueles meus sentimentos que aparecem no conto "A Busca da Criatividade", talvez até uma das melhores amigas da Determinação.<br />Ela é poderosa, ela é dona de si, ela sabe controlar os outros sentimentos e sabe as origens e bases de tudo o que sente. Ela tem a alma colorida, é espontânea, adora a cor vermelha.<br />Só que ela não é uma personagem, ela é uma versão melhorada de mim. A minha versão depois de anos de terapia que finalmente se entende e se acolhe quando necessário, pensando principalmente naquela pequena Anelise que nem sempre podia fazer tudo o que queria ou reprimia muito seus sentimentos.<br />Ela é livre, ela coloca todos os acessórios que quer, coloca uma pinta, um batom vermelho, veste o que quer e faz o que quer. Simplesmente não liga para os outros, ela é, simplesmente e plenamente, ela!</blockquote><br />E sim, eu estou me tornando cada dia mais uma adulta saudável, que sim, sente as coisas na sua intensidade, mas sabe exatamente de onde vem e como lidar com isso de uma forma saudável e que não seja prejudicial à ela e nem aos outros.<br />É também aquela desconstrução do “o que os outros vão pensar”... Que pensem, que digam, que falem! Isso diz mais respeito a eles do que a mim!</div><div style="text-align: left;"><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9_vUOHVWNuTJezIOamAeL5Qrd_J-stB5NslEZLhZakSulsqlTTkDk5DXfkep9TzmQrobWh2B6D-O12v1LtvzY-iN3OVvpTyl9HEKPN4k6o_beoXoG7PZyZtmRTRmiIrfHHT1r-avYOn6-cXzAUCawqWPPWbjx_RhpD2iUwW0pBWhdSJUVmYYgZvLEsp4/s965/4-5.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="965" data-original-width="724" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9_vUOHVWNuTJezIOamAeL5Qrd_J-stB5NslEZLhZakSulsqlTTkDk5DXfkep9TzmQrobWh2B6D-O12v1LtvzY-iN3OVvpTyl9HEKPN4k6o_beoXoG7PZyZtmRTRmiIrfHHT1r-avYOn6-cXzAUCawqWPPWbjx_RhpD2iUwW0pBWhdSJUVmYYgZvLEsp4/w300-h400/4-5.jpg" width="300" /></a></div><div style="text-align: center;"><i>A adulta de milhões!</i></div></div><div style="text-align: left;"><br /><h2 style="text-align: left;">Existem bons dias e maus dias e tá tudo bem!</h2></div><div style="text-align: left;"><b>Então, depois desta ladainha toda (só eu mesmo para usar essa palavra), vamos a umas pequenas conclusões, porque eu já me alonguei até demais e vocês devem estar querendo é me bater! (Olha a postura punitiva passando gente…)</b><br />Ainda bem que eu faço a minha terapia, uma vez a cada quinze dias e já estou trabalhando e cuidando da minha saúde mental. E foi o que me salvou e muito dos momentos em que que simplesmente queria desistir dessa coisa de ser escritora e manter só como hobby. (Especialmente o episódio traumático de quando fui organizadora de uma antologia. Se eu sobrevivi àquilo, sobrevivo a qualquer merda menor!)<br />Mas, eu sou humana, sou imperfeita e sim, tenho meus altos e baixos. São coisas que ainda estou aprendendo e desenvolvendo e é um processo.<br />Tem dias que eu estou com algumas dessas crenças ligadas no 220v querendo acabar comigo, mas eu respiro fundo e tento encontrar um jeito de enfrentar aquilo.<br />Tem horas que me pergunto e me sinto um fracasso ambulante ou que cobro demais uma perfeição que é impossível de alcançar ou quando recebo uma crítica negativa do meu livro e me sinto um lixo e só quero sumir, porque eu errei e isso não pode, tem que ser perfeito.<br />Até mesmo lidar com a raiva é um processo… Porque tem momentos que penso que é errado sentir raiva, mas das últimas vezes foi justificado na situação.<br />E também conquistar a minha confiança e acreditar que sim, essa coisa de ser autora vai dar certo, aliás, já está dando. Que meus livros e histórias são importantes e que só eu posso contar as histórias deles. É um passo de cada vez e cada conquista mínima é para se comemorar!<br />Enfim, gente, desculpe a zona, a bagunça, mas espero que tenham gostado do nosso Boletim de hoje.<br />Até a próxima!</div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgd-74PYlHIAKK5qoyP1QQnTAR6l5WP4lQ9kNPJ14u7ubq-1hh0OxHxnEYzFV0jp3QtSq5fz68zCZXwNwxHS16G5Eei1GFWpnaBfHYRoXQA6p4v7FCs6bGeneefnSg29WeAo3cswZWVE3Gu4eUmE_HjIw_Cluw3H0SkSa8lVsWOimKK8q9jeeHTFjOSGF0/s764/4-6.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="764" data-original-width="687" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgd-74PYlHIAKK5qoyP1QQnTAR6l5WP4lQ9kNPJ14u7ubq-1hh0OxHxnEYzFV0jp3QtSq5fz68zCZXwNwxHS16G5Eei1GFWpnaBfHYRoXQA6p4v7FCs6bGeneefnSg29WeAo3cswZWVE3Gu4eUmE_HjIw_Cluw3H0SkSa8lVsWOimKK8q9jeeHTFjOSGF0/s320/4-6.png" width="288" /></a></div></div><div style="text-align: center;"><i>Mais um da Hoshiya porque sim! </i><br /></div>Anelisehttp://www.blogger.com/profile/06098998692638161206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7232565380437790999.post-13618618151795364652024-02-07T12:00:00.002-03:002024-02-08T09:19:58.661-03:00Boletim de Anelândia: Bônus #1 - Prévias dos enredos do último trimestre do “12 Meses com Minorin”<div style="text-align: center;"><b><i>Publicada originalmente em 24 de Outubro de 2022</i></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-87Voczf1E4iL7UzcjFuw4xw-QHf3ZRI20UGit9FrwCjnTFjoAn6OEWbJ9-7hbWelvNlchObNWEYbyrFzAoHwn-gat4TCLTrTYddxEhpUwaJwsie6vcWpWwAWqSV4oIOMyEBFeNJ8UfdLQio6aCGUQpbuOu6zsh7H6U0i59oNtzDxma_5kiOSOetwr6Q/s1080/B1-1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-87Voczf1E4iL7UzcjFuw4xw-QHf3ZRI20UGit9FrwCjnTFjoAn6OEWbJ9-7hbWelvNlchObNWEYbyrFzAoHwn-gat4TCLTrTYddxEhpUwaJwsie6vcWpWwAWqSV4oIOMyEBFeNJ8UfdLQio6aCGUQpbuOu6zsh7H6U0i59oNtzDxma_5kiOSOetwr6Q/w400-h400/B1-1.png" width="400" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">E antes até do aquecimento oficial para o início do terceiro trimestre do 12 Meses com Minorin, com os contos de Outubro, Novembro e Dezembro, trago a vocês as prévias/resumos dos enredos dos últimos três contos do projeto!<br /><br /><h3>Outubro - TERMINATED / NEO FANTASIA</h3>Um futuro em que a humanidade saiu da Terra e se espalhou pelo universo. Dois planetas, um habitado por homens e o outro por mulheres, retornam ao planeta natal para fazer pesquisas.<br />Acontece um atrito entre as duas brigadas, fazendo com que três mulheres sejam raptadas e fiquem presas na nave masculina.<br /><br /><h3 style="text-align: left;">Novembro - Ittousei</h3>Um local bem acima das estrelas, onde as almas renovadas se preparam para retornar ao mundo, porém acontece uma confusão de muitas delas voltarem de uma vez só, causando desequilíbrio no lugar.<br /><br /><h3 style="text-align: left;">Dezembro - Contact / Re:Contact</h3>Uma pessoa, que está com a vida toda bagunçada, tem a chance de voltar no tempo, para vários anos de seu passado e mudar o curso de sua vida.<br />Mas, nessa viagem, ela se reconecta consigo mesma.<br />Lembrando que os três contos farão parte do projeto "12 Meses com Minorin", que foi o tema da última edição da newsletter.</div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUB-ZMVFS2kyGselvBy6SG-tvOD6nxQOx7nzet_NTRQDSvl7CpkPzGfHO8LE9JfkPxPoXkTdxRSMkGZjuj2IyvCU3tRWEpAMM60Z-d8PDo4WSg3qf8rE6fm9w89TrwZZvy9klj9cLEFIHZkEG6S9wiu8APTVimhHx10Pr6HPPgZv91Myuc00fCmlcLLq8/s800/B1-2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="512" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUB-ZMVFS2kyGselvBy6SG-tvOD6nxQOx7nzet_NTRQDSvl7CpkPzGfHO8LE9JfkPxPoXkTdxRSMkGZjuj2IyvCU3tRWEpAMM60Z-d8PDo4WSg3qf8rE6fm9w89TrwZZvy9klj9cLEFIHZkEG6S9wiu8APTVimhHx10Pr6HPPgZv91Myuc00fCmlcLLq8/w256-h400/B1-2.png" width="256" /></a></div><div style="text-align: left;"><br /> </div><div style="text-align: left;">Vou deixar o link para quem quiser ler os contos que já sairam!<br /><br /><a href="https://contosane-blog.blogspot.com/p/12-meses-com-minorin.html?utm_campaign=Boletim%20de%20Anel%C3%A2ndia&utm_medium=email&utm_source=Revue%20newsletter" target="_blank">Contos Anê Blog: 12 Meses com Minorin — contosane-blog.blogspot.com </a></div><div style="text-align: left;">Sinopse: 12 contos inspirados em músicas da seiyuu e cantora japonesa Chihara Minori. Uma homenagem a uma artista que me inspira muito!<br /><br />Bem, pessoal, é isto!<br />Espero que as prévias deixem vocês matutando na cabeça o que pode se desenvolver em cada um destes contos.<br /></div>Anelisehttp://www.blogger.com/profile/06098998692638161206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7232565380437790999.post-1301379368366558732024-02-06T12:00:00.001-03:002024-02-06T12:00:00.159-03:00Boletim de Anelândia: #3 - O grande projeto de contos de 2022, inspirados na minha cantora favorita<div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div style="text-align: center;"><b><i>Publicada originalmente em 16 de Outubro de 2022</i></b><br /></div></div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgP4mvjbkPFM6wtI_BiNDk3KziPRTkwGMBOOZf5cGIUEo90ObEuljnstYq8pPDKqCexzSzhmo522H_dFuSInHv45Zd-A56eCUShVXBQryMWbNdziz32f0QXe6icrnjjIxSVW_X3n_J6uCrd0ojOrY_R0H5RiuYkWbT_GuFzE3Wu-9Fl1QqzaCsDy5yMosE/s1080/3-1.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgP4mvjbkPFM6wtI_BiNDk3KziPRTkwGMBOOZf5cGIUEo90ObEuljnstYq8pPDKqCexzSzhmo522H_dFuSInHv45Zd-A56eCUShVXBQryMWbNdziz32f0QXe6icrnjjIxSVW_X3n_J6uCrd0ojOrY_R0H5RiuYkWbT_GuFzE3Wu-9Fl1QqzaCsDy5yMosE/w400-h400/3-1.png" width="400" /></a></div> </div><div style="text-align: left;">Olá outra vez, pessoas!<br />Chegamos a nossa edição de número três do Boletim de Anelândia e vou falar um pouco sobre o projeto que está tomando todo o meu tempo de escrita este ano.<br />Para quem acompanha nas redes sociais, todo o final de mês estou lançando um conto novo que é relacionado a este projeto, que se chama <b>“12 Meses com Minorin”.</b><br />Então, é sobre o grande projeto de contos do ano e falar sobre. Bora lá!</div><div style="text-align: left;"><br /><h2 style="text-align: left;">Quando surgiu a ideia do projeto</h2>Para quem não sabe eu sou muito fã de seiyuus (dubladores japoneses) e muitos deles mantém carreira musical paralela a parte de dublagem. <br />E uma das que sou mais fã, ou melhor, é a minha favorita, chegando a ser a minha cantora/artista favorita mesmo é a Chihara Minori.<br />Eu gosto muito de relacionar a minha escrita às coisas que eu gosto e me inspiram, e a Minori Chihara é uma dessas coisas.<br />Desde 2020, eu já estava com vontade de fazer algum projeto especial relacionado e em homenagem à ela e por um tempo ficou só na ideia mesmo, porque eu estava terminando a Contemporânea Erótica (que devo separar uma edição para falar, pois será meu próximo lançamento) e também escrevendo As Super Agentes e o livro das magias.<br />Mas, em 2021, quase num pós-pandemia e também um pós-escândalo (que tem até vídeo no meu canal pessoal), a Minorin decidiu depois de mais de 15 anos encerrar a carreira musical e em Novembro de 2021 saiu o último álbum dela: Re:Contact.<br /><i>E veio toda uma onda de despedida e tudo o mais e foi isso que deu vontade de finalmente começar o projeto que dei o nome super criativo de <b>“12 Meses com Minorin”</b>.</i><br /> <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8uNKQDHWcmEX6s-8kH5S1q_HYIXEVHpZTWLAliAbPh2OOOamlA1_o6Z2ba3ClA2jK6_ZfG2V8q_FeeeZp0pvmi0nEtmIyxQmY0XW8tbwetPusNcjBPj5BHmOWVa8faWdhx4bun7q3_UjCAodm3bjvq2WIuyLakOiP6xI6Nvd3pdBbtOf3aB16HQvdQWg/s641/3-2.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="292" data-original-width="641" height="183" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8uNKQDHWcmEX6s-8kH5S1q_HYIXEVHpZTWLAliAbPh2OOOamlA1_o6Z2ba3ClA2jK6_ZfG2V8q_FeeeZp0pvmi0nEtmIyxQmY0XW8tbwetPusNcjBPj5BHmOWVa8faWdhx4bun7q3_UjCAodm3bjvq2WIuyLakOiP6xI6Nvd3pdBbtOf3aB16HQvdQWg/w400-h183/3-2.png" width="400" /></a></div></div><div style="text-align: center;"><i>Olha a data, eu cantava a vontade de fazer desde 2020 mesmo!</i><br /></div><div style="text-align: left;"> </div><h2 style="text-align: left;">Quem é Minori Chihara?</h2><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjV1Yehb6EFBj4P4vR9G-6qgxFJiHPr4kVRGuEsjfTGqE6puLEMKlt_D0sPlJ-bqcyUDJTpGNtRXH6uhIuW54j-EYH2DqZe7vLNbdFVCqp8tcAL3kKHe-lPLZu0VnBfkNHybGoZ3T0WVwCYkKAUG8o2frd8jFk0wnhMtn5Hiqw0CZx40T3X1ENSl71SGhc/s1920/3-3.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="804" data-original-width="1920" height="168" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjV1Yehb6EFBj4P4vR9G-6qgxFJiHPr4kVRGuEsjfTGqE6puLEMKlt_D0sPlJ-bqcyUDJTpGNtRXH6uhIuW54j-EYH2DqZe7vLNbdFVCqp8tcAL3kKHe-lPLZu0VnBfkNHybGoZ3T0WVwCYkKAUG8o2frd8jFk0wnhMtn5Hiqw0CZx40T3X1ENSl71SGhc/w400-h168/3-3.png" width="400" /></a></div><div style="text-align: center;"><i>Minori Chihara, a grande origem deste projeto todo!</i></div></div><div style="text-align: left;"><br /><b>Minori Chihara</b>, ou melhor, a Minorin, é uma seiyuu e cantora japonesa, nascida em 18 de Novembro de 1980 em Utsunomiya, Prefeitura de Tochigi, mas cresceu em Saitama.<br />Seu início na carreira como seiyuu foi com a personagem<b> Aya Natsume </b>de <i>Tenjou Tenge</i>, porém a personagem que fez a sua carreira explodir foi a <b>Nagato Yuki</b> de<i> Suzumiya Haruhi no Yuutsu</i> e vieram outros papéis desde então.<br />Sempre gostou de cantar, sua carreira começou em 2004, é a filha do meio de sua família (que é apaixonada por Baseball), é tímida, o tipo sanguíneo dela é B... Enfim, eu poderia ficar listar aqui coisas técnicas específicas sobre a Minorin e a carreira dela, mas ficaria bem chato para vocês.<br /><b>Então, vou falar da Minorin na minha vida e em como ela me inspira.</b><br />Além das claras semelhanças - como o ano de 2004, o tipo sanguíneo e o mês de Novembro - e a obviedade de que a conheci por causa da Nagato Yuki, a Minorin entrou na minha vida mais ou menos em 2007/2008, que foi quando comecei a acompanhar mais animes e mergulhei de cabeça no universo dos seiyuus (e num sai nunca mais).<br />Ainda lembro dos momentos em que suas músicas me acompanharam... Afinal, eu tinha uns 15 anos quando comecei a ouvi-la e hoje sou uma pessoa com quase 30 anos de idade... Nas minhas duas faculdades, no início do meu namoro, no início do meu emprego, na bienal de 2019, momentos em que eu queria chorar e, ouso dizer, meus perrengues no transporte público... Tantos momentos que fica difícil de listar!<br /><b>E não são apenas as músicas dela que me inspiram, mas a pessoa por trás da cantora. A Minorin é uma pessoa tão fofa e tão cheia de luz que nem sei descrever o quanto eu amo essa mulher!</b><br />Ver a parte - a cantora - que me fez me apaixonar por ela terminar, senti vontade de finalmente começar o projeto de contos. E foi assim que meu 2022 inteiro virou inteiro sobre Minori Chihara e suas músicas.<br />Se bem que <i>"Qualquer desculpa para falar sobre a Minorin é uma boa desculpa"!</i></div><div style="text-align: left;"><i> </i><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcEN5UKsptFZYC2_xraZ0aENp6LjEmQbdV0CAPeMyCe-sKnX7EGKIYoNcigWSwHK9ciLOxqti9ozJSv4AUjq3xkhmUQ7Ij3OcsdP6Nw2hV6w06bIIK0uxUXq-pq-x-RQJoK_sp1XdYT31VztRShnpV7TJ8zDdOgDIzvOT_3HJzBFX9MxP5Zfjgiks0u7A/s560/3-4.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="560" data-original-width="500" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcEN5UKsptFZYC2_xraZ0aENp6LjEmQbdV0CAPeMyCe-sKnX7EGKIYoNcigWSwHK9ciLOxqti9ozJSv4AUjq3xkhmUQ7Ij3OcsdP6Nw2hV6w06bIIK0uxUXq-pq-x-RQJoK_sp1XdYT31VztRShnpV7TJ8zDdOgDIzvOT_3HJzBFX9MxP5Zfjgiks0u7A/s320/3-4.jpg" width="286" /></a></div></div><div style="text-align: center;"><i>Ela é a minha versão da "coquinha gelada".</i></div><div style="text-align: left;"><br /><h2 style="text-align: left;">Os contos até agora</h2><i>Bom, acho que é até meio besta explicar isso já na metade de outubro e último trimestre do ano, mas vou sintetizar como o projeto funciona. Ele consiste, como o próximo nome entrega, que tenhamos</i> <b>um conto novo todo mês, durante os 12 meses do ano de 2022, sendo todos eles inspirados em músicas da Minori Chihara.</b><br />Só que aconteceu de não ser uma música para cada mês, mas a maioria dos meses acabaram sendo de duas músicas e outros que tem apenas uma música só.<br />Então, eu escolho as música de acordo com a temática e com a ideia que ela pode me dar para alguma coisa no enredo e vou escrevendo o conto durante o mês, para lançar no final do mesmo. <b>(O que me rende vários tweets desesperados de "Hoje é dia 25 e não terminei o conto".)</b><br />Porém, antes do lançamento oficial eu faço uma semana de aquecimento, aproveitando para falar sobre as inspirações e sobre a história de cada conto, trazendo informações técnicas de onde as músicas estão inseridas na discografia da Minorin, trazendo também um Moda Personagem especial representando cada conto. Então, é bastante divertido não só escrever os contos, mas poder falar sobre ela também.</div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRKqfdjyJo8PICXluT4aFRA91lVdXCl3Huxf4kXvy4YBsKSXuym8aFQUKdG1Cn8yAj1Cl-OKY6FXNupivmeUrnVo9-jKQ3yoZMK0_oJiuNQuYwrMsb6TlxkyJQAM70QBHCHiLWpb20Psk6cKAwWeryHx7fNaTPvK1MQtJpi1u0lJUZD9-lw-2DcPSmJMs/s1500/3-5.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1000" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRKqfdjyJo8PICXluT4aFRA91lVdXCl3Huxf4kXvy4YBsKSXuym8aFQUKdG1Cn8yAj1Cl-OKY6FXNupivmeUrnVo9-jKQ3yoZMK0_oJiuNQuYwrMsb6TlxkyJQAM70QBHCHiLWpb20Psk6cKAwWeryHx7fNaTPvK1MQtJpi1u0lJUZD9-lw-2DcPSmJMs/s320/3-5.jpg" width="213" /></a></div><div style="text-align: center;"><i>Moda Personagem de cada um dos contos até então - Jan a Set</i></div></div><br /><div style="text-align: left;"><br />Então, até a esta altura, temos nove contos completos e estamos nos encaminhando para o último trimestre, que vai receber logo o seu aquecimento e o seu vídeo próprio, assim como o dos meses anteriores.<br />Então, fiquem ligados nas redes sociais para não perder viu? <strike>(E vai ter um bônus relacionado ao projeto aqui no Boletim que nem vou divulgar nas redes para ficar só para vocês.)</strike><br />Enfim, os contos até agora seguiram com temáticas tão diferentes entre si e eu não poderia estar mais satisfeita com isso. Eu tô amando fazer este projeto sério!<br /><br />Os nomes e emojis dos contos são estes:<br />Santuário da Luz:🌟<br />O Dia que o Tempo Deu:⏰🎁<br />Na Mesma Estação: 🚂<br />Inimiga do Crime:🦹🏻♀️💥<br />Cidade dos Sonhos: 🌃🌜<br />Chá para dois: ☕️💕<br />A pura nota do girassol: 🌻🎶<br />Uma guerreira inesperada: 🗡️👘🌸<br />O segredo das fadas: 🧚♀️🌟<br /><br />E para quem quiser conhecer as músicas que foram usadas nos contos até então, vou deixar como extra a playlist do projeto, que ainda vou atualizar com as músicas do último trimestre!<br /><br /><a href="https://open.spotify.com/playlist/3wnc8hwf2v8ZmMIhGetfrA?si=89297bbf4f3f46ec&utm_campaign=Boletim%20de%20Anel%C3%A2ndia&utm_medium=email&utm_source=Revue%20newsletter" target="_blank">12 Meses com Minorin - Playlist - playlist by zodiacane1 | Spotify</a> </div><div style="text-align: left;">A lista de músicas escolhidas como inspiração para 12 contos, durante os doze meses de 2022.<br /><br />E para os mais curiosos que quiserem saber o resumo e ler cada conto, todos estão disponíveis para leitura gratuita no Nyah, no Wattpad e no Contos Anê Blog. Só escolher uma das opções e se aventurar nos universos que criei inspirados nas músicas da Minorin.<br /><br />(Deixando o link do blog!)<br /><br /><a href="https://contosane-blog.blogspot.com/p/12-meses-com-minorin.html?utm_campaign=Boletim%20de%20Anel%C3%A2ndia&utm_medium=email&utm_source=Revue%20newsletter" target="_blank">Contos Anê Blog: 12 Meses com Minorin — contosane-blog.blogspot.com</a><br />Sinopse : 12 contos inspirados em músicas da seiyuu e cantora japonesa Chihara Minori. Uma homenagem a uma artista que me inspira muito!</div><div style="text-align: left;"><br /><h2 style="text-align: left;">Como tem sido fazer o “12 Meses Minorin” até agora</h2><br /><i>Então, isso é uma questão bastante complicada e que eu até levantei um pequeno debate sobre durante o vídeo do segundo semestre do projeto (onde trago também um extra além de falar sobre cada conto).</i><br />Por um lado, a Anelise que é fã da Minori Chihara - a Minorer, como no meu twitter - está muito feliz realizada com o projeto de contos. É uma coisa que eu quero fazer, para de alguma forma homenagear uma artista que me acompanha na minha vida desde que eu tinha 15/16 anos de idade.<br />Porém, por outro lado, como sempre acontece nessa minha carreira de autora (e por que não na vida pessoal), sinto que eu estou meio que falando sozinha, ou melhor, completamente sozinha neste projeto.<br />Eu poderia muito bem passar meu ano inteiro escrevendo 12 contos inspirados na Minori Chihara, mas não divulgar em lugar algum e deixar guardado num arquivo de word até sei lá quando sabe? Afinal, eu sou a pessoa que é fã né?<br />Mas, eu queria compartilhar e mostrar todo esse amor que tenho por ela para quem quisesse ler. Eu não ia ficar um ano inteiro engajada num projeto que iria deixar guardado.<br />Nos primeiros meses, eu realmente estava bastante animada e empolgada, escrevendo os contos e falando sobre eles. Mas, com o passar dos meses, fui percebendo aquilo que sempre acontece: Anelise falando sozinha super empolgada e geral dá "zero fodas".<br />Não significa que eu esteja fazendo este projeto só para ter leituras, estou fazendo para mim, como a maioria das coisas que eu escrevo. Até porque se meu foco fosse só ter leitores, sendo eu a única fã de Chihara Minori do Brasil (talvez), eu não fazer um projeto inteiro sobre uma artista que só eu conheço para início de conversa.<br />Claro que eu quero que alguém leia, senão eu nem postava.<br />O que me frustra é só uma pequena falta de feedback, porque sinto que muito trabalho para nada sabe? A gente quer fazer algo e diferente e não faz tanta diferença.<br />(Calma, gente, eu já conversei sobre isto mais de uma vez na minha terapia!)<br /><b>Em certos momentos, claro que esse limbo de "ninguém está lendo" me deixa chateada. Em outras horas, enquanto estou escrevendo o conto, montando as postagens de divulgação, fazendo o Moda Personagem, eu fico super animada, feliz e realizada com o que estou fazendo.</b><br /><i>Talvez alguém esteja acompanhando silenciosamente e eu não faço ideia. Só que eu estou em paz com toda essa situação, porque eu já estou mais do que calejada!</i><br />Então, já que estamos nesta altura do ano e eu sou uma pessoa que cumpre as próprias metas e promessas, vou terminar os 12 contos do "12 Meses com Minorin" conforme eu me propus a fazer.</div><div style="text-align: center;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="310" src="https://www.youtube.com/embed/c1B8_-aieV4" title="Trecho "12 Meses com Minorin" - (EXTRA)" width="528"></iframe>
</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: left;"><h2 style="text-align: left;">Outros artistas que faria um “12 Meses com”</h2><br />Apenas para brincarmos um pouco, vou deixar uma mini lista de quais outros cantores eu faria facilmente um projeto parecido com o relacionado a Minorin!<br />São elas: (são só mulheres mesmo!)</div><div style="text-align: left;"> </div><h3 style="text-align: left;">Nana Mizuki (Apenas a maior da indústria Seiyuu)</h3><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqoAmyLNvQWbzhjkusUdI5TVIHMFYa-IxklL_IPIsXuEtrSwZ0bWb1w0XaJogzW1lUOIVvH35BUrAf_zVpdybEPXsOUNdypQyVYDmz2Po0x5MhfTPI0Jk7au2g6lYtMrRp4WaCaWsMGdRQPnzNssI2RpSADoQX29ZKavCoPfCZBIo8-rycsgNHp_faUyg/s800/3-6.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="533" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqoAmyLNvQWbzhjkusUdI5TVIHMFYa-IxklL_IPIsXuEtrSwZ0bWb1w0XaJogzW1lUOIVvH35BUrAf_zVpdybEPXsOUNdypQyVYDmz2Po0x5MhfTPI0Jk7au2g6lYtMrRp4WaCaWsMGdRQPnzNssI2RpSADoQX29ZKavCoPfCZBIo8-rycsgNHp_faUyg/s320/3-6.jpg" width="213" /></a></div><br /><h3 style="text-align: left;">Aya Hirano (A seiyuu que me jogou de cabeça nesse universo!)</h3></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgShxhkna2PnCWfHSk8hmlod_9Wf07sHJSkRzxA9HAToG1XBJj4ggSvc1hcchpYw8cZBtTrS7rFRlCaesL2azMXTl38xfPiSui1aL_U1Yni2HaIOC_UQjdzWx5qpMS8XW4VEKeXO4L7ku6oVJWqoLUjAdJb8KcbdwBk6Au59-Rr2Tuk5g2kKR0l-VoQLio/s1350/3-7.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1350" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgShxhkna2PnCWfHSk8hmlod_9Wf07sHJSkRzxA9HAToG1XBJj4ggSvc1hcchpYw8cZBtTrS7rFRlCaesL2azMXTl38xfPiSui1aL_U1Yni2HaIOC_UQjdzWx5qpMS8XW4VEKeXO4L7ku6oVJWqoLUjAdJb8KcbdwBk6Au59-Rr2Tuk5g2kKR0l-VoQLio/s320/3-7.jpg" width="256" /></a></div><div style="text-align: left;"><br /></div><h3 style="text-align: left;">Asami Imai (Amo!) </h3><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUDFmG2FOYwR0_XuI0v9Qr4dk8b6G9mHCzaSgYJpk_oCoxhNdsr5oeXX3if8f2wvo8uPKs8ch7ADnSZY8zaaqrdehPps5XUDtNuGBfE2rshXyoTq2Y_fxL3YRxqjoLCd1TwEaqFik3PIpJDhFbmZJmqi0cV304tE9Adag5zxaEg23u-0_uN-pamKSW3UI/s1680/3-8.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1680" data-original-width="1200" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUDFmG2FOYwR0_XuI0v9Qr4dk8b6G9mHCzaSgYJpk_oCoxhNdsr5oeXX3if8f2wvo8uPKs8ch7ADnSZY8zaaqrdehPps5XUDtNuGBfE2rshXyoTq2Y_fxL3YRxqjoLCd1TwEaqFik3PIpJDhFbmZJmqi0cV304tE9Adag5zxaEg23u-0_uN-pamKSW3UI/s320/3-8.webp" width="229" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"><h3 style="text-align: left;">Dreamcatcher (As maiores rockeiras da Coreia!)</h3><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjYCMH0IztT8nO6F3qYGiS68xsmuz2nfBWkQjk8z4ZMzSYipiKnOgBtjS20dZhj1Bxg0A9IOQvw4gz7eFLFTbZ6sEbXggvv6iOPVv2BIXZbVOiIewjZAeIttwtVQH1SIkatsBilI1bSW2dOR-75fZne8wA7mWMCKr0pDvkMOAg6VGU3OfEZFYTYLfCRb8/s1500/3-9.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="1500" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjYCMH0IztT8nO6F3qYGiS68xsmuz2nfBWkQjk8z4ZMzSYipiKnOgBtjS20dZhj1Bxg0A9IOQvw4gz7eFLFTbZ6sEbXggvv6iOPVv2BIXZbVOiIewjZAeIttwtVQH1SIkatsBilI1bSW2dOR-75fZne8wA7mWMCKr0pDvkMOAg6VGU3OfEZFYTYLfCRb8/w400-h266/3-9.webp" width="400" /></a></div><br /><br />Bem, pessoal, é isto! Espero que tenham gostado de mais esta edição do “Boletim de Anelândia”.<br /><b>Realmente o “12 Meses com Minorin” é o que está me realizando este ano e fico super alegre de poder compartilhar nem que seja só um pouco sobre a minha cantora favorita.</b><br />Até a próxima!</div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"><br /><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9LRUZ0gSqQ22VAslFICz1ieGhGbN7IqqMT63hFkKctw7_vG3azZEX7to4UpNUwLEkuiZScRnR5L4vuFtBVjHEeLFcgmEgz5AI9Qx4K4eW9sxRcrVtQtlEPIAA8ttEaT9yY79CCX3G_w-F6X_h5_VOd8uhORHrYy5-N3HqIlOtHLacgFReuFN7bZcSX7Q/s828/3-10.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="456" data-original-width="828" height="220" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9LRUZ0gSqQ22VAslFICz1ieGhGbN7IqqMT63hFkKctw7_vG3azZEX7to4UpNUwLEkuiZScRnR5L4vuFtBVjHEeLFcgmEgz5AI9Qx4K4eW9sxRcrVtQtlEPIAA8ttEaT9yY79CCX3G_w-F6X_h5_VOd8uhORHrYy5-N3HqIlOtHLacgFReuFN7bZcSX7Q/w400-h220/3-10.png" width="400" /></a></div><div style="text-align: center;"><i>E agora eu vou lá pro spotify para ouvir ela, como sempre!</i></div>Anelisehttp://www.blogger.com/profile/06098998692638161206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7232565380437790999.post-75337782854747267752024-02-01T12:00:00.001-03:002024-02-01T12:00:00.242-03:00Boletim de Anelândia: #2 - O porquê dos 4 corações coloridos (Falando sobre As Super Agentes)<div style="text-align: center;"><b><i>Postada originalmente em 9 de Outubro de 2022</i></b></div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_D49WHU1dacsPg8GBHaJvHJCKyyL7g_ODVbc-LRR0fwlOnn1r1UkgoLNwX6XPUcOJIY-gIRxCeecifNQKdor5d223PCXzyyvXdkaqIpqP3G_wX97NH2ber2xqq3UTNhPSnwWl4lU29WUsocYARXJ2XjN1FWH2xypWxJrsEhbxuhRSjgzDNr5vJHDnA7s/s1080/2-1.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_D49WHU1dacsPg8GBHaJvHJCKyyL7g_ODVbc-LRR0fwlOnn1r1UkgoLNwX6XPUcOJIY-gIRxCeecifNQKdor5d223PCXzyyvXdkaqIpqP3G_wX97NH2ber2xqq3UTNhPSnwWl4lU29WUsocYARXJ2XjN1FWH2xypWxJrsEhbxuhRSjgzDNr5vJHDnA7s/w400-h400/2-1.png" width="400" /></a></div><br /></div><div style="text-align: left;">Olá novamente, pessoas!<br />Retornando para a segunda atualização e por que falar sobre elas né?<br /><i>Quem me segue nas redes sociais sabe que eu acabo falando bastante sobre As Super Agentes, direta ou indiretamente.</i><br />Mas, tem gente na internet que é muito desatenta e não deve fazer ideia do que estou falando. (Estou dizendo isso, pois tem gente que levou anos para descobrir que tinha lançado livro físico ou até que eu sou escritora!)<br /><b>Então, resolvi reservar esta edição para falar das minhas primogênitas! (Qualquer desculpa para falar sobre ASA (sigla do livro) é uma boa desculpa!)</b><br />Segura que o negócio vai ser grande, já que tem quase 20 anos que essas personagens estão comigo!</div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"><br /><h2 style="text-align: left;">Quem são elas?</h2><i>As Super Agentes nada mais é do que meu primeiro livro, o primeiro que eu inventei, o primeiro que eu escrevi e foi onde essa doideira de ser escritora começou!</i><br />E muitas questões envolvem a criação delas. Os anos de 2003 e de 2004 foram bem punk na minha vida, por falta de expressão melhor! Eu entrei no Fundamental II, mudando de escola, tendo bastante dificuldades já que o colégio era bem puxado e teve a minha miopia aparecendo. Enfim, foram anos bem difíceis para mim, de verdade! (Inclusive, eu tenho vontade de abraçar a Anelise daquela época sempre!)<br />ASA surgiu no ano de 2004, pois é inspirado e relembrando uma época boa, que foi antes de toda esta torrente péssima! Tanto que as personagens eram praticamente eu e minhas duas amigas do Fundamental I.<br />Também, era uma daquelas histórias que até brincava e inventava as aventuras delas, sendo bastantes influenciadas pelas coisas que eu gosto, como Sailor Moon e Saint Seiya.<br />Comecei a escrever num caderno velho e foram em mais outros três e cerca de oito anos para terminar o primeiro livro da série (a versão original). Disclaimer: escrevia por diversão e não tinha tanto compromisso, por isso demorou esse tempo todo.<br />Mas, elas já estavam presentes na minha vida de escritora desde sempre e estavam comigo quando todas as minhas outras histórias foram surgindo. Elas cresceram e amadureceram comigo!<br /><b>Acho que fica claro para quem me acompanha o carinho e todo amor que eu tenho por elas!</b></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3R8YKP_b6qt5Cvo3HNKiw5ocMYwAXnpBmHaH5AINNDJk0G9ngnyrjim_18nuHkH9T6dmBrrn7IIIlkQvdACrJ-i4u-DpxwUwviiIYDQ8v4yTdh2fG2vk0s8jhrg-K8GdumJ_lgkaBGOVUpMA7_Lvib8eEgLNYnIxOMr6Um2kQh5Y7a1nSJr9pu8cyYrI/s556/2-2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="556" height="288" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3R8YKP_b6qt5Cvo3HNKiw5ocMYwAXnpBmHaH5AINNDJk0G9ngnyrjim_18nuHkH9T6dmBrrn7IIIlkQvdACrJ-i4u-DpxwUwviiIYDQ8v4yTdh2fG2vk0s8jhrg-K8GdumJ_lgkaBGOVUpMA7_Lvib8eEgLNYnIxOMr6Um2kQh5Y7a1nSJr9pu8cyYrI/s320/2-2.jpg" width="320" /></a></div></div><div style="text-align: center;"><i>Meme para descontrair [1]</i></div><div style="text-align: left;"><br /><h2 style="text-align: left;"> </h2><h2 style="text-align: left;">A nova versão do primeiro livro (e o resto da série)</h2>No começo de 2020, depois de conversar um bocado com meu noivo (e meu editor) sobre a minha vontade de publicar As Super Agentes, a gente ficou horas conversando sobre o novo enredo, porque, sinceramente, não dava para publicar algo que foi escrito durante toda a minha adolescência e que tinha péssimo desenvolvimento e muitos furos. Mesmo que tenha um apreço enorme, tinha consciência de que precisava recomeçar a história do zero!<br /><i>Alguns personagens trocaram de nome - mesmo que, de vez em quando, eu escorregue e chame pelo antigo - e a história recebeu uma carinha de coisa brasileira!</i><br />Vou resumir este novo enredo… (Se bem que o próprio prólogo já o faz muito bem!)<br />Existe uma profecia de que figuras mitológicas brasileiras deixaram descendentes no país e que em algumas gerações eles apresentam os poderes de cada elemento que cada uma representa. A mesma profecia diz que esses poderes podem ser roubados e usados para o mal, basta fazer um ritual para tal.<br /><b>Todas essas coisas estão descritas num livro, que data da época do Brasil Colônia, sendo escrito em Tupi-guarani e que foi encontrado por duas personagens que aparecem na história.</b><br />Várias agências particulares e nacionais de inteligência ficaram de olho na tal profecia e é uma coisa bastante comum existirem agentes bem jovens. E para esta missão, pelas crianças da profecia serem também muito novas, era preciso de uma idade equivalente para observar. (Sei que é uma puta verossimilhança interna do livro!)<br />E é neste contexto é que as nossas personagens - Amélia, Camila e Joana - nasceram e foram criadas. Elas foram crianças programadas para esta missão, cresceram parte da vida num orfanato e depois num centro de treinamento, indo em seguida para uma agência.<br />E é assim que a história nova começa e se desenvolve.<br />Aproveitei alguns acontecimentos, como o rapto dos meninos - que se chamam Samuel, Serafim e Ícaro -, a Olimpíada Escolar, o passeio no parque aquático, várias outras.<br />O mais maravilhoso de reescrever esta história é que estou revisitando personagens que conheço super bem e é ótimo ver como muitas coisas mudaram em comparação com o original, vários personagens que nunca interagiriam, agora o fazem e até algumas coisas legais aconteceram... Como o melhor casal deste livro, que são a Marlin e a Julia.<br />E essa nova versão do primeiro livro leva a todo uma versão nova da série, que ainda planejo 4 a 5 livros, que tem até nomes (que nem sei se vão ficar):</div><ul style="text-align: left;"><li style="text-align: left;">As Super Agentes e o livro das magias (este é o que estou reescrevendo);</li><li style="text-align: left;">As Super Agentes e a agente secreta;</li><li>As Super Agentes e o mestre do gelo;</li><li>As Super Agentes e as pedras elementais.</li></ul><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"><br /><h2 style="text-align: left;"> </h2><h2 style="text-align: left;">Outras histórias que têm influências de ASA</h2>As citações e referências de As Super Agentes sempre aparecem em outros livros meus. Desde coisas mais simples, como da história delas ser um anime em <b><i>As Aventuras de Jimmy Wayn</i></b>; os personagens de <b><i>Guilty Angels</i></b> ganharem gravatas borboletas das cores vermelha, laranja, rosa e roxo; em <b><i>Mate-me se for capaz</i></b> - história sob pseudônimo - o personagem que também é agente e que cita como as personagens de ASA são uma inspiração para ela.<br />Porém, existem algumas histórias que já pensei que são baseadas em ideias que tive como se os personagens de <i>As Super Agentes</i> fossem atores destas histórias.</div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCde_7tMWAr-O4RNuL24E1ZV9kUYM3Z-eJGIV1VB8zMkyME1_va2Q3-rc41sXrQk79cPeFgR7u8m3RW9hGqQZeBhvPRnRKl_UNMgfCdoDKXlOFVCM3-s9Xm5l_QFpmjs-heln8qpOyCbhwPqYtoDqVbeFZwxwhOhBJ55SDFlFmQpQC2OIHwkvIxx047Os/s882/2-3.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="556" data-original-width="882" height="253" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCde_7tMWAr-O4RNuL24E1ZV9kUYM3Z-eJGIV1VB8zMkyME1_va2Q3-rc41sXrQk79cPeFgR7u8m3RW9hGqQZeBhvPRnRKl_UNMgfCdoDKXlOFVCM3-s9Xm5l_QFpmjs-heln8qpOyCbhwPqYtoDqVbeFZwxwhOhBJ55SDFlFmQpQC2OIHwkvIxx047Os/w400-h253/2-3.jpg" width="400" /></a></div></div><div style="text-align: center;"><i>Capa da história, com a Katja e a Fiona do FAUN</i><br /></div><div style="text-align: left;"><br />Uma delas é <b><i>As Princesas Gêmeas</i></b>, em que dá para perceber que alguns personagens são os mesmos de As Super Agentes, principalmente as irmãs e os irmãos gêmeos da história.<br />É uma pena que só escrevi uns três capítulos desta história e deixei lá no Nyah, mas eu tenho a ideia pro final dela todinho.<br /><br /><a href="https://fanfiction.com.br/historia/654619/As_Princesas_Gemeas/" target="_blank"><i>As Princesas Gêmeas</i></a><br /><br />As jovens Charlotte e Annica cresceram em mundos bem diferentes, uma sendo princesa e a outra, camponesa. Mais um casamento real se aproxima, Charlotte deve casar-se com o governante de reino vizinho, mas não é isso o que ela deseja. A princesa foge do palácio e acaba esbarrando com Annica, que se sensibiliza por sua situação e resolve ajudá-la a se esconder da Rainha.<br />O que elas não sabem é que são irmãs, filhas da rainha com um camponês pelo qual ela era apaixonada na juventude e com que iria se casar, porém o rei a havia escolhido como nova rainha após a morte da anterior.<br />O Rei as havia separado no nascimento. O destino as juntou novamente.<br />Agora o caminho que irão trilhar só depende delas mesmas!.</div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"><br /> </div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhluCdhGaCJ2O_HkFib6g4Jn7oxpgPumswc2Fo0mzMm1f-X7DsHdFgaYTqnYNnLvaOeIeheQlbxcUje1fzqYeh8TaSPjI4Ios4IP9Qr_TfKdtN0xE8PSjnzcnprqEWZIa3E0OHjJgKScZcEB3AASPCj5ydTFnbOx2LrfrhIjpE6ya3Io6bSFVx8-OBVTlk/s720/2-4.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="720" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhluCdhGaCJ2O_HkFib6g4Jn7oxpgPumswc2Fo0mzMm1f-X7DsHdFgaYTqnYNnLvaOeIeheQlbxcUje1fzqYeh8TaSPjI4Ios4IP9Qr_TfKdtN0xE8PSjnzcnprqEWZIa3E0OHjJgKScZcEB3AASPCj5ydTFnbOx2LrfrhIjpE6ya3Io6bSFVx8-OBVTlk/s320/2-4.jpg" width="320" /></a></div></div><div style="text-align: center;"><i>Capa com foto de casal, provalmente do pinterest</i><br /></div><div style="text-align: left;"><br />Já a outra é <b><i>Despedida de Solteiro</i></b>, que até comecei a escrever sob o pseudônimo de Kyon Hiryu - que até uso no meu blog - e quis fazer uma temática mais adulta para o casal que era o mais enrolado de Anelândia. Ou será que só eu usando isso como desculpa para escrever histórias alternativas sobre eles dois. Fica a questão!<br />Essa daqui não está postada em lugar nenhum e eu nem terminei de escrever, mas eu tenho ela guardada, quem sabe poste como um bônus por aqui.<br /><br />Vou deixar pelo menos a sinopse:<br /><blockquote>O ex-namorado de Aria vai se casar. Ela ainda é apaixonada por ele. Um amigo em comum, Nick, entre ela e o ex, está organizando a despedida de solteiro do rapaz e sabendo dos sentimentos que Aria ainda tem, faz uma aposta com ela. A garota acaba perdendo. Ela será a “despedida de solteiro” de Luke. Só que essa última noite trará antigos sentimentos de volta e que causarão consequências sérias nos preparativos finais do casamento!<br />Direta ou indiretamente, eu acabo colocando influências de As Super Agentes em tudo o que eu escrevo, porque foi por onde eu comecei. E digo mais, chega a ser engraçado como aparecerem coisas com as cores delas na minha vida.</blockquote></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"><p><span>Direta ou indiretamente, eu acabo colocando influências de </span><b>As Super Agentes</b><span>
em tudo o que eu escrevo, porque foi por onde eu comecei. E digo mais,
chega a ser engraçado como aparecerem coisas com as cores delas na minha
vida.</span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAqc1CZAHYj-iEIq1oj84kMBh43IajCEmXB3wa91MjenMmto5vMzwXbbCaiK_7CbxMCsTjAcM2SY17p6xhbz9KrRkLMHxTa0xU8TeEYY0aZzBRD5junukMNLjtgoI99wvVd0fV4oVvAzT3SBmTy0RKwGRleb2TgoH4rrmXwKMcCbJrDplHbP3i7A-m51U/s503/2-5.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="496" data-original-width="503" height="395" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAqc1CZAHYj-iEIq1oj84kMBh43IajCEmXB3wa91MjenMmto5vMzwXbbCaiK_7CbxMCsTjAcM2SY17p6xhbz9KrRkLMHxTa0xU8TeEYY0aZzBRD5junukMNLjtgoI99wvVd0fV4oVvAzT3SBmTy0RKwGRleb2TgoH4rrmXwKMcCbJrDplHbP3i7A-m51U/w400-h395/2-5.jpg" width="400" /></a></div></div><div style="text-align: center;"><i>Meme para descontrair [2]</i></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"><br /><h2 style="text-align: left;">Para conhecer mais sobre As Super Agentes</h2>Eu cheguei a postar alguns capítulos de As Super Agentes e o Livro das Magias tanto no Nyah quanto no Wattpad. Vou deixar os links aqui para quem quiser ler:<br /><br /><a href="https://fanfiction.com.br/historia/804157/As_Super_Agentes_e_o_Livro_das_Magias/" target="_blank">As Super Agentes e o Livro das Magias - Nyah</a><br /><br /><a href="https://www.wattpad.com/story/289762124-as-super-agentes-e-o-livro-das-magias" target="_blank">As Super Agentes e o Livro das Magias - Anelise Vaz - Wattpad</a></div><div style="text-align: left;"><br />E claro, vou deixar dois vídeos do meu canal. O primeiro falando sobre esta nova versão de ASA e o outro sou eu relendo o primeiro capítulo da primeira versão, lá de 2004, com algumas alterações do tempo.</div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: center;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="210" src="https://www.youtube.com/embed/4mAq299UPhk" title="Sobre As Super Agentes e o livro das Magias (Nova Versão) - Para o Contos Anê! [81]" width="350"></iframe><br /><br />
<iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="210" src="https://www.youtube.com/embed/YrNOpTcT1s8" title="As Super Agentes: Reagindo ao primeiro capítulo - Para o Contos Anê! [59]" width="350"></iframe>
<br /></div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;">E vou deixar indicado acho que uma das primeiras coisas que postei no Nyah, que é uma versão do futuro de <b>As Super Agentes: O Futuro </b>(futuro da versão antiga). Depois até do quinto livro, onde finalmente o OTP supremo - aka Anelise e Seiya (sim, eram esses os nomes antigos) - finalmente se casam. E bom, já tá todo mundo casado e com filhos.<br /><br /><a href="https://fanfiction.com.br/historia/308939/As_Super_Agentes_O_Futuro/" target="_blank">As Super Agentes: O Futuro</a><br /><br />Final alternativo para o casal Seiya e Anelise, o casal principal desta história.<br />Também é um final alternativo para As Super Agentes. Esta história se localiza alguns anos após a missão deles em outra dimensão.<br /><br />E é isto por hoje, pessoal!<br /><b>Espero que tenham gostado de conhecer, nem que seja só um pouquinho sobre minhas amadas Super Agentes.</b><br /><i>E olha que eu resumi bastante, porque senão a gente não saia daqui hoje.</i><br />Até breve! <br /></div>Anelisehttp://www.blogger.com/profile/06098998692638161206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7232565380437790999.post-58462873234235398292024-01-30T12:00:00.001-03:002024-01-30T12:00:00.250-03:00Boletim de Anelândia: #1 - A insegurança de abrir uma Newsletter (ou qualquer tentativa de interação com meus leitores)<div style="text-align: center;"><b><i>Postada Originalmente em 5 de Outubro de 2022</i></b></div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhl24dufQ7bSTjm8FaHsMUNV0DF5MAjhRmhGY_kWIbt8oham7LHha3HKknhKCGVr9W1PSJlC92POzbNCTaanQnNVmI_EYvb7PTxcNNUobOVtTRmO-0-ku_LhgMxzx8e2mJ4QRXakxce35L3taK-tw29dF5ex3ctMtpl0vviNR5AZetCZKxEqPKvC_aLJDo/s1080/1-1.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhl24dufQ7bSTjm8FaHsMUNV0DF5MAjhRmhGY_kWIbt8oham7LHha3HKknhKCGVr9W1PSJlC92POzbNCTaanQnNVmI_EYvb7PTxcNNUobOVtTRmO-0-ku_LhgMxzx8e2mJ4QRXakxce35L3taK-tw29dF5ex3ctMtpl0vviNR5AZetCZKxEqPKvC_aLJDo/w400-h400/1-1.webp" width="400" /></a></div> <br /></div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;">Olá, pessoas! (Eu sinceramente não sei como iniciar as coisas.)<br /><b>Então, esta aqui é a primeira vez em que eu falo oficialmente nesta Newsletter, neste Boletim, chamem como quiser.</b><br />Confesso que demorei e muito para finalmente decidir abrir isso daqui e confesso que estou com um medo ferrado de isso daqui virar apenas mais um lugar onde acabo sempre falando sozinha sobre meus livros - assim como acontece nas outras redes sociais.<br />Eu tenho um grupo de leitores na rede vizinha, que está largado, só eu falo lá! Eu tenho um grupo de leitores no whatsapp e só eu falo lá… E só meu noivo me responde!<br />Sem contar os longos anos que tenho o tumblr e também o canal no youtube, com mais de 90 vídeos e pego dez visualizações quando posto.<br />Eu só não quero começar mais uma coisa para me frustrar sabe?<br />É sempre uma tentativa muito grande interagir com os meus leitores, mas eu continuo tentando!<br /><i>Enfim, agora vamos parar de reclamar e falar direto de mim - para devidamente me apresentar, pois pode aparecer gente nova - e também explicar como vai funcionar isso daqui.</i></div><div style="text-align: left;"><br /><h2 style="text-align: left;">Breve Apresentação</h2>Eu me chamo <b><i>Anelise Torres Vaz</i></b>, mas a maioria me chama de<i> Ane</i> (meu apelido). Sou do Rio de Janeiro, país Bangu e nasci em 30 de Novembro de 1992, ou seja Sagitariana.<br />Tenho duas formações: Licenciatura em Letras e Jornalismo. Trabalho como professora de português no Lar Fabiano de Cristo.<br />Sou apaixonada por animes, seiyuus, livros, doramas e tantas outras coisas. Quem me conhece sabe os gostos variados que eu tenho!<br />Comecei a escrever lá em 2004, com 11 anos e não parei desde então. Ainda vou acabar falando sobre alguns dos livros que me fizeram desenvolver como escritora durante a adolescência.<br />Minha primeira publicação foi lá em 2014, com o conto <b>Você, até o fim </b>- que está lá na Amazon atualmente - e desde então fui publicando em algumas antologias.<br />Quanto aos livros solo… Em 2016, publiquei na Amazon o primeiro livro da série <b>As Aventuras de Jimmy Wayn: O Menino Virgem.</b><br />Em 2019 vieram a versão física dele e também de O Diário da Escrava Amada, que foi um história que foi postada em plataforma de leitura como o wattpad.<br />Em 2020, veio a continuação do <b>JV: Confusão na Escola.</b><br />Boa parte da minha carreira de escritora foi feita na cara, na coragem e como independente.<br />E para fechar esta breve apresentação… Em 2020 também abri a <a href="https://twitter.com/editoraheroi" target="_blank">Editora Herói</a>, junto com o meu noivo (e primeiro leitor e editor).</div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwiG_PZZm4Ua2PZeJWfLwLNbYmFUtbXDvrjA_orWpQytZ2MwYEQXlzMDpr1nZVi2bCcubszHKj5t_mzOXLlsJEqF-c8aP2yAiMSKRKtVIBiUkM54h1RLTkUIuHABqpVbu8De8tjMTwa5SpBCPsMfe8GlDvWI5SnYf9dwzNxXyDJOVBMakyRjbLr9ehrPk/s1941/1-2.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1941" data-original-width="1456" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwiG_PZZm4Ua2PZeJWfLwLNbYmFUtbXDvrjA_orWpQytZ2MwYEQXlzMDpr1nZVi2bCcubszHKj5t_mzOXLlsJEqF-c8aP2yAiMSKRKtVIBiUkM54h1RLTkUIuHABqpVbu8De8tjMTwa5SpBCPsMfe8GlDvWI5SnYf9dwzNxXyDJOVBMakyRjbLr9ehrPk/s320/1-2.webp" width="240" /></a></div></div><div style="text-align: center;">Uma das minhas fotos favoritas do ano, com o Girassol, fazendo parte do grande do ano</div><div style="text-align: center;">(que ainda falarei num edição futura do boletim)</div><div style="text-align: left;"><br /><h2 style="text-align: left;">Como vai funcionar esta bagaça?</h2><i>Então, vou tentar resumir como quero fazer este Boletim/Newsletter.</i><br />Primeiro que eu dei o nome de Boletim de Anelândia, pois este o nome que dei ao universo onde se passam as minhas histórias, ou melhor, é como chamo o cantinho da minha cabeça onde eu penso neles.<br />Então, teremos por aqui algumas atualizações bem semelhantes a esta, seja falando sobre algum deles ou para comentar algum projeto novo/em produção ou até para comentar sobre qualquer coisa que eu achei interessante e que acabo relacionando com a minha carreira de autora. (Alô terapia!)<br />Algumas vezes farei postagem falando sobre curiosidades de obras já publicadas minhas - principalmente o JV e o DEA - e quem sabe deixar uns trechinhos também né?<br />E claro, teremos conteúdos bônus e exclusivos, como trechos de coisas em que estiver trabalhando ou algo que escrevi de puro fogo no cy e nunca pretendi publicar em lugar nenhum.<br />Teremos também em primeira mão detalhes dos projetos em andamento e também acesso aos vídeos do canal antes de todo mundo.<br />Enfim, acho que o Boletim de Anelândia vai se construir conforme for evoluindo.<br /><b>Espero que gostem de acompanhar por aqui e fiquem à vontade para interagir comigo nas redes sociais - acho que aqui não tem um modo de resposta - e podem até pedir temas para a newsletter.<br />É isto! Sejam bem-vindes ao Boletim de Anelândia!</b></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVkCqpZbVo0zB6R9Yrz6dWgYcLgZYe8Pcc8gGM8Re1zuQ5i-n0ZQsOPSnJRsCd2JxBGZKYgxebHey9SXczFflO5_OStXrjzhG59bVwTyZDMgmZoyjY9Of1-eXYPPiDCGOrd7edUZb7MtdTN15LEYPwpUEpOutURoLkAnjDifhdJqxU_m1fdGfLEImFuHE/s800/1-3.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="534" data-original-width="800" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVkCqpZbVo0zB6R9Yrz6dWgYcLgZYe8Pcc8gGM8Re1zuQ5i-n0ZQsOPSnJRsCd2JxBGZKYgxebHey9SXczFflO5_OStXrjzhG59bVwTyZDMgmZoyjY9Of1-eXYPPiDCGOrd7edUZb7MtdTN15LEYPwpUEpOutURoLkAnjDifhdJqxU_m1fdGfLEImFuHE/s320/1-3.webp" width="320" /></a></div></div><div style="text-align: center;">Comemorando porque finalmente começamos! (Foto de seiyuu porque sim!) <br /></div>Anelisehttp://www.blogger.com/profile/06098998692638161206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7232565380437790999.post-25204448812662152302024-01-27T12:00:00.001-03:002024-01-27T12:00:00.318-03:00Boletim de Anelândia: #19 - Estamos de Volta - O que aconteceu em 2023 afinal?<div style="text-align: left;"><p id="docs-internal-guid-4a75bb7f-7fff-6fcb-2f0a-a617571fc5ba" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span face="Arial,sans-serif" style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre;"></span></p><p id="docs-internal-guid-4a75bb7f-7fff-6fcb-2f0a-a617571fc5ba" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span face="Arial,sans-serif" style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFYvB-stWqwGL1coV8vsDO4vt9v-9-25JBHAKOGg9Uh_6qkD0BgW53v8VY9uhQB3eBlDloEgh7gTs15Vf-KslxgUsz8t20BIaN1Xm_7FNSSAwpFjNTbBjerDXh70S9wjOazm9Ho5PTbBf-QWeNkDgIVZXadQLQbekRi5aHg5kZMgkRcN1an2q5_qryOXc/s1080/36.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFYvB-stWqwGL1coV8vsDO4vt9v-9-25JBHAKOGg9Uh_6qkD0BgW53v8VY9uhQB3eBlDloEgh7gTs15Vf-KslxgUsz8t20BIaN1Xm_7FNSSAwpFjNTbBjerDXh70S9wjOazm9Ho5PTbBf-QWeNkDgIVZXadQLQbekRi5aHg5kZMgkRcN1an2q5_qryOXc/w400-h400/36.png" width="400" /></a></div><p></p>Olá, pessoas! <b><i>Boas-vindas a mais uma edição do Boletim de Anelândia.</i></b><br />Pois é, depois de uma longa pausa - praticamente um ano - decidi voltar, mas a dinâmica vai mudar um pouco e bom, quero explicar brevemente o que aconteceu e minhas razões e tudo o mais. Bora lá!<br /><br /><h2 style="text-align: left;">Por que eu decidi voltar?</h2><i>Apesar de toda a frustração que eu sentia, principalmente depois que eu postava as atualizações, de certa forma era divertido poder falar um pouco sobre meus livros e apresentar algumas reflexões especificamente do meu lado autora.</i><br />Eu até chego a falar sobre isso nos outros lugares, como meus blogs e até o canal do Contos Anê, mas era legal poder escrever com um foco maior nisso. Os vídeos são uma ótima ferramenta, mas tem hora que a gente só quer ler algo, então a meta é esta.<br />Confesso que, o momento em que dei a pausa era para não voltar mais. A frustração era tão grande e eu estava tão desanimada com tanta coisa que eu simplesmente só queria largar tudo e meio que foi isto que aconteceu no período.<br />Porém, agora, que todo o perrengue passou e a gata aqui tem sempre muita coisa para falar, decidi voltar com a Newsletter/Boletim Informativo, mas com umas pequenas mudanças.</div><div style="text-align: left;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnFZzJ83D7DxlCkLEQfPHusGnhuCga4zSW4QxzgwXXBhi19jgNHjVENZ-vsRSt37AEQ6YdEwTadPRXSDSNr1aTXkM679imGhvck6pk23a6MhnE9c6IGrFNPvWevlRM6r4x9uK1bmBYSC7mQDQIMjrKcwld3gOSIHjKeReVCphu1mAHPkei_BKfoo8CNOw/s299/Sem%20t%C3%ADtulo.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="168" data-original-width="299" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnFZzJ83D7DxlCkLEQfPHusGnhuCga4zSW4QxzgwXXBhi19jgNHjVENZ-vsRSt37AEQ6YdEwTadPRXSDSNr1aTXkM679imGhvck6pk23a6MhnE9c6IGrFNPvWevlRM6r4x9uK1bmBYSC7mQDQIMjrKcwld3gOSIHjKeReVCphu1mAHPkei_BKfoo8CNOw/w320-h180/Sem%20t%C3%ADtulo.png" width="320" /></a></div><div style="text-align: center;">Vocês observando atentamente a partir daqui!</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div><div style="text-align: center;"></div><div style="text-align: center;"><br /><h2 style="text-align: left;">Nova dinâmica da Newsletter</h2><div style="text-align: left;">Não se preocupem que em questão de conteúdo vai continuar o que sempre foi!<br />As maiores mudanças são as de periodicidade e onde as novas edições estarão disponíveis para leitura.<br /><b>Decidi largar a plataforma do Substack - que me custou o antigo tumblr do Contos Anê - e passarei a utilizar as que eu já tenho, que são o novo tumblr do Contos Anê - que ainda estou querendo voltar com força total - e no Contos Anê Blog - para postar algo além das histórias por lá.</b><br />E, na minha humilde opinião, se não tivesse feito a newsletter tanto nesse fogo de seguir a onda, era justamente nestes dois lugares em que eles estariam - e onde você provavelmente está lendo agora.<br />Vou deixar um aviso lá no Substack sobre a mudança, para ver se alguém que estava lá vai querer acompanhar por aqui.<br />E bom, para acompanhar essa nova fase da newsletter é só seguir, sem muito mistério!<br />Quanto a periodicidade que vai dar uma diminuída. Antes não tinha tanto um padrão de quantas edições saiam no mesmo mês. <i>Então decidi ficar pelo menos com uma edição por mês, com talvez uma edição Bônus no mês também - trazendo algum conteúdo perdido aqui do meu computador. Se tiver um mês em que estiver mais empolgada, aí eu deixo para ter alguma edição a mais, prefiro só não prometer demais.</i><br />Então, anotem aí que vai ser pelo menos uma vez no mês - igual meu blog Garota Zodíaco - mas sem uma data fixa.<br />Espero que continuem gostando de acompanhar por aqui!</div><div style="text-align: left;"><br /></div></div><div style="text-align: center;"><br /><h2 style="text-align: left;">2023 aconteceu na minha vida e eu não escrevi nada</h2><div style="text-align: left;">Imagino que nem todos me sigam nas outras redes onde eu acabo falando mais da vida pessoal e muita coisa eu também não compartilhei porque eu não quis. Só acho que ficou claro que 2023 foi um ano nada fácil para mim!<br /><b>Primeiro que eu sofri um quase burnout - que chegou a ser burnout mesmo em algum momento - e um aspecto só da minha vida fez com que tudo caísse igual um efeito dominó. Agora que estou oficialmente juntando os caquinhos e colocando a cabeça no lugar, mas com muito custo. Posso dizer que estou bem agora e quero continuar assim!</b><br />Tentarei ser breve, mas a tour mesmo assim é grande.<br />Não foi com o trabalho, não foi com meu relacionamento, foi com a parte religiosa da minha vida. Pois é, gatas!<br />Não costumo falar sobre o assunto, mas eu sou espírita kardecista e realizo trabalho voluntário lá no meu centro, ficando na parte da Evangelização Infantil.<br />Lá por 2022, voltamos oficialmente com as atividades presenciais, porque no período da pandemia, muitas das pessoas - para não dizer todas, pois eu fiquei - acabaram saindo deste trabalho. Então, nesse retorno acabamos ficando eu e uma outra pessoa que estava retornando - ela estava afastada desde antes da pandemia inclusive.<br />Não sei se todo mundo já trabalhou com crianças em algum momento, mas é sempre bem complicado, ainda mais quando juntamos várias crianças e de faixas etárias muito diferentes. É muito difícil dar atenção e focar a aula para todas elas! Mesmo com tudo isso, conseguimos levar numa boa neste primeiro ano de retorno.<br /><i>Porém, lá em 2023, lá pelo começo de Março, essa pessoa disse que ficaria afastada por seis semanas por conta de umas coisas pessoais e bem, desde então ela não voltou mais. E quanto a mim? Bom, eu fiquei praticamente largada lá com as crianças.</i><br />Entre Março a Setembro, mesmo com ajuda das pessoas novas que vieram ao meu socorro, eu fiquei ainda com boa parte dessa responsabilidade nas minhas costas.<br />Isso sem contar que eu ainda tinha outras coisas, como o trabalho. Em resumo, eu fiquei num nível de sobrecarga enorme e em certos momentos eu cheguei até a agir desproporcionalmente com as crianças. Ficava sem paciência muito rápido, elevava o tom de voz e brigava até sem motivo.<br />Só que eu tinha uma preocupação lascada por conta de realmente me sentir responsável para fazer o trabalho continuar… (E sendo sincera, se não tivesse segurado, não teria mesmo.) Mas foi a que custo sabe?<br /><b>Depois de praticamente seis meses pedindo socorro e aguentando muita coisa, eu finalmente fui afastada do trabalho - que agora está com muitas pessoas, graças às divindades - e pude tirar um tempo para cuidar de mim. No sentido espiritual mesmo!</b> Passei por tratamento no meu centro para poder realinhar as minhas energias que estavam completamente fora do lugar e bom, fui acabar oficialmente o tratamento nesta semana.<br />E por consequência de toda essa situação, outros pontos da minha vida ficaram abandonados e um deles foi a escrita e a minha carreira de autora.<br />Na real, meio que muita coisa não funcionou para mim em 2023. Ele veio igual um rolo compressor para cima de mim.<br />Eu não escrevi quase nada. Não consegui cuidar dos lançamentos que pretendia. A Bienal não foi da forma que eu gostaria. (Isso sem contar os dois acidentes que tive indo/voltando do trabalho… Um no qual me ralei e outro em que eu torci meu pé!)<br />Em certo ponto do ano - mais ou menos na época que a newsletter pausou - eu não tinha energia para fazer nada, fosse ler, escrever, até ver séries. A única coisa que consegui me dedicar melhor foi o meu trabalho.<br />Olha, eu só agradeço por pelo menos ter sobrevivido e pelas pessoas terem sido compreensivas comigo e pelas ajudas que com certeza eu recebo. Graças a elas e a minha terapia (a mental) foi que eu consegui aguentar tudo isso e finalmente sair e me sentir eu mesma de novo.<br /><i>Finalmente estou voltando a escrever meus livros e estou animada com meus projetos para o ano de 2024, que é muito especial!</i></div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgE29CwVaI0g2rJ7yB8MpR30taDpXhFDqP_f3KCn9eU5OJAXYCg8eX5Lk18H1EkI3zdPLE4TBFfALnKEPceYDLZPtl3F0n5_grI3s9pOdrHv9H1famzzQ_4XzxzNATW9hIjKLbkK2P2zNnZiUfv9vVwT07dTdGS51Ln6i9kWQkh1S8rKkSqUlVDVpLr11o/s213/FiK67yNWQAA6Luc.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="153" data-original-width="213" height="153" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgE29CwVaI0g2rJ7yB8MpR30taDpXhFDqP_f3KCn9eU5OJAXYCg8eX5Lk18H1EkI3zdPLE4TBFfALnKEPceYDLZPtl3F0n5_grI3s9pOdrHv9H1famzzQ_4XzxzNATW9hIjKLbkK2P2zNnZiUfv9vVwT07dTdGS51Ln6i9kWQkh1S8rKkSqUlVDVpLr11o/s1600/FiK67yNWQAA6Luc.png" width="213" /></a></div><div style="text-align: center;">Eu em 2023 exatamente nesta energia!<br /></div></div><div style="text-align: left;"> </div></div><div style="text-align: left;"><br /><h2 style="text-align: left;">E quanto às edições antigas?</h2><b>Vocês talvez estejam se perguntando como vão ficar as edições antigas, já que está é a 19!</b><br />Obviamente não vou perder todo esse material que acabei escrevendo, então, elas serão postadas aos poucos nas novas plataformas e é bom que a gente traz umas lembranças de tudo o que quis contar sobre meus livros no Boletim de Anelândia.<br />A meta é trazer pelo menos duas das edições antigas - normais e bônus - a cada semana e caso tenha uma edição nova naquela mesma semana, fica sendo só uma edição antiga postada naquela semana.<br />Vai dar um cadinho de nostalgia, ainda mais porque eu cheguei a falar sobre o “12 Meses com Minorin”, sobre o Café com Letra e até das histórias esquecidas. (E até do esporro que tomei da minha psicóloga por acabar falando demais.<br /><i>E para quem não conhece vai ficar aquele gostinho de como é o nosso Boletim de Anelândia.<br />Então, fiquem ligados que teremos um bocadinho de “atualizações” nestas próximas semanas.</i></div><div style="text-align: left;"><i> </i></div><div style="text-align: left;"><br /><br />Bem, pessoal, é isto!<br />Vocês não imaginam o prazer que é estar de volta.<br />Até o próximo Boletim de Anelândia!<br /></div></div>Anelisehttp://www.blogger.com/profile/06098998692638161206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7232565380437790999.post-25897308929236593732023-10-06T19:00:00.002-03:002023-10-06T19:00:00.143-03:00Capítulo 2 - EscândaloPoucos minutos depois, a pista de dança foi aberta na área interna, o que fez com que a maioria dos funcionários presentes na festa fosse para o lado de dentro. Apesar de ser noite e a brisa do mar estar correndo, ainda estava bastante quente.<br />Ana Maria e Dimas foram um dos que ficaram do lado de fora, bebendo o champanhe devagar e aproveitando a noite estrelada. Eles acabaram emendando uma conversa:<br />- Ana, o que te fez sair de Charmosinha e tentar a vida aqui no Rio?<br />- Ah, eu sempre quis algo a mais para mim. - sorriu - E não era naquela cidadezinha que eu ia achar.<br />- Sua família tem algo com o mercado das flores?<br />- Minha mãe trabalha com essências! Ironicamente, ela produz sabonetes também.<br />- Por isso que veio trabalhar na empresa?<br />- Também! Bom, digamos que eu entendo um pouquinho, só não devo ter um nariz treinado igual ao seu.<br />- Acredite, é horrível ter o nariz sensível assim! Até agradeço quando pego um resfriado.<br />Os dois riram juntos, apesar da pequena hierarquia entre eles, o clima estava bem leve. Até que ele indagou:<br />- E tem vontade de seguir carreira trabalhando com flores, essências, sabonetes?<br />- Na verdade, não. Sempre gostei muito de arte, de esculturas.<br />- Interessante!<br />- Uma pena que, com o trabalho, eu não tenho praticado muito.<br />- Imagino que more bem longe da sede, não é?<br />- Sim! Pego transporte cheio para ir e voltar.<br />- Nem consigo imaginar isso! Sempre tive tudo na palma da mão.<br />- Eu tive que brigar até para nascer!<br />- Como assim?<br />- É uma história longa, mas... Eu sou a caçula de três irmãs. Mamãe não queria mais filhos, mas ficou grávida de mim, ela não me queria, mas meu pai insistiu. Depois que nasci, ela nunca me deu muita atenção. Sou basicamente a filha rejeitada!<br />- Sinto muito por isso!<br />- Eu estou acostumada. - sorriu cabisbaixa - Acho que é por isso também que não teve tanto drama quando me mudei.<br />- E o seu pai?<br />- Bom, ele faleceu quando eu tinha 13 anos. Ele estava viajando a trabalho e sofreu um acidente.<br />- Também perdi meus pais num acidente, uns anos atrás. Somos só eu e a minha avó!<br />- Sinto muito pelo seus pais!<br />- Obrigado! Acho que é por isso que continuo com a empresa, para manter o legado e poder dar orgulho a eles onde estiverem.<br />- Com certeza eles estão orgulhosos! Olha tudo o que você conquistou!<br />- Seu pai também deve estar muito orgulhoso de você.<br />Ana Maria sorriu, agradecendo.<br />Enquanto os dois conversavam, a dupla que adulterou a bebida observava, esperando o efeito para colocar a segunda parte de seu plano em ação.<br />Apesar de ter levado um pouco de tempo, Dimas estava com uma sensação estranha em seu corpo. No começo, pensara realmente ser o calor, aumentado pela quantidade de roupas que usava, tanto que até tirou o paletó no final do discurso para ficar mais à vontade. Porém, com o decorrer da conversa com Ana Maria, aquilo não passava. E ele notou que ela, mesmo usando uma roupa mais fresca, tinha alguns fios de suor escorrendo pelo pescoço e começou a se abanar.<br />- Tá um calor né? - ele soltou, quebrando totalmente o assunto de antes<br />- Sim! Mas acho que é só a gente que está se sentindo. - ela passou a mão no pescoço - Que droga, estou até suando!<br />As narinas de Dimas se mexeram enquanto ele olhava Ana Maria, sendo inebriadas pelo cheiro do suor dela, misturado com seja lá o que aqueles outros dois botaram na bebida. Ele realmente estava interessado na garota, mas ainda estava bastante controlado e se aproximando devagar - por isso a conversa mais leve e informal -, só que algo dentro dele estava se descontrolando e não parecia só o calor.<br />Ana Maria já sabia que o chefe de sua empresa era um homem bem bonito só pelas fotos, contudo ao vivo, era muito mais. Mesmo sendo tímida, ela estava correspondendo às investidas dele, porque ele pareceu bem simpático, sendo até um pouco esquisito. Mas, quem não o é? Enquanto conversavam, além do calor, sentia outra coisa dentro de si, talvez efeito do que colocaram na bebida, porém ela era muito ingênua neste assunto para poder compreender com exatidão.<br />Dimas, num impulso repentino, deu um passo à frente e ao mesmo tempo puxou Ana Maria para perto, obrigando que seus lábios se encontrassem. Primeiro foi só um toque, que depois se tornou intenso demais. Levou alguns segundos até que os dois encontrassem o ritmo da coisa. A dupla que estava espionando comemorou e já tirou algumas fotos daquela cena, mas eles ansiavam por mais e esperavam que eles fossem alguns andares para cima.<br />Quando Ana e Dimas se desvencilharam, estavam surpresos pelo que tinha acontecido.<br />- Desculpe por isso! - ele falou - É que...<br />- Tudo bem! - sorriu sem graça<br />- Eu sou seu chefe, pode pegar mal para você.<br />- Acho que ninguém viu. Estamos aqui neste canto! - comentou olhando em volta e vendo as poucas pessoas no recinto distraídas e conversando<br />- Não sei o que deu em mim! - disse, olhando para a boca dela - Eu não sou assim.<br />Ele mal conseguiu terminar de falar e ocorreu outro beijo, da mesma forma que o anterior. Mas agora, as mãos dele estavam procurando lugares para tocar o corpo da funcionária.<br />O beijo terminou e os dois estavam ofegantes, sentindo calor e se olhando. Ana tentava fingir que estava tudo bem, que não tinha problema, mas ela queria mais daquilo e sabia que não era uma vontade natural, só que era desconhecido até então, mas ainda assim delicioso. Pensou ser o momento que a amiga tanto lhe falou sobre isto! Dimas sabia que estava perto do seu limite e ainda não compreendia como aquele fogo surgiu do nada, passara boa parte da tarde com ela e não tivera isso, talvez fosse o efeito da bebida. Precisava tomar uma atitude e resolver aquilo, fosse sozinho ou com Ana Maria. Segurou a mão dela e fez a pergunta fatídica:<br />- Quer ir lá para o quarto comigo?<br />Ela apenas assentiu, dizendo sim.<br />Então, os dois voltaram para o lado de dentro e pegaram o elevador, ignorando a tudo e a todos em volta. Enquanto subiam, eles trocaram alguns beijos e se embolaram no pequeno ambiente flutuante.<br />A porta se abriu e Dimas puxou Ana pela mão, arrastando-a para o quarto. Destrancou com o cartão e entraram. Um pé com sapato social fez a porta se fechar e os dois quase que caem no chão em vez da cama. Não se sabia onde começava um e terminava o outro. Mesmo com o ar condicionado do quarto, que ficou ligado, o calor não passava, só aumentava. Não houve tempo para pensar, só para sentir e aproveitar aquelas sensações inesperadas.<br />As peças foram saindo, dando lugar a um contato pele a pele. O penteado e maquiagem foram se desfazendo, os perfumes foram se misturando. As bocas não se desgrudavam, os gemidos começaram baixos e se tornaram cada vez mais altos. Para ela, era a sua primeira vez e nunca tinha sentido nada assim antes, aquele fervor, aquele desejo. Para ele, poderia até ser uma vez como tantas outras que tivera, mas o cheiro daquilo, o cheiro dela estava tomando conta de seus pulmões, liberando alguma sensação desconhecida por ele até então.<br />Os dois se uniram naquela cama bagunçada, trocando carícias, beijos, gemidos, chegando ao ápice quase que ao mesmo tempo, influenciados pela substância que colocaram em suas bebidas e que desencadeou tudo aquilo. E quando acabou, todo aquele fogo descontrolado simplesmente se fora, dando espaço à consciência e duas pessoas ofegantes.<br />Dimas deitou-se ao lado de Ana Maria e logo soltou:<br />- Esqueci a camisinha. Que merda! - pôs a mão no rosto<br />- O que o pessoal vai falar? - ela se perguntou<br />Eles nem tiveram tempo para pensar e sequer descansar do ato, pois a porta do quarto se abriu abruptamente e a luz cegou os seus olhos. E o que surgiu, quando a visão voltou ao normal, foram duas figuras, gritando e uma delas com o celular filmando e tirando foto daquela cena. Imediatamente, cada um dos dois puxou um lençol, tentando esconder o que desse, em especial Ana Maria escondeu o rosto de tanta vergonha. Porém, logo o chefe esbravejou, pois reconheceu aqueles dois:<br />- O que vocês estão fazendo aqui?<br />- Acabando com sua reputação, jovem Dimas. Não queremos você metido com a nossa cidade! - falou um<br />- Até porque, como confiar em uma empresa que o dono se relaciona com as subordinadas. - gargalhou, puxando o lençol onde Ana se escondera<br />- Ana Maria! - gritando em uníssono<br />- Cunhado! - ela respondeu<br />- Peraí? Vocês se conhecem? - apontou e já tirando conclusões , esbravejou em seguida - Isso era um plano de todos vocês?<br />- Não! - Ana Maria tratou de responder, querendo apenas sumir<br />- A gente nem sabia que ela trabalhava na sua empresa. - disse o cunhado<br />- Não reconhecemos ela porque estava sem os óculos. - disse o pai do cunhado<br />- Eu não acredito em nenhum de vocês.<br />- Foi a minha primeira vez... - Ana disse num sussurro, sentindo as primeiras lágrimas caindo no rosto<br />Dimas sentiu a verdade naquela frase incompleta, percebendo que ela era vítima daquela situação igual a ele. Só que agora havia imagens dos dois naquele quarto e ele tinha que dar um jeito dessas fotos sumirem. Levantou-se depressa, se enrolando no lençol e tentou alcançar a dupla para pegar o celular, mas os dois foram mais rápidos. Sentiu que precisava de ajuda para resolver a situação. Retornou para a cama, simulando a derrota, pegou seu telefone, mandou uma mensagem ao seu assistente, pedindo para que ele subisse ao quarto rápido, trazendo seguranças. Enquanto esperava os reforços, resolveu enrolar a dupla:<br />- O que vocês querem para que essas fotos nunca sejam divulgadas?<br />- Já dissemos! Não o queremos envolvido com os negócios de Charmosinha. - o cunhado disse<br />- O que eu fiz demais para despertar tanto ódio do sindicato?<br />- Você é um ricaço metido que quer se aproveitar das nossas pequenas produções para sua empresa. - disse o outro<br />- Já pensaram que talvez isso aumente e muito o comércio de lá? - ele retrucou<br />- Não queremos saber! Já vimos seu contrato, tem coisas que não admitimos.<br />- Sobre isso, nós podemos sentar e resolver!<br />Ana Maria continuava encolhida na cama, debulhada em lágrimas, enquanto o CEO continuava debatendo com os outros dois. Até que ele soltou:<br />- Queriam tanto me prejudicar que até envolveram uma pessoa inocente em toda essa situação. Ela não tem nada a ver com o assunto e agora corre risco de ter sua imagem divulgada em todos os lugares. Inclusive, nós dois fomos dopados... O que adiciona uma coisinha a mais no processo que posso mover contra vocês.<br />- Não seria capaz disso! - duvidou o cunhado<br />- Sou muito capaz! Segundo vocês: não tenho escrúpulos!<br />Nesse instante, chegou o Assistente Antônio, acompanhado de dois seguranças do hotel.<br />- O que houve, senhor? - indagou o empregado<br />- Esses dois entraram aqui e tiraram fotos íntimas minhas e desta moça ao meu lado.<br />- Estão usando uniformes de garçom. - disse um dos seguranças - Como entraram aqui?<br />Os outros dois simplesmente olharam em volta e encontrando uma brecha, saíram correndo, sendo seguidos pelos dois seguranças. A perseguição rolou por poucos minutos no andar, deixando a dupla de Charmosinha encurralada. A janela que dava para os fundos do hotel, no corredor, estava aberta. Quando foi cercado, o cunhado recebeu uma trombada e o aparelho celular voou para fora, se espatifando no chão vários andares abaixo. Após isso, os dois foram detidos e levados de volta ao quarto. Um dos seguranças perguntou:<br />- O que quer que façamos, senhor? Chamamos a polícia?<br />- O celular? - indagou o assistente<br />- Se espatifou no chão lá embaixo. - disse o cunhado chorando - O aparelho que ainda estou pagando.<br />- Só tirem eles daqui. Não quero me aborrecer mais com isso! E obrigado pelo serviço, senhores.<br />Os dois seguranças apenas assentiram e saíram arrastando os outros dois para fora do hotel. Quando ficaram a sós, o assistente perguntou:<br />- Como isso foi acontecer?<br />- Eles doparam nossas bebidas e depois que aconteceu tudo tiraram fotos e filmaram.<br />- São de Charmosinha mesmo?<br />- Sim! Inclusive, parentes da Ana Maria.<br />- Ana Maria? - coçou a cabeça - A moça que ganhou o sorteio e é sua convidada da noite?<br />- Ela mesma! - apontou para a pessoa escondida nas cobertas, lembrando de uma coisa - Preciso que compre uma coisa na farmácia para mim.<br />- E o que seria?<br />Dimas cochichou no ouvido do assistente, que logo saiu correndo para providenciar o pedido. Assim que ele sumiu de vista, o CEO fechou a porta e retornou à cama, mas desta vez, parando ao lado de Ana Maria.<br />- Ei! - chamou, puxando a coberta - Pode sair desse casulo. Eles já foram!<br />Ela tinha ficado em silêncio na maior parte da situação, não sabia como reagir e a única coisa que ela queria era sumir da face da Terra. Mas, ela sabia que tinha que falar alguma coisa para não deixar o outro preocupado:<br />- Eu... Eu... Não sabia que eles estavam aqui. Não tenho nada a ver com isso.<br />- Eu sei! Nós somos vítimas dessa história toda!<br />- Se eu soubesse que isso ia acontecer, tinha ficado em casa.<br />E ela danou a chorar de novo, mas Dimas apenas se sentou perto dela e abraçou, oferecendo consolo naquele momento.<br />Alguns minutos depois, o assistente retorna com o que comprou, abrindo a porta usando o seu cartão.<br />- Aqui, senhor. - disse mostrando - E trouxe isto também, só em caso de dúvida. - mostrou as camisinhas<br />- Obrigado! Pegue um copo de água e traga o comprimido para mim.<br />Ele fez conforme o outro solicitou e ao entregar perguntou:<br />- Tudo bem com ela?<br />- Está abalada! Dê tempo a ela! Pode nos deixar a sós? Pode voltar para a festa.<br />- Claro, senhor! - falou se afastando - Com licença!<br />Assim que a porta bateu, chamou Ana. Ela levantou a cabeça, olhando para ele e tentando entender o porquê do copo e do comprimido.<br />- É uma pílula do dia seguinte. Nós fizemos sem proteção!<br />- Ah sim! - pegou o comprimido e tomou sem falar mais nada<br />- Desculpe ter estragado a sua primeira vez. - ele declarou<br />- Tudo bem! Na verdade, tirando a parte do bebida, até que foi... - e sorriu, tímida - Acho que eu também fui afetada seja lá pelo que eles colocaram no champanhe. - e riu<br />Ana Maria pegou seus óculos e seu celular, que estavam na cabeceira da cama. Ela olhou a hora e falou:<br />- Hora da carruagem virar abóbora!<br />- Já é tão tarde assim? - disse ele olhando o relógio do celular - Bom, pelo menos tome um banho de banheira... Não tem no seu quarto!<br />- Posso mesmo? - ela perguntou<br />- Claro! É a minha convidada da noite.<br />Sem nem pestanejar, ela correu para o banheiro, encheu a banheira com água morna, colocou alguns sais de banho e perdeu a noção do tempo, distraída em pensamentos. Pensou sobre aquele dia maluco e tudo o que tinha acontecido e em como ela queria matar o cunhado e o pai dele. Acho que estava vivendo um momento especial, mas era apenas efeito de algo externo. Não que ela não tenha se sentido atraída pelo chefe, porém toda situação aconteceu fora de seu controle. Não foi ruim, só não foi da forma que ela imaginou e fantasiou.<br />Saiu do banho enrolada na toalha e viu que já tinha uma muda de roupa pronta e separada por Dimas para ela.<br />- Vou te levar de volta ao seu quarto.<br />- Não precisava da roupa.<br />- Precisava sim! Inclusive... - disse entregando o vestido e os sapatos de festa que estavam espalhados no quarto até pouco tempo antes - Isso é um presente!<br />Ela agradeceu e os dois desceram de elevador até o andar dos quartos mais simples. Dimas deixou-a na porta do quarto e antes de se despedir, disse:<br />- Bom, talvez nos vejamos no café da manhã.<br />Ele ia se afastar, contudo Ana o puxou pelo braço e deu um beijo nele, algo que ele não estava esperando.<br />- Nos vemos amanhã!<br />Ana Maria entrou no quarto e encontrou a amiga ainda acordada.<br />- Isso são horas, dona Ana? - brigou de brincadeira<br />- Eu estava com o chefe!<br />- Até agora? - se espantou - Então a noite foi boa hein?<br />- Na verdade não!<br />E então, Ana e Larissa ficaram acordadas ainda um bom tempo, para uma deixar a outra atualizada do que tinha ocorrido.<br /><br />***<br /><br />A dupla, constituída do cunhado e de seu pai, foi enxotada do prédio do hotel e logo ao serem jogados na entrada, viram as peças do celular todas espalhadas no chão. O cunhado recolheu os pedaços e dentre eles estava um cartão de memória e que ele comemorou muito que ele estava inteiro.<br />- Que alegria toda é essa? - indagou o mais velho<br />- O cartão de memória está inteiro. O computador tá lá no carro?<br />- Sim! Por quê?<br />- Preciso dele.<br />Os dois foram ao estacionamento onde estava o carro e aproveitaram para ir embora. Enquanto o pai dirigia, o cunhado ligou o notebook e encaixou o cartão de memória na entrada própria e o dispositivo foi reconhecido. Ele abriu e estava tudo lá, as fotos e os vídeos.<br />- Está tudo aqui!<br />- Que maravilha! - comemorou o pai - Agora acabamos com esse rico de merda!<br />- Mas, e a Ana Maria?<br />- Borramos o rosto dela! Mas isso precisa estar na internet no máximo na segunda.<br />- Vou providenciar. - respondeu o meu novo<br />- Vamos para o nosso hotel e faremos isso de lá.<br /><br />***<br /><br />As duas amigas, após horas de fofoca, dormiram bem e acordaram para aproveitar as últimas horas da hospedagem tomando um café daqueles.<br />Arrumaram suas bolsas e já deixaram tudo pronto para irem embora. Ambas queriam voltar cedo pois tinham que trabalhar no dia seguinte e o transporte nos domingos era péssimo. Desceram para o restaurante, pegaram a comida e enquanto se alimentavam, distraídas, uma pessoa veio falar com elas.<br />- Bom dia, senhoritas. Posso me sentar com vocês?<br />A amiga quase deu um pulo por causa do susto. Já Ana Maria apenas sorriu e cumprimentou de volta, respondendo sim à pergunta feita.<br />- Ele enlouqueceu né? Sentar com a gente? - a amiga perguntou<br />- Só quer ser simpático, uai.<br />- Fale por você, já que vocês né... Ontem né...<br />Ana Maria riu, constrangida, mas a outra não estava errada.<br />Ele pegou a comida e sentou-se ao lado da funcionária que não estranhava sua presença, resolveu inclusive puxar conversa:<br />- Gostaram da estadia no hotel? E da festa? - a segunda pergunta sendo direcionada para a amiga<br />- Bastante! - respondeu a amiga - Tomamos banho na praia, aproveitamos o spa do hotel, a comida também... Foi maravilhoso! E a festa, bem, foi animada!<br />- Animada? - rebateu Ana Maria - Mais que animada né?<br />- Para você também, Aninha! Não fui só eu que aproveitei a noite.<br />Ao ouvir a frase, o chefe se engasgou com a comida, tendo uma crise daquelas de tosse. Ele bateu algumas vezes no peito e Ana Maria deu uns tapas nas suas costas. Não demorou muito e a tosse passou. Ela brigou com a amiga:<br />- Você sabe que foi por culpa do meu cunhado né?<br />- Sei, eu sei, Aninha.<br />- Foram circunstâncias além do nosso controle. - o chefe complementou<br />- Não finjam que foi só por causa daquilo. - aprontou o garfo para a amiga<br />Os dois se olharam, pois não era mentira, eles só não queriam admitir.<br />- Será que podemos trocar de assunto, Lari? - Ana pediu<br />- E perder a chance de te ver constrangida? - riu de leve - Tudo bem, eu paro! E não se preocupem, não vou contar para ninguém o que aconteceu na noite passada.<br />- Agradeço a sua discrição. - o chefe agradeceu - Seria um escândalo e tanto!<br />- Mas seria pior para mim. - Ana completou<br />- Exatamente! - a amiga concordou - Então, isso morre entre nós três. - fez o símbolo de fechar a boca com os dedos, guardando segredo<br />Ficaram um tempo comendo em silêncio, até que o chefe puxou novamente:<br />- Como farão para voltar para suas casas? Vão chamar algum carro?<br />- Carro? - a amiga debochou - A gente nem tem dinheiro para isso.<br />- Vamos de transporte mesmo! Por isso vamos sair mais cedo.<br />- Quanto tempo isso leva?<br />- Uma hora e meia. - respondeu a amiga - De carro deve dar uns quarenta minutos. Só para você ter uma estimativa!<br />- Eu levo vocês! - ele declarou<br />- Não precisa! É do outro lado da cidade. - protestou Ana Maria<br />- Faço questão! Já que amanhã estarão na sede da empresa, devem chegar descansadas.<br />- Poxa, não vou recusar! Já que faz tanta questão! - a amiga soltou, sentindo um chutão de Ana na sequência - Ai!<br />- Por favor! - disse ele olhando para Ana - Para chegarem em segurança.<br />Ela apenas assentiu, concordando enfim.<br />Eles terminaram o café da manhã, fizeram o check-out do hotel e rumaram para o carro, logo pegando o caminho para o subúrbio da cidade, para as casas de Ana e Larissa. As bolsas estavam no porta-malas e elas foram guiando-o no trajeto. O grupo foi conversando brevemente no trajeto, falando sobre suas funções na empresa.<br />- É do setor contábil como a Ana, Larissa?<br />- Sim! Praticamente entramos juntas na empresa.<br />- Fazemos de tudo um pouco. - completou Ana<br />- Eu sei. É uma falha deste setor, porque certeza que vocês teriam capacidade para cuidar de mais coisas e sozinhas.<br />- Por isso que nós duas queremos alcançar uma promoção... Trocar de setor! - disse Lari<br />- E qual setor gostaria de ir? - indagou ele<br />- O desenvolvimento de produtos. - respondeu ela<br />- E você, Ana?<br />- Marketing. - sorriu<br />- Em breve devemos abrir um processo seletivo interno para tal. Sempre fazemos!<br />- Então iremos nos inscrever. - sorriu a amiga<br />Depois, a viagem para a zona menos turística da cidade seguiu apenas com comentários sobre como foi a festa, que provavelmente seriam os comentários da manhã seguinte, quando todos estariam de volta. Como dançaram, como beberam, como conversaram e riram.<br />Cerca de quarenta minutos de trajeto e Larissa foi deixada primeiro em sua casa. Se despediu da amiga e do chefe, entrando no condomínio onde fica seu apartamento.<br />- Esse condomínio não aparenta ser ruim. - soltou Dimas<br />- Isso porque você ainda não a ouviu falando sobre as coisas que acontecem aí. - riu<br />- Eu imagino! - riu de volta - E você, onde mora?<br />- Não é muito longe daqui e bem... Não é nenhum condomínio. É uma quitinete!<br />- Mostre o caminho.<br />Ana fez conforme ele solicitou e em menos de cinco minutos, eles estavam na frente do portão da pequena vila onde ela morava.<br />- É aqui?<br />- Sim! Obrigada a carona!<br />- Não tem de quê!<br />Ana Maria foi pegar sua bagagem na mala, porém com a quantidade de coisas que ganhou da festa - ainda mais porque foi a convidada de honra do CEO - acabou se estabanando para tirar, sofrendo com o peso. Essa situação chamou a atenção de Dimas, que desceu do banco do motorista e foi ajudá-la. Acabou que ele teve que carregar até o lado de dentro, pois realmente estava muito pesado.<br />A moça de óculos seguiu na frente e entrou numa das casas, passando por um pequeno corredor com algumas portas, parando na frente de uma delas e abrindo. Dimas estava atrás dela e deixou a bolsa pesada ao lado da porta, observando como o ambiente era pequeno. Ele tinha ideia de que as pessoas moravam em locais apertados, mas nunca vira com seus próprios olhos.<br />- O que foi? - Ana o tirou do devaneio<br />- É pequeno né?<br />- Um pouco! Mas, é só para mim e eu não sou tão espaçosa, então, até que funciona.<br />- Bom, eu já vou indo.<br />- Está bem! - olhou para baixo, tímida - Até mais ver!<br />Dimas sentiu um cheiro diferente no ar, dizendo que ela não queria que ele fosse embora. E ironicamente, ele também não queria.<br />- Tem certeza? - indagou - Não parece que quer que eu vá. Senão nem teria me chamado para entrar... Com a desculpa da mala!<br />- Eu... Eu... - Ana tentava encontrar as palavras<br />Dimas fechou a porta, trancando apenas eles dois no ambiente. Ficou olhando para aquela garota que conhecera da maneira mais inusitada no dia anterior. Ela parecia tão comum aos olhos de outras pessoas, mas, para ele, ela tinha algo de diferente. Talvez fosse realmente o cheiro que o atraiu, porém, as poucas horas que passara com ela já lhe mostraram um pouco de sua personalidade. Ela não ia falar, ele quem tinha que tomar uma atitude. E assim o fez, dando um beijo nela. Calma, tranquilo, como deveria ter sido na noite anterior. Quando os lábios se separaram, ela protestou:<br />- Não devia ter feito isso!<br />- Por quê?<br />- Agora mesmo é que não vou deixar você ir.<br />Ao terminar a frase, Ana simplesmente se jogou nos braços deles, emendando um beijo atrás do outro. Primeiro, os dois se atracaram no sofá da pequena sala e depois, precisando de mais espaço, se jogaram na cama que era bem ali do lado. Não havia metade da ferocidade, mas havia o dobro de desejo se comparado com a noite anterior.<br />As peças de roupas foram caindo e se espalhando pelo chão, arremessadas uma a uma. Logo estavam apenas de roupas íntimas. Dimas parou um segundo para observar Ana, que fazia o mesmo com ele. Estavam guardando aquele momento em suas memórias!<br />Dimas tirou os óculos de Ana e colocou-os na mesa de cabeceira, voltando a beijá-la logo em seguida, misturando ainda mais o seu cheiro com o dela, criando uma fragrância que ela nunca mais esqueceria.<br />Ana sentia os toques de Dimas em seu corpo como pequenos choques que percorriam por toda sua espinha. Ela ainda estava descobrindo como era se relacionar com alguém desta forma, ainda estava para descobrir sobre o que gostava ou não. Talvez ele fosse um bom guia para a tal descoberta.<br />Não demorou muito e logo eles estavam com respirações sincronizadas, fazendo a cama de madeira ranger ao arrastar no piso, sem esquecer da devida proteção dessa vez. A temperatura aumentava dentro daquele ambiente fechado. Eles atingiram o ápice, soltando gemidos baixos para que os vizinhos de parede não pudessem ouvir.<br />Terminaram esticados na cama, olhando para o teto, tentando recuperar o fôlego.<br />Dimas ainda ficou mais algumas horas na quitinete com Ana Maria, mas teve que voltar pois na manhã seguinte já viajaria a trabalho novamente.<br />- Espero que nos vejamos de novo. - ele disse antes de ir<br />Ana ficou sorridente, arrumando a bagunça que eles fizeram. Depois se preparou para descansar, pois o trabalho já voltava no próximo amanhecer, o que ela não sabia era que não seria mais uma manhã qualquer. <br />Anelisehttp://www.blogger.com/profile/06098998692638161206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7232565380437790999.post-49689699641556722472023-09-29T11:00:00.000-03:002023-09-29T12:00:51.781-03:00Capítulo 1 - Acontecimento na Festa do Trabalho<div style="text-align: left;">Ana Maria estava a caminho de seu trabalho e viu que chegara a sua estação para descer do transporte. Como estava lotado, ela teve uma certa dificuldade e quase que não conseguiu sair. Pelo menos, uma brisa correu e ela sentiu um certo alívio de ter saído. Saiu da estação pela roleta e caminhou até chegar no prédio da Lírio d'ouro, que é um empresa de cosméticos com sede localizada na zona sul do Rio de Janeiro.<br />Ana Maria se mudou de sua cidade natal em Minas Gerais para conseguir um emprego e uma perspectiva melhor de vida, porém a sua formação apenas permitiu que ela fosse auxiliar de contabilidade, realizando pequenas funções e quem sabe logo não fosse promovida. Tinha pouco mais de um ano que ela estava morando e trabalhando na cidade, mas já tinha vivido o suficiente para vinte e cinco anos.<br />Ana Maria era aquela pessoa que se era apenas mais uma entre tantas, ela passava imperceptível em meio a multidão. Ou seja, ela era comum, com um nome comum e uma vida comum. Tinha os dois sobrenomes mais usados no Brasil: Santos e Silva. Escondia seu rosto num cabelo comprido e óculos de grau forte. Vinha de uma cidade pequena onde todo mundo vivia apenas naquele espaço e a sua família a criticou quando ela resolveu tentar a sorte sozinha no Rio. Trabalhou alguns meses e foi juntando dinheiro e procurando trabalho na cidade. Quando conseguiu algumas entrevistas, ela pegou o primeiro ônibus disponível e por sorte logo passou na vaga da Lírio d'ouro.<br />Com alguns minutos de caminhada, ela chegou à construção imponente que tinha mais vinte andares. Era uma empresa grande e era impossível todos os funcionários se conhecerem, mal conhecia as pessoas do seu andar e estava tudo bem para ela.<br />O saguão de entrada era sempre bem decorado e o tema da vez era o aniversário de 67 anos da empresa, que havia sido aberta pelo avó, passada para o pai e agora estava sob a gestão do neto: Dimas. Porém, ele nunca estava na cidade, sempre viajando para a empresa. Diziam que ele era um excelente perfumista e responsável pela escalada da empresa nos últimos anos, assim que assumiu. E todos os anos ele fazia questão de dar uma enorme festança nesta data, sempre trazendo algo especial. Naquele ano, ele preparou uma festa no hotel mais famoso do Rio de Janeiro, o Copacabana Palace, com direito a bebida e comida à vontade. Também tinha um a mais, um funcionário seria sorteado e ganharia uma hospedagem no hotel com direito a um acompanhante. E como a festa já era no final de semana seguinte, todos estavam empolgados e querendo ser o ganhador. O sorteio seria já naquele dia!<br />Ana Maria pegou o elevador e desceu em seu andar e se dirigiu até seu setor, sendo recebida pela amiga de trabalho: Larissa.<br />- Bom dia, Aninha. - sorriu - Animada para o grande sorteio?<br />- Na verdade, não. Segundo as probabilidades, a chance de ser uma de nós em meio a tantos funcionários é impossível. - foi realista<br />- Ora, não seja pessimista. Uma chance é uma chance!<br />O assunto acabou ali e logo começaram a trabalhar. O período da manhã passou rapidamente e, pouco antes do horário de almoço, o alto-falante da empresa resolveu dar um comunicado.<br />- Funcionários da Lírio d'ouro, antes de irem para o almoço, vamos realizar o sorteio para saber quem é o ganhador da hospedagem com direito a um acompanhante na nossa festa anual da empresa. Vou puxar o ganhador! - um breve silêncio se fez e logo voltou - A sorteada é a Ana Maria Silva Santos, do setor de contabilidade.<br />Larissa olhou para a amiga e abriu um sorriso enorme. Ela pulou e comemorou mais do que a real ganhadora. Ana Maria recebeu parabéns do resto dos colegas. O alvoroço foi interrompido pelo som novamente:<br />- Ana Maria, venha ao setor responsável para saber mais detalhes de como será no dia. Agora sim, todos liberados para o almoço!<br />Ao final do anúncio, todos os funcionários saíram de seus setores, fosse para comer do lado de fora, enquanto outros iam para os refeitórios esquentar suas marmitas para se alimentar. Este era o caso de Ana Maria e Larissa, que sempre levavam comida de casa para economizar. Não demorou e elas estavam sentadas uma de frente para a outra, conversando:<br />- Aninha, estou tão feliz que foi você a grande sortuda.<br />- Eu nem queria, na verdade. - confessou - Não gosto de festa, você sabe. Se pudesse nem iria nesta da empresa.<br />- É o grande evento do ano! É uma das poucas vezes que vemos o Sr. Dimas em pessoa. E claro, sabemos melhor sobre os lançamentos do próximo ano.<br />- Fico sabendo disso depois no saguão do prédio.<br />- Você nunca foi, vá pelo menos uma vez. Aliás, não sei se te falaram, mas o hotel fica bem na frente da orla. Ficando hospedada, pelo menos deve dar para tomar um banho de mar.<br />- Eu nunca vi o mar!<br />- Exatamente! - se animou - Vai ser a sua chance! Eu vou com você.<br />- Se intimou como minha acompanhante? - Ana riu<br />- Ora, Aninha, quem mais você iria levar? - fez careta<br />- Tudo bem! Você será minha acompanhante!<br />- Oba! - quase pulou derrubando a mesa e as comidas<br />Elas mudaram de assunto e terminaram a refeição.<br />Pouco depois, já na hora do retorno do almoço, foram ao setor para saber mais do que deveriam fazer para aproveitar o brinde que o sorteio deu.<br />***<br />Alguns dias se passaram, era um sábado, dia da grande festa anual da Lírio d'ouro.<br />Dimas, o CEO da empresa estava voltando de viagem só para poder participar do grande evento. Saiu do aeroporto, o motorista o pegou e eles rumaram para o local. Durante o trajeto, ele ficou pensando no ano que passara, mais um onde ele conseguiu trazer mais lucros e sucessos para a empresa. E ele estava pensando em trazer produtos de maior qualidade para as produções de sabonetes da empresa, usando essências de flores naturais, especificamente de uma cidade no interior de Minas Gerais. As negociações estavam complicadas, mas ele tinha certeza de que ia conseguir.<br />Porém, todo esse sucesso não era o suficiente para sua avó, que queria muito que o neto se casasse e tivesse a sua família. Só que o rapaz estava feliz apenas sendo o dono da empresa, ficando com quem ele quisesse de vez em quando.<br />Dimas era aquele tipo de pessoa que é sempre lembrada, é a pessoa de quem todos querem estar próximo, talvez por um interesse em seu dinheiro. Ele toca o negócio da família, mas tem a sua formação de perfumaria e antes de ser o CEO foi parte da equipe de produtos e ainda participa ativamente da confecção dos mesmos. Ele é conhecido como a pessoa com o melhor nariz quando se trata de cheiros.<br />- Senhor, estamos chegando! - o motorista falou, tirando-o de seus devaneios<br />Ele olhou pela janela e viu o céu aberto, unido a faixa de areia com diversos pontos coloridos das cores dos biquínis e guarda-sóis. Uma pena que ele não conseguia dar um mergulho sem transformar aquilo num evento noticiado.<br />Ana Maria já estava com Larissa no Copacabana Palace. Chegaram no horário combinado e já tinham pegado o quarto. Antes de aproveitarem o spa e a piscina do lugar, decidiram ir à praia. Mais por convencimento de Lari do que qualquer outra coisa.<br />Como Ana Maria não tinha biquíni, aproveitaram um dos intervalos de almoço do resto da semana para comprar nem que fosse um!<br />A primeira coisa que eles fizeram depois de deixarem a pequena muda de roupas no quarto foi ir tomar um banho no mar. Ana Maria já tinha visto paisagens praianas em muitas fotos, mas ela se sentiu maravilhada quando viu aquilo tudo. Sentiu a areia entre seus dedos, já um pouco quente por causa do sol. Depois, foi acompanhada da amiga para se deliciar na água salgada que estava bem gelada, pois era o início da manhã.<br />Elas ficaram pouco mais de uma hora se divertindo entre a água e a areia. Pelo horário, a praia ainda estava vazia, mas logo mais pessoas chegariam e ficaria lotado, como todo final de semana que tinha algum Sol.<br />- Só por termos vindo à praia, já valeu a pena. - soltou Ana Maria, alegre<br />- Eu disse que você ia gostar! - respondeu a amiga<br />Voltaram, tomaram banho e foram comer alguma coisa, aproveitando que a hospedagem que ganharam dava direito a refeições no restaurante do hotel. Pediram o prato mais diferente que viram e comeram sentindo cada sabor daquilo. Não era todo dia que pessoas trabalhadoras como elas podiam aproveitar do bom e do melhor.<br />Depois, foram aproveitar mais a praia, mas desta vez na orla, bebendo mais alguma coisa. Como o Rio é uma cidade turística, tinham muitos gringos e pessoas de lugares diferentes do país. Lari começou a trocar olhares com um homem que também estava no quiosque e se ela investisse com certeza iria rolar algo.<br />- Aninha, aquele gato não para de me olhar um segundo.<br />- Mas ele é lindo! - riu - Vai lá falar com ele, uai.<br />Ela fez conforme a outra disse e ficou alguns minutos conversando com ele. Pelo jeito que se comportavam, dava para saber onde aquilo levaria. Até que os dois se aproximaram de Ana, Larissa pediu:<br />- Me empresta o quarto um pouco? - já com segunda intenção na voz<br />- Claro! - sorriu<br />- Obrigada, Aninha. - puxou o outro pelo pulso - Vamos!<br />Só restou Ana Maria rir da amiga, que adorava ter encontros e transas casuais. Enquanto isso, a jovem do interior pensava por quanto tempo mais ela ia ser virgem. Nunca tinha aparecido ninguém que a fizesse ter vontade daquilo, mesmo que consumisse essas coisas nos filmes e livros. Ela sempre fantasiava de como seria este momento!<br />Distraída em seus pensamentos, ela retornou ao hotel, ficando sentada na varanda externa, que dali algumas horas estaria lotada com os seus colegas de empresa. Ela observava a orla e a faixa de areia lotada de guarda-sóis, com o Sol lá embaixo, que logo iria embora. Estava tão relaxada, se sentindo tão bem, com a mesma sensação que tinha durante a sua infância despreocupada no interior.<br />Porém, alguns segundos depois, ela teve a sensação de alguém próximo e bem atrás dela. Se virou e viu que era um homem, muito bem vestido, só que ele estava com o seu rosto próximo ao dela, pois estava antes próximo ao seu cangote. No segundo seguinte, ela deu uma truncada nele, jogando-o para trás.<br />- Ei, o que você pensa que está fazendo?! - esbravejou<br />- Desculpe a minha indelicadeza. Eu sou Dimas Al’Beytar, sou CEO da Lírio d'ouro. É que eu senti o seu cheiro de longe... E fiquei inspirado! O que você usa normalmente de perfume?<br />- Ah, me desculpe, senhor. - ela baixou o tom quando percebeu que era seu chefe - Na verdade, eu usei uma loção corporal que a minha mãe fez. Nossa família e a cidade de onde vim trabalha com flores.<br />- Você é de Charmosinha? - ele soltou - Acabei de vir de lá!<br />- Sim. Tem mais de um ano que me mudei para cá e comecei a trabalhar na sua empresa! Não sinto tanta falta de lá assim.<br />- Ora, você é minha funcionária?! O que faz aqui tão cedo? A festa é só daqui algumas horas.<br />- Eu sou a ganhadora do grande prêmio do sorteio.<br />- É a Ana Maria então. - sorriu - É um prazer!<br />- Igualmente! O pessoal fala bastante de você. - riu, sem graça<br />- Você vai para a festa assim? - perguntou se referindo as roupas dela<br />- Não! A minha amiga está ocupada no quarto. E pelo visto deve demorar. Mas não tenho uma roupa de festa e na verdade, eu nem queria estar aqui, ela quem insistiu. Vou bem simples mesmo!<br />- Ah, mas nada disso. Você é minha convidada de honra da noite!<br />- Como é? - ficou surpresa<br />- Não te falaram? A pessoa ganhadora tem direito também a um spa completo, cabelereiro, maquiagem e vestimenta para participar do evento.<br />- Certeza que a Lari ia gostar bem mais.<br />- Não seja tímida, por favor. - olhou para ela - Sei que tem uma beleza escondida atrás desses óculos!<br />Com medo de colocar o emprego em risco, pois era o seu chefe, ela aceitou.<br />Imediatamente, Dimas chamou um empregado do hotel e solicitou um cabeleireiro, manicure, pedicure, maquiador e estilista para Ana Maria. Primeiro, ambos foram para o spa, onde fizeram uma massagem relaxante e uma limpeza de pele. Logo em seguida, os dois se dirigiram para a suíte presidencial do Copacabana Palace, que era onde o CEO passaria aquela noite depois da festa.<br />- Nossa, é tão maior que o meu quarto!<br />- Ah, sim! É porque a sua é apenas uma acomodação simples, mas já dá para curtir os serviços do hotel só com ela.<br />- Eu não estou reclamando. - ela disse<br />- Não disse que estava... Desculpe se lhe entendi mal! - ele fungou o ar, sentindo algum cheiro diferente - Estranho!<br />- O que é estranho?<br />- Nada! É que é horrível ser perfumista e ter um nariz sensível, tem hora que tudo se mistura. - desconversou - Fique a vontade, logo sua parte 2 de dia de Rainha chega.<br />- Rainha? - ela riu - Não mereço isso tudo.<br />- Não diga isso. - pegou na mão dela - Ainda mais sendo tão bonita... E cheirosa!<br />Ana Maria gargalhou, o chefe da sua empresa era uma figura bastante engraçada e talvez bastante ligada aos perfumes.<br />Logo chegou o batalhão que arrumou a jovem funcionária para o grande evento anual. Recebeu tudo o de melhor que tinha, um belo penteado e maquiagem, unhas da mão e do pé pintadas, colocou um belo vestido preto com sapatos combinando, mas ainda faltava uma coisa. Levou um bocado de tempo e já estava praticamente escuro lá fora e era possível já ouvir a música e as vozes dos funcionários chegando para a grande festa. Como ela estava arrumada, todos os empregados foram embora, dando lugar a mais uma pessoa, que trazia uma maleta pequena.<br />- Quem é esse?<br />- Um amigo meu, que trabalha com lentes de contato.<br />- Eu estou bem assim, obrigada. Aliás, esse trem é muito caro!<br />- Boa noite! - disse a outra pessoa - Posso ver? - apontou para os óculos<br />Receosa, Ana entregou o objeto. O homem puxou um aparelho que fez uma medição do grau e com esses dados, abriu mais um pouco da maleta e puxou uma caixinha.<br />- Vou te ajudar a colocar por casa da maquiagem. - declarou - Já usou antes?<br />- Não, nunca!<br />- Bom, então, meu amigo vai te ajudar a tirar. Colocando neste porta-lentes, com o devido líquido lubrificante. - olhou para Ana Maria - Com licença, isso pode incomodar um pouco.<br />Com bastante cuidado, ele pegou cada uma das lentes e pôs no canto do olho dela, pedindo que fechasse os olhos e os mexesse em seguida. Assim, as lentes se encaixaram nas córneas e quando abriu os olhos, pela primeira vez em muito tempo, Ana Maria via o mundo sem ser com seus óculos. Ela abriu um sorriso!<br />- Agora vá se olhar no espelho! - disse Dimas<br />Ela se levantou da cadeira onde ficou sentada por horas a fio e se viu no espelho de corpo inteiro que tinha ali perto. O vestido destacava seu corpo de maneira modesta, assim como a maquiagem própria para a festa, mas sem ser exagerada e o penteado era um coque de lado, com uma mecha solta e encaracolada do outro. Ela nunca tinha se sentido tão linda!<br />O nariz de Dimas fez um som de fungado de novo. O amigo deu um cutucão nele, repreendendo e falando para ele ir se vestir.<br />- Só vou trocar de terno e descemos. Ao que parece, já está todo mundo ai!<br />Ele se arrumou e os dois pegaram o elevador. O trajeto seguiu parte em silêncio, até que ele indagou:<br />- Nervosa?<br />- Um pouco, uai.<br />- Todos os olhos estarão em você, já que vai aparecer comigo.<br />- Obrigada, isso me deixa tão mais calma.<br />- Vai dar tudo certo!<br />O bipe do elevador indicou que eles chegaram ao andar de destino. Dimas estendeu o braço, curvando-o ao lado do corpo.<br />- Vamos? - perguntou<br />Ana Maria apenas assentiu, cruzando seu braço com o dele para fazer a grande entrada da noite. Ao passar pela porta, encontraram a área externa lotada, com todos os funcionários, independente do cargo, usando suas melhores roupas. Não levou muito tempo para que o reconhecessem, sendo bastante aplaudido e ovacionado. Ele abriu um sorriso e acenou cumprimentando todos a distância. Mesmo com o holofote em cima dela, o seu chefe era bem mais brilhante do que ela, tanto que até pela mesma não conseguia tirar os olhos dele por muito tempo. Ela não notou nenhum olhar em cima dela, contrariando o que ele dissera. Ficou tranquila, pois ela estava invisível, como sempre foi, até que Dimas finalmente virou o rosto e olhou para Ana Maria, sorrindo, fazendo assim com que todos finalmente a vissem. E pequenos comentários surgiram nos sussurros que ela ouvira:<br />- Bonita ela! Quem é?<br />- Amei o vestido dela.<br />Foram poucos segundos, mas a caminhada até o pequeno palco montado pareceu uma eternidade para a jovem Ana Maria. Era estranho estar com todas as atenções voltadas à ela. O secretário Antônio, que não tinha aparecido até então naquele dia, cumprimentou o patrão e disse que já estava tudo certo e lhe entregou o resumo do discurso da noite. Ele agradeceu e antes de subir as escadas falou com Ana Maria:<br />- Espere aqui em baixo. - sorriu - Pode ficar com sua amiga.<br />- Claro! Boa sorte no seu discurso!<br />- Obrigado! - ele respirou fundo, inebriando-se com o cheiro dela<br />E já dava para ver Larissa correndo animada até ela, que a arrastou para longe dali só para começar a fofoca, então todos estavam atentos ao discurso do CEO. Ele começou assim:<br />- Boa noite a todos! Comemoramos 67 anos da Lírio d'ouro, que foi fundada pelo meu avô, passada para meu pai e agora está sob minha gestão. É uma honra poder continuar este legado, carregando a herança de minha família, trazendo também os melhores produtos para os nossos clientes. E para deixar tudo isso ainda mais especial, junto com a equipe de projetos, elaboramos novos sabonetes, seguindo as primeiras receitas do meu avô, usando essenciais florais e naturais. Dando um ar mais artesanal aos produtos desta coleção, que chamados de: Charme das Flores. - uma salva de palmas surgiu e dispersou para eu ele continuasse falando - E este é só o começo do que planejamos para o ano, teremos fragrâncias inéditas nesta coleção, usando outros florais e frutais. No mais, quero agradecer a todos os nossos funcionários pela dedicação e trabalho duro por mais um ano, sem vocês muitas coisas nessa empresa não estariam como estão hoje. A empresa pode ter começado com meu avô, na minha família, mas agora, essa família somos todos nós! E esta noite é em comemoração a tudo isso! Então, aproveitem! Obrigado!<br />As palmas vieram bem mais altas com o final do discurso, quando alguns executivos vieram conversar com Dimas.<br />Ana Maria explicou para a amiga em resumo como ela tinha se encontrado com o CEO e como ela recebeu uma quase transformação e virou a acompanhante dele naquela noite! No fim, a amiga apenas falou:<br />- Que babado, Ana! E quem diria que logo você estaria com o patrão hoje.<br />- Eu não fiz nada demais, a gente só se esbarrou por aqui. Só isso, uai.<br />- Ora, não seja ingênua... Eu vi o jeito que te olhou quando entraram. Acho que ele está a fim de você.<br />- Cê jura? - meio incrédula - Achei que estava apenas sendo legal.<br />- Aninha, sempre tem uma segunda intenção. Ainda mais se for o Dimas.<br />- Acredito em você! - ela sorriu para amiga<br />- Pode pegar um pouco mal ou até ser um escândalo se você ficar com ele.<br />Ana Maria arregalou os olhos, sua amiga estava certa. Talvez fosse algo a mais que ele queria e viu chance na ingenuidade dela. E por ela ser subordinada, aquilo colocava seu emprego em risco. Bem que ela tinha razão de querer ficar em casa e não ir nesta bendita festa... Agora estava enfiada num vestido chique, sendo o troféu de um cara rico - e que era seu chefe - pelo resto da noite e ela não queria descobrir como aquilo iria terminar.<br />Lá de longe, dentre a equipe de garçons, duas figuras observavam com afinco as cenas do CEO e de Ana Maria. Eles viajaram por horas para estar ali, pois não queriam que o acordo comercial com Charmosinha que Dimas pretendia fosse fechado e para que o plano desse certo, eles precisavam acabar com a reputação do CEO.<br />- Que bonitinho os dois pombinhos. Vai ser ótimo dopá-los, fazê-los ir para o quarto e pegá-los no ato. - quase gargalhou um deles<br />- E ai a reputação impecável de Dimas vai por água abaixo, pois ele passou a noite com uma funcionária. - riu de leve - Prepare as duas taças de champanhe, quando eles se reencontrarem, é a nossa hora de atacar.<br />- Preparando e colocando nosso ativadorzinho de virilidade. - disse entornando dois frascos de líquido em cada uma das taças.<br />Agora era só eles esperaram para realizar o movimento.<br />***<br />Não tardou muito e Dimas conseguiu despistar o resto dos executivos e também acionistas, se encontrando com Ana Maria e a amiga encostadas na sacada observando a praia à noite.<br />- Com licença, senhoritas. Você deve ser a amiga da Ana né?<br />- Isso! Também sou sua funcionária! - sorriu, tentando não transparecer tensão por conta da amiga<br />- Está gostando do evento?<br />- Sim! A comida e bebida estão excelentes. Estou doida para que abram a pista de dança!<br />- Tem pista de dança? - Ana Maria questionou<br />- Sim, lá do lado de dentro. - respondeu Dimas<br />- Bom, vou deixar vocês a sós. Afinal, ela é sua convidada da noite. - e piscou para a amiga, saindo<br />- Desculpe se lhe assustei. - ele soltou<br />- Com o quê?<br />- O jeito que te abordei e te arrastei pelo salão com todo mundo olhando. Dá para ver que é bastante tímida!<br />- Uai, que isso! Não tem problema.<br />- Aceitam uma champanhe? - o garçom disfarçado apareceu<br />- Claro! - respondeu Dimas, pegando as duas taças - Obrigado!<br />Assim que o outro se afastou, o chefe disse:<br />- Vamos fazer um brinde! - deu uma das taças para Ana Maria<br />- A quê?<br />- A mais um ano de sucesso para a Lírio d'ouro e que a minha proposta de comércio com os produtores de Charmosinha dê certo.<br />- Um ano de sucesso a mim também! - sorriu, concordando<br />Então, os dois beberam um bom gole da bebida, o que eles não sabiam era que logo tudo o aquilo teria um efeito e traria consequências que nem eles podiam calcular.<br /></div>Anelisehttp://www.blogger.com/profile/06098998692638161206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7232565380437790999.post-36044710515189454362022-12-30T10:00:00.001-03:002022-12-30T10:00:00.187-03:00Etéreo Re:Contato - 12 Meses com Minorin: Dezembro<div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCf2M5iLt6PpIKHK_tQN1Y86tAPrPh9PPprIC3Ip7z8tMUjRs0Ls0oKaEQGNQVY1lOnuCJ9nTFdqJEQ-E9iyQeRXmjqbkkZAoaBA7hvZQbJCXTVKh_RamKJqajzoUZlshQBRB6CXhQN4P6Z0QUyLuNVBW7h6q0pc8fjsxErcaRKrlnHlJQ0SWUWbw9/s770/Cover_01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="770" data-original-width="700" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCf2M5iLt6PpIKHK_tQN1Y86tAPrPh9PPprIC3Ip7z8tMUjRs0Ls0oKaEQGNQVY1lOnuCJ9nTFdqJEQ-E9iyQeRXmjqbkkZAoaBA7hvZQbJCXTVKh_RamKJqajzoUZlshQBRB6CXhQN4P6Z0QUyLuNVBW7h6q0pc8fjsxErcaRKrlnHlJQ0SWUWbw9/w582-h640/Cover_01.jpg" width="582" /></a></div></div><div style="text-align: left;"><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;"> </span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">“S.I.G.N.A.L S.I.G.N.A.L</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">S.E.R.I.A.L S.I.G.N.A.L</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">(...)</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Sua nebulosa está ocupada</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Se você vier a mim</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Não precisamos de nenhuma hesitação, vamos andar na luz</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Voe comigo para sua mente</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">estou voando juntos</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">(...)</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Porque é natural se sentir atraído por coisas que não podem ser medidas com precisão</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O significado científico não tem sentido Seriamente não é sério</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">E inesperadamente, quero medir ○ com precisão</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">sentimentos”</span></i></p><p><strong>(Contact - Minori Chihara)</strong></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Lancei
a bolsa no sofá, me jogando nele logo em seguida. Mais uma semana de
trabalho chegou ao fim e essa foi uma das piores, com certeza.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Eu
sempre fiquei me perguntando em que momento da minha vida os meus
grandes sonhos e objetivos foram simplesmente sugados pelas
responsabilidades e problemas da vida adulta.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Vivia
um dia de cada vez, uma semana de cada vez, um mês de cada vez, um ano
de cada vez. Sempre sobrevivendo até as próximas férias! Desde que
terminei o ensino médio, minha vida seguia assim: empurrando com a
barriga.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Não
entrei na faculdade que eu queria, entrei na que consegui. Não
conquistei o emprego dos sonhos, peguei o que apareceu, ainda mais na
conjuntura de ter que pagar as contas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A
melhor coisa disso tudo? (Se é que tinha uma parte boa, né?) Foi que eu
finalmente conseguira a independência que eu sempre almejei… Ao custo
da minha alma, mas pelo menos foi!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Fiquei
estirada no sofá por alguns minutos, mexendo distraída em meu celular,
olhando alguma rede social repleta de sorrisos, felicidade, filtros que
escondem imperfeições e gente falsa. Por que a gente gasta tempo com
isso né? Mas, o tédio e a preguiça sempre acabam maiores e fazemos essas
pequenas escolhas que consomem horas do nosso dia de maneira inútil.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Resolvi
ir tomar um banho e colocar a roupa que deveria ter ido para o lixo tem
uns dez anos, mas se tornou uma roupa de casa super confortável e bom,
ela não estava com buracos, então ainda tinha licença para usar. Era
apenas um shortinho e uma regata, bem fresquinhas para suportar esse
calor que vem por aqui na maior parte do ano.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Peguei
uma das marmitas na geladeira, coloquei um tempo no micro-ondas para
esquentar e escolhi algo para ver enquanto me alimentava. É uma série
antiga que eu gosto muito e é sempre um conforto deixar um episódio
rolando!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Comi
distraída e entretida com os personagens e cenas que eu já conhecia
bem. Lavei a louça que sujei e decidi ir para meu quarto para fazer
qualquer outra coisa. Claro que eu fiquei mais um tempo olhando alguma
rede social no celular, até que fui acometida pela nostalgia que afetava
meus dias naquele período.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Estava
chegando perto a data da reunião do meu grupo do terceiro ano e eu fui
convidada, mas ainda estava refletindo se queria ir, ou melhor, qual a
desculpa que daria para não ir. Porque sinceramente, eu via muitas
destas pessoas quando ficava descendo a linha de tempo infinita e sei
que muitos deles estavam em ótimos momentos de suas vidas e não queria
ter isso mais esfregado na cara do que já era! Não queria ter que ir
para esta reunião para relembrar a minha mediocridade! Não tinha a
mínima necessidade!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Fui
tirada do meu pequeno devaneio indignado, pois alguém, em pleno século
XXI, estava me ligando… Pasmem! É a minha melhor amiga, da época de
escola, que também ia nesta bendita reunião e do jeito que ela é, como
já conheço, ia tentar me convencer a ir.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Deixei
o celular tocando e fingi que nem era comigo. Mas, é claro, que ela
insistiu! Ligou mais umas três vezes, até que eu atendi irritada e quase
deixei escapar um bufo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Oi, Rafa, o que foi?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Isso é jeito de cumprimentar sua amiga, hein, Lara?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Porque eu já sei exatamente o motivo desta ligação e você sabe muito bem que não quero ir.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Mas todo mundo vai! Vamos reencontrar o pessoal e relembrar os velhos e bons tempos.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Bons tempos? Só se forem para eles, né?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não seja tão dramática! A escola foi tão ruim assim?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Foi! Até hoje lido com as questões na terapia.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não esqueça que você está me devendo uma. - ela fez chantagem</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Ai, Rafaela. Você é terrível! - e era verdade e eu odiava ficar devendo
- Olha só, eu não queria mesmo ir, mas por consideração a você… Farei
um esforço!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Oba! - comemorou - Passo na sua casa no dia para escolhermos a sua melhor roupa.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Está bem, amiga! Até o final de semana!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Até!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">E
desligamos. É complicado como a minha melhor amiga tem este incrível
poder de me arrastar para coisas que não quero, só por consideração a
ela. Por conta disso, agora seria arrastada para esta confraternização
xoxa de adultos nostálgicos que um dia foram adolescentes do terceirão.
Eu só queria morrer, ou melhor, que acontecesse um motivo para eu não
ter que ir. Só que isto não seria possível!</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Poucos
dias depois da ligação, era a data oficial da reunião de reencontro dos
alunos do ensino médio do Colégio Espiral. Com o visual que Rafaela me
auxiliou a escolher, dirigi-me até o local marcado, tremendo nas bases.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O
salão de festas escolhido era bem grande e bastante simples, daqueles
usados em aniversários de criança, onde é mais o espaço do que a beleza
em si.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Apesar
do horário que cheguei, o local já estava bem cheio, pois todos os
convidados trouxeram junto para a festividade as suas famílias, porque é
impossível que a antiga turma de 40 alunos ocupasse um salão daquele
tamanho praticamente sozinho.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Olhei
em volta, à procura de um rosto conhecido, encontrando o de minha
amiga, que estava sentada em uma mesa com outros amigos nossos, que até
falo periodicamente. Caminhei até eles, torcendo para que houvesse um
lugar sobrando ali e eu não tivesse que me sentar junto com pessoas que
eu não gostava quinze anos atrás e que, com certeza, isso não tinha
mudado. Assim que me viu, Rafa abre um sorriso enorme e até interrompe a
conversa para me cumprimentar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Lara, que bom que veio. - me abraçou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Da
mesma forma que ela, os outros me dão as boas-vindas, que são: Aline,
Larissa e Bruno. Nós cinco éramos o grupinho no colégio, estudando
juntos durante todo o ensino médio, ou seja, tem muita história para
contar nessa época que envolve justamente nós cinco.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Senta e fica a vontade. - disse Bruno</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Lá naquela mesa têm os comes e bebes, pode ir lá e se servir! - completou Aline</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Só não volta com uma montanha no prato, assim como fez o Lucas! -
acrescentou Larissa, se referindo ao aluno que mais perturbava as aulas
nesse período.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ele tinha uma quedinha por você né, Lara? - jogou na roda Rafa</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Tinha? - realmente não sabia</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Cara, tu é desligada mesmo né? Toda sala, talvez a escola toda, sabia. -
protestou Bruno - Ele não fazia questão nenhuma de esconder.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Pena que ele sempre foi muito tímido e nunca tomou uma iniciativa, ficou por isso mesmo. - falou Aline</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Depois
do pequeno diálogo expondo um ex-crush, procurei a figura citada na
multidão, encontrando-o conversando com os seus amigos de colégio na
maior algazarra. Confesso que achava ele bonito na época em que
estudamos juntos, só nunca me aproximei pois tínhamos os gostos opostos.
Mas, olhando para ele, a evolução do gato era perceptível! Uma barba
bem aparada, o cabelo longo preso num rabo de cabelo e com uma roupa bem
melhor do que as camisas de banda e as calças rasgadas que ele usava.
Nada contra esse tipo de roupa, mas realmente dava uma denunciada na
idade, ou melhor, na maturidade de quem usa.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Enquanto
meus amigos continuavam com a conversa deles, levantei para ir me
servir, porque eu não comi nada de propósito para me empanzinar de graça
aqui e quem sabe, até levar algo para comer em casa nos dias seguintes.
Havia tudo de variados tipos, o que para mim foi um deleite, já que
como de tudo. De forma modesta, fui enchendo o meu prato, pegando um
pouco de cada coisa, só para experimentar e num round 2, ia repetir com
aquilo que mais gostasse.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Estava
distraída fazendo isto, quando me assustei sentindo uma mão tocar em
minhas costas. Um arrepio percorreu minha lombar aos ombros e me virei
para ver quem é, que era nada mais nada menos que Lucas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Lara, quanto tempo! - falou a frase mais clichê de todos - E então, como tem passado? O que tem feito da vida?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Bom te ver, Lucas. Tenho trabalhado bastante, é um período cheio para minha profissão.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E o que faz? - eu odiava esta pergunta</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu sou designer, trabalho numa editora. Monto capas de livros, de revistas, essas coisas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Nossa, interessante! - disse num tom leve - E bem a sua cara, lembro o quanto gostava de desenhar na escola.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É verdade! - sorri - Faz tempo que não desenho só por diversão. - mudei de assunto em seguida - E você, o que tem feito?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Fiz faculdade de jornalismo. Comecei recentemente a trabalhar num jornal daqui da cidade.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Olha, que legal! Meus parabéns! - falei sincera</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Bom, pelo menos as coisas estão se ajeitando agora… - ele soltou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Como assim? - fiz careta</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ah, Lara, para chegar no agora passei por muita coisa. Não foi um caminho fácil!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Nem para mim! - compartilhei - Mas as peças ainda vão se encaixar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Espero que seja verdade. - sorri ele - Bom, não vou te incomodar mais, vá lá comer. Se quiser conversar depois…</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Claro! - respondi numa naturalidade incomum</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Retornei
à mesa, levando meu prato em mãos. E obviamente que a cena do meu
diálogo foi observada de camarote pelo meu grupinho, que fez todas as
caretas imagináveis assim que pude diferenciar no campo de visão.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- O que estava conversando com o Lucas? - Rafaela puxou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Falamos de como estavam as coisas. Estudos, trabalho, …</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Nem assim ele dá uma investida. - reclamou Bruno</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Talvez ele esteja comprometido ou não queria mais. - falou Larissa</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Mas que bom que conversaram. - completou Aline</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O
assunto morreu ali e eu continuei interagindo com meus amigos e
comendo. O papo estava ótimo e estávamos morrendo de rir contando as
nossas histórias de trabalho, de faculdade, da vida amorosa falida, até
que fomos interrompidos por uma microfonia e uma voz saída de uma caixa
de som. Quem falava era Gabrielly, a famosa aluna exemplar e patricinha
da nossa classe. Ela começou:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Boa noite a todos os presentes. Que bom que estão aproveitando para
colocar a conversa em dia, mas chegou a hora da nossa dinâmica!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Um
burburinho se instalou no local, porque ninguém sabia sobre nada disso e
com certeza era tudo o que a gente menos queria, ainda mais numa sexta à
noite.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Primeiro, todos os alunos da sala venham até aqui no centro. - disse
apontando para o espaço vazio diante dela - Vou explicar como vai
funcionar! E claro, os convidados permaneçam sentados para assistir de
camarote.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Todos
saíram de seus lugares e se embolando no meio, esperando mais
instruções. Só que isto não prometia ser mera simples brincadeira
agradável.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Agora se dividam em duplas. Em 3, 2, 1…</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">No
segundo seguinte, todos já estavam de braços dados e eu fiquei
sobrando, assim como na escola. Até a minha melhor amiga me traiu, dando
o braço para outro do grupinho e os dois fizeram outra dupla. E bem,
outra pessoa tinha sobrado, que era Lucas, para a minha imensa alegria
por conta da ironia.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ele se aproximou de mim e só falou:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Bom, seremos nós dois, como nos velhos tempos.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sim! - mantive os braços cruzados</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Sempre
que acontecia de ser algum trabalho em dupla, acabava sobrando em
algumas delas, já que tínhamos o sistema de rodízio para tal no
grupinho. Ou só mesmo quando os professores queriam separar os amigos e
integrar mais a turma - o que era sempre uma péssima ideia - acabava
como dupla do Lucas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Bom, agora que estão devidamente divididos, vou explicar como vai
funcionar. Teremos uma gincana, bem simples, de perguntas e respostas
sobre assuntos gerais e sobre a época do colégio, para ver que é que se
lembra das coisas. Perguntas elaboradas por euzinha. - tratou ela de
explicar e se vangloriar</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Isso vai ser incrivelmente divertido! - ironizei, fazendo minha dupla rir</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Já vejo que tem gente que está de cara emburrada, não é mesmo, Lara?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">E
todos os olhares da festa se voltaram para mim, a pessoa que não queria
participar de um brincadeira inocente e nostálgica da época de escola.
Mas, eu pressentia exatamente por que caminho aquilo iria levar. Os
mesmos olhos julgadores já estavam virados para mim, como era antes,
quando tinha meus quinze para dezesseis anos. E eu tinha que reverter
aquilo ou eu seria o alvo de novo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não! - falei tentando transparecer animação - Eu disse que vai ser muito divertido! - sorri, levantando os braços</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Por
sorte, minha atuação ridícula funcionou e todos aplaudiram. Menos mal
para mim! Só que a vontade de ir embora e sumir dali era enorme.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A
nossa recreadora pediu que nos organizássemos em duas fileiras, uma de
frente para outra, um membro da dupla de um lado e o outro do posterior.
E assim, as duplas podiam se comunicar apenas por leitura labial. Ao
fazer uma pergunta, se alguém soubesse dava um longo passo para frente e
respondia.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Foram
várias perguntas sobre acontecimentos, matérias, professores, alunos de
classes mais velhas com relação a nossa, sobre festas e diversas outras
coisas. Estava todo mundo se divertindo e rindo com as lembranças. A
dupla que estava ganhando era uma dos famosinhos da sala, que estavam em
todas mesmo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Depois
de muito tempo da gincana, finalmente era hora da última pergunta. Deu
para ver a Gabrielly tendo um tremilique de empolgação, pois parecia que
era a pergunta que ela mais queria fazer.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Quem era que tinha como apelido “quatro olhos esquisita” na nossa classe? E quem deu este apelido a ela? Valendo!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Ah, essa é fácil. - um da dupla já praticamente vencedora - É a Lara,
porque ela usava um óculos fundo de garrafa e quem deu o apelido foi
você, oras.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Resposta correta! Meus parabéns, vocês são a dupla vencedora.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Muitos
aplausos se seguiram! E eu não poderia estar mais chateada, pois foi a
única pergunta realmente depreciativa de toda a gincana. Ela quem me deu
o apelido e fez questão de lembrar dele, desenterrando de um confim da
minha mente de onde não queria que saísse. Por que ela fez isso? Ela
fazia isso sempre, desde aquela época e pelo visto nunca iria parar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">E aquele foi o meu limite, então eu decidi que era hora de ir para casa. Na verdade, eu nem devia ter ido para começar!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Sai do meio do grupo e fui à mesa para pegar a minha bolsa e só sumir dali. Fui seguida pelo Lucas que me puxou pelo braço.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não deixe isso te afetar, é o que ela quer!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Amiga, - veio Rafa - não vá embora!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E por que eu deveria ficar? Por que eu deveria ter vindo?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não vai fazer drama com isso vai? Já passou! É só uma brincadeira! - disse Aline, se aproximando</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Toda vez que acontecia era só uma brincadeira né? Eu que devia levar na
esportiva. - respirei fundo - Olha, eu não quero estragar a noite super
divertida de vocês. Mas eu nunca me senti parte desta turma e não vai
ser agora que eu serei. Ficou bem claro com essa última pergunta!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ora, ora, ficou com raiva, Larinha? - a bendita fez questão de anunciar na porcaria do microfone</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E se eu disser que fiquei? Vocês vão todos rir!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não seja tão infantil! Isso já tem quantos anos? - ironizou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Para você é só uma piadinha engraçada né? É aquele ditado: quem bate esquece, mas quem apanha não esquece nunca.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Como sempre dramática! - falou outro do grupinho dela</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E vocês, sem noção! Eu estou indo embora! - declarei</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A
minha saída foi regada por comentários que meu eu adolescente estava
acostumado a ouvir. Lucas ainda veio atrás de mim, me abordando:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Como vai fazer para ir embora? Tem carro?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ia chamar um táxi.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não precisa! Eu te dou uma carona. Também não quero mais ficar aqui.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Tudo bem! Obrigada.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Então, entramos no carro e eu fui guiando pelo caminho enquanto conversávamos.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- A Rafaela que te convenceu a ir? Nunca achei que você fosse aparecer.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sim! Por mim, eu nem ia!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sinceramente, eu também não. Assim que soube que organizadora era a Gabrielly.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Achei ridículo que ela fez uma pergunta no quiz só para… - bufei - Se bem que a minha atitude não foi muito melhor.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Você está com raiva, é bem compreensível! Os outros que não te deram o
direito de ter essa raiva. - ele explicou - Se tivessem deixado só ir
embora…</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Mas a Gabrielly não perde a chance de me provocar!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Ela não perde a chance de fazer isso com ninguém! - ele ficou quieto,
como se tivesse receio do que ia falar - Tinha que ver a cara que ela
fez quando soube que estava na festa.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu imagino como ela transbordou de alegria. Por que ela é assim?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não tem como saber. Mas, eu também era vítima dela… Bom, até você aparecer e virar alvo favorito.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sério? Você nunca me contou isto.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Na época eu fiquei tão feliz que voltei de ser invisível de novo, mas fiquei triste por você.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ela me escolheu no primeiro dia de aula, né?!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Foi! Daí que nasceu o “quatro olhos esquisita”. Ela nunca foi muito
criativa com os apelidos, o meu era “vara de catar coquinho”.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">E eu gargalhei, porque era ridículo!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Pelo menos o seu é engraçado, de certa forma. O meu é totalmente depreciativo!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Mas você não é mais aquela pessoa, a começar pelos óculos.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ah, eu uso lente agora, justamente por causa disso.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E de onde veio o esquisita? Sempre quis saber.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Imagino que seja porque ela viu os meus desenhos na aula.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Entendi.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Bem, eu moro aqui. - tínhamos parado na frente do meu prédio - Obrigada a carona.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sem problemas! Foi bom te ver!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Igualmente!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Nos
despedimos e eu subi para o meu apartamento, ainda sentindo novamente
tudo o que eu senti em todas as vezes que todos me olhavam e riam de
mim. A tristeza, a raiva, a culpa de ter algo errado comigo… Tudo junto e
ao mesmo tempo! Veio uma ardência no fundo dos olhos, que era vontade
de chorar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Assim
que abri a porta, fiz questão de fazer a única coisa que poderia me
acalmar naquele momento: ouvir música. Peguei a playlist da minha
artista favorita e coloquei para tocar, começando justamente pela
primeira e minha favorita dela.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Eu
me joguei no sofá e fui cantando a letra, com todas as minhas forças,
enquanto meu rosto ficava molhado e a minha maquiagem ia se desmontando.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Quando
ouvia certas músicas, sempre entrava em transe e ficava muito
distraída, mas com certeza, o que iria acontecer não era fruto de uma
distração e eu levaria ainda um tempo para entender.</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A
minha música favorita da minha artista favorita tocou e eu cantei como
se a minha vida dependesse da minha performance. A música alta ecoava
pela sala do apartamento, comigo deitada no chão no meu tapete felpudo e
com os olhos fechados. Eu não senti nada de estranho, nada de diferente
ou de anormal! Porém quando eu abri os olhos, percebi que não estava
mais na minha sala, mas no meu antigo quarto, na casa dos meus pais.
Aquele com diversos desenhos meus espalhados pelas paredes de cor lilás -
a minha favorita -, a cama, o armário com diversos adesivos colados, a
escrivaninha com um computador e todo o ambiente com um cheiro muito
acolhedor e nostálgico. A mesma música - que é realmente da minha época
de adolescência - tocava. Eu me levantei e fui me olhar no espelho e
quase que eu caio para trás, porque eu vi o meu adolescente, com meus
14/15 anos. Toquei em meu próprio rosto, meio sem acreditar e era eu
mesmo. Com minhas roupas largadas, algumas espinhas e os óculos com um
grau forte.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Estava claro do lado de fora da janela!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Por
que eu estou aqui? Isso é um sonho né? Só pode ser! Parei a música para
pensar direito, mas fui interrompida por uma voz vinda de outro cômodo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Lara, filha, desça logo para tomar café. Não vai perder seu primeiro dia de aula na escola nova né?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Uma
data! Preciso de uma para saber onde que eu estou. A tela de tubo do
computador estava ligada, olhei no rodapé e encontrei a data de
11/02/2008. Era o primeiro dia de aula do ensino médio.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Por
que eu estou aqui? Só pode ser um sonho mesmo, ainda mais depois do
ocorrido na reunião da turma. Deve ser a minha mente relembrando as
coisas, porque eu peguei no sono. Eu preciso acordar!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A minha mãe me gritou novamente e eu desci num sobressalto, encontrando o resto da minha família sentada me esperando.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Já de manhã cedo ouvindo música nesta altura, filha. Faz mal! - disse mamãe</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Precisava relaxar para o primeiro dia. - respondi</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ah, maninha, fica de boa. Vai dar tudo certo! O pessoal do colégio é bem legal! - incentivou meu irmão mais velho, Alberto</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
É melhor irmos logo, antes que se atrasem. - papai desta vez - Só
engole algo rápido e vamos partir. - completou olhando para mim</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Engoli
uma torrada e um copo de café com leite. Nos despedimos de mamãe e eu,
meu irmão e meu pai subimos no carro. O trajeto não era tão longo, então
logo chegamos a escola. Esta que era nova para mim, mas bastante
conhecida para meu irmão. O famoso Colégio Espiral, o mais importante da
região.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Eu
recordava com muitos detalhes sobre este dia e sobre tantos outros que
vivi neste lugar, acompanhada dos meus colegas de classe, que já ficou
claro que tenho zero apreço. Não quero ter que reviver o horror nesta
época.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Encontrei
o mesmo pátio lotado de adolescentes, procurei no quadro posto na
frente qual era a minha sala e eu segui pelos corredores até lá, com
mais alunos e uma algazarra sem fim. Olhava todas as portas para logo
achar a minha e estava bastante concentrada nisto, até que senti um
encontrão num dos meus ombros, que me fez cair no chão, com mochila e
tudo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ei, olha por onde anda. - disse a voz que na época era só da menina nova Gabrielly - Não me viu aqui?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Desculpa! - falei tímida - É que estou procurando a sala do 1º Ano B.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Você é da mesma turma que eu? - desdenhou, me olhando de cima a baixo - Você se olhou no espelho antes de sair?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sim!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Deve estar quebrado então. - e gargalhou, sendo seguida das amigas, que só tinha notado naquele momento</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ela
seguiu o seu caminho e eu segui o meu. Logo entrei na sala e me
acomodei numa das cadeiras disponíveis. Sem querer muita conversa, abri
meu caderno de desenhos e comecei a rabiscar qualquer coisa para passar o
tempo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Então, veio uma pessoa falar comigo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Olá! Você é nova né? Nunca te vi por aqui.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sou sim! Meu nome é Lara..</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E eu sou a Rafaela. - olhou para meu caderno - O que está fazendo?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Rascunhando para passar o tempo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Tem muitas coisas legais aí!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ah, obrigada!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Já sei a quem pedir ajuda quando tiver algum trabalho assim. - ela sorriu, se sentando ao meu lado</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Naquele momento que nascia a minha amizade com a Rafa, que depois foi aumentando para o resto do grupo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Logo
as outras carteiras da sala foram preenchidas por aqueles que seriam
meus colegas de classe durante o ano e, obviamente, a Gabrielly estava
dentre estes. Assim que me viu fez questão de vir me cumprimentar com
deboche e falando para todo mundo como eram lindos os meus óculos com
fundo de garrafa.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Foi
daí que nasceu o apelido “quatro olhos esquisita”, porque eu tinha ido
para o primeiro dia de aula com roupas desarrumadas - na visão deles - e
não me parecia em nada com o padrão que eles esperam de um aluno
daquela sala. Enfim, coisas de adolescente!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">E
eu revivi o resto daquele dia, com as aulas, os professores se
apresentando, as primeiras dinâmicas de interação, tudo novo para a eu
daquela idade, mas não para a mente velha que estava habitando naquele
sonho.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Cada
uma das memórias se mostrou à minha frente, com uma riqueza de detalhes
impressionante e bom, isso não é um elogio. Tem coisas que são melhores
que fiquem num fundo perdido e nunca mais venham a ver a luz. Este dia é
um deles!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Se bem que o eu daquela época não sabia o quanto as coisas iam piorar com o tempo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Voltei
para casa animada e contei à minha mãe, durante o almoço, tudo o que
aconteceu, sobre a escola nova, os colegas e até falei sobre a
Gabrielly, disse que ela começou a falar de mim em sala. Mamãe
simplesmente respondeu:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ora, filha, daqui a pouco ela esquece de você. E é coisa da idade né? Não tem nada demais!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Eu
meio que acreditei e meio que não ao mesmo tempo. Parecia confuso, mas
dentro de mim, sabia que aquela não seria a última vez e que ela não
iria esquecer. Apesar de ser bem quieta, sempre fui bastante observadora
e as minhas percepções sobre ela não eram boas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Mas,
aquilo era só um sonho né? Mas como que eu ia fazer para acordar?
Revivi um dia inteiro e ainda não sai dele. Pelo que me lembro os sonhos
não duram tanto assim!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Fui
para meu quarto e fiz o mais esperado: me belisquei, bem forte. Um
gemido de dor saiu da minha boca e eu continuava presa ali. Depois
tentei outras coisas absurdas, como: me jogar da cama ou tentar correr. A
queda foi feia, mas por sorte, uma muda de roupas protegeu a minha
cabeça. E bom, a corrida aconteceu sem problemas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Então, decidi tirar um cochilo, para ver se eu acordava na minha sala.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Realmente peguei no sono, porém despertei com a minha mãe me chamando para a próxima refeição.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Foi aí que comecei a pensar que talvez isto não fosse um sonho. Mas, afinal, o que era?</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Fiquei
presa dentro de uma rotina, igual a da minha adolescência. Indo para a
escola, conversando com meus amigos, voltando para casa, pensando no que
poderia fazer para voltar e aproveitando um pouco do tempo livre para
desenhar algumas coisas. E bom, não tinha mudado muito do que eu tinha
de memórias desta época, o que era péssimo , por que sinceramente quem
quer reviver a adolescência?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Nesse
meio tempo, eu tinha levantado algumas suposições sobre a minha
situação, com um pouco de ajuda da internet, é claro. Pensei ser que
estivesse presa em um coma e a minha mente estava trazendo aquelas
coisas para se manter ativa, pensei que estivesse presa em sonho mesmo,
mas como o tempo é relativo, talvez daqui um tempo acordasse na minha
sala. E por último, e que para mim fez bastante sentido, que é: eu
voltei no tempo!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">E se fosse isso, de que maneira eu voltei? E com qual objetivo?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Bem clichê, mas eram muitas perguntas e nenhuma resposta. E tinha que continuar procurando, só esperava que não por tanto tempo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Até
tentei fazer algumas pesquisas na porca internet que tinha na minha
casa, mas não fui muito além do que eu pensei sozinha. Então, tive que
apelar para a biblioteca da escola, igual fazíamos naquela pré-história.
Um dia após a aula, fui até lá e com ajuda da bibliotecária, que me
olhou com uma cara muito esquisita quando disse o que procurava, fiquei
com uma pilha de livros para consultar e um caderno para fazer algumas
anotações.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Eu
estava compenetrada com minha busca, quando fui surpreendida pelo meu
colega de classe Lucas sentando ao meu lado. Lembrei dos meus amigos me
falando que ele tinha um crush em mim, mas nessa época, como era ainda o
início das aulas ele não devia sentir nada ainda. Ele perguntou:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- O que faz aqui na biblioteca? E com tantos livros assim…</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Estou procurando uma coisa. - tentei ser indiferente na minha resposta - É importante!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- O que poderia ser mais importante do que sair para tomar sorvete após a aula com seus novos amigos?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É só um dia, eles irão entender.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Amizades precisam ser mantidas, ainda mais nesta escola. - soltou - Mas, o que procura?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Viagem no tempo!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não sabia que se interessava por esse tema.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
É complicado! Pior que todas as fontes indicam que o gatilho para
viagem é algo físico, como uma máquina, um objeto, mecanismo. -
desabafei frustrada</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Mas é isso mesmo! Precisa de algo físico para o retorno no tempo. - ele falou - Eu cheguei a colocar algo assim numa história.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Você escreve? Que legal!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu só tento! Não acho que seja muito bom.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Já tentou compartilhar isto em algum lugar? Tem sites para isso.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Nunca quis mostrar para ninguém, mas pode até ser legal. Você escreve também?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Na verdade, eu mais desenho. - e resolvi mentir para ver se conseguia
algo - Estou querendo escrever também, só num sei por onde.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Explica a sua ideia, talvez possa ajudar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Bom, pensei em viagem no tempo, mas o gatilho para a viagem seria uma música.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Música? Como assim?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- A pessoa escuta a música e volta no tempo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É meio sem sentido, na verdade. Depende de como vai trabalhar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Se eu falar para ele que isto aconteceu comigo, vai achar que eu estou maluca. Então, resolvi emendar com outra questão:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Mesmo que não tenha tanta lógica, como essa pessoa faria para voltar ao tempo original dela?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Pelo mesmo caminho que veio. Neste caso, a música.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Como eu não pensei nessa coisa óbvia?!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- A gente está tão imerso, às vezes, que nem enxerga.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Obrigada! Você me ajudou muito, de verdade.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Depressa
fechei aquela pilha de livros, peguei todos e levei até a mesa da
bibliotecária. Depois peguei o meu material, deixando o meu colega com a
cara mais perplexa do mundo, correndo para casa para testar a teoria.
Era a única que talvez tivesse algum sentido.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Mal
cumprimentei a minha mãe e corri para o quarto, ligando o computador e
puxando o arquivo mp3 para que explodisse a caixa de som. Deitei-me no
tapete do quarto e comecei a me entregar a música como sempre faço.
Fechei os olhos, sentindo a música e uma esperança de que voltasse a
minha vida adulta, longe daquela escola horrenda e traumatizante.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">E
da mesma maneira que antes, sem perceber, acabei transportada de volta à
sala do meu apartamento. Abri os olhos e vi o meu espaço, parecia que
tinham se passado poucos segundos. Procurei o meu celular e ainda era o
dia da reunião. Tinham diversas notificações, marcações nas redes e
mensagens dos meus amigos, perguntando como eu estava, se eu estava bem,
que tinha ficado um puta climão na festa por minha culpa. Porém, uma
mensagem me chamou atenção, era do Lucas me convidando para a sessão de
lançamento e autógrafos do livro dele.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Mas
antes ele não tinha comentado sobre nenhum livro. Será que a minha
simples conversa com ele já tinha mudado alguma coisa no futuro?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Eu
lembrava em filmes e séries que mexer com isso é muito perigoso, espero
que essa seja a única mudança que aconteceu na minha passagem no
passado. Bom, pelo menos a minha vida parece continuar a bagunça que
ainda é!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Na
mensagem dizia que ele tinha chamado boa parte da nossa classe,
incluindo meus amigos, e ele queria muito que eu fosse. Respondi que
iria sim, com prazer!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Eu estava animada de finalmente retornar ao meu tempo!</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Combinei
com meus amigos para nos encontrarmos mais tarde no local. Arrumei-me
com uma roupa mais confortável, pois era um evento menos requintado,
apenas um vestido simples, meus tênis e uma bolsa atravessada, como
sempre. Pedi um carro no aplicativo e fui até lá, sendo uma das
primeiras a chegar. Era um salão de eventos muito amplo e bem bonito.
Lucas ficou muito feliz de me ver, saindo até de sua mesa de autógrafos
para falar comigo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Estou muito feliz que veio, Lara. Sua amiga falou que era bem provável que você inventasse uma desculpa para não vir.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Como eu quase fiz com o evento de ontem. - sorri - Isso eu não ia perder. É chique ter um ex-colega de escola escritor.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Fiquei à vontade. Tem uns comes e bebes ali, só se servir. Logo o resto do pessoal chega.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Obrigada!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Fui
ver o que tinha de bom para comer e aproveitei para matar um pouco da
minha fome, já que mal tinha almoçado direito. Aproveitei este meio
tempo para comprar o livro dele. Não tardou muito para que o pessoal da
festa de ontem aparecesse e qual não foi a surpresa de todos ao me verem
ali. Meu grupinho logo se juntou a mim e enquanto esperávamos o
anfitrião finalmente falar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Quem diria que ele fazia isso? - comentou Larissa</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Pois é, menino, eu nem sabia. - completou Rafa</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu sabia. Ele chegou a comentar comigo uma vez na biblioteca.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ah, aquele dia que você nos abandonou para procurar sei lá o que lá. - disse Bruno</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Foi só um dia, gente. - acrescentou Aline - Será que foi neste dia que ele se apaixonou por você?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Como vocês são exagerados. - reclamei - E como disse, ele deve ter esquecido já.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Uma pena que você nunca investiu na sua coisa de desenhar. Faz tão bem! - soltou Rafa</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Podia ter aproveitado tanto aquele concurso que teve na época do
segundo ano. O ganhador saiu num site, no jornal… Como aquele desenho
podre. - protestou Bruno</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sabem que sempre tive vergonha de mostrar. - rebati</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Imagino que o Lucas também já teve… - respondeu Larissa</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Silêncio. Ele vai falar!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Lucas
se dirigiu ao pequeno palco que tinha no local, que já estava lotado
desde a minha chegada, e cumprimentou a todos, depois falando o
seguinte:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Hoje é uma noite muito especial, pois é o lançamento do meu livro e a
realização de um sonho que eu tenho desde a adolescência. Muita coisa
presente nesta história é inspirada na minha época como aluno do ensino
médio. Vamos ver se vocês irão perceber as referências. Não quero me
alongar muito, pois nunca fui muito de falar, mas não estaria aqui hoje
sem ajuda e incentivo dos meus pais. E claro, algo bastante importante,
que foi o pontapé inicial que a Lara me deu, num dia bastante comum na
biblioteca do colégio, quando conversamos sobre viagem no tempo. Aquela
conversa redefiniu o meu destino, pois ela disse que eu devia mostrar
meus escritos aos outros. Uma pena que ninguém nunca viu os desenhos
dela! - disse olhando para mim e eu não tinha onde me esconder - Espero
que mude isso, pois pelo que me lembro eram muitos bons. No mais, vamos
aos autógrafos!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Todos
aplaudiram e ele se dirigiu à mesa para distribuir as assinaturas. Uma
fila se formou e enquanto todos aguardavam, pude ver a Gabrielly
comentando morrendo de rir sobre meu papelão na reunião da noite
anterior e como eu tinha coragem de aparecer num evento com todo mundo
no dia seguinte. Bem, para ela era o dia seguinte, já para mim o
ocorrido da festa tinham já diversos dias. Mas, eu não ia cair na dela
de novo. No reencontro eu escorreguei pela falta de costume, pois as
feridas que ela abriu em mim tinham se cicatrizado e ela reabriu, mas
não ia acontecer de novo. O período que estive no passado fez com que eu
criasse novamente todas as minhas proteções.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Logo chegou a minha vez na fila e ele abriu um sorriso enorme ao me ver novamente:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu estou realmente feliz que veio.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Imagine. Eu nem sabia que era uma inspiração para você!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Você me deu o incentivo que precisava para começar. - respondeu
enquanto rabiscava a primeira página - Se não fosse isso, ia ter para
sempre meus livros na gaveta. E desculpa aquilo que falei lá em cima.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Dos meus desenhos? Não precisa!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Refiro-me a nunca ter mostrado seus desenhos. Mas, é verdade que eles eram ótimos.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Se você diz, quem sou eu para contrariar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Muita gente da nossa sala achou que você ia se inscrever no concurso de
desenho. Todo mundo achava que você ganharia se participasse.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não tem como saber.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Só voltando no tempo.. - ele piscou - Aliás, você nunca escreveu aquela história, não é? - devolveu o livro</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não! - disse cabisbaixa</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Já sabe, se precisar de alguma ajuda.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Pode deixar. Eu entro em contato! - sorri e me despedi dele</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Não tinha muito mais o que fazer ali, então falei com meus amigos e rumei de volta para meu apartamento, do mesmo jeito que vim.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">No
caminho, distraída olhando pela janela as luzes noturnas, fiquei
pensando sobre o ocorrido da noite e em como uma simples conversa mudou
tanta coisa. E se eu voltasse ao passado e mexesse alguns pauzinhos para
que a minha vida melhorasse? Esse concurso de desenho pode ser um bom
ponto de partida.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Mas,
será que vou conseguir voltar no tempo de novo? Fico pensando que foi
uma mera sorte maluca e que se contar para alguém vão me levar pra um
hospício.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Porém,
não custa tentar né? Cheguei em casa, liguei o som e coloquei a mesma
música. A batida e vibração do som foi atingindo meus ouvidos e minha
boca cantava a canção. Joguei-me no sofá e fechei os olhos, ironicamente
esperando voltar para uma das piores épocas da minha vida.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A música terminou, abri meus olhos e vi que tinha retornado ao quarto com paredes lilases.</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Parecia
ser de manhã, então fui olhar que dia era no computador, que eu sempre
acabava deixando ligado por usar até muito tarde, e vi que a data era de
mais de um ano depois da última vez que voltara, exatamente 02/06/2009.
Será que eu parei exatamente onde eu tinha pensado? No dia do anúncio
do concurso de ilustração da escola? Só indo para o colégio para
descobrir!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Eu
me olhei no espelho de novo e me vi um ano mais velha, o que na fase de
adolescência é bastante coisa, pois eu já era alguém completamente
diferente. Com meu corpo já bem mais definido e um pouco mais alta.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A
voz da minha mãe me gritou e eu corri para tomar café da manhã. O resto
da família estava sentado à mesa e o meu eu viajante não pôde deixar de
esconder a empolgação de talvez melhorar um pouquinho o meu futuro se
tivesse vindo no dia certo. Tanto que a até a minha mãe falou:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Filha, qual o motivo de tanta empolgação?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sentindo uma coisa boa vindo. - respondi</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Isso é estranho, ainda mais você sendo tão pessimista e odiar tanto a escola. - declarou Alberto</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Desfrutamos
do resto da refeição na mais perfeita paz e fomos com meu pai para o
colégio. Bem, eram os mesmos rostos que eu tinha visto nos dias
anteriores, mas alguns deles mais velhos que outros. Imagino que o Lucas
já esteja publicando as coisas dele em algum site de fanfic, depois
quero dar uma conferida. Se bem que vai ser difícil, pois é bem provável
que ele esteja usando um pseudônimo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A
escola estava com seu pátio lotado e agitado, como sempre era. Porém,
neste dia em específico havia uma concentração de pessoas em alguns dos
murais. Minha curiosidade me fez ir lá para olhar e qual não foi a minha
surpresa ao ver escrito em letras bem grandes: “1º Concurso de
Ilustrações do Colégio Espiral”</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Minha
volta no tempo tinha sido certeira, era a minha chance de tentar
participar, fazendo o mais prudente desta vez, porque a minha eu
adolescente morria de vergonha. O tema era, ironicamente, como “você
enxerga o mundo daqui 50 anos”.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">No
meu caminho para a sala de aula, fui pensando nas primeiras ideias para
o meu desenho. E olha, era difícil imaginar algo num futuro tão
distante. Podiam ter colocado pelo menos uns 15 anos, aí era mais fácil
de eu criar apenas algo realista.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">E
bom, o tal concurso era o assunto do dia na minha turma, agora do 2º
Ano do Ensino Médio. Muitos ficaram animados pois era uma proposta legal
do colégio, já outros não curtiram muito. E bem, tinham os meus amigos,
que assim que me viram falaram:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Viu que tem um concurso de desenho rolando na escola? - Rafa primeiro</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu vi! - sorri</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Você vai participar né?! - indagou Larissa</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu ainda estou pensando. - declarei</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ah, mas você tem que participar, Lara. - implorou Bruno</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Estou pensando na ideia que farei, não é um tema fácil.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Só
faltou o meu grupo pular em cima de mim com a animação. E essa animação
era um ótimo incentivo, mesmo se não ganhasse poderia mudar e muito lá
na frente.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Opa, - era Lucas - vai participar do concurso?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Vou sim! Apesar de nervosa. - essa parte não era mentira</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Você vai ganhar, com certeza. - ele sorriu</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ah, Lucas, - sussurrei - você coloca suas histórias em algum lugar?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Claro! Achei uns sites maneiros depois da nossa conversa no ano passado.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É muita intromissão que leia? Pode me dizer onde encontrar?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sem problemas. O nome é… Idade da Inocência.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Vou procurar e depois digo o que achei.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Aguardarei ansioso! - ficou um pouco vermelho</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Assim que ele se afastou, Rafa e o resto do grupo começou a brincar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Que casal mais lindo!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Casal? Ele é só meu colega.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não se faça de sonsa, ele gosta de você.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ah,
é verdade, tem esse detalhe que eu me esqueci completamente. Será que
essas pequenas conversas acabaram acendendo indiretamente alguma
esperança nele. Eu não queria iludir o pobre e jovem Lucas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O
dia de aula transcorreu normalmente e depois eu fui ver quais eram as
outras pequenas regras para participar do concurso e pessoalmente uma me
incomodou: o vencedor seria escolhido por votação popular, com a escola
inteira. Acho que foi por isso que a minha eu adolescente desistiu de
participar, porque era bem óbvio que meu desenho não seria o ganhador,
vide o já histórico meu no colégio. Tentei tirar isso da cabeça e seguir
em frente, porque eu queria fazer algo diferente, sonhando com algo
melhor em meu futuro.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">No
caminho de volta para casa, acabei tendo uma ideia para brincar com
essa temática. Resolvi criar algo sobre viagem no tempo e também
procedimentos que deixassem as pessoas com aparência mais jovens. Talvez
alguns achassem loucura, mas era a minha visão sobre isto.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Cheguei
em casa animada, indo para meu quarto, já pegando um papel e começando
os primeiros esboços. Fazia muito tempo que eu não ficava tão empolgada
com uma ideia de desenho. É tão fácil quando somos mais novos e sem
preocupações! Ainda acredito que boa parte das minhas melhores
inspirações foram justamente nesta época e da faculdade, porque eu tinha
tanta coisa guardada e rabiscar sempre foi meu meio de colocar para
fora. E claro que eu sempre desenhava ouvindo música, como a maioria das
minhas atividades.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Eu
estava tão absorta e concentrada em meu desenho que minha mãe me chamou
e eu sequer ouvi, apenas percebendo quando ela apareceu na porta do
quarto, pronta para me dar um esporro daqueles, mas quando notou, apenas
disse:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Venha logo almoçar, depois continua seu desenho.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Mesmo
tomando um susto ao vê-la, assenti e a segui para a sala de jantar. Meu
pai comia no trabalho, então éramos só eu, ela e meu irmão. Sentei-me à
mesa e começamos a nos servir, então minha mãe puxou o assunto:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Que desenho é esse que te deixou tão distraída, filha?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É para o concurso do colégio!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Poxa, que legal que vai participar. - sorriu Alberto</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Vou tentar, mas o vencedor será por voto. - fiquei um cadinho cabisbaixa</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Sim! Mas, todas as ilustrações dos finalistas ficarão exibidas no mural
para a votação. Então realmente irão escolher o melhor!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ainda acho pouco provável que seja eu! - rebati</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Filha, não seja pessimista. Tente! Se ganhar, ótimo; senão, paciência e se tenta novamente.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É verdade, mãe! E eu fiquei tão empolgada com minha ideia.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Vai dar certo, irmã. - ele me incentivou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Uma
coisa da minha família não posso reclamar, eles sempre acreditaram
tanto nos meus sonhos quanto nos do meu irmão, sempre estimulando para
fazermos o que queríamos.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Assim
que terminei de almoçar, retornei ao meu quarto e prossegui com o
desenho. Fui criando-o no decorrer daquela semana, primeiro com os
esboços, depois definindo os traços, depois colorindo. O que surgiu foi
um cenário praticamente digno de um filme de ficção científica de tão
elaborado que ficou. Eu espero que gostem e que entendam a proposta do
desenho.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Não
o mostrei para ninguém, já que não queria influenciar quem era próximo a
votar em mim! Até porque outro detalhe, bem interessante que a escola
colocou, é que os desenhos não teriam seus autores revelados durante a
votação, somente no dia do resultado.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Coloquei o envelope com a ilustração no local destinado na secretaria e torci pelo melhor.</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Alguns
dias se passaram e ao chegar na escola todo mundo ficou bastante
animado, pois os desenhos participantes do concurso estavam expostos.
Eles ficariam ali por alguns dias até que a votação oficial ocorresse e o
vencedor fosse decidido.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Confesso
que estava bastante nervosa e ansiosa e mais um monte de coisa junta.
Vi sim o meu desenho no meio de tantos outros, tão bons ou até melhores
do que o meu. Estava distraída olhando-os, meu grupinho se aproximou e
eles me cumprimentaram e minha amiga falou:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Você se inscreveu mesmo?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sim! Meu desenho está exposto aqui.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E qual é ele? Eu quero votar em você. - disse Bruno</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não vou dizer.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E por que não? - indagou Aline</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Lembra que o concurso é anônimo? Se todo mundo que estiver participando
falar qual é o seu desenho, a ideia do concurso não funciona.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E de onde você tirou isso? Não tem nas regras! - falou Larissa</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Isso é ridículo! Nós queremos apoiar você, só diga qual que é. - pediu Rafaela</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Se vocês me conhecem, não preciso nem dizer qual é.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Eles
perderam a paciência com a minha ladainha, mas eu pensei que a minha
ação fosse a mais justa. Realmente não existia nada nas regras, porém,
eu entendi a proposta da escola, pois eles queriam que as pessoas
escolhessem pelo próprio desenho e não por quem o fez. Pois, se houvesse
o nome, o aluno mais popular ganharia. Mas, com certeza, algumas
pessoas que estão participando revelaram quais são as suas criações. Eu
só não quis contar qual é era o meu, talvez ainda por vergonha.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Então, mais uma pessoa veio falar comigo, Lucas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Observando as ilustrações dos adversários?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sim! Tem muita coisa boa… Acho que vai ser difícil escolher.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Vai ser interessante, na verdade.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Interessante? Por quê?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Os desenhos tem ideias bem diferentes uns dos outros. E bom, sem querer ser nojento, mas eu descobri qual é o seu.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Como?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Viagem no tempo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Eu
gelei. Em filmes e séries, sempre acontece aquele medo de alguém saber
que você é do futuro e não daquele tempo e acabar caindo num paradoxo ou
algo do gênero. Eu fiquei sem reação, olhando para ele, tentando ver
algum sinal do que pensara. Mas, ai, ele soltou:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- A nossa conversa no ano passado, daquela sua história.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ah sim! - respirei aliviada - Por favor, só não fala para ninguém que é o meu.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Por que eu falaria? - ele sorriu - Boa sorte, Lara.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Obrigada!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">E
a partir daí, houve mais um pulo de alguns dias, finalmente chegando o
dia da votação, onde várias urnas foram deixadas espalhadas pela escola
para que os alunos depositassem seus votos em pequenos pedaços de papel -
tal qual neandertais. A contagem seria feita e o resultado divulgado já
na manhã seguinte. E sinceramente, eu mal dormi nessa noite de tanto
nervosismo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Eu
acordei, mal tomei café e assim que chegamos na escola, os alunos foram
chamados para o auditório para acabar com essa angústia. Todos entraram
e se sentaram, logo aparecendo o diretor do colégio, que falou um monte
de bla bla bla que eu não lembro, porque eu não conseguia sair de
dentro dos meus pensamentos direito. Eu apenas olhava para o palco e via
o diretor e alguns professores falando em seus microfones. A única
coisa que ouvi foi:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E a vencedora do nosso concurso, com 1811 votos é a aluna Lara, do 2º Ano B!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Eu tinha ouvi certo? Era meu nome mesmo?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Então,
uma série de aplausos ecoaram no salão e nos meus ouvidos. Meus amigos
me olhavam empolgados e sorrindo. Fui chamada ao palco para receber um
troféu pelo prêmio e já naquele dia depois da aula ficaria para começar
os preparativos para o resto: a reportagem, a foto no jornal, entre
outras coisas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Eu
estava radiante e sorridente e feliz! Nós fomos dispensados para termos
as aulas do dia. Meus colegas de classe me deram felicitações e
disseram que votaram porque gostaram muito do desenho. Porém, teve uma
pessoa que, como sempre, quis se colocar por cima.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Meus parabéns, quatro olhos esquisita. Pelo menos esses seus desenhos
servem para alguma coisa, mas imagino que a maioria votou por pena. Se
soubessem que era você, ninguém teria votado. - soltou Gabrielly</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E sinceramente, quem gostou daquele desenho com uma pessoa cheia de agulhas no corpo? É nojento! - disse outro do grupo</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">E
pronto! Eles simplesmente gargalharam. Era sempre assim, uma alfinetada
e depois o riso. Eu já estava acostumada até demais, até a essa minha
versão “voltada do tempo”. Tentei respirar fundo e não deixar aquilo me
afetar. Por sorte, dessa vez, não foi a turma toda que riu com eles.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O
dia de aulas correu normalmente naquele dia. Depois delas, o pessoal de
um jornal local veio conversar comigo, fez algumas perguntas sobre
minhas ideias no desenho, sobre minhas inspirações e outras coisas.
Tirei também algumas fotos para o mesmo jornal. Um outro portal da
internet também veio me ver, fazendo as mesmas coisas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Foi bastante agitado, saí do colégio mais tarde do que o habitual, mas eu estava muito feliz!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Cheguei em casa e contei à minha mãe e pai a novidade, ou melhor, mostrei o meu prêmio, pois o meu irmão já tinha contado sobre.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ficou muito feliz por você, filha. - mamãe falou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Meus parabéns! - sorriu meu pai</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O
jantar seguiu num clima bem agradável, logo depois fui a meu quarto e
decidi que era hora de voltar para meu tempo de verdade. Coloquei a
música e repeti o procedimento das outras vezes, me deixando levar pela
música, fechando os olhos e sendo transportada para o meu, assim espero,
novo futuro.</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Abri
meus olhos e tomei um susto, pois não era o meu apartamento. Pelo menos
não o que eu me lembrava. Ele era bem maior, com uma sala ampla e
bastante limpa e organizada. Nas paredes tinham diversas ilustrações,
que ao olhar mais de perto notei que tinham os meus traços. Lá no meio
eu encontrei aquele com o qual eu ganhei o concurso, praticamente um dia
atrás. Pois é, confuso!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Então
deu certo! Ter participado e ganhado o concurso fez o meu futuro
melhorar e muito. Mas aí que fica a questão? O que eu faço da vida
agora? Eu vivo dos meus desenhos? Não faço ideia.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ia
começar a fazer algumas pesquisas na minha casa e até na internet,
quando alguém simplesmente entra no apartamento, desesperada… Era a
Rafaela.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Lara, eu não acredito que você não está pronta!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Pronta para quê?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Esqueceu que hoje tem a palestra lá na nossa antiga escola?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ah, sim! - fiz de sonsa para ela não perceber - Estava relaxando um pouco antes, sabe como fico nervosa.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É verdade! - ela sorriu - Mas vai dar tudo certo, é só incentivar os jovens a buscar seus sonhos. Isso você já soube fazer!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Peguei
uma roupa e me arrumei depressa e logo saímos de carro, com um
motorista particular dirigindo, rumando para um bairro mais distante,
onde passei a infância e adolescência e era onde ficava localizado o
Colégio Espiral.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Era
uma distância relativamente curta, mas levava uma meia hora de carro de
onde moro. Conforme fui me aproximando do destino, revi diversos
lugares onde estivesse e construí memórias e foram elas que me tornaram
quem eu sou hoje! Tudo o que vivi nestes ambientes, tanto coisas boas
quanto ruins, moldaram o meu ser!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Paramos
diante do prédio da escola, que não tinha mudado em nada. Dava para
perceber porque eu estava andando por aqueles corredores poucas horas
antes.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Entramos
e a diretora nova veio nos receber. Ela ficou bastante animada ao
receber a famosa vencedora do primeiro concurso de ilustração do Colégio
Espiral e qual não foi a minha surpresa de ver uma cópia do desenho
exposta num quadro numa das paredes, enquanto ela nos apresentava a
escola, que realmente tinha mudado pouco até por dentro. Fomos
direcionadas ao auditório e logo os alunos chegariam, então devíamos
arrumar tudo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Já
tinha uma série de slides prontinhos para eu falar e eu não fazia ideia
do que estavam contidos neles, nem sei como faria isso.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Os
alunos foram chegando e enchendo as cadeiras e eu fui ficando cada vez
mais nervosa, porque eu não faço ideia de nada deste futuro. O que eu
fiz depois de voltar para cá? Que caminhos minhas mudanças no passado
levaram? Eu queria tempo para ver, recalcular e saber como agir e o que
fazer, mas eu fui jogada direto nessa bendita palestra… Sobre
realizações de coisas que não faço ideia!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Todos chegaram, a diretora me apresentou brevemente e me deu permissão para falar:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Bom dia a todos, eu sou a Lara, como a diretora bem me apresentou. -
passei o slide e estava escrito bem grande que eu era designer e
ilustradora - Quando tinha a idade da maioria de vocês, eu fazia alguns
rabiscos, apenas para extravasar a minha criatividade. Era só um hobby,
uma atividade divertida, mas que depois de ter ganhado o concurso no ano
de 2009, resolvi que seria a forma de seguir uma carreira fazendo o que
gostava.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">E
foi a partir daí que eu desenrolei o que falar, contando com detalhes
da experiência do concurso, falando sobre meu sonho. No meio deste
ínterim, eu fui descobrindo o que aconteceu nesta linha do tempo - se é
que posso falar assim. Eu ganhei mais alguns concursos, fiquei bastante
popular na internet, que estava engatinhando na época, levando-me a
abrir meu próprio site para postar os desenhos. E neste que eu
conquistei bastante público e um pouco de fama, o suficiente para poder
viver disso. Eu já tinha ilustrado diversas coisas, entre elas capas de
livros e fiquei surpresa em ver a capa do livro do meu colega Lucas
dentre meus trabalhos.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Porém,
conforme foi passando a apresentação, sentia uma coisa estranha, uma
sensação de que eu não estava falando sobre mim, mas sobre outra eu, que
eu não conhecia até poucas horas atrás. Uma pessoa tão incrível e que
tinha realizado tanto, tinha a vida dos sonhos, mas não era eu.
Ironicamente, não era a minha vida! Sei que é estranho, porque eu mexi
os pauzinhos no passado para melhorar o presente, mas eu vi que não era
isso que eu queria.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Não
parecia mais aquela menina tímida do ensino médio que mal mostrava seus
rascunhos. Eu era uma garota determinada que se mostrou e realizou, mas
a que custo? O custo de não lembrar de nada deste caminho até aqui… Eu
queria ter vivido tudo o que eu descrevi aos alunos do meu antigo
colégio!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Falei
sim sobre sonhos, pois ainda os tenho e os incentivei a segui-los,
assim como eu fiz! No final, foram só aplausos e elogios. Tirei fotos
com eles, conversei mais um pouco, respondi perguntas. Foi muito legal,
de verdade! Mas, por outro lado, ainda tinha aquela sensação esquisita.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Logo eles foram embora e minha amiga veio falar comigo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Lara, você está estranha. Tá tudo bem?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Tá sim! É só estranho estar de volta aqui.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu sei, para mim também. Acabei lembrando da nossa festa de formatura.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Quando a Gabrielly fez questão de me humilhar porque eu estava de calça e jogou bebida em mim, manchando a minha roupa branca.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ah, amiga, você sempre foi excêntrica e a incomodou, desde o primeiro dia de aula. Ainda bem que isto nunca te afetou.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Será mesmo? - lancei</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Bom, este era o nosso único compromisso hoje, então pode ir para casa se quiser.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Vou visitar meus pais.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Tem certeza? - notei um tom diferente na pergunta</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sim!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">E
ela não falou mais nada. Voltei ao carro e pedi ao motorista que me
levasse para a casa dos meus pais, indicando o endereço. Ao chegar lá,
encontrei uma casa vazia. Estranho não ter ninguém! Uma vizinha passou,
que me conhecia e me abordou:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Lara, o que faz aqui?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu vim visitar!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Tem anos que eles não moram mais aqui, mas não tinha como você saber, porque você raramente aparece.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E onde eles estão agora?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não sei, querida. Mas estão morando perto do seu irmão!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu agradeço! - disse cabisbaixa</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ela
se despediu e eu me senti horrível. Como eu me afastei da minha família
assim? Pedi para voltar para casa e durante o caminho fiquei pensando
neste dia estranho que eu vivi e no fato de ter me afastado de tudo e
ter só trabalhado, aparentemente. Relembrei sobre o dia da festa de
formatura, como meus pais estavam felizes de ver a caçula se formar. A
festa não foi das melhores - ainda mais depois de ter saído suja de
bebida - mas a minha alegria era ter terminado este ciclo e saber que
tinha a vida toda pela frente e que seria melhor… Como era iludida!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Inconscientemente
comecei a cantarolar a minha canção favorita, aquela que me jogara de
volta no tempo, apenas me distrair no trajeto, para depois descobrir o
que fazer. Eu vacilei e fechei os olhos por alguns instantes e quando os
abri, eu não estava mais no carro!</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Filha, ande logo, senão vai se atrasar. - disse mamãe a porta do meu quarto - Está tão linda! Minha filhinha está se formando.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Virei-me
para ela e dei um abraço, ainda sentida pelo que aconteceu no futuro
alternativo. E eu tinha acabado de descobrir que só cantar já me jogava
de volta, o que era terrível. E depois do gostinho que tive, eu só
queria que essa coisa parasse para eu poder cantar a minha música
favorita em paz!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Olhei
no espelho mais uma vez, vendo a roupa branca, com alguns detalhes em
lilás. Eu estava pela primeira vez na vida usando lentes de contato, que
meus pais fizeram questão de comprar para a ocasião. Meu foco estava um
pouco estranho pela falta de costume!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Meu
corpo tinha se desenvolvido um pouco mais, se parecendo mais com o do
futuro. E a minha roupa marcava bem as poucas curvas que eu consegui, me
sentia estranha, mas ao mesmo tempo linda com ela.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Meus pais fizeram questão de me levar, me deixando na porta e me desejando uma boa festa!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Entrei
no prédio do colégio e me dirigi ao local da festa, que era a quadra
que normalmente usávamos nas aulas de educação física. Mesmo que tenha
chegado relativamente cedo, já tinha bastante gente, os meninos usando
roupas formais e as meninas os seus mais belos vestidos e bem, eu tinha
ido de calça, porque nunca fui muito fã de vestido.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Estava
tudo bastante decorado, com balões, fitas e show de luzes da pista de
dança. E num canto estava a mesa com as comidas e bebidas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Tudo
isso parecia uma típica festa de formatura que sempre vi nos filmes… E
era isso mesmo, pois a nossa turma se organizou para fazer isto. A
formatura oficialmente seria apenas no dia seguinte!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Fiquei
distraída um tempo observando o espaço, sempre arremetida pelas
lembranças deste dia, que logo deveriam começar a acontecer, mas eu já
não sabia se eu queria fazer algo diferente ou não. Na verdade, eu
queria apenas sumir e voltar de verdade para o meu tempo. Sei que a
minha vida era uma merda, mas ainda assim era minha e estranhamente
estava com saudades dela.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Tomei
um susto, pois senti duas mãos no meu ombro. Era a Rafaela, acompanhada
de Bruno, Aline e Larissa. Todos prontos para festejar o fim do ano
letivo, da formatura, das férias e pelo resto de nossas vidas dali em
diante!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Fiquei
na companhia deles na maior parte da festa, onde a gente conversou,
brincou bastante, dançou. Eu estava me sentindo muito bem e a minha
vontade era que a noite continuasse assim, mas não ia acontecer.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ninguém
tinha comentado nada sobre a minha roupa, nenhum amigo, nenhum colega.
Na verdade, eu tinha recebido elogios por ter aparecido com algo fora do
esperado. E eu estava bem e confortável, até que chegou ela, a
Gabrielly, que sei lá por que motivo cismava de implicar sempre comigo…
Fosse no passado ou até no futuro!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Esquisita, que roupa é essa? - olhou-me dos pés a cabeça - Sabe que o
traje correto era vestido, por que veio de calça? Você realmente é
esquisita!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Pois é! Se fosse uma festa minha, já tinha te tirado há muito tempo. - concordou um amigo dela</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Como é? Expulsar só por causa da roupa? - Rafa perguntou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sim! - ela respondeu - Se bem que nunca nem convidaria, para início de conversa.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Sim,
ela estava fazendo de novo e eu já sabia disso, mas mesmo assim aquilo
ainda me afetava, como sempre. Ela estava segurando um copo com
refrigerante de cor escura e de supetão ela jogou o conteúdo do copo em
cima de mim, de propósito. Essa cena arrancou gargalhadas de todo mundo
que estava em volta. Só que, desta vez, não ia deixar ela passar por
cima e soltei, mesmo revoltada e imunda de refrigerante.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Gabrielly, por que você se incomoda tanto comigo? De verdade? Desde o
primeiro dia de aula você me escolheu como alvo. É para suprir alguma
frustração sua?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Lembro
que já trabalhei muitas vezes na terapia o meu problema de
autoconfiança e a questão de justamente ela ter pegado no meu pé durante
todo o meu ensino médio, falando sobre meu jeito, meu corpo, meus
óculos, meus desenhos, sobre mim. E ela fazia questão de mostrar para a
turma toda, para que todos rissem de mim… Assim como fez no dia da festa
de reunião!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ficou
um silêncio, ela não tinha resposta ou estava preparando uma! Mas, o
grupinho dela veio pronto pra atacar, enquanto isso, meus amigos olhavam
a situação e sem saber como reagir.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Você se acha mesmo muito importante né, quatro olhos esquisita? - soltou um</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Isso não responde a minha pergunta. - retruquei</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Você se acha toda especial só porque a Gabrielly lembra da sua
existência para a turma, se não fosse por ela você seria invisível e
ninguém ia se lembrar que existe. - gargalhou outro</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Sinceramente, não vou perder meu tempo com isso. - minha eu adulta
falando através do meu eu adolescente - Vou aproveitar a festa de
formatura!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Depois
do final da frase, primeiro fui ao banheiro, tentando tirar o máximo
que podia da roupa, mas a mancha ficou. Em seguida, eu fui para o lado
de fora da quadra, porque já era o comecinho do verão e estava calor e
os ventiladores não estava dando vazão.. Sentei num dos bancos do lado
de fora e fiquei observando o céu noturno, até que ouvi passos e uma voz
em seguida:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- O que você está fazendo aqui? - era Lucas</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Tomando um ar para voltar para a festa e esperar a roupa secar um pouco.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não, você não entendeu a minha pergunta, Lara. Por que voltou?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- O que quer dizer, Lucas?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não finja que não sabe. Você não é a Lara que eu conheço… Bom, ainda é a Lara, mas não essa Lara. - apontou para mim</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Como sabe que vim do futuro? - ele já sabia mesmo, não dava para esconder</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Porque eu também vim! - ele soltou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Espera! Como?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Você voltou com a música, eu voltei quando reli a minha história.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Então você sabia o tempo todo?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
No primeiro dia de aula eu suspeitei, pois estava agindo estranho e do
mesmo jeito que eu. Mas, eu tive certeza naquele dia na biblioteca. Foi
uma conversa muito específica, mas me ajudou a voltar pro meu tempo
também. Acabei voltando de novo e agora.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Igual a mim, mas desta vez foi sem querer.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Mexeu muito no seu futuro?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sim! E bem… Aquela Lara não é esta Lara.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu te entendo, aquele eu também não era eu.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E agora, como a gente conserta?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu não sei, sinceramente! Mas, provavelmente, temos que reativar o gatilho…</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- A música e o livro? - perguntei</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sim! Mas, vamos aproveitar a festa.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">E
assim retornamos para o lado de dentro e acabamos conversando bastante
sobre nossas experiências de viajantes do tempo. Depois fomos para a
pista de dança e ficamos por lá, rindo e se divertindo. Perto da meia
noite, começou uma música lenta e isso pedia que dançássemos mais
próximos um do outro. Ele perguntou num sussurro, que mesmo com a música
alta dava para ouvir:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Qual foi a razão para voltar no tempo?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não sei, eu só fiquei muito chateada com o que aconteceu na reunião.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu me lembro disso, eu te levei para casa. Será que foi a Gabrielly?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- O que quer dizer? Não entendi!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Você tinha alguma coisa para acertar com ela… Ou melhor, com você mesma!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu falei o que sempre quis falar para ela, mas nem tive uma resposta. E bem, eu também voltei a desenhar, sentia falta.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu também tenho uma coisa a resolver comigo… Com alguém!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Imagino quem seja. - lembrei dos meus amigos falando que ele gostava de mim</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ele riu baixo, mostrando o sorriso.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
E se eu te falar que esse sentimento nunca mudou? Eu só escondi num
lugar fundo, mas aí eu te vi na reunião e tudo veio de novo! Assim como
meus sonhos de ser escritor, que ficaram para trás. Acabei relendo minha
primeira história naquela noite e acabei aqui. Só que tudo começou por
causa de você.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Nesse
momento, a música lenta acabou e com as primeiras notas, eu sabia bem
qual era a música seguinte… A música que me fez chegar ali!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Isso é… - perplexa olhei para ele</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Hora de voltar para casa… Nós dois!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E como você vai? Meu gatilho é a música!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- A minha história tem um final… O Herói fica com a sua amada.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Você não pode estar falando sério!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Estou! - colocou uma das mãos em meu rosto - Prometo que nos veremos na reunião. Só cante!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Comecei
a acompanhar a música, como sempre fazia, mas desta vez minha face
estava completamente molhada pelas minhas lágrimas. Nos olhamos, ele
tinha uma expressão tão tenra e calma que eu poderia ficar presa neste
instante para sempre. E com o final da música se aproximando, ele fez o
mesmo com meu rosto, até que tocou meus lábios, dando o beijo que ele
sempre quis me dar, eu imagino. Eu estava com os olhos fechados e a
música terminou, mas ainda senti o seu calor por um tempo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Então, tudo ficou gelado e eu estava de volta ao meu antigo apartamento. Agora eu não sei se estava na linha temporal certa!</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Estava
sentada em meu sofá e então ouvi a voz da minha amiga, enquanto ela
parecia mexer em meu armário. Peguei o celular e vi a data, justamente o
dia da reunião com o pessoal do ensino médio.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ei, Lara, está me ouvindo?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Oi, Rafa, estou!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Vem se vestir, já escolhi sua roupa. E por favor, vai sem óculos para mostrar essa make incrível que eu fiz.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Pode deixar! - sorri</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ela
não poderia ter feito melhor! Era uma calça, do jeito que eu gostava e
me sentia mais confortável, ouso dizer que até um pouco sexy!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Vesti-me
e logo rumamos para o endereço do salão no convite. No caminho, fui
fazer as minhas pesquisas, olhei meu celular e tudo parecia ter
retornado ao que estava antes. Meu apartamento, meu emprego, meus sonhos
frustrados, mas bom, ainda assim era a minha vida e eu mesma.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Chegamos
e ao entrarmos o resto do nosso grupo veio nos abraçar. Trocamos
algumas fofocas rápidas sobre o que estávamos fazendo em nossas vidas,
até que eu vi um rosto conhecido em meio às mesas do outro lado. Rafaela
percebeu e falou:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Nossa, é o Lucas?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É sim! - respondi</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ainda lembro bem o bafo que foi vocês dois terem se beijado na festa de formatura. - comentou Aline</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Todo mundo achou que vocês iam até namorar depois daquilo. - disse Bruno</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Uma pena! Eu shippava. - completou Larissa</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Peraí!
Então aquilo aconteceu mesmo? Mas e todas as outras coisas que acabei
alterando no passado… Como ficaram? Eu tinha muitas perguntas e só tinha
uma pessoa que poderia responder. Mas, por outro lado, o que importava
era o que faria dali para frente, sem abandonar a pessoa mais importante
da minha vida: eu mesma!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Eu
continuava olhando para ele, revendo a sua versão mais velha e então
ele finalmente virou o rosto na minha direção. Nossos olhares se
encontraram! Eu sorri para ele e ele sorriu para mim.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Pois é, acho que este é mais um ponto importante que vai mudar e muito o meu futuro, se eu quiser que seja assim!</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">"Ao se despedir de você, resista em vez de apenas ser arrastado pelo destino</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Vamos encontrar um sonho, um novo sonho</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Seja forte, mesmo que seja difícil agora</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Com certeza vou transformá-lo em bondade, em poder para proteger!</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Vamos voar para o amanhã, mesmo que não possamos ver a luz</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Da escuridão para o futuro, vamos seguir em frente enquanto nos perdemos</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Para amanhã, mesmo que eu não consiga ver a luz</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O que o coração deseja</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Até o dia em que nos encontrarmos algum dia</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Para mim, que é forte e gentil</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Contato Re:Contato</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">(...)</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Mesmo que você não consiga ver a luz, vamos seguir em frente enquanto nos perdemos</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Vamos voar para amanhã mesmo sem asas</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Vamos seguir em frente congelando mesmo na tempestade</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Rumo ao amanhã sem asas</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Abraçando o coração que enfrenta</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">abraçando as memórias</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">S.I.G.N.A.L S.I.G.N.A.L"</span></i></p><p><strong>(Re: Contact - Minori Chihara)</strong></p></div>Anelisehttp://www.blogger.com/profile/06098998692638161206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7232565380437790999.post-39386943591732880392022-11-30T10:00:00.002-03:002022-11-30T10:00:00.188-03:00Recanto das Almas - 12 Meses com Minorin: Novembro<div style="text-align: center;"> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg79w6BnPsvIUKBauJJES6wpY4qPhHYzhNQJtsEiHFUHkj1DG4KbdZ7k-lojEy7LJCseM5hxFSuTCPHacKpEUA5WzO2UjWjkvYWJP-x_gqrg0F9Is6MqW9rN5GzWIbaxv1c2jgxfxMAz1BO1K9ug5vwgFS6H6qpa38Hpj8TpTeXh0jcgRgosTUy-dME/s1453/TI_Psv9rolw.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1453" data-original-width="1113" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg79w6BnPsvIUKBauJJES6wpY4qPhHYzhNQJtsEiHFUHkj1DG4KbdZ7k-lojEy7LJCseM5hxFSuTCPHacKpEUA5WzO2UjWjkvYWJP-x_gqrg0F9Is6MqW9rN5GzWIbaxv1c2jgxfxMAz1BO1K9ug5vwgFS6H6qpa38Hpj8TpTeXh0jcgRgosTUy-dME/w490-h640/TI_Psv9rolw.jpg" width="490" /></a><br /></div><div style="text-align: left;"><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">“O tempo que você me deu é muito precioso</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Mesmo se eu tropeçar ou cair, não consigo me livrar dos meus sentimentos</span></i></p><p><br /></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">eu rezei por força, eu rezei por força</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Quando fecho meus olhos silenciosamente, a imagem do futuro vem à mente</span></i></p><p><br /></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Enquanto iluminava a escuridão escura, pensei na bondade das pessoas</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Eu nunca vou esquecer como eu chorei no meu pequeno eu”</span></i></p><p><br /></p><p><b>(Ittousei - Minori Chihara)</b></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Os
contadores do pós-vida trabalham a todo o vapor, todos os dias,
incansavelmente. Os funcionários deste lugar ficam observando
atentamente tudo, pois a função deles é bastante importante. Eles
recebem as almas que deixam o planeta, elas passam um tempo ali e depois
são remanejadas e retornam. Tudo isso é um ciclo, sempre bastante
equilibrado… Na maior parte do tempo! De vez em quando acontecem uns
pequenos desequilíbrios, sejam com acidentes, desastres naturais e até
guerras… Essas coisas que fazem muitas almas voltarem de uma vez!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Porém, ninguém esperava o que estava para acontecer.</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Todos
os trabalhadores, ou melhor, os Mentores do além-vida estavam
executando suas tarefas normalmente, como ocorre em todos os outros
dias. Todos os colaboradores estavam muito concentrados em seus
afazeres, seja cuidando das almas, explicando a elas sobre o que é
aquele lugar, mexendo em arquivos… São tantas que não é possível listar e
sempre surgem novas!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Eis
que um alarme soou! Um som alto e estridente ecoou por todo o espaço,
deixando assustadas as almas recém-chegadas e os Mentores que estavam em
companhia deles.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- O que é isso? - perguntou uma alma</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Aconteceu alguma coisa na Terra.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Mesmo
sendo em casos raros, aquele alarme é disparado quando uma grande
quantidade de almas vai retornar àquele plano. Então, eles já sabiam
quais eram os procedimentos a serem realizados. Pediram que todas as
almas se alojassem em seus dormitórios temporários, pois eles tem um
grande serviço a fazer.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Todos
os Mentores se dirigiram aos enormes portões que dão entrada ao
pós-vida, preparados para mais uma jornada intensiva de acolhimento de
recém-chegados. Eles esperavam que essas pessoas estivessem talvez
feridas, machucadas de alguma forma.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Então,
a multidão começou a aparecer. Porém, não era nada o que eles
esperavam! Não havia nada aparente em suas peles, então isso abriu
outras possibilidades sobre qual era a causa daquilo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Como
de costume, as almas caminhavam lentamente e se encontravam bastante
perdidas, olhando em volta e tentando entender o que se passava.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Os primeiros alcançaram a barreira de Mentores, os observando com olhos curiosos.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Onde que nós estamos? - indagou um</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Seja bem-vindo ao Pós-vida. - tratou de responder um mentor</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Aqui onde todas as almas que deixam a Terra vem para se reconstruir e poder retornar. - completou outro</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Venham todos! - começou um terceiro - Venham todos ao nosso grande salão! Explicaremos tudo lá!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Assim,
a grande quantidade de pessoas foi caminhando em direção ao local
indicado, sentando-se no anfiteatro que era ali, onde já estavam
posicionados alguns dos Mentores mais importantes e que tinham posições
de liderança.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Levou
alguns minutos até que todos os chegados se acomodarem. Ainda bastante
perdidos com o que ocorrera e observando as cinco figuras que se
destacavam no centro do local, aguardando para falar. Então, quando
todos estavam organizados e atentos a ouvirem, a Grande Conselheira
Amanda começou a falar:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Olá, recém-chegados, nós, os líderes e conselheiros damos boas-vindas
ao pós-vida. Não sei no que vocês acreditavam no planeta Terra, mas sim,
quando alcançamos a morte, não significa o fim, apenas o encerramento
de mais um ciclo de tantos outros que vocês irão viver na sua vida
eterna.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Caretas confusas e um pequeno burburinho surgem no local, o que era uma situação bem comum e que o grupo estava acostumado.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Peço silêncio e que se acalmem. - declarou outro conselheiro, Clarêncio
- Sei que são muitas informações de uma vez só. Porém, todos irão
passar um tempo aqui, para assimilar tudo e claro, posteriormente,
iniciar outro ciclo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
E para isso, contarão com a nossa ajuda e com a de nossos Mentores, que
estarão presentes com vocês de forma mais próxima. - falou a
Conselheira Sofia - Aqui é como uma escola de passagem, onde vocês vão
aprender coisas novas e se preparar para o que vem pela frente.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Sabemos que estão perdidos e confusos, o que é normal quando se retorna
ao pós-vida. - falou o Conselheiro Eduardo - Mas, em resumo: vocês
morreram. Não sabemos em que circunstâncias, já que vieram todos de uma
vez, mas com o tempo saberemos.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">E
outros sons de cochicho começaram novamente, pelos menos motivos de
antes. O quinto conselheiro, Antônio, que não dissera nada até então,
pediu novamente silêncio e concluiu:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Imagino que devam ter muitas perguntas e elas serão respondidas
conforme a estadia de vocês aumentar. Peço que todos mantenham a calma,
pois isso ajuda e muito no processo que vocês passarão. - ele respirou
fundo - Agora, nós queremos saber de vocês: o que está acontecendo na
Terra? O que aconteceu com vocês?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Com os outros eu não sei, - soltou um lá do fundo - mas eu lembro de
passar mal e estar no hospital. Em certo momento, os médicos me sedaram e
quando despertei, estava vindo para cá.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Eu lembro de ter visto nos noticiários uma nova doença, que está
deixando as pessoas na Terra doentes e muitas estão indo para o hospital
por conta da gravidade. Foi o que aconteceu comigo! - comentou outro
num dos bancos mais à frente</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">E
os relatos foram se repetindo, a maioria parecidos uns com os outros.
Aquelas almas estavam em hospitais, recebendo tratamento para uma doença
e não resistiram. O que havia em comum com as histórias além dos
acontecimentos, eram a própria doença em si, que era a provável causa
daquele retorno em massa.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Depois
de conversarem um tempo com as almas recém-chegadas, os conselheiros
dispensaram-nos e com auxílio dos Mentores, conseguiram alojar- se nos
quartos disponíveis no pós-vida.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A
Mentora Julie teve um dia bastante atribulado, como todos os
colaboradores dali, mas ficou curiosa sobre o motivo daquele retorno
repentino. Os Conselheiros ainda iam entrar em contato com os Contadores
do pós-vida, para saber em números o ocorrido, porém eles levariam uns
dias para apurar isso, depois chamando os Mentores e outros
trabalhadores para uma reunião. E esta seria só mais uma tarefa em meio a
bagunça e super agitação que já começaria no dia seguinte, pois agora
eles tinham mais almas do que o estimado para atenderem e remanejar aos
novos ciclos.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Quando
tudo ficou numa situação de semi tranquilidade, Julie foi até a central
de contagem e arquivamento, onde os computadores, as luzes e telas
faziam o seu ofício de sempre. Ela entrou na construção que se destacava
por ser a mais retangular do pós-vida e viu os colegas se esforçando
incansavelmente, listando todas as almas recém-chegadas para que o
trabalho do dia fosse iniciado sem maiores dores de cabeça. Se bem que a
Mentora teria que cuidar de pelo menos umas cinco almas simultaneamente
no dia posterior.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A
maioria dos Contadores estavam vidrados em suas telas, com os dedos
batendo nas teclas, preenchendo dados e mais dados. Porém, a pessoa que
ela procurava estava num canto isolado, praticamente o único sem uma
tela acesa, pelo menos naquele momento. Ela usava um instrumento humano
antigo, normalmente para fazer contas. Nada mais era do que um ábaco,
que mesmo com todos os métodos modernos e a tecnologia que o pós-vida
recebeu com passar dos milênios, ela fazia questão de usar. Era a Grande
Contadora Isadora, que mantinha toda essa parte funcionando a pleno
vapor. E mesmo usando um instrumento arcaico, ela nunca errara uma
contagem. Por esse motivo que Julie buscou-a.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Encontrou-a
com o ábaco em mãos, arrastando as contas de um lado a outro pelas
hastes horizontais do objeto, enquanto contava mentalmente também. Julie
aguardou um pouco para não atrapalhar a contagem. Quando percebeu que
acabara, foi falar com ela:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Olá, contadora Isadora.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Ah, jovem mentora Julie. O que lhe traz aqui? Soube que tiveram um dia
agitado e não é para menos, mais de 10 mil almas retornaram hoje.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Tudo isso?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Sim, por isso que estava contando até agora. E os outros já estão com
os nomes de todos, porque a grande labuta já começará amanhã.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Entendi. E sabe o que está acontecendo lá na Terra? Por que nenhum dos recém-chegados e nem dos Conselheiros falou nada sobre.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Querida, a situação está bastante complicada por lá. Essa doença ainda vai trazer muitas almas de volta para cá.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É sério?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sim! Acontece de tempos em tempos. Em maiores ou menores escalas. Você nunca pegou uma né?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não! - ela respondeu nervosa - Mas, é muito grave o que está acontecendo? E algum Conselheiro veio aqui?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
É grave sim! E a Grande Conselheira já veio falar comigo e disse
exatamente a mesma coisa a ela: dias de muito trabalho virão. Devemos
nos preparar!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ficaram alguns segundos de silêncio, até que a Contadora Isadora falasse de novo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E por que você veio aqui? É só uma mentora menor.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Eu fiquei preocupada. - foi sincera - Ainda mais que os Conselheiros
vão demorar alguns dias para realmente nos contar qual é a situação.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Sabe que eles têm que apurar isso, não é? Por isso leva este tempo. Nem
os da Terra estão entendendo o que é isso, nós menos ainda. Apenas
tenha calma, que logo tudo vai se ajeitar…</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Só que primeiro vem o caos! - completou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Exatamente! Mas, fique tranquila e se preocupe em fazer a sua função
como Mentora para que essas almas recém-chegadas possam logo retornar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Farei isso! Obrigada pelas respostas e me perdoe incomodá-la.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Ora, por nada. É sempre bom receber alguma visita. Nós da contagem
ficamos mais com os números e outros dados do que com as almas mesmo! -
ela riu - Pode vir sempre que quiser. Agora, vá descansar!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Farei isto! Obrigada!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A Mentora Julie então retornou a seu quarto para ter um período de descanso, pois os próximos dias seriam de muito trabalho.</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">No
dia seguinte, enquanto os mentores e os líderes começavam a se
organizar para ajudar com os recém-chegados, novamente o alerta soou,
jogando-os novamente na cena do dia anterior. Mas, dessa vez, os
Mentores foram cuidar das almas sob sua responsabilidade, pois o
trabalho não podia parar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">E
a situação acabou se repetindo de novo, de novo, outra vez e outra vez,
até que eles perdessem a conta da quantidade de dias que o som
estridente tocou. Ao ponto de que eles nem lembravam mais como era o
silêncio e a calmaria dos dias anteriores. Os Mentores chegavam a
recepcionar mais de dez almas num dia e a sobrecarga de serviço já
mostrava seus efeitos na eficiência do mesmo, detalhe que também era
percebido em trabalhadores de outros setores do pós-vida.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Os
líderes apuraram, depois de receberem informações vindas da Terra e do
setor de contagem, e perceberam que o que enfrentavam tinha realmente
grandes proporções. Não era a primeira vez, nem a última e só existiam
duas coisas capazes de algo deste tamanho: guerras e epidemias. E o que
eles enfrentavam era justamente o segundo!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Levou
realmente alguns dias, pois com a chegada de almas sem interrupção não
sobrava tempo para que os Líderes decidissem que procedimentos seriam
tomados. Quando mais um dia agitado se encerrava, os cinco grandes se
sentavam na sala de reunião, pois eles tinham que decidir o que fazer. E
para isso, contavam com a presença da Grande Contadora e seu ábaco.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Bom, amigos líderes, já temos noção das proporções com o que estamos
lidando. - disse a Grande Líder Amanda - A grande chegada de almas está
sobrecarregando nossos Mentores, Contadores e todos os outros
colaboradores.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Além disso, segundo minhas contas, já estamos apresentando uma
superpopulação aqui no pós-vida. - disse a Contadora - E isso pode
causar um enorme desequilíbrio, como com a questão dos alojamentos ou
até de locomoção, quanto até na Terra, que vai perder e muito a sua
população.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Já temos muitos dias com essas grandes chegadas, que realmente estão
cansando a todos nós. - disse o Conselheiro Antônio - Precisamos de uma
forma mais efetiva de preparar e remanejar estas almas o mais depressa
possível.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Mas tem outro porém, companheiro! - completou a Conselheira Sofia -
Para que todos estes que estão voltando para cá consigam seguir para o
próximo ciclo na Terra, é preciso que nasçam muitas crianças e sabemos
bem que esse não é um processo tão rápido assim. E bom, as taxas de
natalidade estão decaindo também.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Estou ciente disso! Mas não significa que elas tenham de voltar à Terra
necessariamente.. Temos muitos outros planetas precisando de almas e
com certeza alguns destes recém-chegados podem ir para lá. - respondeu
ele</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Contadora, - começou o conselheiro Clarêncio - quanto tempo estima que vai durar a epidemia?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Difícil dizer… - mexeu as peças de seu instrumento - Se formos levar a
última como base, alguns anos terrestres, ou seja, bastantes dias para
nós.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Será que os trabalhadores aguentam até lá? - falou o Conselheiro Eduardo - Muitos deles jamais viram algo deste tamanho.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Sempre há uma primeira vez! - soltou a Grande Conselheira Amanda -
Primeira teremos este caos todos, mas com o tempo tudo vai se arrumar…
Como sempre fazemos! Sugiro que coloquemos o máximo de nossas forças nas
recepções das almas recém-chegadas, para que mais cedo façam o
treinamento.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Ainda digo mais, amigos, - disse Antônio - algumas destas almas podem
ser convertidas em colaboradores para este período de emergência. Toda
ajuda será bem-vinda, com certeza!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Vamos ver quais setores estão com disponibilidade de ceder de suas
equipes para este ofício temporário e vamos colocá-los nesta função até
que tudo se ajeite. - acrescentou Clarêncio</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Contadora, tem mão de obra a nos oferecer? Sei que estão bem ocupados, pois vocês manejam todos os dados destas almas…</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
É verdade o que disse, companheiro. - Isadora sorriu - Mas posso
colocar alguns dos meus nessa linha de frente. Quero, tanto quanto
vocês, que tudo se equilibre novamente.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Então, força total a partir de amanhã! - disse a Conselheira Sofia</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Vamos chamar os Mentores e os outros e explicar tudo o mais cedo
possível. O plano precisar entrar em prática em breve! - fechou a Grande
líder</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Naquele
momento, a reunião se deu por encerrada e oficialmente o plano de
contenção e controle daquela situação começou a ser posto em prática.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Já
na manhã seguinte, todos os funcionários do pós-vida foram chamados ao
anfiteatro e os Líderes fizeram questão de explicar tudo o que fora
acordado e conversado entre eles na noite anterior. Os funcionários que
seriam os Mentores de Emergência foram escolhidos e naquele primeiro dia
na nova função acompanhariam outros para conhecerem o que deveriam
fazer. Após isso, eles mesmos pegariam almas para fazer a função devida.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Seria
algo bastante árduo e complicado, pois assim que a reunião terminou, o
alarme emitiu seu som novamente e todos se puseram novamente a seus
postos.</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Diversos
dias se passaram, muitas e muitas almas retornam ao pós-vida, sendo
consideradas por muitos na Terra como vítimas da epidemia. Quando
chegavam naquele outro lado, a maioria se encontrava ou muito perdida ou
bastante triste. E era sempre bem comum perguntarem bastante. O que
tinha acontecido, como estavam suas famílias, o que era aquele lugar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Os
colaboradores remanejados passaram por um treinamento intensivo e de
choque e já estavam assumindo muito bem as novas responsabilidades.
Então, apesar do ainda caos, a coisa começava a se controlar um pouco
melhor, pois as tarefas estavam divididas entre mais membros.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ao
final de mais um longo ciclo de trabalho, a Mentora Julie foi conversar
com a Contadora Isadora, que, como sempre, estava em seu posto.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ora, olá, minha jovem. - disse assim que viu - Como está?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Estou bem! Cansada, mas bem! E você?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Trabalhando tanto quanto você, ainda mais agora que perdi alguns de meus funcionários.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- As coisas na Terra… Como andam?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Na mesma, minha querida. A coisa parece que só piora!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sério? Então virão mesmo muito almas, talvez por anos?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sim! Mas, como o tempo também, além de nossa ocupação, as coisas vão se arrumar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Parece que não tem fim…</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sei como é… Estamos no… Como é a expressão? - mexeu numa peça para recordar - Ah, sim, no olho do furacão.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Espero que o que você diz seja verdade… De que com o tempo tudo se ajeita.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Não digo da boca para fora, jovem mentora. São dados! Dos meus muitos
anos nesta função. Primeiro sempre vem o caos, depois a gente ajuda na
arrumação para que depois o tempo coloque tudo em equilíbrio novamente.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Elas ficaram alguns segundos em silêncio, até a Contadora declarou:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Pelo menos, você aparenta estar menos cansada do que no outro dia.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sim! - sorriu - A sobrecarga deu uma aliviada.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ah, que bom! - riu de volta - Mas saiba que estes são só os primeiros dias de um período de destruição e renovação.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Então, acho melhor eu ir descansar né?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sim, faça isso. Amanhã será outro dia daqueles. - puxou várias peças para um lado só do ábaco</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Descanse você também.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Pode deixar! - disse colocando o instrumento sob a mesa - E obrigada pela visita.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ora, não tem de quê! Sinto que você precisa conversar e eu também.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Cada
uma se dirigiu a seu quarto para tirar um tempo de descanso, pois,
conforme disse a Contadora, seria mais um dos dias caóticos no pós-vida.</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Os
dias se tornaram meses, que depois se tornaram um ano. Nas primeiras
semanas, realmente a coisa foi mais complicada, mas com o passar, talvez
pelo ritmo e costume com o serviço, tudo foi se tornando cada vez mais
fácil e menos cansativo de se fazer.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ainda
aconteciam pequenos picos de retornos de almas, seguidos de alguns dias
com poucos recém-chegados. Não era mais todo dia que o alarme apitava,
então os trabalhadores já sentiam que a volta do equilíbrio se
aproximava.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Até
as notícias da Terra eram animadoras! Toda a humanidade se mobilizou e
conseguiu produzir uma vacina para a tal doença em um período recorde. A
população já estava tomando-a, mas claro que isso não impedia a doença
de alcançá-los, só que eles não corriam mais um risco de vida como era
antes.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">E
de todas as almas que retornaram anteriormente… Bom, elas já estavam
sendo remanejadas, na medida do possível. Uma boa parte, como gratidão
pela recepção que receberam, decidiram ficar no pós-vida por mais um
tempo, participando do trabalho feito ali.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Já
outros foram designados para nascer novamente em outros planetas da
galáxia. Enquanto outros já tinham até conseguido voltar e iniciar um
novo ciclo na própria Terra. Nunca era certo e sempre igual, mas todos
tinham seus novos propósitos traçados e os colocavam em curso.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Mais
um dia começa dentre esta rotina e a Mentora Julie se prepara para
receber mais almas recém-chegadas. Sua média em meio ao grande caos
ficou de seis almas por dia. E nesse processo, eles devem conversar e
fazer um passeio pela vida que a pessoa deixou para trás.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Naquele
dia, o alarme não soou, mas mesmo assim a chegada seria extensa, pois
todos os colaboradores foram chamados, como sempre!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">As
atividades daquele dia seguiram numa normalidade, todas as almas
entenderam o que faziam ali e já estavam cientes do que acontecera com
elas. Com a situação daquele jeito na Terra, muitos com mais idade já
sabiam da possibilidade.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Julie
terminou de atender a alma de número cinco do dia e logo seguiu para a
de número seis. Pelas fichas que recebeu, era mais uma idosa vítima da
doença, porém o que ela viu diante de si aparentava ter bem menos idade.
Era algo bastante comum que as almas não se apresentassem da mesma
forma que o corpo que deixavam. Ou assumiam um aspecto mais velho ou
mais novo do que realmente eram!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Nádia? - indagou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sim, sou eu mesma! E você, quem é? - perguntou a mulher de meia idade</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sou Julie, sua mentora e guia aqui no pós-vida.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ah, aqui é o mundo espiritual então?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É um dos nomes também.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Ah, sim, uma das minhas filhas estuda sobre essas coisas, mas eu nunca
entendi muito bem. Mas, fico feliz de ser recebida aqui!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Aqui diz que você tem 77 anos…</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sim, eu completei ontem… No hospital…</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sinto muito!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ah, está tudo bem! Eu só fico preocupada com quem eu deixei lá em baixo. - ela sorriu</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eles vão ficar bem! Inclusive, pode vê-los sempre que quiser!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Depois que completar a tour pela pós-vida, me preocupo com isso.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Bem, - começou a mentora - aqui no pós-vida todas as almas se preparam
para retornar de novo para outro ciclo de vida, seja aqui na Terra ou em
outros planetas. Vou te apresentar as instalações e depois vamos para
sua revisão de vida! E claro, com a sua estadia aqui podemos traçar os
planos para seus próximos objetivos.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É tanta coisa né?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É sim! Mas serão só duas hoje, porque até eu estou cansada. Você é a minha última de hoje.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- De quantas?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- De seis!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Imagino o quanto vocês não estejam ocupados desde que tudo aquilo começou.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não paramos desde o primeiro dia. Fazendo justamente este trabalho! Então, vamos?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Claro! - respondeu passando o braço no braço da Mentora</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Primeiro,
veio o passeio por todas as instalações do pós-vida… Primeiro os
prédios de alojamentos, mostrando onde ela ficaria. Depois passaram
pelos prédios de estudos, da administração, da contagem, das artes e
diversos outros. Passaram também pelos lindos jardins que ficavam mais
ao centro, com um lindo lago no meio.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Dava
para ver o quanto todos aqueles locais estavam lotados, pois muitas
outras duplas de Mentores e recém-chegados faziam a mesma coisa.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Por fim, sentaram-se em um dos bancos dali e a Mentora indagou:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- O que achou do passeio?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Achei maravilhoso. Tudo aqui é muito lindo e organizado. Estou ansiosa para ser moradora daqui por um tempo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Com certeza, teremos bastante para fazer.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ficou um silêncio por alguns segundos até a Julie falasse:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Agora vamos à segunda parte! Vamos até a central das lembranças, para observar como foi a sua vida.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Essa parte confesso que estou nervosa…</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Imagino o porquê…</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Será que fiz tudo certo? Será que fui uma boa pessoa? Será que cumpri meus objetivos?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Não se pressione tanto, Nádia. Qualquer meta que tenha traçado e
conseguido cumprir já é uma vitória. E as que não conseguiu, basta
tentar outra vez. Fique tranquila que vai dar tudo certo!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Você passou por isso também?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Ah, sim! Um bom tempo atrás quando eu vivi na Terra, quer dizer, eu já
vivi lá algumas vezes, mas agora estou passando um tempo aqui.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Fico mais tranquila sabendo disso.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">As
duas foram até a central das lembranças e entraram em uma das salas,
que era apenas um cubículo vazio. A mentora ligou o aparelho localizado
em uma das paredes e tudo se acendeu, revelando cenas e mais cenas da
vida de Nádia.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A
visão presente nas telas era como a visão pelos olhos da recém-chegada.
Então, ela se viu criança, acompanhada das duas irmãs e da mãe. Depois
saltou para sua adolescência quando ela estudou o pouco que sabia, mas
depois a vida lhe ensinou bastante. Quando conheceu o marido, se casou
com ele, o nascimento de cada um dos três filhos. A vida sofrida, ainda
mais depois que o esposo faleceu num acidente de carro. E tudo o que ela
teve que fazer para poder cuidar dos três filhos sozinha a partir
dali. </span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Muitas
cenas que surgiram eram de brigas com os três filhos, especialmente a
mais velha, que demonstrava uma “rebeldia” aos olhos dela.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Depois
vieram os casamentos dos filhos, os netos… Sendo que alguns deles
ficavam sob seus cuidados quando os pais precisavam ir trabalhar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Viu sua neta mais velha chegar à vida adulta, mas ela não chegou a lhe dar bisnetos. Mas, parecia que Nádia estava bem com isso!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Tanto
ela quanto a Mentora Julie terminaram o longo “filme” com lágrimas nos
olhos. A Mentora sempre se emocionava em ver as trajetórias dos
recém-chegados. Sempre apareciam muitas coisas, pois foram bastantes
anos que todos viveram. Só que, por outro lado, isso dentre os inúmeros
ciclos antes e depois, era apenas um pequeno piscar de olho. Um pequeno
degrau numa escadaria imensa que todas as almas deviam percorrer.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Um vida e tanto hein? - a Mentora soltou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Acredito que sim! Se bem que sempre achamos que podíamos ter ido melhor.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Fez o melhor que você podia. Agora é seguir em frente, mas sem esquecer o que se passou.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Precisa ser tudo hoje… Foi muito já! - disse secando uma lágrima</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Nós já acabamos. Depois, vamos avaliar o que vimos e traçar o que fazer. Só que será no seu tempo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Então, eu posso ajudar vocês aqui?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Como assim?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Quero trabalhar recebendo almas também.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Ah, claro que pode. Depois converse melhor com algum superior, mas
imagino que tenha que fazer o “estágio” - girou o dedo no ar, indicando
ser parte daquilo que estavam fazendo antes - primeiro!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Liberada por hoje? - Nádia sorriu</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É claro!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Então,
elas retornaram até o jardim e ficaram por lá conversando. Poucas horas
depois, todos foram descansar em seus alojamentos.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Nádia ficou de conversar sobre seus interesses mais tarde!</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Alguns
dias depois de sua chegada e logo na sequência da conclusão de sua
adaptação no pós-vida, Nádia e Julie foram juntas para falar com os
Líderes para saber se ela poderia se tornar uma colaboradora daquele
local.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O
superior a quem era designado à função de direcionar novos
trabalhadores era a Sofia. Então, com a reunião devidamente marcada - o
que foi bem difícil, ainda mais no meio do caos - elas foram conversar
com a líder. </span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Olá, irmãs, a que devo a presença de vocês aqui hoje? - indagou a Líder</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Bom, Conselheira Sofia, a Nádia chegou aqui no pós-vida tem poucos
dias, mas ela gostaria muito de ajudar na recepção de outras almas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É ótimo ouvir isto, pois toda ajuda está sendo necessária agora.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E o que eu devo fazer para começar?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Então, fazer parte do grupo que recebe os recém-chegados é um grande
privilégio. Sua Mentora aqui ao lado, quando retornou ao pós-vida quis,
como você, trabalhar e nos auxiliar. Porém, devemos sempre começar de
baixo. Aqui não existem algumas regalias igual na Terra. Então, se quer
mesmo, ficará com uma função inferior e irá subindo até o seu posto
desejado. Tem algum problema com isso?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não, não tenho nenhum. Desde que eu possa fazê-lo, não me importo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ótimo! Então, encare todo o caminho como um longo estágio. - sorriu a Mentora</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Começará amanhã então! - disse a líder - A mentora Julie será sua guia e supervisora.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Obrigada! - respondeu Nádia - Antes, eu tenho uma pergunta: Por que não poderia começar direto na função que eu quero?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Bom, é um pouco complicado de explicar. - disse a Mentora</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Entendemos que cada um tem seus méritos e feitos nas vidas que deixaram
para trás. Porém, aqui as coisas funcionam de uma forma diferente da
Terra, temos nossas próprias regras. Mesmo se for um doutor que chegue
aqui, vai começar de baixo e ir subindo, como todos nós fizemos. Eu e
todos os outros Líderes fomos como você, Nádia, recém-chegados e só
estamos em nossas funções por conta de nosso trabalho árduo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E em que não recebemos nada… Material! - complementou a Julie</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Exatamente! - concordou a Líder Sofia - Até porque muitos dos “novos”
não entendem a forma que este lugar funciona tão rapidamente, até para
isso é preciso tempo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Agradeço pelo esclarecimento. Farei de tudo para colaborar dando o meu melhor.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É exatamente disso que precisamos! - animou-se Sofia - Se não tem nada mais, estão dispensadas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A
dupla saiu do local e a Mentora ficou bastante feliz de ver que a
recém-chegada veio com bastante vontade de auxiliar, o que era bem raro.
Muitos dos que retornavam tinham muitas questões pessoais e egoístas e
pouco se preocupavam além do que deviam fazer por si mesmos.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Então, a Mentora arranjou mais uma amiga de estrada no pós-vida.</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Muito
tempo se passou, anos se for contar pelo relógio da Terra. Os
contadores finalmente tinham se estabilizado e o pequeno período com
superpopulação no pós-vida se tornaram apenas algumas memórias
distantes, que todos esperavam que demorassem a se repetir.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O
som das sirenes de alerta também já eram apenas uma vaga lembrança,
assim como aqueles primeiros dias, onde milhares e milhares de
recém-chegados atravessaram às portas do Recanto das Almas, muito
perdidos e até feridos em seus espíritos.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O
caos que se instaurou, tudo o que os Líderes precisaram fazer para
manejar a situação. Toda a força-tarefa que se moveu para que todas as
almas fossem bem recebidas e guiadas, mesmo que em muitos desses
momentos os próprios Mentores terminassem cada ciclo de trabalho muito
cansados.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O
tempo passou e, conforme dito pela Grande Contadora Isadora, tudo foi
se ajeitando e se estabilizando. As almas pouco ficaram estacionadas no
pós-vida, planejando e traçando seus novos caminhos e ciclos, fossem
eles na própria Terra ou em outros planetas. Enquanto outros resolveram
ficar ali, para poder também ajudar, da mesma forma que foram em seus
momentos de chegada.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A
Mentora Julie se prepara para mais um longo dia de esforço, recebendo
mais recém-chegados, como sempre fazia. Havia retornado ao normal de
receber entre duas a três no mesmo dia, então ela terminava seus
atendimentos sentindo-se até bastante disposta.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Nestes
anos que se seguiram, ela acompanhou a trajetória de Nádia, que veio
como uma vítima do mal que atingiu a Terra, mas se tornou uma excelente
trabalhadora e amiga. Começou na função de limpeza, limpando as sujeiras
dos doentes espiritualmente; fazendo manutenção nas casas e nos
jardins; sendo acompanhante de alguns Mentores para ver o serviço de
recepção… Todos degraus de um estágio muito importante e que a
prepararam para a sua grande vontade!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">E
Julie não poderia estar mais feliz pelas amiga! Naquele dia, ela
finalmente começaria como Mentora, recebendo almas recém-chegadas,
explicando e lhes guiando sobre os trâmites do pós-vida.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Quando chegou ao pátio próximo ao portão, que se encontrava fechado, a amiga já estava lá, esperando. Cumprimentou-a:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Bom dia, Nádia. Animada em seu primeiro dia como mentora?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Mais do que animada! - agitou os braços, demonstrando um pouco de nervosismo</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não se preocupe, amiga. - disse Julie tocando em suas mãos - Você se preparou para isso e vai fazer um excelente trabalho.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Eu sei disso, mas sempre rola um friozinho na barriga. Mas, eu tive a
melhor Mentora para me ajudar. Quero ser a mesma coisa para quem vier a
mim.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Julie
sorriu, orgulhosa e alegre. Era sempre assim que se sentia ao ver os
caminhos que seus mentorados alcançavam, fossem ali ou onde quer que
estivessem. Era por isso que fazia o que fazia, com muito prazer.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Então,
os portões se abriram, mais um dia de serviço começava e as silhuetas
dos primeiros recém-chegados alcançavam a visão de quem os aguardava.</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">“Coisas que não quero perder, coisas que quero manter</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Efêmera e muito bonita Todo mundo é estrela cadente</span></i></p><p><br /></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Sentindo-se feliz Sentindo-se dolorido</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Olhe para cima, é uma linda estrela, não é?</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">estrela cintilante</span></i></p><p><br /></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Sentindo-se feliz Sentindo-se dolorido</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Sentir-se feliz, sentir-se triste...</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Olhe para cima, é uma linda estrela, não é?”</span></i></p><p><br /></p><p><b>(Ittousei - Minori Chihara)</b></p></div>Anelisehttp://www.blogger.com/profile/06098998692638161206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7232565380437790999.post-26388274800514359932022-10-30T10:00:00.002-03:002022-10-30T10:00:00.179-03:00Universo Fragmentado - 12 Meses com Minorin: Outubro<div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPEf1TTDOeua6PAsXPuaIybD8ZteU7xtbRWLZcTau021VzjuUmJLt8XhzqTj3CI6NBYNu1BUZVzUBXC3FkcCDADX897Hrpd7KlWo-6IobeAtetJOR2dv9yBJOavSh81yHawk0uHHCcZ0nI95Jkmooqfea5OPsrN-W5OboYhDsbDyFnhNFhEBrazjp1/s713/y_e1093a19.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="555" data-original-width="713" height="311" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPEf1TTDOeua6PAsXPuaIybD8ZteU7xtbRWLZcTau021VzjuUmJLt8XhzqTj3CI6NBYNu1BUZVzUBXC3FkcCDADX897Hrpd7KlWo-6IobeAtetJOR2dv9yBJOavSh81yHawk0uHHCcZ0nI95Jkmooqfea5OPsrN-W5OboYhDsbDyFnhNFhEBrazjp1/w400-h311/y_e1093a19.jpg" width="400" /></a></div><br /> <p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">“O novo mundo está entre a razão fria e os milagres</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Como eu... te encontrei aqui?</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Faz sentido?</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">(...)</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Proteja o paradeiro de uma vida fraca</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">o significado grita</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A pós-imagem brilhante carmesim derreteu no universo</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">a esperança está caindo</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">(...)</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O futuro influenciado pela suspeita é o carma do passado”</span></i></p><p><br /></p><p><b>(TERMINATED - Minori Chihara)</b></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Duas
soldadas do planeta NEO, onde só habitavam mulheres, estavam em uma
missão de resgate para uma terceira soldado que estava perdida no
planeta Terra há mais de uma semana. Ela desceu com um esquadrão para
coletar informações sobre a antiga civilização que foi a origem de todos
os humanos espalhados pelo universo, porém, ela se desgarrou quando o
grupo foi atacado por um esquadrão do planeta masculino TERMINATED.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A
maior parte do planeta era constituída de ruínas, que um dia com
certeza foram construções proeminentes, mas agora eram apenas engolidas e
se misturavam com a vegetação natural.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Com
ajuda de um localizador, elas sabiam em que perímetro procurar.
Encontraram uma base e entraram nela. Observaram o lugar e viram que
alguém estava usando aquele espaço, talvez fosse quem elas estavam
procurando e estavam certas! A soldado Marie abraçou as amigas Pauline e
Lorraine. Mas, ela parecia apreensiva com relação a alguma coisa, só
que as outras pensaram ser apenas alívio.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Pegue suas coisas para sairmos daqui, retornarmos a FANTASIA e depois
para casa. - disse a mas velha, Lorraine, que era general</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Só
que não deu tempo de fazer mais nada. Som de passos vieram e diversos
soldados homens, trajando o seu traje completo e armados, adentraram,
cercaram e renderam as três, que puseram as armas no chão e deixaram as
mãos à mostra.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Novamente
da porta, apareceram mais dois homens, um dos mais jovens, sem
uniforme, que Marie pareceu reconhecer, e outro vestido com um uniforme
de alta patente.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ora, ora, o que temos aqui?! Você me prometeu uma e são três? Excelente, soldado White.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Seu traidor! - esbravejou Marie, deixando as outras sem entender nada</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ela disse que viriam resgatá-la! - respondeu o outro</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Uma pena que as mulheres de NEO tenham tão poucos recursos militares. -
e gargalhou - Será ótimo! Nosso doutor vai adorar os três espécimes
para estudar sobre as mulheres.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Seremos reféns? - perguntou Pauline, que era mecânica</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Reféns não, cobaias! - respondeu o líder - Vamos, algemem-nas e vamos retornar à TREASURE e traçar o curso de casa.</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O
grande grupo chegou à nave e as três soldadas foram jogadas numa cela
minúscula. Elas oficialmente estavam perdidas e se tornaram reféns dos
perversos homens.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ah, ótimo! - reclamou a general - Nunca mais veremos NEO outra vez!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Desculpa! - falou Marie - Não deu tempo de avisar sobre ele.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Aquele homem? - indagou a mecânica - Ele estava com você naquela base.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sim! Nós dois nos perdemos de nossos pelotões e nos juntamos para sobreviver. Só não sabia que ele ia fazer isso.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Era esperado. Os homens são nossos inimigos, você sabe disso! - comentou Lorraine</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não tem como virem nos resgatar? - questionou Marie</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Impossível! - falou Pauline - É muito complicado passar por essa armada
toda e bem, nós somos só três. Você recruta, eu mecânica…</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E generais também têm aos montes. - interrompeu - Só vão nos substituir!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A
mais nova começou a chorar, pois aquela era a sua primeira missão como
soldado de NEO e ela já tinha praticamente perdido o seu posto. O que
aconteceria com elas a partir dali? Ou até chegarem em TERMINATED? O
medo tomou conta dela.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Ei! Não chore! Estamos aqui para nos ajudar, tá bom? Vamos passar por
isso juntas e quem sabe consigamos voltar para casa. - tentou acalmá-la
Pauline</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Vamos ver quanto tempo vão nos levar para ver o tal doutor. - riu a
mais velha - Com certeza estaremos mortas e dissecadas até amanhã, do
jeito que são esses homens.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Lorraine
recebeu uma cotovelada repreensiva da mecânica do trio, chamando sua
atenção para que parasse de falar para não assustar a mais jovem.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Só depois elas saberiam o que seria feito delas naquele lugar horrível e repleto de homens.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Mais
tarde, receberam uma refeição, que para elas foi bastante estranha. Era
só uma barra que parecia uma sola de sapato, escura e sem gosto algum.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É… - disse a general - Realmente somos prisioneiras!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Isso é horrível! - falou a mais jovem</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E eu quero vomitar. - disse a terceira</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Passaram-se
alguns minutos e elas foram empurrando aquela coisa para dentro de seus
estômagos. Um guarda abriu a porta e as mandou sair, dizendo que era o
momento de ver o tal do doutor. Elas caminharam por longos corredores
cinzentos até pararem na frente de uma das portas e adentrarem no
recinto, que era uma sala ampla e bastante clara, repleta de aparatos
médicos, bem parecidos com o que elas conheciam de NEO e suas naves.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Senhor, trouxe os espécimes femininos! - declarou o guarda</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ah, obrigado! Pode deixá-las comigo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Tem certeza? Elas são soldadas e podem te atacar e fugir.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
E para onde iriam? Já estamos a anos-luz da Terra e da FANTASIA, iriam
se perder dentro de uma cápsula espacial. E elas estão desarmadas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Se é assim que deseja… Com sua licença!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Assim
que o guarda saiu e a porta se fechou, uma faísca saiu de uma das
máquinas. Aquilo chamou a atenção justamente da mecânica do grupo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ah, que droga! - o doutor se abaixou na frente da placa do aparelho - Agora pifou de vez!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu posso dar uma olhada? - indagou Pauline</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Pode! Eu já pedi várias vezes para virem consertar, mas dizem que esta área não é importante.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ela
se aproximou e se agachou, observando as luzes vermelhas piscando. Não
demorou muito para que ela entendesse qual era o problema.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Tem ferramentas por aqui?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Tem numa maleta, logo ali. - apontou um dos armários</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ela
foi lá, pegou e retornou. Enquanto isso, as outras duas também chegaram
perto para ver. Aproveitando para observar a aparência do médico, que
usava uma roupa diferente dos outros homens da nave, talvez por sua
posição e tinha cabelo negros um pouco longos, presos num rabo de cavalo
e olhos castanhos.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Essa placa aqui é bastante antiga. - disse enquanto vestia luvas que
encontrou e pegou a chave de fenda - É normal que com o tempo os fios
internos percam a força ou até arrebentem… E parece ser este o caso. Vou
só remendar para dar um jeito, mas precisará trocar o fio.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ora, eu agradeço, de verdade. Mecânica não foi das aptidões que desenvolvi, mesmo que muitos digam que eu devia.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Isso é normal. Cada um de nós tem a área onde faz melhor as coisas. - e sorriu</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Pauline
tirou os parafusos da placa, abriu o compartimento, usou fita para
remendar o fio, depois reposicionou a placa e as luzes que estavam
vermelhas ficaram verdes.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Prontinho!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ah, muito obrigado! - coçou a cabeça - Que falta de educação a minha, meu nome é Demetrius Smith.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É um prazer, sou a Pauline Hubert. E estas são Marie Allaire e Lorraine Delyon.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não sei para que as apresentações, ele vai nos abrir em cinco minutos e estaremos mortas nessas macas. - reclamou a mais velha</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Nada disso. - ele protestou - Não vou abrir ninguém. Na verdade, serão minhas cobaias para que eu estude o corpo feminino.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Como é? - disse a mais jovem - Isso é um absurdo!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Esperem, meninas. - a mecânica já tinha simpatizado com ele - Como fará isso?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Bom, farei exames periódicos em vocês, medindo estrutura, vendo como seus corpos funcionam, estas coisas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E vocês nunca fizeram isto antes, doutor? - ironizou a general - Com todas as outras que capturaram?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Olha, sei que nossos povos e planetas são inimigos, mas sei que de
alguma forma podemos funcionar juntos… Acabar com tudo isso.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Foi seu chefe quem mandou dizer isso? - cruzou os braços a recruta</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Não! Esta missão para o Planeta Terra foi para coletar informações
sobre nossos antepassados, eles viviam juntos e em harmonia no passado.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Nossa nave também foi em busca de informação também sobre nosso
passado, mas para conhecer mais da cultura antiga. - respondeu Pauline</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Objetivos bem diferentes! - ele observou as três - Mesmo sendo da mesma espécie vocês três são bem diferentes não é?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ao
comentar isso, ele percebeu como as três pareciam uma escada, se for
comparar a altura, assim como o formato de seus corpos e as cores de
cabelos eram diferentes, sendo que Marie era ruiva com olhos azuis,
Pauline tinha cabelos e olhos castanhos escondido por trás de um óculos e
Lorraine tinha cabelos escuros e olhos verdes, acompanhados por uma
pele mais escura.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Como é? - a general quase pulou em cima dele, já sem paciência para conversa, as outras duas seguraram</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Preciso que tirem as roupas e vão para o scanner ali ao lado, por favor.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- A roupa toda? - indagou a mecânica</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não, fiquem de roupa íntima.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não, não farei isto! - reclamou a general - Vai saber se tem um laser ali…</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Já confiei em um homem uma vez… Para nunca mais!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Olha, vocês podem colaborar por bem ou por mal… Posso chamar alguém
para sedá-las agora mesmo e fazer o que eu quiser. - jogou o argumento</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Meio
receosas e com medo de serem apagadas, conforme ele comandou, elas o
fizeram. Cada uma passou no scanner e nada aconteceu de mal. Pauline foi
a primeira a sair curiosa com o resultado.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Venham aqui! Vou mostrar a vocês!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">As
três se aproximaram da tela brilhante que o doutor olhava e viram seus
corpos escaneados dos pés à cabeça. Ele tratou de explicar:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Eu queria ver as semelhanças entre mulheres e homens… - e mostrou um
comparativo entre os dois - E são bastantes! Tirando essa parte aqui! -
apontou para o baixo ventre - Imagino que seja o sistema reprodutor de
vocês. Ele aparenta ser interno, diferente do nosso.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E como são os de vocês? - indagou a Lorraine, querendo fazer graça - Não existe?!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Assim! - puxou a foto de um homem nu, para susto das outras duas, mas não de Marie</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Como vocês andam com essa antena no meio das pernas? - questionou a mecânica</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Andando! - ele riu - E como vocês andam com essas duas bolas na frente do corpo? É a mesma coisa!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ficou um breve segundo de silêncio, antes do doutor falar:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Podem se vestir. Estão dispensadas por hoje! Vou pedir a um guarda para levá-las de volta.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Logo ele apareceu, Lorraine e Marie saíram primeiro, pois Demetrius chamou a terceira para conversar:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Obrigado por sua colaboração hoje, Pauline.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não há de quê! - ela sorriu - Na verdade, estou fazendo isso para que minha estadia na TREASURE não seja horrível.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É, faz um bocado de sentido. Mas nós homens não somos os monstros que vocês pensam que somos.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E nem nós mulheres o somos, Demetrius.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ela ia partir, mas ele tinha mais uma pergunta:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Só por curiosidade: Como vocês se reproduzem? Como nascem novas mulheres?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Em resumo: Nós unimos a nossa semente com a de outra mulher e uma carrega o bebê até nascer.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Interessante. Eu queria ver isso!</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">As três retornaram à cela e resolveram conversar sobre o que acontecera.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Então, acho que nós não vamos morrer. - falou Pauline</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu preferia que me matassem logo, assim ficava menos tempo neste lugar. - reclamou Lorraine</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Concordo com você. - disse Marie</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Meninas, foi tão ruim assim? De verdade?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Por que você está do lado dele? - a mais jovem acusou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Eu não estou do lado de ninguém. Mas, pensem um pouco, se a gente
participar desse experimento/pesquisa pode ser que deixemos de ser
prisioneiras.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E quem garante? - a general protestou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Ninguém! Mas não custa tentar, afinal, o pior que pode acontecer é nós
morrermos e meio que vocês duas já estão contando com isso.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Olha, - Lorraine cruzou os braços - você me convenceu!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Se pelo menos recebêssemos uma comida melhor… - murmurou Marie</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Quem sabe com a situação melhor eles não nos deem algo mais tragável!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Mas, vamos combinar uma coisa? Uma promessa? - levantou a recruta</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Que seria? - a general respondeu</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Nós vamos proteger umas às outras, não importa o que aconteça.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu prometo! - disseram as outras duas em uníssono</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Assim,
aquela longa estadia das três mulheres na TREASURE se iniciou e as
levaria a caminhos que nem elas mesmas nem podiam imaginar.</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Algumas
semanas se passaram e as três continuavam todos os dias visitando a
sala do doutor, onde ele realizava exames e mais exames nelas. Alguns
apenas de observação, outros com agulhas e outros usando os aparelhos
presentes na sala.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">E
a colaboração delas lhes deu algumas pequenas liberdades. Elas ainda
ficavam na cela durante o período de repouso da nave, mas podiam
circular livremente durante o dia, já que eles usavam um horário
semelhante ao do planeta na nave.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Demetrius
ficou bastante interessado no sistema reprodutor das mulheres, tanto
que o ele monitorava com aquilo tudo era justamente as mudanças dos
ciclos delas. Além das cobaias em si, ele usava o material que foi
colhido na missão, trazendo bastantes informações sobre esta parte do
funcionamento do corpo feminino.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Pelo
o quê o doutor tinha aprendido, as mulheres tinham um sangramento
característico uma vez ao mês, pelo menos. Lorraine e Pauline, nesse
meio tempo, tiveram um destes. Mas, o corpo de Marie ainda não dava
indícios de que isto ia acontecer.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">As
mulheres achavam que era apenas um atraso por conta de todo o estresse
que as três estavam vivendo nas últimas semanas, justificando desta
forma para o médico. Já que apenas uma semente de outra mulher, num
procedimento bastante complexo feito em NEO, podia engravidá-la, ou era o
que elas pensavam…</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Isso é bastante estranho. - declarou o doutor - Eu preciso examiná-la por dentro, para saber que está tudo bem.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não é necessário! - protestou a jovem - Logo ela vem!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Está atrasado há mais de 15 dias. Preciso mesmo que deite na maca. Vou pegar o aparelho! - ele falou firme</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Mas… Mas… - ela ia chorar</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Calma, Marie. Vai dar tudo certo! - consolou Pauline</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ela se alojou no espaço e segurou na mão das amigas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Só tire a parte de baixo da roupa. - disse colocando um pano cobrindo
sua barriga e suas pernas. - Para ficar um pouco mais confortável.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Onde você vai colocar isso?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Exatamente onde está pensando. Se doer, me avise.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ele
pegou um aparelho que se parecia com um bastão e colocou dentro dela,
imediatamente, a tela diante dele se acendeu, porém virada apenas para
sua direção. Ele passou pela parte interna até chegar ao útero de Marie.
O doutor não entendia nada do que via.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Que esquisito! Tem um amontoado de células aqui, presas nessa parede vermelha. O que será isso? Um parasita?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Deixa a gente ver, rapaz! - se prontificou a general, sendo acompanhada da outra</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Elas
observaram a tela por um tempo, tentando decifrar o que o médico tinha
visto, o que seria o amontoado de células. Ele aprontou onde viu, ao ver
suas caretas confusas. Então, Pauline falou:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não é um parasita! Marie está grávida!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Como é? - a mais jovem se chocou - Isso é impossível!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É tão possível que está aqui! - completou Lorraine - Meus parabéns, querida recruta! Você vai ter um bebê!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ah, é um bebê então? - ele coçou a cabeça - Isso vai ser bastante interessante de acompanhar!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Mas ela vai precisar de cuidados, de repouso, de vitaminas, se alimentar bem. - soltou a mecânica numa indireta</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
E eu tenho que informar ao capitão da nave sobre isto. E pedir
instalações melhores para vocês. Bom, agora nós temos a resposta ao seu
atraso… Vou estudar sobre isso no que encontramos na missão, para tentar
aprender e lhe ajudar no que for necessário.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Pode chorar, Marie. - a general falou abraçando-a e depois sussurrou - A gente conversa melhor no quarto.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Pode se vestir novamente… - disse tocando no ombro dela, tentando reconfortar de alguma forma - E estão dispensadas!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Lorraine foi auxiliar a mais jovem, enquanto Pauline foi conversar com o médico, como ela fazia em alguns dias.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Você pareceu bastante assustado com a notícia, Demetrius!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não é isso! É só que eu nunca vi algo tão incrível assim, Pauline.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- O corpo humano é uma máquina incrível, não é?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Assim como as máquinas que você conserta. - ele sorriu</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Os
dois tinham se aproximado um pouco nas últimas semanas, ainda mais
porque o doutor sempre precisava de uma manutenção em algumas das
máquinas, porque ainda havia a desculpa dada pelo capitão sobre a
negligência dos consertos.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Só por curiosidade: Como vocês homens se reproduzem?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Nós fazemos uma técnica de clonagem, unindo dois DNAs, metade de cada,
diferentes. Ai colocamos numa incubadora e as células vão se
multiplicando e formando o novo corpo, mas o que sai já é uma criança,
não um bebê.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sério que você nunca viu um bebê?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Vai descobrir a coisa mais fofinha do mundo. Pode apostar! - sorriu</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ela
se despediu dele, deixando Demetrius com diversos pensamentos, acerca
do que aconteceu naquele dia e também sobre a mecânica. E qual não seria
o choque da nave inteira ao saber que uma das cobaias femininas
carregava um bebê dentro de si.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Pauline
caminhou até a cela e lá se encontrou com as outras duas. A mais jovem
chorando, em desespero, enquanto a outra tentava fazê-la se acalmar.
Chegou e se juntou a elas, lançando:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Marie, conte o que aconteceu, por favor. A porta está fechada e ninguém pode nos ouvir.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É, como você acabou grávida? Você não fez o procedimento não é? - Lorraine perguntou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ela apenas mexeu a cabeça, sinalizando o não.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Segundos meus pequenos cálculos, você teria que estar de bem mais
tempo… Porque seria antes da missão. Como isso aconteceu? - Pauline
também queria saber</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É uma história longa… Posso contar? - falou entre soluços</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Pode e deve! - responderam juntas as outras duas</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Algumas semanas antes</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O
pelotão feminino entrou em atrito com o masculino, pois ambos se
encontraram durante suas missões ao planeta Terra. Nervosa e com medo,
Marie correu dos tiros e se perdeu de seu grupo, indo parar numa antiga
base. Ela ficou um tempo ali, recuperando a respiração, segurando sua
pistola, para se defender de quem se aproximasse.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ela
ouviu passos e imediatamente se levantou com armas em punho,
encontrando com outro ser bípede, mas que trajava um capacete, mas não
era o do exército feminino.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Calma! - ele disse com as mãos próximas à cabeça - Eu estou sem mais tiros, não vou te machucar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ela
manteve a arma em punho, ainda como uma ameaça. Ele tirou o capacete,
finalmente revelando seu rosto, que não era nada do que ele ouvira falar
sobre a outra espécie, colocando-o sob o primeiro apoio empoeirado que
achou. Ele tinha um cabelo loiro e olhos castanhos, traços bem comuns em
seu planeta. Ainda com as mãos levantadas, deu pequenos passos em
direção a Marie. Pegou a pistola de sua mão e também encontrou um apoio
qualquer para tal. Depois, disse:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu me perdi do meu pelotão. Você também? </span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ela apenas assentiu, ainda sem reação, pois ela sentira uma coisa estranha quando os olhares deles se cruzaram.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu sou Cameron. E você? - perguntou a ela</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sou Marie.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Vamos fazer um acordo?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- De que tipo?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não iremos sobreviver neste planeta inóspito sozinhos, então podemos nos aliar até que venham nos resgatar. E ai?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não se esqueça que eu tenho os tiros.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E posso muito bem roubá-los de você. </span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Algumas dias depois</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A
dupla conseguiu se entender e convivia bem dentro daquela base. Ambos
estavam quebrando e desconstruindo estereótipos acerca da espécie
oposta, construindo uma relação amigável.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Além
de explorarem o planeta, com uma fauna e flora que só viram em seus
arquivos, também pesquisaram dentro daquele local, encontrando diversas
coisas sobre a antiga civilização humana, desde a sua origem, passando
por eras de castelos e reis; eras de navios e outros povos; eras dos
carros e cidades grandes; eras das naves e de quando a população deixou o
planeta para trás.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Logo
após o jantar, os dois resolveram ver de que maneira aquela população
se reproduzia e que foi boa parte do motivo de conseguir se espalhar
pelo universo, com certeza. E foi aí que eles tomaram um susto, pois se
depararam com algo que para eles não fazia o mínimo de sentido. Viram
imagens de pessoas da espécie masculina e feminina cruzando iguais
verdadeiros animais. O acervo era muito grande e eles não sabiam se
aquelas imagens eram reais ou não… Talvez fossem de filmes ou qualquer
outra coisa. Porém, uma curiosidade foi despertada e ambos ficaram horas
a fio no arquivo, apenas saltando para um ou outro, uns mais
explícitos, outros mais dramáticos.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Toda aquela experiência despertou alguma coisa esquisita em ambos.</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Mais alguns dias depois</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Depois
da experiência esquisita dos vídeos, o clima dentro da base ficara
diferente. Marie se pegava olhando para o outro quando ele estava sem
camisa; já Cameron se pegava olhando para ela quando ela usava uma roupa
mais curta.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ainda
naquela noite, após o jantar de novo, eles acabaram se esbarrando num
dos corredores apertados no lugar e acabaram ficando próximos demais. Se
olharam nos olhos e, como numa das cenas que viram dias antes, acabou
acontecendo um beijo. Com certeza, esse comportamento seria
completamente inapropriado em seus planetas, porém eles estavam sozinhos
ali e isso não importava. Eles se atracaram com bastante vontade e
foram para a cama mais próxima, praticamente repetindo o que viram e
sentindo coisas que nunca sentiram antes. As carícias aumentavam e as
peças de roupa iam saindo. O suor escorria por seus corpos e os sons
aumentavam. Apesar de nunca terem feito isto com a espécie oposta, eles
sabiam exatamente como agir e fazer, talvez porque não fosse realmente
muito diferente de fazer com alguém da mesma espécie que eles.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Por
alguns minutos, não se sabia onde começava um e onde terminava o outro.
Apenas a luz baixa, vindo de uma das luzes do corredor iluminava o
quarto, quando Marie e Cameron atingiram o ápice daquilo que para eles
era desconhecido até aquele instante. E sem dúvidas, iam querer sentir
aquilo de novo, de novo e de novo, porque era uma coisa maravilhosa!</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Espera aí! Você fez com ele? - Pauline se chocou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Como isso é possível? Anatomicamente falando. - Lorraine falou - Como ele colocou este bebê aí dentro?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Também não sei. Eu não queria! - e chorou - O que vamos falar para o doutor?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não vamos falar nada. Ele não precisa saber! - a general declarou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Lembra da nossa promessa né? - a mecânica complementou - Vamos te proteger e apoiar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Então, eu quero falar com este soldado. Preciso contar o que está acontecendo. - declarou a jovem</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Tem realmente necessidade? - Lorraine novamente</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É o que quero fazer!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">As
duas apenas assentiram, concordando. A vontade das duas era realmente
questionar o porquê dela ter se deixado levar e feito algo tão
antinatural como fazer isso com a espécie oposta. Em seus mundos era
estritamente proibida a relação com os homens, por todas as razões que
elas já conheciam, sendo uma delas: eles tinham espinhos naquele lugar.
Casais e famílias apenas com mulheres era algo normal e comum, agora
homens e mulheres fazendo isto e sendo família? Ai não!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">E
com a espécie masculina era exatamente a mesma coisa, nada de se
relacionar com mulheres, só que eles acreditavam que elas traziam
diversas doenças que eram letais. Então, o conceito de “masculinidade”
para eles era ser um grande soldado ou ter uma boa profissão e
constituir família com um outro de sua confiança, trazendo novos homens
com as melhores características dos dois.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Tudo bem, vamos procurá-lo amanhã. - a general respondeu</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
E vamos ver qual vai ser o resultado do médico ao conversar com o
capitão. - Pauline levantou - Acho que pode piorar e muito nossa
situação aqui nesta nave.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Certeza que quando a sua barriga começar a aparecer, todos virão ver. - Lorraine falou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ou é capaz de, se descobrirem que foi um homem que fez isso, nós três chegarmos em TERMINATED grávidas. - a mecânica supôs</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Tem razão! - a general coçou o queixo - Já ouvi falar que a reprodução
dos homens tem uma taxa baixa de sucesso, por isso tentam buscar uma
forma alternativa.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Só espero que não sejam com as mulheres incubadoras. - a mais jovem falou</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O
doutor Demetrius reuniu as todas as pequenas evidências da sua pesquisa
e o exame que fez em Marie também, tudo para levar ao capitão e contar
sobre a descoberta.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ele
entrou na central de controle da nave e viu todos os operadores em suas
posições, enquanto o piloto e o capitão conversavam sobre alguma coisa.
O médico chamou o comandante que só faltou bufar ao vê-lo e ele já se
anteviu, dizendo:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Smith, já disse que não tem como fazer melhorias no seu setor e como já
te disse, os consertos pós-batalha contra as soldados de NEO ainda
estão tomando o tempo de nossos mecânicos.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Já estou ciente, Capitão Hughes. Inclusive, não preciso mais de reparos, todos os necessários já foram feitos.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ora, que ótimo! - se meteu o piloto - Finalmente aprendeu!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não! Quem consertou foi a Pauline.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Quem é essa? - o capitão fez careta</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É uma das cobaias femininas, Capitão. - respondeu um auxiliar</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Quem diria… - ironizou o piloto</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não é sobre isto que vim lhe falar. - Demetrius logo cortou, antes de surgir algum comentário</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Então desembucha logo! Não tenho todo o tempo da galáxia.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- A Marie, outra cobaia, está grávida! Em resumo, ela vai ter um bebê.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Como é? - em uníssono de todos no recinto</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Como eu explico? - ele pensou alto - Bom, o sistema de reprodução das
mulheres é que elas juntam sua semente com a de outra mulher e uma delas
gera a criança, que nasce bem pequena, que elas chamam de bebê.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E ela já chegou em nossa nave assim? - o capitão se animou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sim, senhor! Mas leva um tempo para o corpo mostrar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Obrigado, Smith. Vou informar a TERMINATED sobre sua descoberta.
Monitore-as ainda mais e descubra se de alguma forma nós podemos
aproveitar desse sistema reprodutor delas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Claro, Capitão. Farei todas as anotações necessárias! Mas, preciso pedir algumas coisas com relação a isto também.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Agora pode ir, Smith! - dispensou o doutor - Mas que notícia boa no meio desse mar de porcarias.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Demetrius
saiu da sala de comando e retornou a sua cabine, ficando bastante
pensativo sobre o que ocorrera em seu dia. Sua curiosidade sempre fora
vista como um problema por todos os outros de TERMINATED. Uma de suas
vontades sempre foi estudar como o corpo humano funcionava, não só a
espécie masculina, mas a feminina também. Ele sabia, ainda no começo de
seus estudos para seguir na profissão, que o sistema de reprodução de
seu mundo, apesar de ser incrível, ainda era muito falho e com o tempo a
baixa taxa de natalidade seria um grande problema, se comparar com o do
planeta rival. E isso já estava acontecendo, era só ver a quantidade de
soldados mulheres que eles enfrentaram no planeta Terra. E o médico
sabia muito bem que a resposta estava justamente naquelas criaturas ou
naqueles monstros - como eles acreditavam - que tinham outro jeito de se
reproduzir.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Agora
com uma de suas cobaias grávida, ficaria bem mais fácil para descobrir o
que acontecia com seus corpos e de que forma ele poderia reverter
aquilo em favor de sua espécie.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ele adormeceu pensando em seus futuros planos.</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">No
dia seguinte, as três mulheres foram se encontrar com o doutor, que já
veio com todas as recomendações para a nova gestante, que já estava com
alguns de seus sintomas característicos. Cumprimentou rapidamente todas e
logo perguntou:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- O que ela tem?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Enjoo matinal. - Pauline falou colocando-a sentada numa cadeira dali</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ah, sim, eu vi isto em minhas pesquisas. Com o passar do primeiro trimestre estes sintomas vão passar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Nós já sabemos. - Lorraine foi grossa - E os nossos pedidos? Conseguiu algum?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Bom… O capitão me enxotou assim que contei a notícia.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Enquanto isto ficamos com uma grávida dormindo no chão frio e comendo comida de barata. - a mecânica entrou no protesto</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Marie não tinha nem forças para falar, ela estava se concentrando em não vomitar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Demetrius ficou sem o que responder, até que todos na sala foram surpreendidos pelo Capitão aparecer atravessando a porta.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Bom dia a todos! Então, Smith, cadê a nossa grávida?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ele cumprimentou e apenas apontou a jovem sentada na cadeira, que o olhou com uma cara péssima, mas não era por causa dele.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ah, droga. Ela vai vomitar. - disse Pauline já puxando a mais nova direto para o banheiro, sendo seguida pela general</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Achei que ela fosse estar radiante, afinal é uma nova vida que gera. - falou o capitão animado</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Gerar um bebê, segundo o que li, senhor, exige muito do corpo, ainda
mais no início. São muitas mudanças, principalmente hormonais.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E em quanto tempo teremos este bebê?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Cerca de alguns meses… Nove, para ser exato!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- A TREASURE vai estar quase chegando em nosso planeta.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Capitão, - a general apareceu e falou - posso lhe pedir algumas coisas?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E você quem é?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sou Lorraine Delyon, uma das cobaias. Na verdade, os meus pedidos são por conta do estado de nossa amiga.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E o que você quer? Já tem muitas regalias para prisioneiras.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Como o doutor já lhe disse, gerar um bebê é uma coisa bastante difícil e
complexa. Nossa amiga, para que esta criança nasça saudável, precisa
ser bem cuidada. Precisa se alimentar bem, não dessa coisa que vocês
chamam de comida… Precisa de um bom lugar para dormir, ainda mais porque
quando a barriga dela ficar maior, vai ter muitas dores na coluna.
Quanto ao acompanhamento do doutor, acho que será bastante satisfatório!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Seja lá o que for que querem conosco, - a mecânica retornou com a outra
- envolve este bebê e ele e sua mãe precisam ser bem cuidados.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
E em troca de quê fariam isto? - o capitão já pensou em algo - Não
posso lhes dar um quarto mais confortável e comida melhor se não
trabalharem para tal.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Nós duas trabalhamos aqui na TREASURE. - Lorraine falou, olhando para a outra que concordou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Capitão Hughes, elas são minhas cobaias. - reclamou Demetrius</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
E continuarão sendo. Mais tarde, peço que vão aos setores de suas
especialidades para saber o que fazer. Vou providenciar um quarto melhor
para vocês. Quanto a comida… Bom, vocês podem cozinhar com o que temos
na despensa, já que nunca usamos.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ótimo então! Façamos assim então! - a general desafiou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Foi um prazer conhecê-las e espero que a amiga de vocês esteja de melhor humor para quando vier da próxima vez.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O capitão saiu do recinto, deixando as três revoltadas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Meninas, não precisavam fazer isto por mim. - Marie agradeceu</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Lembra da nossa promessa né? - Pauline retrucou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Perdoem-me por isso. - o médico discursou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Está tudo bem, rapaz. - a general tentou animá-lo - Não temos medo de trabalho.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Aliás, não aguentava passear mais na nave sem nada para fazer.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ele sorriu, era engraçado ver que com o pouco tempo de convívio, eles já se davam bem.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Após
aquilo, tudo correu normalmente. Demetrius fez exames nas três, passou
os remédios para a gestante e dispensou-as. Na saída, elas já tinham um
objetivo: Ir atrás do tal soldado para que a Marie pudesse contar a
verdade.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">E
era a pequena hora de descanso de todos os presentes na nave, antes de
retornar para o segundo turno do dia, então a maioria estaria no saguão
principal, a parte mais extensa da nave e que dava visão para todo o
espaço pela área transparente bem a frente.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">As
três caminharam até lá, percebendo a algazarra que aquela espécie
fazia. Porém, quando elas surgiram, o recinto ficou em silêncio. Todos
eles se perguntaram o que aquelas três mulheres faziam ali. A quietude
se manteve por um tempo, com a mais jovem fazendo uma varredura
procurando alguém e encontrou-o. Se dirigiu a ela, acompanhada das duas
amigas e todas sendo observadas. A história da gravidez e do bebê já
estava circulando pelos corredores, mas eles não sabiam qual das três
estava e àquela altura ainda não dava para perceber.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Cameron
White, que foi o soldado que passou alguns dias na companhia de Marie
na Terra se assustou quando viu que o grupo se aproximava. Ele ficou sem
graça, por conta dos que os colegas em volta poderiam falar, porque ele
mal tinha se recuperado dos comentários de quando retornou da Terra.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Preciso falar com você! - ela foi incisiva</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sobre o quê?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Prefiro conversar num lugar mais reservado.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Tudo bem! - ele olhou para as outras duas - Suas amigas vão?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sim!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Então foram para um local mais afastado e ao canto para que pudessem conversar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- O que é tão importante?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Já deve estar circulando pela nave a história de que uma das mulheres está grávida.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ah, sim, o pessoal comentou mais cedo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Então, sou eu! E tem mais uma coisa: - ela baixou o tom - Você colocou esse bebê aqui.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Você está é louca! - ele esbravejou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Estou falando a verdade.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Quem não garante que você saiu do seu planeta assim?!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Vem, Marie, vamos embora! - pediu Pauline tocando em seu ombro</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ele não vai entender. - disse Lorraine</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">As três tomaram o caminho de volta para seu quarto/cela, esperando que em breve não precisassem mais dormir ali.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Mais
tarde, a mecânica e a general assumiram seus novos postos como
tripulantes da TREASURE. A general se tornou uma simples guarda da nave e
a mecânica recebeu os serviços de conserto que ninguém queria.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">E
assim, a viagem para TERMINATED foi se seguindo, em poucos dias, as
duas já estavam mais do que adaptadas em suas novas funções. Receberam
um quarto novo, com camas decentes e um espaço confortável para as três e
finalmente puderam comer uma comida de verdade, pois a nave mantinha um
estoque de comida real, mas eram apenas para quando os soldados
ficassem doentes e precisassem de algo mais natural. Fora isto, eles
comiam aquela barra de proteína horrível! Camas e comida eram exatamente
o que elas queriam.</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Alguns meses depois</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Demetrius
estava em sua enfermaria, observando os arquivos dos antepassados
humanos e comparando com as anotações que tinha sobre suas três cobaias,
especialmente a que estava gerando um bebê. Ele estava bastante animado
e empolgado em descobrir como acontece esta coisa incrível que o corpo
feminino pode fazer: ser uma casa para outro.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Então,
as três cobaias chegaram para os exames daquele dia. E a barriga de
Marie parecia cada semana maior e ele não fazia ideia de quando aquele
bebê finalmente ia se separar da mãe.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Os
exames das duas primeiras foram coisas bem rápidas e rotineiras, já que
seus corpos com os ciclos normais não apresentavam mais tantas
diferenças, pois já havia observado aquilo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Deixando
o melhor para o final, ele pediu que Marie se deixasse na maca e usou o
aparelho para olhar o neném. Toda semana ele acompanhava o crescimento
dele. Ainda com base nos documentos encontrados, via que se estava tudo
certo e se o bebê continuava crescendo bem e saudável.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Vamos agora ouvir o coração. - e um ruído ecoou bem alto dentro da sala - Forte como sempre!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Uma garota bem forte que temos aqui. - sorriu Lorraine</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Epa, espera aí! - o doutor vira alguma coisa - O que isto aqui?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- O quê? - Pauline se aproximou da tela</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Aqui, entre as duas pernas. - ele apontou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Parece uma antena… Igual a que um homem tem!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E o que isso significa? - a mãe perguntou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Deixa eu olhar nos meus arquivos. - ele digitou rapidamente e logo
achou - Acho que seu bebê é um menino e não uma menina como pensávamos.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Mas isso é impossível. Nós só podemos gerar outra mulher. - a general falou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ao que parece, podem gerar um homem também. Ainda não tenho uma explicação para tal, mas irei descobrir.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E bem, está tudo bem como ele? - perguntou Marie</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Está sim! - ele sorriu e vendo a cara de preocupação dela respondeu -
Fique calma, pelas minhas pesquisas, independente do sexo do neném vai
seguir tudo normal. No mais, estão dispensadas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Esse bebê só nos dá sustos. - riu Lorraine - Vou para meu turno agora.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E eu vou me arrumar para preparar o nosso almoço. - disse a outra, descendo da maca</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E bem, eu tenho que fazer algumas manutenções por aqui.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Então terei companhia. - ele sorriu</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">As
outras duas se despediram, deixando a mecânica e o médico sozinhos. Ela
começou a olhar as máquinas e ver se elas precisavam de alguma
arrumação, enquanto o doutor ficou com a cara enfiada em suas anotações.
Depois de algum tempo que Pauline puxou assunto:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Vai informar ao capitão que o bebê é menino?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu preciso informar! Ele reporta tudo para a base em TERMINATED.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É uma notícia e tanto. - ela abaixou para olhar embaixo de uma máquina - E nós mulheres estamos ferradas com isso!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Por que? Não entendi!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Quanto tempo para começar outra guerra e os homens transformarem as mulheres em meras incubadoras? - levantou-se</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Mas meu objetivo não é este!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Eu sei que não, mas quem está acima de você vai ver isso como uma
oportunidade e tanto. - ela pegou uma ferramenta e continuou - Que mal
lhe pergunte: qual foi o último bebê homem que nasceu?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu nem faço ideia. Deixa eu ver aqui. - pesquisou no computador - Caramba! Nunca houve um na história do meu planeta.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Por essa não esperava. Imaginei que houvesse um ou outro durante a colonização.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não, eram todos no mínimo adolescentes.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Em NEO o que mais tem são mulheres tendo bebês.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Por isso a população de vocês cresce tanto. Nosso jeito de reproduzir é muito complexo e pouco efetivo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Por isso que uma mulher vai ser a incubadora perfeita.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Vou descobrir um jeito de fazer sem que precise de uma mulher carregar a criança.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ela se aproximou dele, já tinha acabado do serviço e foi ver o que ele tanto olhava na sua tela.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Pesquisando ainda?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sim!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Você nunca sai daqui, Demetrius?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Só para dormir e comer. Estou focado nas minhas cobaias e a pesquisa.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Preciso relaxar um pouco, só trabalho vai te desgastar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E fazer o quê? Ninguém daqui interage comigo, Pauline.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Justamente porque você não sai. E bem, você fala comigo e com as
meninas. Já é alguma coisa. Vem jantar conosco hoje, comer uma comida
decente.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Agradeço o convite, mas não! Preciso descobrir o porquê ela está
carregando um menino e não uma menina. Isso é bastante estranho!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Sem
falar nada, ela tocou em seu pulso, puxando-o para fora da cadeira. O
toque dela fez com ele sentisse um arrepio pelo corpo. Ela estava bem
próxima dele e ele simplesmente congelou. Os rostos ficaram bem perto um
do outro, ele sentiu a respiração dela em sua face. Seu coração falhou
uma batida, justamente por conta de coisas que ele andava pensando.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ei, tá tudo bem? - ela perguntou, preocupada</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Está sim! - ele sorriu, sem graça</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Tá vendo? Precisa mesmo descansar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Tudo bem! Vou fazer o que disse, vou jantar com vocês hoje.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Oba, que ótimo! - ela pulou de alegria - Então você vai me ajudar a
preparar, porque hoje na escala sou eu quem tem que cozinhar. E eu sou
meio desastrada para isso, então uma ajudante vai servir.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Que horas e onde te encontro?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Pode me encontrar na cozinha, pouco depois que todos pararem seus
turnos. - ela pegou a sua maleta de ferramentas - Agora eu tenho que ir
para outro setor, bem escuro, sujo e que só uma mulher pode consertar.
Até mais tarde!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">E
Pauline fez uma coisa bastante inocente ao seu ver, mas que deixou a
outra parte desnorteada. Ela simplesmente deu um beijo em seu rosto,
fazendo-o ficar de novo sem reação.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Não
eram os primeiros toques que as três mulheres lhe davam, mas com a
mecânica ele sentia uma coisa diferente e que ele não sabia explicar.
Coisas que os abraços e apertos de mãos das outras duas não lhe afetam.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ele queria também descobrir uma explicação para isto!</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Mais
tarde, no horário combinado, Demetrius estava aguardando no local
marcado. Não demorou muito para que a Pauline aparecesse, usando uma
roupa mais leve, já que tecnicamente ela estava fora do horário de
trabalho.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Oi, Demetrius. Eu demorei?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Na verdade não. Acabei de chegar!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Vamos então! - puxou-o para dentro da minúscula cozinha da nave</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Caramba, acho que eu nunca entrei aqui.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Isso porque eu e as meninas demos um jeitinho, mas este lugar estava imundo. Ninguém usava né?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E tem mesmo comida aqui? - perguntou observando os armários</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Tem para viajarmos para NEO e voltar. - ela riu - Se só nós três
comermos. Se fosse uma nave de mulheres, essa comida não duraria metade
da viagem e teríamos que reabastecer.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ele
abriu um dos armários e viu o quanto estava recheado de comidas em
conversa. Todas mantidas em temperaturas bastante baixas para durar anos
se precisasse. O que era o suficiente para alimentar todos os
tripulantes daquela nave por um tempo, mas eles preferiam a barra
processada e compensada, para não gastarem muito tempo em refeições.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A
mecânica se aproximou de onde estava, olhou por um tempo e encontrou o
que queria e pediu ajuda dele para colocar as coisas na bancada.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Como vai descongelar isso tudo a tempo? - ele indagou curioso</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Fácil! Bem aqui! - apontou para uma máquina - Um descongelador que
deixa a comida com aspecto fresco em poucos segundos. Aí, teremos todos
os ingredientes para usar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E o que vai preparar? Estou curioso!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Uma carne com um molho, que encontrei num dos arquivos de receitas. -
puxou uma mini tela e mostrou - Receita dos nossos antepassados!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Interessante. Como faremos?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Você nunca fez uma receita antes?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Não, nós só comemos as barras mesmo. E raramente alguém fica doente em
nosso planeta, então a comida fica guardada e depois se tornam mais
barras.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Quando você comer comida de verdade, não vai querer outra coisa. Vai
ver! Basta seguirmos os passos daqui e vai dar tudo certo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Pauline
e Demetrius ficaram um bom tempo seguindo o passo a passo da receita e
se divertindo bastante com isto. O doutor finalmente estava
experimentando novas sensações, como o cheiro da comida e vendo como
eram ingredientes naturais. Em certo momento, uma parte do molho
espirrou no rosto da outra e imediatamente, Demetrius foi limpá-la,
tocando levemente em sua face. Ela parou e ficou olhando nos olhos dele.
Ela também estava sentindo coisas que não sabia explicar, também sentia
aquele toque, da mesma forma que ele sentiu o dela mais cedo no
laboratório.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Porém,
os dois foram interrompidos pelas outras duas que chegaram para a
refeição. A mais velha notou que estava rolando alguma coisa, mas
preferiu deixar quieto. Quem sabe ela conversaria sobre o assunto com a
mecânica mais tarde.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Parece que tem um convidado para o jantar. - comentou Marie</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ah, eu o chamei para nos fazer companhia. Ele sempre fica tão sozinho na sala dele.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Já está tudo pronto? - indagou Lorraine</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sim! Vamos sentar à mesa e nos servir. - Pauline respondeu</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Num
conjunto em grupo, uma colocou uma toalha na mesa, outra colocou os
pratos, talheres e copos; a última trouxe a comida para o centro da
mesa. O doutor observava bastante curioso a cena, indiretamente era um
dado para sua pesquisa, dessa vez sobre os hábitos da espécie oposta. Ao
sentar no lugar destinado à ele, desabafou:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Acho que é a primeira vez que me alimento assim.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
A comida em NEO não é só para nos manter vivas, é um momento prazeroso,
em que nos reunimos para relaxar e conversar. - disse a mais velha</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Para nós em TERMINATED, comer é só parte do processo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ele
se serviu e finalmente colocou o primeiro pedaço da refeição na boca,
sentindo uma explosão de sabores e sensações, por conta dos temperos e
das texturas presentes.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E ai? - Pauline indagou - Gostou?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É maravilhoso! Como eu vivi tanto tempo sem isto?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Acho que agora temos oficialmente a quarta pessoa à nossa mesa. - Marie soltou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Todas
as três riram e a fome era tanta que tudo seguiu em silêncio até que
acabassem de comer. Então, a mais jovem puxou um assunto:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Doutor, já contou ao capitão sobre hoje? - levantou a general</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não tive tempo ainda, devo fazê-lo amanhã. Por quê? Algum problema?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Na verdade, eu queria lhe confessar uma coisa. - imediatamente as mãos
das duas tocaram na dela, demonstrando apoio - Este bebê que carrego foi
gerado enquanto eu estava na Terra.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- O que isso quer dizer? Não entendi!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Bom, quem colocou ele dentro de mim foi o soldado Cameron, que passou aquela semana comigo na Terra.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- A senhorita tem certeza disso? E porque não me falou antes?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu tenho, só não contei antes por medo de que talvez não acreditasse em mim.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Então, é por isso que o bebê é menino… Faz bastante sentido! Vocês fizeram? Se não for abuso perguntar, é claro.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sim! - ela falou cabisbaixa</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Eu li em minhas pesquisas dos arquivos dos nossos antepassados que os
homens e mulheres cruzavam para poderem se reproduzir. E nasciam meninos
e meninas, mas tenho que ver o que fazia isto acontecer.
Cientificamente falando.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Vai contar ao capitão sobre este detalhe? - indagou a mais velha</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Tenho que contar tudo a ele. É parte do meu trabalho!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Mas aí, vão saber que eu fiz isso com um homem.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Tudo bem. Eu não falarei sobre este detalhe.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Obrigada!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O
resto da refeição se seguiu num longo e tenso silêncio, pois o assunto
de ser cobaia e depois do bebê sempre deixava as três muito apreensivas.
Lorraine e Marie ficaram para arrumar tudo, enquanto Pauline e
Demetrius decidiram sentar para conversar no saguão principal, que
àquela hora estaria vazio.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Sentaram
em um dos bancos dali e ficaram observando as estrelas e tudo o mais
pela parte transparente. Apesar de suas espécies viverem viajando pelo
espaço, ainda era impressionante o tamanho e imensidão dele.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É incrível pensar que todos os humanos saíram de um planeta minúsculo como a Terra. - ela falou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E se espalharam pelo universo inteiro. Só queria entender em que momento a gente se dividiu.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Talvez tenha em algum registro do que encontraram, se bem que isso nem
deve importar mais. - ela olhou para cima - Ansioso por saber como a sua
nova descoberta repercute em TERMINATED?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Confesso que sim, mas por outro lado fico sentido pela Marie.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ela tomou muita coragem para te contar a verdade.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Acho engraçado que ela e o outro soldado…</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Disse ela para mim que foi atração! Bom, eu não sei o quê é sentir isso, nunca senti por ninguém!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Nem eu muito menos! Sempre fiquei pensando que havia algo de errado comigo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu também! - ela riu - Até tentei me relacionar com outras mulheres, mas nunca houve a faísca que descrevem.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">E
naquele instante, suas mãos se tocaram levemente, mas não houve arrepio
e nem nada constrangedor. Talvez eles nem tivessem percebido o toque,
mas o conforto que todo aquele diálogo causara já era o suficiente para
responder muitas coisas.</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">No
dia seguinte, assim que conseguiu, o doutor foi contar ao Capitão
Hughes sobre a descoberta do sexo do bebê. Notícia esta que deixou
praticamente a nave inteira animada, pois poderia ser finalmente a
solução para séculos de uma taxa de natalidade bem baixa. Demetrius
manteve a verdade em segredo, conforme prometeu a jovem Marie. Apenas
afirmou que ainda estava pesquisando para saber o porquê do bebê ser
masculino e não feminino como eles pensavam, o que em parte era verdade.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Aquele
virou o assunto da tripulação durante o dia inteiro, fosse apenas de
felicidade ou até de especulação para todas as possibilidades. A barriga
já protuberante de Marie ainda era mais chamativa aos olhos,
principalmente depois da descoberta. Antes, ela era só um bicho estranho
que estava carregando um bebê que crescia dentro dela. Agora ela
carregava o futuro da espécie masculina, com todas as respostas para
muitas coisas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Fora
este detalhe, o dia de todos da tripulação seguiu-se com bastante
trabalho, cada um em suas funções. As mulheres fizeram os exames de
rotina, enquanto a grávida teve seu bebê observado mais uma vez, mas
para que o Capitão visse. Ele ficou maravilhado de ver uma coisa tão
pequena que trazia tanta esperança.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Assim que o exame acabou, o doutor conversou com o capitão:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E o que a base reportou da notícia?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Ficaram animados! Querem que descubra para que possamos pensar num novo
método de reprodução, usando as tantas mulheres que nascem… Quem sabe!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu queria aproveitar as nossas próprias incubadoras.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Ah, mas temos uma máquina muito mais eficiente bem aqui. - apontou para
as mulheres - Inclusive, a central mandou que quando descobrir o
procedimento que o realize nas outras duas cobaias.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">As
três mulheres ouviam aquela conversa já sentindo toda a raiva subir em
seus corpos. O que elas previam estava para acontecer: as três iriam
chegar grávidas ou com algum bebê em TERMINATED. E com certeza, a busca
por mais mulheres incubadoras levaria a mais uma longa guerra entre os
planetas. Se bem que a grande guerra nunca havia acabado, só tinham
pequenos períodos de paz alternados com batalhas em locais perdidos da
galáxia.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu não quero seguir com minha pesquisa assim, Capitão Hughes.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não importa sua opinião! Foi uma ordem da central! Deve cumprir.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sim, senhor! - falou, olhando para baixo</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Espero que descubra logo a resposta disso… O futuro de TERMINATED está
em suas mãos. Sem pressão, doutor. - ironizou o capitão antes de sair</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Eu não vou deixar que nada aconteça com vocês. - ele declarou assim que
o outro saiu - Eu vou arrumar uma forma de não precisar usar os corpos
de vocês.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Aquela declaração de confiança deixou-as mais tranquilas. Realmente, o médico era o único homem com o qual podiam contar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Precisamos traçar um plano. - falou Lorraine - Para evitar ao máximo o
que a sede quer e avisar sobre os planos deles à nossa base em NEO.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Nessa parte, acho que posso ajudar. Eu tenho acesso à sala de controle e
é lá onde ficam os comunicadores da nave, podem mandar esse aviso por
lá.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Muito bem, Demetrius. - sorriu Pauline</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Vamos montar isso com mais calma, meninas. Agora é hora de vocês irem ao trabalho. - falou a mais jovem</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O
resto do dia seguiu numa normalidade que se tornara conhecida para as
três mulheres e já era bastante rotineira para os homens da nave, que
ainda comentavam sem parar sobre a novidade.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Chegou
a hora do jantar e o médico se encaminhava para a cozinha, pois ele não
ia mesmo perder o jantar por nada. Aprendera rápido o valor de uma
refeição real!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Quando
chegou, as três já estavam sentadas esperando-o, até porque eles iam
conversar sobre o tal plano que tanto queriam fazer. Ele se serviu e
sentou-se junto a elas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Temos que primeiro ver qual é o momento em que à sala de controle fica sem guarda. - falou Marie</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Essa parte é fácil. Eu posso ver e até pedir para ficar de plantão uma
noite, só para garantir. É uma das que sempre querem trocar, é o pior
turno.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ótimo! E temos que ser rápidos também. - Pauline acrescentou - Melhor a gente já até escrever o que vai falar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E o código para mandar, pode ter algum bloqueio de sinal pras naves de NEO. - Lorraine recordou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Esse costuma ser uma peça, tínhamos nas nossas naves, é só tirar e tá tudo certo. - complementou a mecânica</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Excelente! Não sabia que íamos decidir tão rápido! - Marie se animou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Pensamos no básico, ainda vamos montar o resto! - a general foi
realista - Vou começar a pegar uns turnos mais tarde, para não deixar
tão na cara.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ótimo! E eu também. - Paulijne concordou - Ai não fica esquisito ficarmos andando tão tarde na nave.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E nós? - Demetrius indagou - O que faremos?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Podemos fingir que houve uma emergência com o bebê e por isso estão fora do quarto. - a general de novo</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O
grupo apenas se olhou confirmando que era aquilo mesmo o que iriam
fazer. Eram até um plano simples e que com certeza ia dar certo e era a
única opção para pedir socorro a seu planeta ou elas seriam
transformadas em mera chocadeiras.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ao
final da refeição, os quatro limparam o lugar e seguiram juntos em
direção a seus quartos. Era um horário em que a maioria estava
conversando ou no saguão principal ou pelos corredores. E claro que a
passagem do quarteto pelos corredores chamava a atenção, reacendendo os
comentários sobre a grávida. Em como a barriga dela já estava grande,
que parecia que ela ia explodir a qualquer hora, como que ela tinha
conseguido ficar assim… Muitas coisas que a raça masculina não entendia.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ao
alcançarem o saguão principal, se ouviu uma algazarra acompanhada de
vários homens em uma roda ouvindo algum outro fazendo uma declaração. O
grupo foi observar a pequena reunião e logo as três mulheres
reconheceram o soldado Cameron White, que ficou junto da recruta
durante uma semana na Terra. E o que ele falava deixou-as horrorizadas!
Contava com detalhes como tinha sido a semana na Terra, em como ele fez e
aconteceu com a recruta por lá, descrevendo com minúcias as vezes em
que deitaram juntos. O médico observava a cena e ficara enojado,
diferente dos outros que estavam ouvindo, que estavam adorando aquela
história depreciativa de uma mulher. E para piorar, o soldado
acrescentou:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
E vejam só o que aconteceu não é, rapazes? Ela ficou grávida! E fui
quem colocou o bebê dentro dela, fui eu! Tem que ser muito homem para
fazer isso, porque o bebê dela é como um de nós. - completou batendo no
peito e sendo aplaudido</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Um
ato de fúria, Demetrius saiu empurrando os outros até chegar perto do
que falava. Seus punhos já estavam cerrados. O outro debochou assim que o
viu:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Ora, olá, doutor. Veio ver a minha história para ajudar na sua
pesquisa? Acho que não tem mais mistério sobre o que fazer, não é?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não! Vim pedir para você parar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Parar com o quê?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- De falar delas assim! Das mulheres!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ora e por quê? Contei alguma mentira? Ou será que você está se tornando amiguinho delas?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E se eu estiver?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Será um traidor da nossa espécie!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Sem
pensar novamente, o médico deu um soco bem encaixado no rosto do
soldado, arrancando uma boa quantidade de sangue. Ele recebeu um golpe
do outro logo em seguida, bem no olho. Os dois caíram no chão e
começaram a trocar golpes entre si, numa briga que provavelmente só iria
acabar com um dos dois desmaiado. Os homens à volta apenas gritavam e
incitava ainda mais, coube a Lorraine e Pauline separar os dois, ao som
de vaias dos outros, que queriam ver o final daquilo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Elas puxaram Demetrius para longe dali, andando depressa pelos corredores.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- O rosto dele está todo ensanguentado. - comentou a mecânica</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu estou bem! - ele disse - Por sorte não se machucaram para nos separar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não devia ter feito isso, rapaz. - a general falou - Piorou sua reputação.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ele fez certo. - Marie discordou - Obrigada por me defender!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Eu nunca liguei para isso. Só não queria que ele continuasse a falar
aquelas coisas sobre ela… E faria o mesmo se falasse sobre uma de vocês.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu só fiquei nervosa vendo a briga. - disse a gestante</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Lorraine, eu vou com ele para a enfermaria para limpar e colocar curativos.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não, foi só superficial. Tem kit de primeiros socorros no meu quarto. É melhor nos protegermos lá!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E eu vou ficar tomando conta da Marie, caso algum engraçadinho queira vir no quarto.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">E
assim, eles se dividiram. A general e a mais jovem se trancaram no
quarto e decidiram esperar a poeira baixar até o dia seguinte.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Enquanto
a mecânica e o médico foram ao quarto dele. Ele se sentou na cama e
indicou o kit de primeiros cuidados. Ela abriu a maleta usando a senha
indicada e pegou os materiais necessários, como algodão e gase. Com
ajuda de água, ela molhou e foi limpando o rosto dele, tirando o sangue e
revelando alguns roxos de tantas pancadas seguidas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Você não precisava ter feito isso, Demetrius. - a mecânica reclamou - Olha o seu estado!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Logo eu melhoro, Pauline. Como disse, eu faria por qualquer uma de vocês.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- A gente sabe se defender também.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Eu sei que sabem. E essa foi a primeira vez que eu me meti em briga e é
por causa da espécie rival. - ele riu - Chega a ser ridículo!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Depois
disso, um dos machucados ao serem limpos fizeram com ele soltasse um
leve som de dor. A mecânica pediu desculpas, mas que aquilo era
necessário.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Vai precisar de gelo. Onde tem? - ela perguntou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ele indicou. Ela pegou, colocou o gelo enrolado em pano qualquer que encontrou e colocou em cima do olho dele.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Obrigado! É diferente quando se é o paciente.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É o mínimo que podia fazer! - ela sorriu</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Um
breve silêncio se fez entre os dois, eles se olharam. Demetrius com um
gelo tampando metade do rosto e Pauline preocupada depois daquela briga.
E um magnetismo inesperado aconteceu! Eles aproximaram os rostos, ela
afastou o gelo e logo seus lábios se tocaram. Talvez fosse uma atração
ou desejo que tivessem um pelo outro já havia um tempo, mas a situação
de perigo fez com isso despertasse.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Foi
um beijo calmo, em que apenas encontraram uma experiência nova. Eles se
afastaram e ambos ficaram apreensivos, aquilo não era natural.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- O que eu estou fazendo? - ela falou, vendo o vapor sumir do óculos</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Me pergunto a mesma coisa. - disse colocando o gelo de volta</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu não devia ter gostado disso, mas gostei! - sentou-se ao lado dele</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu também gostei! Nunca senti isso beijando alguém.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Isso não é natural!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Nós aprendemos que não é natural. Nossas espécies são inimigas agora, mas antes ficavam juntas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É verdade! - ela olhou para ele, pensativa - Eu não deveria querer isso, mas eu quero!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Então se sente da mesma forma que eu?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Imagino que sim! Não sei o que pensar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Olha, Pauline, estamos só nós dois aqui. A porta está trancada… Podemos fazer o que quisermos.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Mas, a Marie fez e…</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu não faria isso com você, sabe bem! Melhor não pensar muito.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ficaram
alguns segundos de silêncio, até que ela pulou no colo dele, puxando o
gelo de sua mão e lançando para longe. Demetrius tirou os óculos dela,
deixando sobre um apoio qualquer, finalmente vendo aqueles olhos
encantadores que sempre ficavam por baixo das lentes. Em seguida, eles
se observaram por uns segundos, sentindo a respiração um do outro nas
próprias faces. Pauline o beijou, mas, desta vez, feroz e com vontade. E
ele correspondeu da mesma forma!</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ao
soar de mais um alarme para o início da rotina na nave, os dois
acordaram e nem tinham o que descrever sobre a noite anterior, porque
não havia maneira de expressar o quanto de novas sensações e descobertas
eles tiveram. Procuraram as roupas espalhadas pelo quarto e se
vestiram. A mecânica aproveitou para dar mais uma olhada nos ferimentos
do médico. Os roxos ainda iam levar uns dias para sumir.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Eles se preparam para sair do quarto, mas antes eles se olharam e comentaram:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- O que aconteceu aqui fica só entre nós? - ele perguntou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- As meninas vão acabar sabendo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É verdade! - ele riu</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Foi só dessa vez! - eles disseram juntos</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Saíram
do quarto e se encontraram com as outras duas na mesma sala de sempre,
para os exames rotineiros. Lorraine e Marie já estavam lá e ficou bem
claro para elas o que tinha acontecido. Antes mesmo que pudesse começar,
um guarda apareceu e pediu para Demetrius fosse à sala do capitão e ele
imaginou que fosse pela situação da noite anterior.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Assim que o médico sumiu de vista, a general e a recruta foram sondam mais mecânica.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Como foi ontem? Vocês fizeram? - Marie começou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Podia ser menos direta né? - reclamou Lorraine</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Bom, é complicado de explicar. Eu cuidei dos machucados dele, rolou
algo entre nós e acabamos nos beijando e uma coisa levou a outra. Mas,
foi só dessa vez! Eu me deixei levar pelos sentimentos aflorados da
briga.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Acho que não foi só a briga. - declarou a general - Você gosta dele e ele de você.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Como amigo! - ela rebateu</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não só como amigo que queremos dizer. - a mais jovem retrucou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu estou confusa. - ela se sentou numa das cadeiras - Foi tão… Diferente! Eu nunca senti nada assim antes.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Conversem vocês dois mais tarde. Deixem a coisa seguir! - Lorraine sugeriu</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Mas ele é um homem! - Pauline declarou - É contra nossa natureza!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Era o que nós achávamos até poucos meses atrás. - disse a recruta - Eu achei que era e me atrai por um homem.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Tudo bem! Vou falar com ele mais tarde. Só estou com medo dessa conversa na sala do capitão.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Enquanto
isso, neste mesmo momento, Demetrius chegara à sala de controle e foi
levado à sala privada do capitão e falaria com ele. Ao entrar na porta,
ele se deparou com o soldado White, com quem teve a briga, que mal olhou
para ele.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Finalmente chegou, Smith! Bom, vamos direto ao assunto: soube da briga
de vocês ontem. Não quero saber o motivo, mas ouvi que o nosso soldado -
aprontou para o outro - foi o responsável por colocar o bebê dentro da
nossa cobaia. Isso é verdade, doutor? Não minta para mim, sabe das
consequências!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sim, foi ele, Capitão. - não tinha como guardar mais o segredo</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Como eles fizeram isso? - levantou o capitão</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não sei uma expressão melhor, mas basicamente eles tiveram relações.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Com uma mulher? - se virou para White - Você é louco, mas isso pode salvar nossa espécie!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Senhor, - Cameron falou - durante a semana na Terra vimos alguns vídeos
antigos sobre como os humanos se reproduziam e foi isso que despertou
em nós um desejo, uma curiosidade.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Uma atração… - o médico completou, mais falando dele do que do outro</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Então,
uma tela se acendeu atrás do Capitão. Parecia que eram outros homens de
alto escalão de TERMINATED, do grande conselho, talvez para determinar
qual caminho seguir na pesquisa.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Ouviram senhores, já temos a resposta: Basta ter uma mulher e teremos
todos os homens necessários para subir nossa taxa de natalidade.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Capitão, não há garantia de que o bebê seja masculino… Pode ser feminino também!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Com base em que diz isso? - alguém na tela falou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Nas minhas pesquisas sobre os nossos antepassados. Antes da divisão, as
crianças nasciam de um sexo ou de outro. E eu já sei o porquê isto
acontece, mas tenho que testar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Pois trate de encontrar. - outra voz soou na tela - Nossa ordem é para engravidar as outras duas cobaias.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Como é?! - ele perguntou indignado - Não farei isso!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Por que não? Vai descumprir uma ordem? - Hughes pressionou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Gerar uma criança traz muitas mudanças para o corpo delas, é bastante
desgastante. Não vão querer cobaias cansadas para mostrar no planeta não
é?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Faz um pouco de sentido. - mais uma voz na tela falou - Porém, queremos
mostrar a nossa população e ao resto do conselho o que as mulheres
podem fazer e não pode ser só com um espécime.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Então, trate de escolher dois homens para terem relações com as outras
duas cobaias. - disse a primeira voz de novo - Queremos elas com bebês o
mais breve possível. E isto não é negociável!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Tudo bem! Vou informá-las imediatamente! Mas, quero tentar um outro método.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Qual? - bufou um na tela, achando que era uma chance de enrolá-los</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Não é necessário ter a relação em si, mas podemos pegar nosso esperma e
introduzir dentro delas, usando uma seringa, de forma artificial.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Bom, assim facilita o trabalho. Não vai ter nenhum homem não fazendo o que não gostaria.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">E a cabeça do médico pensou: E essas mulheres estarão fazendo o que não querem por puro capricho de vocês.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Se bem que, o doutor pode ficar com uma das cobaias. - comentou o
soldado com a cara roxa - Eu o vi saindo com a mecânica do quarto dele
hoje de manhã.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Isso é verdade?! - indagou o capitão</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Droga!
Ele queria que fosse segredo, ele queria que fosse só uma vez. Ele não
queria que as coisas seguissem este rumo. Precisavam agora, o mais breve
possível, avisar para o lado feminino desta divisão sobre a plano
maldito, porque ele sabia exatamente qual seria a última fala daquela
reunião.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sim, é verdade, senhores! Me deixei levar. - falou cabisbaixo</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ele está cheio de afeição com as três. - comentou White - Não me admira estar se tornando uma delas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Você pode só calar a boca?! - falou entredentes</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E se eu não calar? - provocou a outra parte</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Posso muito bem estourar a sua cara de novo!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Rapazes! - ordenou Hughes - Já chega. Está tudo resolvido.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E o médico pode ficar com a cobaia, se assim desejar. Já a outra, escolha alguém. - proclamou uma das vozes na tela</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Agora sim vai começar o nosso plano de acabar com as mulheres, ou
melhor, rebaixá-las ao pior lugar deste universo. - falou a primeira voz
na tela, gargalhando depois - E tornar os homens de TERMINATED ainda
mais fortes e numerosos.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Dispensados! - mandou o capitão</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Os
dois saíram da sala, sendo acompanhados pelos olhares dos outros na
sala de controle. O médico retornou para sua sala de origem, agora ele
tinha que contar tudo o que aconteceu e quais medidas contra a sua
vontade teria que realizar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">As
três mulheres o aguardavam apreensivas e já pressentiram o pior só de
ver a cara dele. Logo elas pediram para ele contar o que acontecera, que
se sentou na sua cadeia habitual e finalmente falou:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Em resumo, acho que vai acontecer o que vocês estavam temendo: ficarem grávidas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não acredito! - Marie incrédula</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
É verdade! E eu não tive como rebater, ainda mais porque o colega com o
qual briguei ontem fez o favor de espalhar as relações de vocês dois.
Agora os homens do alto escalão e do conselho sabem a forma de fazer
isso com vocês e agora querem que as três estejam assim, para mostrar
aos outros membros e seguir com o plano deles.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E qual seria este plano? - Pauline indagou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Rebaixar as mulheres, usando os corpos de vocês para aumentar a natalidade.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Isso é um absurdo! - reclamou Lorraine - Vão nos obrigar a ficar com homens para tal.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Bom, para isso eu tenho uma solução. É só um “menos pior”, mas em
minhas pesquisas encontrei uma coisa chamada inseminação… - e explicou o
procedimento, falando em seguida - Precisamos urgente mandar a nossa
mensagem ao governo de NEO.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Hoje a noite mesmo estarei de guarda no turno mais tarde, próximo a sala de controle.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Meu turno já é mais tarde hoje também.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ótimo, vamos executar hoje então. Não da forma que queríamos, mas vai ter que servir.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E já decidiu quem vai ser o pai dos bebês delas? - perguntou Marie, preocupada</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Eles permitiram que eu escolhesse, mas quero dar essa permissão a
vocês. E eles já até souberam sobre mim e a Pauline, me deixaram ficar
com você, se eu quisesse.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">As
três percebiam o quanto ele estava nervoso com tudo aquilo, Demetrius
sempre foi bastante educado com elas, mesmo em meio aquela péssima
situação em que se encontravam. Ele realmente tinha apreço por elas,
realmente se tornando parte daquele grupo e ele queria protegê-las,
assim como protegeria aos outros de sua espécie. </span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu já tenho uma ideia de quem eu quero. O meu companheiro de guarda, o Miles.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Tudo bem, vou avisar a ele e ao capitão. Mandarei ele colher o esperma e faremos o procedimento amanhã.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E você, Pauline? - questionou a mais nova</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Acho melhor, Marie, deixarmos eles sozinhos. - Lorraine pediu - Vamos aproveitar e dar um jeito na bagunça daquele quarto.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ambas saíram do recinto, pois sabiam que aquele momento seria bastante pessoal para os dois e não queriam atrapalhar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Assim
que a porta se fechou, Pauline se aproximou do médico, tocando em seu
braço. Os dois trocaram um olhar que podia dizer muitas coisas, por fim,
a mecânica falou:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Para mim, pode ser você.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Então, colherei o meu amanhã para o procedimento também.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não! Não desse jeito. Se formos fazer isso, quero que seja igual ontem.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Tem certeza? - ele finalmente correspondeu ao carinho dela</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sim! Eu não me importo de ter um bebê seu! - ela sorriu, quase chorando - Ai, eu sou uma tonta! Sentindo isso por um homem.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu sou um tonto também, ao sentir isso por uma mulher. - secou a lágrima dela que escorreu</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Somos iguais então!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Os dois se beijaram, com a mesma vontade de horas antes.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Agora, eu preciso ir ajudar as meninas a arrumar o quarto. Te vejo mais tarde?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Nos vemos mais tarde! - respondeu sorridente</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Bem
mais tarde, quando maior parte da nave já estava descansando e o curso
estava ligado no piloto automático, Lorraine fazia a sua ronda noturna
perto do local programado. Era apenas o primeiro dia dela trabalhando
naquele horário, então ela queria passar o mais despercebida possível,
para não dar pistas do plano.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Pauline
também participava de arrumações noturnas, passeando por diversos
cantos escondidos da nave, também não querendo chamar atenção.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Já
Demetrius e Marie ainda estavam no quarto, porém os relógios estavam
sincronizados para a execução. Na hora do jantar, eles programaram tudo e
agora era a hora da verdade.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A
general e a mecânica se encontraram primeiro, indo direto à sala de
controle. Uma ficou de guarda na porta, enquanto a outra foi tirar a
peça que precisavam para mandar a mensagem.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O
médico e a recruta se encontraram na metade do caminho entre seus
quartos e rumaram para o lugar marcado, encontrando as outras duas lá.
Eles entraram e já estava tudo pronto, era apenas gravar a mensagem e
enviá-la em seguida. Não fora uma tarefa tão difícil para a mecânica,
que já fizera aquilo outras vezes nas naves femininas, ainda mais quando
haviam batalhas espaciais.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Então, o médico e recruta se puseram à frente da tela, falando o seguinte na mensagem:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Aqui é o doutor Demetrius falando direto da nave militar masculina
TREASURE para o planeta NEO. Três de suas soldados da missão à Terra
foram raptadas e mantidas como reféns e cobaias. Durante o monitoramento
das suas funções corporais, descobrimos que a Marie - ela apareceu na
tela e mostrou a barriga - estava grávida. Mas, ela não fez o processo
do mundo feminino, na verdade ela teve relações com um homem e isto
aconteceu. O bebê dentro dela é do sexo masculino! Sei que é muita
informação para assimilar de uma vez, mas os homens da mais alta patente
de TERMINATED descobriram isso e me ordenaram engravidar as outras duas
cobaias, para mostrar ao governante do planeta o plano deles, que é
transformar os corpos das mulheres em incubadoras para os futuros
nascidos do planeta. Estou enviando essa mensagem não por mim, mas pelas
três mulheres que estão aqui e por todas as outras. Eu só queria uma
forma de subir a taxa de natalidade em meu mundo, só que não desta
forma. Só espero que a nossa mensagem chegue a vocês, como um aviso e
também um pedido de socorro!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ele
parou a gravação e mandou imediatamente para o destinatário. Era o que
eles podiam fazer por enquanto, agora era esperar uma resposta.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Pauline
recolocou a peça no lugar, apagando o envio da mensagem do histórico,
para tirar qualquer evidência e os três saíram da sala de controle.</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Mais um longo período se passou dentro da nave, mas dessa vez eles já estavam mais perto de TERMINATED.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A
general foi inseminada com o esperma do homem que ela escolheu, seu
colega de trabalho, o procedimento ocorreu bem e em poucas semanas ela
confirmou a gravidez.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Pauline
e Demetrius continuaram se encontrando no quarto dele por diversos
dias, aproveitando para descobrir mais sobre aquilo que eles sentiram da
primeira vez. E cada noite, eles se conectavam ainda mais e isto só se
reforçou quando poucas semanas depois ela também confirmou uma gravidez.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Enquanto
isso, a barriga e o bebê de Marie cresciam cada vez mais e o momento do
nascimento do bebê se aproximava. Pelos cálculos do médico, ele
nasceria quando já estivessem no planeta.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Outro
homem ingressou no grupo, Miles, que foi o rapaz que Lorraine escolheu
como doador, era um dos guardas da nave, que por conta da companheira de
trabalho já tinha se aliado às mulheres também. E ele fazia questão de
acompanhar todos os detalhes do crescimento do bebê, porém a relação
dele com a general era apenas de amizade.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Inclusive, ambas as novas gestantes continuaram a cumprir suas funções dentro da nave, ainda era possível até a chegada.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">E
um dia, finalmente eles alcançaram a órbita de TERMINATED. TREASURE
permaneceu lá em cima, enquanto a tripulação desceu usando naves
menores, chegando no meio da base militar da capital do planeta.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">As
mulheres se chocaram com o que viram. Era tudo meio marrom e bastante
simétrico, até as poucas árvores. Era um mundo bem oposto ao delas, que
se parecia e muito com a antiga Terra.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Todos
foram levados até uma casa dentro da base, que tinha uma área médica
que era super equipada com o que precisavam, afinal as três mulheres
eram ainda cobaias e prisioneiras. E lá o médico permaneceu, monitorando
as gravidezes e fazendo os exames necessários. As mulheres pediram para
que suprimentos fossem mandados para que elas pudessem comer e assim o
fizeram. </span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Nos
primeiros dias dentro da nova residência, o grupo recebeu uma encomenda
e uma mensagem vinda de um destinatário desconhecido, num dispositivo
portátil, que inclusive pedia para abrir com todo o recinto fechado. E
qual não foi a surpresa de ver que era uma resposta à mensagem que eles
enviaram naquela noite.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">No
vídeo, apareceu uma outra general de alta patente das mulheres,
acompanhada de uma cientista e também da governante do planeta. Elas
disseram o seguinte:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Olá, Demetrius, Marie, Pauline e Lorraine, recebemos a mensagem de
vocês dentro da FANTASIA. Nos assustamos ao ver uma de nossas soldados
na mensagem e tudo o que aconteceu com elas. Imagino que, se estiverem
vendo isso, já estejam em seu destino e todos estão com bebês na
barriga, certo? Encaminhei a vossa mensagem para a nossa governante e
também à nossa chefe de pesquisa, para que conseguissem buscar uma
solução para o que o doutor disse.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Bom, - começou a cientista - no pacote que receberam estão alguns
óvulos femininos que nós coletamos de nosso banco, já que geralmente
sobram muitos depois dos tratamentos. Nós, de NEO, cedemos ao doutor
para que ele use para buscar um novo método que não se aproveite das
mulheres. Só por ter sido você enviando a mensagem, acreditamos que seja
um aliado e demos um voto de confiança.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Com relação à política… - a governante desta vez - Em breve, deve haver
uma reunião com os líderes do planeta de vocês e já estou
providenciando alguma forma de conseguirem defender o ponto de vocês,
mas o doutor deve ter descoberto algo até lá. No mais, é isto! Qualquer
coisa, mandem outra mensagem.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ah, e se cuidem bem garotas! - disse a outra general</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">E a tela desligou! Agora, em solo do planeta masculino, o médico finalmente tinha a sua nova missão.</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">E
assim, mais uns dias se passaram… Até que finalmente Marie começou a
reclamar de algumas dores intensas, o que durou horas e mais horas,
quando a bolsa se rompeu. Com ajuda das amigas e do doutor, ela
conseguiu trazer ao mundo um lindo menino e o primeiro bebê masculino em
milênios.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ele é tão lindo! - disse Lorraine</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Que nome vai dar para ele? - perguntou Pauline</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Vai ser Elliot!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É um belo nome! - Demetrius sorriu</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A
nova mãe foi tratada e logo foi descansar e começou a cuidar do seu
filho, contando com ajuda das outras duas. O dia fora bastante agitado
para todos e logo se recolheram. O médico e a mecânica, que agora
dividiam o mesmo quarto, ficaram conversando antes de pegar no sono:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Que dia longo! - ele falou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sim, sempre o dia do nascimento de um bebê é assim.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Em alguns meses será o nosso! - fez carinho na barriga - Amanhã vou ver se dá para descobrir se é uma menina ou um menino.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- O que você prefere? Outro menino como a Marie?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Pouco me importa! Eu nem queria que você estivesse assim para começar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu sei! - pôs a mão por cima da dela - Mas já que estamos aqui…</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Prefiro não me antecipar. O que vier para mim está bom! - ele sorriu</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E descobriu o que fazer com os óvulos?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu pensei muito nestes dias e talvez eu os insemine. Mas vou precisar fazer bem minuciosamente. Mas, vai dar certo!</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Já
no dia seguinte, as mulheres foram para seus exames de rotina. E dessa
vez, havia um novo paciente, que foi consultado primeiro junto de sua
mãe, para que ambos voltassem para descansar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Depois
foi a vez das outras duas. Primeiro, Lorraine, que já estava
acompanhada de Miles. Ela levantou a blusa, exibindo a barriga já um
pouco crescida. O médico colocou o gel sob o abdômen inchado e colocou o
aparelho em cima, passeando pela pele, enquanto sua tela mostrava o que
estava lá dentro. Ele foi conferindo coisas que não fizera no dia
anterior, já que todos ficaram na loucura do parto de Marie.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Então, ele finalmente viu o que estava procurando e declarou:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Bom, parece que temos outro garotão aqui! - ele sorriu - No mais, ele está saudável e crescendo bem!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Limpou a barriga dela e a liberou, a general desejou boa sorte à amiga e saiu, deixando apenas Demetrius e Pauline na sala.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Agora é a sua vez!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Confesso que estou um pouco nervosa.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Vai ficar tudo bem!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ela
levantou a blusa, revelando a sua barriga, que das três ainda era a
menor, talvez por sua gravidez ter sido a última. O médico fez um
carinho ali e depois pegou na mão dela. Para ele, era sempre uma coisa
estranha estar monitorando o seu próprio filho, quando pensou que nunca
teria um.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Da
mesma forma, colocou o gel e repetiu o procedimento, vendo as mesmas
coisas que na paciente anterior e outra vez apareceu o que ele queria.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Viu alguma coisa? - ela já ansiosa</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Vi sim! - virou a tela na direção dela - Não vejo nenhuma antena aqui. -
falou brincando - Temos uma menina aqui! - ele se alegrou, permitindo
que uma lágrima escorresse</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ela
também chorou, talvez, por ser menina talvez fosse permitido que
ficasse com a criança. Não tinha comentado com ninguém, mas ela tinha
medo de seu bebê ser masculino e que o planeta ficasse com ele depois de
tudo isso.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O médico levantou-se de sua cadeira e se aproximou dela, beijando-a.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Vai ficar todo melado de gel! - ela riu quando se separaram</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Verdade. Deixa eu te limpar. - pegou um tecido e começou a tirar o gel -
Talvez o alto escalão não goste muito que teremos uma menina, mas estou
muito feliz! Espero que ela se pareça com você.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ela baixou a roupa, descendo a maca. Antes de sair para deixá-lo no laboratório trabalhando, ela perguntou:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E já conseguiu alguma coisa com os óvulos? E aquela grande reunião?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Eu os fertilizei hoje mais cedo, as divisões celulares aconteceram,
então imagino que tenha funcionado. Mas preciso da incubadora para saber
se deu certo mesmo! Quanto ao Conselho, agora que o bebê da Marie
nasceu, finalmente devem marcar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Será que a defesa de NEO virá nos ajudar?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu imagino que sim! Mas, nunca se sabe.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Bom, vou deixar você trabalhar. Até mais tarde!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Até mais tarde!</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Alguns
dias passaram e conforme o médico falou, o Grande Conselho com os
grandes de TERMINATED foi marcado. No horário estabelecido, um carro
veio buscá-los e os levou ao grande prédio central onde as grandes
decisões do planeta aconteciam. O destino dos dois mundos seriam
decididos naquela grande reunião.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O
doutor Smith, contando com a ajuda das outras, havia se preparado para
fazer a sua defesa e apresentar a sua grande pesquisa. Ele já tinha tudo
o que precisava para evitar que acontecesse o rebaixamento das
mulheres.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O
grupo, formado por Demetrius, Pauline, Lorraine, Marie com Elliot e
Miles, chegou à grande sala e todos os alta patente e também
conselheiros já estavam à espera deles. E um dos que estava lá era o
Capitão Hughes, que os trouxe até ali, havia semanas que eles não viam.
Os conselheiros fizeram uma cara de choque quando viram as duas grávidas
e um bebê, nenhum deles jamais tinha visto um. Então, um conselheiro
começou:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Sejam bem-vindos ao Grande Conselho! Hoje iremos decidir sobre o futuro
reprodutivo de nosso planeta e vejo que já temos três ótimos espécimes.
A palavra é sua, doutor!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Obrigado! Sou Demetrius Smith, eu estava na missão da TREASURE no
planeta Terra quase um ano atrás e lá conseguimos três cobaias do sexo
feminino. Primariamente, comecei a observar seus corpos, para entender
como funcionam, contando com auxílio dos materiais que coletamos na
nossa missão. Porém, a coisa mudou quando descobrimos que a Marie estava
grávida…</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Desculpe interromper, senhor. - falou outro - O que significa esta palavra? Não entendi!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É quando uma mulher descobre que está carregando um bebê. - respondeu Pauline</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E você quem é? - perguntou o primeiro que falara</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Vou apresentá-las a vocês! - e disse o nome de cada um - Posso continuar com que estava falando?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Todos na sala assentiram e ele prosseguiu:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Bom, com a descoberta fiquei sem reação e sem entender, tanto que achei
ser um parasita no início. As próprias mulheres que me explicaram
melhor como tudo funcionava e contei com isso e os outros dados para
monitorar o bebê. - e um grande telão se acendeu - Estas aqui são alguns
deles neste começo e claro, do avanço da gravidez de Marie.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Mas pelo que soube, as mulheres são capazes apenas de ter meninas e pelo que soubemos este bebê é um menino.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sim, este dado está correto. - afirmou Demetrius</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Nós mulheres temos um jeito de reprodução em que duas mulheres juntam seus genes e uma carrega a criança. - explicou Lorraine</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Achamos que a criança era uma menina, mas quando fui ver num dos exames
de rotina, encontrei um órgão masculino e logo depois, elas me disseram
de onde essa gravidez surgiu, quer dizer, como este neném foi feito.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Fiquei uns dias perdida na Terra e até virem me resgatar, eu estava na
companhia de uma soldado da brigada masculina da missão. Acabamos nos
envolvendo e ele me traiu.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Esse homem é louco! - soltou um - Ele está vivo?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Muito vivo e muito bem, sem se importar com o filho dele. - comunicou Marie</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sinto muito! - falou outro conselheiro</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Eu tentei manter a informação em segredo, mas o próprio soldado em
questão contou tudo para a nave inteira e a história chegou até vocês e
bem, daí que veio a ordem de que as outras duas cobaias fossem
engravidadas também.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E como fizeram isto?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Comigo, - Lorraine iniciou - foi escolhido um homem doador e o esperma
dele foi injetado dentro de mim, sem precisar de relação. E este homem
foi o Miles. - apontou para o amigo</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Já eu, bem… - Pauline olhou para o doutor - Acho que está bem claro
para todos que eu e o Demetrius estamos juntos e fizemos este bebê
usando métodos naturais.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E o que resultou dessas gravidezes? - indagou o capitão</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- A Lorraine espera um menino, mas a Pauline espera uma menina. E eu descobri o motivo disso!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Parece que elas vão explodir! - comentou mais um conselheiro</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Isso porque o senhor não me viu nas últimas semanas. - comentou Marie - Antes dele nascer.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E Smith, o que faz essa determinação do sexo?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
O nosso cromossomo. Eu mesmo descobri analisando minuciosamente e
comparando com o DNA feminino. Elas têm um cromossomo só e nós temos
dois, que na hora da divisão de espermatozóides podem ter um outro ou
outro, se juntando com o óvulo delas e determinando o sexo. - tudo isso
sendo explicado com uso de imagens</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Mas como isso não acontecia na nossa clonagem? - indagou outro</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Eu pensei a mesma coisa, mas a nossa clonagem usa metade de um DNA e
metade do outro, ambos de outros tecidos que não dos reprodutores, então
dava esta falha de nascer sempre um homem.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Então é só termos uma mulher que podemos ter bebês assim?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Não se precisa necessariamente uma mulher, mas a parte reprodutora
dela, o óvulo, que tem uma taxa de sucesso bem mais efetiva do que a
nossa clonagem, só pensar que era isso que nossos antepassados de
milênios atrás faziam e se espalharam pelo universo inteiro.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Nossas incubadoras não suportam coisas assim. - falou um, que claramente queria uma desculpa para uma guerra</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Nossas incubadoras geram crianças maiores, um bebê deste tamanho não é nada! - reclamou o médico</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E como sabe de tudo isso, doutor? Onde conseguiu o que precisava para fazer suas experiências além das cobaias?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Para o gene masculino, usei o meu e o de nosso colega Miles, aqui do lado. Já o feminino…</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Um som forte assustou a todos, era a porta sendo aberta com a entrada de um grupo de mulheres, usando os uniformes de NEO.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Olá, senhores! Desculpem a interrupção! Eu sou a Dominique,
representante de NEO, em nome da nossa presidente e soube que hoje teria
que defender essas mulheres e o nosso futuro.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ah, vocês vieram. - Marie sorriu, aliviada</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Por que não viríamos, quando claramente esses homens estão montando um
plano para nos transformarem em incubadoras dos bebês deles? - ela olhou
para o médico</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Para essa parte, usei os óvulos que me foram doados pelo planeta NEO, porque contei sobre este plano nefasto que vocês têm.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Que absurdo! Com base em quê nos acusa disso?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Meu senhor, temos três mulheres aqui que além de raptadas, foram
engravidadas e seguiram com gestações que elas não gostariam, por puro
capricho de vocês. Para descobrir um jeito de solucionar a baixa taxa de
natalidade de vocês. - declarou a representante</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Que fique claro que eu fui contra engravidá-las à força! - Demetrius complementou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Mas transformou essa aqui a seu favor. - apontou um para Pauline</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Que fique claro, antes dessa história toda, eu tive uma relação com ele. - ela defendeu</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Começou um alvoroço na sala, quando Dominique vociferou:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Vocês só querem uma desculpa para começar mais uma guerra conosco e tenho quase certeza que estão atrás disso!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É uma situação que pede uma medida drástica! - disse um dos conselheiros - Aliás, vocês logo se recuperam disso. É rápido!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Você sabe quanto tempo dura uma gestação, senhores? - questionou a representante - São nove meses… Bem longos!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Você está mentindo para nos enrolar. - revoltou-se outro</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Posso afirmar que isso é verdade! - declarou o Capitão Hugues - A moça
que está com bebê nos braços passou boa parte de nossa viagem grávida.
Nós viajamos por oito meses da Terra até aqui!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É um absurdo! - reclamou outro - Precisamos aumentar nossa natalidade rápido, mas levar todo esse tempo é demais!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E para gerar uma só! - protestou outro</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ah, os homens e a pressa. - bufou Lorraine num cochicho - Desde a nave percebia isso.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E quanto tempo leva para as incubadoras de vocês gerarem as crianças? - indagou Dominique</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Cerca de umas 12 a 24 horas, ou seja, um dia no máximo. Mas isso é com a
clonagem, eu ainda não pude testar com a junção dos óvulos.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Os
conselheiros começaram a conversar paralelamente, numa pequena
discussão do que deveriam fazer, já que eles não tinham ideia do tempo
que levava para a mulher gerar o bebê. A representante pediu a palavra:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Senhores, tendo em vista este problema, lhes ofereço um acordo e uma
solução. Nossa presidente está interessada em tempos de paz, assim como
boa parte das mulheres em nosso planeta e acabar finalmente com essa
guerra milenar entre nossos povos. Então, o médico Demetrius Smith
parece ter descoberto um meio alternativo de reunir os genes de homens e
mulheres para que não precisassem se “misturar” conosco. Deixem-o
testar nas incubadoras.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E se der certo? Ou se der errado?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Se funcionar, nós mulheres lhes doaremos óvulos anualmente. Muitas de
nós congelamos na juventude, mas não usamos todos. Se der errado, nós
vamos continuar buscando uma alternativa. Como disse, minha presidente
só quer o fim desta guerra não declarada.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Interessante! - falou um</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Eu gostei da proposta! - proclamou Hughes - E sinceramente, eu convivi
até que um pouco com elas três durante a viagem e as mulheres não são os
monstros que vocês pensam. Meu voto é em apoiar e aceitar o pedido da
representante.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu também! - e essa fala repetiu-se várias vezes até se tornar unânime na sala</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Bom, rapaz, - disse Lorraine - parece que conseguimos.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É sim! Conseguimos! - sorriu e olhou para Pauline, que veio lhe abraçar</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Poucas
horas depois, naquele mesmo dia, o médico foi levado até as incubadoras
e colocou três em funcionamento para o seu teste. E para sua
felicidade, as três deram certo e os bebês começaram a se desenvolver.
Ele chamou os conselheiros e lhes mostrou, assim como fez com a
representante. E em cerca de poucos dias, nasceram três novos bebês
meninos, que foram destinados para serem cuidados e criados.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O
plano tinha dado certo, o problema dos homens estava resolvido e
nenhuma mulher mais precisaria ser incubadora de bebês para o planeta.</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Alguns anos depois</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Demetrius
chegou em casa, depois de passar um dia num plantão daqueles no
hospital, conviver com bebês e suas mães era o que mais gostava de
fazer. Ele se mudara para NEO com Pauline e as outras duas, deixando
toda sua vida lá para trás, recomeçando tudo. No começo foi bastante
estranho para as mulheres do planeta terem um homem andando pelas ruas,
mas com o tempo se acostumaram com a presença dele, assim como todos os
outros que se mudaram para lá, incluindo o guarda Miles, que trouxe seu
filho Bart consigo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ele abriu a porta de casa e logo suas pernas foram agarradas por uma garotinha que se parecia muito com a mãe.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Madeline, filha, cuidado que o papai está cansado. Ele trabalhou o dia
todo! - a voz de Pauline veio de outro cômodo até a sala</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Está tudo bem! - se abaixou na altura da menina - Dá um abraço! Eu estava com saudades!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A
pequena pulou no pescoço dele, apertando o mais forte que podia. Logo
ela saiu e voltou a brincar, então ele foi falar com a esposa.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E o seu dia, como foi? - se aproximou, lhe dando um beijo</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Cansativo! - ela riu - Não é fácil tomar conta dela com essa barriga
cada dia maior. Mas, quando ela foi para a escola, consegui consertar
algumas coisas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não consegue parar de mexer em máquinas, né?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Assim como você não consegue parar de estudar o corpo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Termos visita hoje?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sim, logo eles chegarão. Vão trazer as coisas, eu não tive tempo de cozinhar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não teve tempo ou você não quis?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Um pouco das duas coisas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ela ia dizer uma coisa, mas parou quando sentiu um chute forte na barriga. Imediatamente, ela pôs a mão dele em cima e falou:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ele sempre fica assim quando você chega.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Estou ansioso para conhecê-lo. - disse fazendo carinho</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Logo nós iremos. Inclusive, escolheu o nome?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sim, vai ser Matheo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É lindo! - ela sorriu - Nem eu poderia ter escolhido melhor.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Mas você escolheu Madeline.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu sei! Mas eu sempre tive diversas ideias para nome de menina, mas não para de menino.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A
campainha tocou. Demetrius foi atender e eram as suas visitas. Lorraine
- que continuava trabalhando no exército de NEO -, Marie - que se
tornou professora -, Miles - que abandonou a carreira militar, virando
diplomata - e as duas crianças, Elliot e Bart, que regulavam idade com
Madeline. Eles traziam a refeição daquela noite, que era mais uma
desculpa para eles se reunirem para conversar e se divertirem.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O
grupo que se uniu em meio a um universo praticamente partido, com a
grande divisão de mulheres e homens, juntos trazendo a solução para
evitar uma guerra, dando esperanças e uma perspectiva de um futuro
melhor.</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">"Também estou pensando em uma nova promessa</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">dias desastrados</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Paixão Inflexível</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">para o futuro</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">As pessoas serão testadas e se tornarão mais fortes</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">agarre-se a grandes esperanças</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">(...)</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Um lindo céu estranho, para sempre</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Eu quero começar, meu coração está gritando</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Você está indo para essa nova terra"</span></i></p><p><br /></p><p><b>(NEO FANTASIA - Minori Chihara)</b></p></div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;"> <br /></div>Anelisehttp://www.blogger.com/profile/06098998692638161206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7232565380437790999.post-70141124428417364422022-09-30T10:00:00.003-03:002022-10-05T18:30:30.931-03:00O Segredo das Fadas - 12 Meses com Minorin: Setembro<div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhG4fhx5wkVY8wR0EzucZTRz08VkfEFhJRPMv47tjvK4J34hjlLevDP1hhn9-nR1ruMhDIlgQMLx1pPIMnyx8681QZrgfHJBKV6wEvdJb1iThV0q14uuP0HbS885TrYHTC7vdtOj5yfRwTIo6Rp7QGK8b93MjgVFF3me8NVOcQpR6M_8SnDatomHAQF/s1920/Fyling%20Forest.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1920" data-original-width="1920" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhG4fhx5wkVY8wR0EzucZTRz08VkfEFhJRPMv47tjvK4J34hjlLevDP1hhn9-nR1ruMhDIlgQMLx1pPIMnyx8681QZrgfHJBKV6wEvdJb1iThV0q14uuP0HbS885TrYHTC7vdtOj5yfRwTIo6Rp7QGK8b93MjgVFF3me8NVOcQpR6M_8SnDatomHAQF/s320/Fyling%20Forest.jpg" width="320" /></a></div><br /> <p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">"Vamos cantar juntos no meu sonho</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">É uma melodia de fadas</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">vamos cantar</span></i></p><p><br /></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">(...)</span></i></p><p><br /></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Até a manhã brilhante chegar</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Um conto de fadas de uma noite só</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A música suave nasce tão doce tempo bem-vindo</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Com uma estrela cadente cruzando o céu noturno</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">colete seus desejos</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Eu estou indo para sua cidade em breve"</span></i></p><p><br /></p><p><b>(Fairy Tune - Minori Chihara)</b></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O
Reino das Fadas - paralelo, misturado e escondido do mundo dos humanos
-, amanhece com uma notícia bombástica. A Rainha Iris, que está há
séculos no comando das criaturas mágicas, estava finalmente procurando o
seu sucessor. Ela não tinha nenhum herdeiro de sangue, então o critério
para sucessão era outro, a ser definido pela própria.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Um
dos requisitos era que o candidato devia ser diferente de todos os
outros, mas exatamente o quê ninguém sabia, talvez nem a própria rainha.
Porém, ao contrário do que pensavam, ela já sabia exatamente o que
buscava: uma fagulha mágica.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A
informação da sucessão foi enviada através de um decreto que circulou
magicamente e rapidamente pelas árvores e flores que ficavam junto das
casas das fadas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Elas
vivem reclusas e protegidas em florestas remotas, escondidas das
grandes aglomerações e cidades humanas. Convivendo em harmonia com os
pedaços restantes de natureza.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Possuem
os mais diversos poderes, a maioria deles relacionados à natureza, como
manipular flores, frutas e elementos. São pequenas, mas podem mudar de
tamanho sempre que necessário, podendo até se misturar com a raça de
tamanho maior.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">É
bem provável que exista uma fada vivendo bem ao seu lado e você não faz
ideia! Ou você pode ser uma fada e não sabe! Assim como a fada desta
história!</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Elina
cantarola distraída em seu ateliê, enquanto termina de confeccionar
mais uma peça encomendada. Ela trabalha como artesã, com o seu pequeno
próprio negócio já tem alguns meses. Fazia parte de uma grande
corporação e fazia muitas coisas ditas comuns para os humanos, mas agora
ela finalmente realizava o seu sonho de infância de trabalhar fazendo
artesanato e ela gostava de tudo um pouco, desde pintura, bordado,
pedrarias, tecidos. Se sentia mais do que realizada em seu novo
trabalho, mesmo que ele não desse tanta dinheiro como outros gostariam.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ela
escuta Dalila, sua mãe, chamar do andar de baixo da casa, desce para
atender e enquanto seus pés tocam cada um dos degraus, sente o cheiro
delicioso de comida tomar conta de suas narinas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Que cheiro maravilhoso! O que está fazendo?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- O seu favorito: Bolo de chocolate.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Mas, mãe, são duas da tarde, eu almocei há pouco tempo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Nunca é cedo demais para comer algum doce. E você tem trabalhado tanto,
merece um descansinho. - sorriu - Aproveite que está quentinho! -
indicou para a filha se sentar</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A
mais velha colocou um prato de sobremesa com uma fatia generosa de bolo
cortada e repleta de cobertura do mesmo sabor. A filha agradeceu e
Dalila retornou a seus afazeres. Porém, a mais jovem nunca deixava de
observar a mãe na sua atividade favorita e que fazia muito bem:
cozinhar. Ela sabia que daria uma ótima confeiteira, uma pena que não
seguiu adiante, ficando apenas cuidando dela e de seu pai, que falecera
anos antes.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Elina
tinha uma noção de quantos anos sua mãe tinha, porém parecia que ela
tinha parado no tempo, pelo menos desde a sua adolescência. Tinha alguns
cabelos brancos, que aumentavam gradativamente e algumas rugas sutis,
mas o rosto da juventude nunca sumiu. A artesã só esperava que o tempo
fosse tão generoso assim com ela, já que haviam muitas coisas que queria
realizar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Tirou
um pedaço do bolo com uso de um garfo e levou a boca, sentindo o doce
se desfazer em sua boca, trazendo uma sensação de prazer que só o bolo
de chocolate era capaz. Valeu a pena ter parado uns quinze minutinhos
para aproveitar o bolo quentinho.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Elina estava tão absorta em seus pensamentos que quase não percebeu Dalila lhe chamando a atenção.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ah, oi, mãe. Desculpa!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sua Tia Venus!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- O que tem ela?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Mandou uma carta para nós!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Por que não faz como todo mundo hoje em dia e manda uma mensagem num aplicativo? Ou liga para você? É mais prático!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sabe que sua tia prefere métodos mais antigos, é com o que está acostumada.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E o que ela disse? É a época do ano da visita né?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Exatamente!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ela virá ou nós vamos?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Desta vez, nós é que vamos! - sorriu - Tem tempo disponível nesta próxima semana?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Tirando terminar essa encomenda, estarei livre.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ótimo! Vou avisá-la então!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Elina
terminou de comer e retornou para seu ateliê. Ficou trabalhando ainda
na peça, distraída ouvindo uma música e refletindo o quanto gostava de
seu trabalho, mas, como toda pessoa comum, precisava de umas férias.
Realmente passar uns dias reclusa na casa da tia que morava num sítio
afastado era o melhor a se fazer. Aproveitar apenas a natureza e quem
sabe até elaborar umas peças - descompromissadamente - e colocar para
vender depois.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Sua
vida tem sido apenas pegar encomendas e participar de feiras de
artesanato, era tanto trabalho que parecia que a inspiração e aquela
vontade de fazer simplesmente sumia, engolida pelo torrente de
obrigações do hobby que virava trabalho.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A
sessão de trabalho terminou assim que o sol sumiu da visão da janela,
trazendo uma artesã animada para a sua viagem dali alguns dias.</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A
semana passou tão rápido que quando se deu conta, Elina estava
desembarcando do carro junto com a mãe e de cara ao casebre simples da
tia. O sítio não era tão grande, ficava um pouco afastado da
cidadezinha, talvez uns 10 minutos andando, mas trazia o aconchego e
distância suficiente de outros seres humanos, deixando que as plantas e
outros animais imperassem.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A
Tia já as esperava de braços abertos e ambas foram abraçá-la, ficando
alguns minutos juntas, sem falar nada, apenas matando a saudade.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Irmã querida, que saudade! - disse se voltando a mãe e logo falou como a outra - E como vai a minha sobrinha artesã?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Vou bem, Tia. - sorriu - Saudade também!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Assim
como sua mãe, a Tia Venus também parecia envelhecer devagar, trazendo
apenas alguns grisalhos e marcas de expressão do tempo, mas bem leves.
Só que como ela não via sempre aquela parente, essas sutis mudanças eram
bem estranhas de não se notar tanto. Talvez fosse só coisa da cabeça
dela e deixou para lá!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">As
três entraram para dentro da casa, se alojando e deixando suas malas
nos lugares, pois aqueles próximos dias prometiam ser relaxantes.</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Já
no Reino das Fadas, tudo se encontrava um verdadeiro caos, pelo menos
perto do palácio da Rainha Iris. Todos os sóis, depois do anúncio da
procura de um sucessor, havia uma fila enorme de fadas dos mais variados
tipos e dos mais variados lugares, na esperança de serem escolhidos
como o herdeiro do trono. É uma honra imensa ser o governante das fadas!
Aliás, que criatura não iria querer isso?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A
Rainha se encontrava em seu posto de costume e fazia questão de receber
todos os que vinham se candidatar. Ela ouvia as aptidões, observava os
talentos, porém, nenhuma fada até então tinha a fagulha que ela estava
procurando.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ao
final de mais uma longa de maratona e com a chegada do anoitecer, Iris
se preparava para se recolher a seus aposentos, até que um conselheiro a
chamou:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Rainha, já descobriu o que está procurando em seu sucessor?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sinceramente, conselheiro, eu não sei. Queria achar uma faísca, mas é raro uma fada ter.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Faísca? Assim como o rei anterior viu em você?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Exatamente! Esta faísca é a sua magia própria, a sua força. É difícil de achar!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Mesmo com todas essas fadas que vieram hoje?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sim! São numerosas, mas nenhuma é especial. - passou a mão sobre o rosto - Meu medo é não conseguir encontrar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- A senhora vai, não se preocupe. Ela virá até você!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Assim espero! - agradeceu ao conselheiro - Vou me retirar, pode fazer o mesmo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Os
dois se despediram e foram cada um para seu lado. A Rainha não deixava
de se preocupar com a sua sucessão, ela precisava encontrar alguém à
altura para o reino que tanto amava.</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Elina
foi dar uma volta na cidade, aproveitar o período de final de tarde e
ver também como eram os itens dos artesãos do local. Ela ficaria
bastantes horas distraída, então as mais velhas poderiam colocar a
conversa em dia, pois não dava para fazê-lo através das cartas que
sempre tocavam.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Arrumaram a mesa do chá da tarde, com doces e bebidas próprias de sua infância, dando assim o pontapé inicial para a fofoca.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Então, como vão as coisas no Reino das Fadas?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- A Rainha Iris finalmente declarou a busca do seu sucessor. O reino está uma loucura! Por isso que eu fugi para cá.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ela não teve filhos mesmo então? Uma pena! Assim deixava tudo mais fácil. - Dalila comentou - E por que está tudo uma loucura?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Colocou um comunicado dizendo procurar uma fada com um atributo especial para que seja a nova governante por direito.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Deixa eu adivinhar: Todos resolveram se candidatar e todo o dia tem
filas e mais filas na porta do palácio e ela atende até o último.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Exatamente! - a outra riu - Tem certeza que tem mais de 30 anos que saiu do reino?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Algumas coisas nunca mudam, até da nossa amiga! - bebericou o chá - Eu não sei o que faria no lugar dela, sinceramente!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E não sente falta de lá? - perguntou curiosa</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- No começo sentia, mas me acostumei com a vida daqui. Encantei-me com os humanos e depois tive a Elina.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E ela sabe sobre a origem dela?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não acho necessário contar, Venus! Ela vive muito bem sem a magia.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Pode ser que ela descubra seu real potencial como uma fada. Já pensou nisso?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não sei como contaria… Pode ser um choque para ela!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ou será que você tem medo dela querer ir pro Reino e ficar?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ela nunca me abandonaria!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Você não sabe…</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E nem quero descobrir!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sempre muito cética! - e riu - Não muda nunca, Dalila!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não me critique, sua indecisa. Passa uma temporada em cada reino e não decide a qual pertence.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Já tivemos essa conversa! Pertenço aos dois, por isso fico lá e cá. Não
tem nada de errado nisso. - cruzou os braços - Errado é privar a sua
filha da verdade!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não vamos retornar a este assunto.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Só peço que reflita, irmã! Pode não ser tão horrível quanto pensa.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Pensarei então! - bufou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">De
repente, as duas viram um brilho imenso vindo do lado de fora,
especificamente da caixa de correio. Era uma luz que só as fadas eram
capazes de ver, simbolizando o uso da magia. Ambas foram até o lugar,
que ficava perto do portão de entrada. Venus abriu o compartimento e
puxou uma carta, esta que trazia o selo real. Rompeu o lacre e leu
brevemente o conteúdo, depois comentando com a irmã.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E tenho uma novidade! Daqui uns dias teremos uma visitante.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Visitante? Quem? Achei que seríamos só nós, como sempre!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Essa carta veio diretamente de sua majestade Iris. Ela quer descansar
um pouco da loucura da sucessão... Ou talvez será colocar as ideias no
lugar? - falou olhando novamente a carta - Isso não ficou tão claro!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Então vão ser dias bastante agitados. - completou a outra - Ela virá sozinha?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sim e disfarçada, obviamente. Ninguém pode saber que a rainha sumiu nessa situação.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Teremos que apresentar outra tia para minha filha agora.</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Alguns
dias depois, Elina estava distraída no pequeno ateliê improvisado que a
Tia fez para ela. Depois do passeio na cidade, vendo os itens
produzidos pelos locais e também em contato com a natureza, aconteceu um
pequeno surto de inspiração na artesã, que ao descobrir haver uma
pequena feira semanal na cidade, decidiu que ia participar dela. Ainda
bem que tinha ouvido o seu instinto de trazer alguns materiais na mala e
por sorte, sua nova ideia tinha como ser feita com os materiais que a
parente distante tinha perdidos em casa. Ela até ficou surpresa quando
soube que tinha justamente o que necessitava.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">As
mais velhas tinham saído para dar um passeio numa cidade vizinha e não
retornariam tão cedo. O que deixava para a artesã profissional o dia
todinho livre e em paz para trabalhar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Assim
como fazia em sua casa, pôs uma música alta, espalhou os materiais nas
mesas e se colocou a trabalhar. Eram as mãos trabalhando e em alguns
momentos o corpo curtindo as músicas e os cabelos batendo no ritmo da
bateria.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">No
meio daquela bagunça e oficina criativa, nasceram as primeiras novas
peças do novo item da grande coleção da Elina, mostrando sempre o lado
mágico que o artesanato podia trazer. Ela sorriu satisfeita com o fruto
da sua explosão criativa, orgulhosa das próprias ideias e construções.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Eis
que então, ela teve a impressão de ouvir uma vozinha chamando… Tentou
ignorar pois talvez fosse apenas impressão da sua cabeça. Porém,
novamente a voz insistiu! Resolveu olhar pela janela e verificou que
realmente tinha alguém gritando no portão. Mas, quem viria visitá-la
naquele lugar super afastado? Ou melhor, será que a visita era para ela?
Nenhuma das duas não comentou nada sobre alguém que ia chegar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Por
pura educação, a jovem resolveu atender ao chamado. Pausou sua música a
muito contragosto - porque ela odiava ser interrompida -, se direcionou
ao portão e abriu, dando de cara com uma mulher que parecia regular
idade com sua mãe e tia, porém ela tinha lindos cabelos azuis e olhos da
mesma cor! Parecia saída de uma história de fantasia, pois ela trajava
um vestido que estava na moda uns 50 anos antes. Não que fosse feio, mas
dava para ver o quanto era antigo! Trazendo também uma mala que parecia
parada no tempo. E assim como ela tomou um susto, parecia que a
misteriosa mulher também se impressionou com algo que viu.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Bom dia, senhora! - cumprimentou-a</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Bom dia, jovem. - respondeu - Aqui é a casa da Venus?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ah, sim, é aqui. Mas ela não está agora, foi passear na cidade vizinha, com a minha mãe.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E sua mãe é?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Dalila!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Por isso seu rosto me é tão familiar. Eu sou Iris, amiga das duas. Bem, fui convidada a passar uns dias aqui descansando.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Bom, elas não me avisaram nada. Só que você deve ter vindo de longe né?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Bem longe… - suspirou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Pode entrar, fique à vontade! Está com fome? - sorriu, fechou o portão
atrás de si - Ainda não almocei e logo ia preparar algo rápido para
comer.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Gostaria sim! Obrigada!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">As
duas entraram na casa, com a de cabelos azuis deixando a sua mala num
canto da sala, acompanhando a anfitriã inesperada até a cozinha.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A
mais velha observou a garota puxar um objeto engraçado do bolso da
calça, acendendo uma luz em seu rosto e batendo os dedos na tela de
vidro. Bom, ela não conhecia um celular! A mais nova estava mandando uma
mensagem para a mãe, dizendo que a visitante - que simplesmente
esqueceram de avisar que viria - chegara.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- O que faz? - indagou a mais velha, sentando-se à mesa</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Falando com a minha mãe. Avisando-a que você chegou!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ah, e isso é o quê? É um dispositivo mágico de comunicação?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
É só um celular! Mas, tecnicamente, para quem não entende parece magia
mesmo. - e riu, pensando que talvez a visitante vivia numa realidade
paralela, assim como a tia - Bom, vou preparar a comida. Já está tudo
semipronto, então vai ser rápido. Assim, não é igual a da minha mãe, mas
eu me esforço.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A
mais jovem começou a tirar as coisas da geladeira, colocando as coisas
para esquentar, enquanto preparava outras. Em alguns minutos, o cheiro
começara a subir. A forasteira observava a cena simples maravilhada. Era
realmente a primeira vez que a Rainha das Fadas visitava o universo dos
humanos e conhecia coisas como celular, geladeira e fogão à gás. Era um
mundo totalmente novo e incrível para ela, acostumada com o mundo das
fadas. Resolveu puxar assunto com Elina, para quebrar um pouco o gelo:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sabe, eu nunca tinha vindo para o lado de cá, é tão bonito! E você? Quando passou a se esconder no mundo dos humanos?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Oi? Não entendi! Esconder?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Você nasceu aqui?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Nasci onde moro com a minha mãe, vivíamos ela e meu pai até uns anos atrás. Hoje somos só eu e ela.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ah, é verdade, a Dalila se mudou faz muitos anos. Ela sempre gostou mais deste lado!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E você? De onde veio? - questionou a mais nova</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Talvez vá rir, mas vim do Reino das Fadas. Sou a Rainha!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Elina
gargalhou, aquilo só podia ser uma piada. Aquela mulher tinha aparecido
simplesmente do nada e ficava fazendo perguntas e falando coisas sem o
mínimo de sentido, sobre magia, sobre lado de cá, sobre reino das fadas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E eu sou de Fairytopia, amiga da Fada do Campo, aquela que nasceu sem asas. - ironizou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Nunca ouvi falar de Fairytopia. É o nome da colônia de fadas escondidas por aqui?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Moça, tem certeza que você não fugiu do hospício? Fica falando essa
coisa de fadas e tudo o mais! - virou, quase bufando de raiva, porque
não era possível</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Estou falando bastante sério, jovem. Não vim de tão longe para ser tão
desrespeitada ou chamada de louca. Se estivesse em meu reino poderia te
punir! - mudou o tom, deixando transparecer que estava falando a verdade</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Olha, me desculpe. É que eu realmente não entendo nada do que você está
falando… Essas coisas de Fadas, de Reino, de Rainha, de Magia…</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Como não entende? Você é uma fada, assim como eu!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Como é? - Elina se sentou em outra cadeira, na frente da convidada - Eu, uma fada?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Dalila é uma fada, isso faz de você uma também. Mesmo que seja filha
dela com um humano normal, ainda tem magia correndo em suas veias.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Espera aí! - sacudiu a cabeça - Minha mãe e eu somos fadas?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ah, não, ela nunca te contou sobre isso? - Iris olhou com pena - Estique a sua mão para mim, por favor. E feche os olhos!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Fez
conforme a mais velha pediu, com receio do que poderia acontecer. Ela
estava nervosa, pois aquela mulher começou a falar sobre várias coisas e
que ela não tinha como acreditar. Que história toda era aquela? Fada e
filha de uma fada? Talvez só pudesse tirar a história a limpo com a mãe
depois.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Respire fundo e fique calma. Nossa comida não vai queimar, eu estou
olhando. - tocou na mão da jovem - Pense naquilo que mais gosta de
fazer, no que você se dedica, canalize a energia disso para as suas
mãos.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Elina
se viu em seu ateliê em casa, confeccionando as peças, fazendo cortes e
costuras e a magia que só ela sabia dar às suas peças. A Rainha viu uma
aura de cor rosada aparecer mais nitidamente e essa energia apareceu na
mão esticada sobre a mesa.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Pode abrir os olhos!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Abriu os olhos devagar, com bastante medo e tomou um susto com a pequena luz de cor rosa que parecia uma chama em sua mão.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- O que é isso? - gaguejou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sua magia! - sorriu - E como foi bem fácil para jogar para suas mãos, deve trabalhar com elas. O que você faz?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu sou artesã, produzo peças e vendo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Ah, um dos trabalhos mais bonitos de uma fada. Dar vidas a objetos que
para outros não teriam utilidade e nem sentido. Transformando o mundo e
as coisas ao seu redor.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Exatamente isto!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Agora acredita em mim? - perguntou a mais velha</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sim! Só vou ter que conversar com a minha mãe mais tarde.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Depois quero ver o que você faz com essas mãos.</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Mais tarde, as mais velhas chegaram, pedindo todas as desculpas imagináveis por esquecerem de avisar a Elina sobre a visitante.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Ah, mas ficou tudo bem, não se preocupem! - discursou a Rainha - Ela me
recebeu muito bem. Até me falou sobre o trabalho dela, ainda verei o
que ela faz.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Tenho muito orgulho desta minha filha. - sorriu a mãe</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Já
era o horário do lanche, então todas se juntaram na cozinha para
fazê-lo. As duas que foram passear trouxeram alguns quitutes da cidade
vizinha, entre biscoitos, bolos e tudo mais. Coisas que levariam dias
para serem consumidas! Passaram um café fresco, que espalhou o seu aroma
no ar logo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Puseram
a mesa e logo todas estavam se servindo. A Rainha se serviu de um pouco
de café puro na xícara, deixando as fadas mais velhas curiosas, pois
aquela é uma bebida inexistente no mundo das fadas, sendo até muito
amarga para algumas delas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ela
levou o recipiente à boca e tomou um gole, fazendo uma careta horrível
logo depois, o que arrancou uma gargalhada das outras.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Argh! Como que vocês gostam disso? É amargo!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Você esqueceu de adoçar. - falou Venus, dando o pote de açúcar - Vê se melhora!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Iris
colocou umas três colheres de açúcar e tomou coragem para tomar
novamente, dessa vez mostrando uma feição de que estava melhor.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Bom, depois do açúcar é bem tragável. Mas temos coisas melhores no nosso Reino.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A
Rainha só sentiu um chute em sua perna, vindo da amiga repreendendo-a
por falar do mundo das fadas, pois pelo que ainda achava, sua filha não
sabia da existência.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Lamento informar, Dalila, mas a sua filha já sabe.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Como é? - bufou - Quem te permitiu contar à ela, Iris?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ora, você não comentou nada sobre uma filha e sobre ela não saber que é como nós!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ah, não comecem a discussão, vocês. - falou a Tia, depois olhando para a outra - Eu disse que era para falar com ela…</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Oi, gente, eu tô aqui viu? - a mais jovem chamou atenção - E, mãe, precisamos conversar sobre isso… Mais tarde se der.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Queria adiar isto, mas podemos conversar assim que terminarmos a refeição, tudo bem?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Por mim, ótimo! - sorriu a filha</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Por
um lado, a filha estava com raiva pela mãe ter escondido aquilo por
tanto tempo. Mas, por outro, ela queria entender se havia algum motivo
para que a mãe mantivesse essa informação importante guardada.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Elas
terminaram de comer, Iris e Venus foram arrumar a cozinha, enquanto a
mãe e filha foram para o lado de fora, para finalmente passar a história
a limpo. Sentaram-se no banco da varanda, viradas uma de frente para a
outra.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Então, filha, o que ela te contou?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Nada demais. Na verdade, é que ela chegou e começou a falar coisas sem
sentido… Sobre lado de cá, sobre Reino, sobre Fadas, sobre Magia. Eu
achei que ela estava louca, mas disse que era a Rainha das Fadas e que
eu era como ela e como você. Fiquei meio sem acreditar, até que ela
mostrou que eu tenho magia, saindo uma energia rosa das mãos.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ah, filha, me perdoe. Eu queria proteger você! Por isso nunca te contei.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Por que exatamente? Me explica!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Bom, muitos anos atrás, eu e sua tia viemos passear no mundo dos
humanos. Isso é normal, as fadas fazem bastante isso. Só que nisso
acabei conhecendo o seu pai, nos apaixonamos e eu decidi me mudar
definitivamente para cá.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Até aí, nada de anormal, mãe.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Um tempo depois, descobri que estava grávida de você. Eu fiquei tão
desesperada, pois sempre disseram que uma fada não poderia ter filhos
com humanos. Tanto que isso era uma coisa proibida, mas eu tive uma
gestação tão normal… Então, percebi que tinha algo mais nessa história
toda. Bem, só não querem que a nossa raça se misture com a humana. Eu
fiquei com medo de ser punida pelo que fiz, por isso nunca mais retornei
ao Reino das Fadas e tanto eu quanto seu pai escondemos sobre sua
verdadeira origem.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E de onde surgiu isso de que fadas não podem se misturar?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Uma lei bem antiga e que era punida com a morte. - ficou cabisbaixa - E
o que as pessoas falariam se você aparecesse soltando magia no colégio
ou na rua? Por isso nunca te contei e guardei este segredo! - e depois
sorriu - Só que eu sempre soube da sua magia, ainda mais quando
descobriu o amor pelo artesanato. Assim como eu com a cozinha.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A filha sorriu de volta, dando depois uma resposta à mãe:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Tudo bem mãe, eu entendo. Mas, se a Iris é agora a Rainha das Fadas, talvez ela não tenha mudado esta lei?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu não sei. Pode falar com ela sobre isso.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Contar a verdade mesmo? Será que ela entenderá?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Imagino que sim! Desde que éramos jovens ela tinha a mente aberta, ela foi treinada para isso.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Agora estou aqui pensando… Já que sou uma fada, tenho poderes e tudo o mais… Será que tenho asas também?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Vai depender da sua forma como fada. Você é só meio-fada, nunca vi uma, então não sei como se apresentaria na forma mágica.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Tantas coisas para eu aprender. - os olhinhos dela pareciam brilhar de empolgação</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Pode perguntar o que quiser. Eu te devo isso!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">E
assim, Elina passou longas perguntando à Dalila sobre como era ser uma
fada, detalhes do mundo delas, tudo o que ela queria saber. Algumas
coisas eram até parecidas com o que se via nos filmes… Fadas eram
pequenas, mas podiam se mostrar numa forma maior e humana. Elas se
escondiam nas florestas, trazendo harmonia para a natureza. E claro,
como toda criatura mágica, elas foram caçadas por bastante tempo, até a
humanidade ter outras coisas para se preocupar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Já
era bastante tarde quando a Tia chamou para ir dormir. Elina dormiu com
uma vontade imensa de conhecer o reino em que a Iris era governante.</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Na
manhã seguinte após o desjejum, a Rainha foi no pequeno ateliê
improvisado para ver as peças de Elina. O ambiente estava uma bagunça
criativa, com coisas espalhadas por todos os lados, porém a artesã se
encontrava ali.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Este aqui era o que eu estava fazendo ontem quando você chegou. - disse
mostrando uma figurinha pequena, com asas atrás - Chega a ser engraçado
porque é uma fada.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Isso é tão bonito, Elina! - sorriu Iris - Desde quando você faz isto?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Desde criança, não necessariamente essas fadas, mas diversas outras coisas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E como foi a conversa com a sua mãe ontem?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Foi ótima, Iris! Esclareceu bastantes coisas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ela disse que queria falar comigo também.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Ah, sim! Ela não chegou a comentar com você, mas eu sou Meio-Fada, pois
meu pai é humano. Ela disse que tem uma lei que proíbe as Fadas de ter
filhos com humanos.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Tinha uma lei! No meu reinado, eu a revoguei. Foi uma coisa recente, então muitas pessoas não sabem.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Mas, existem outras como eu?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Não tem como saber, mas tenho certeza que sua mãe não foi a única que
fugiu e procriou com um humano. - depois tocou na mão da menina - E essa
revelação explica várias coisas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Que coisas? Não comece a falar o que não entendo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Estava conversando com a Venus ontem, sobre o que eu senti na primeira
vez que te vi. Uma aura mágica bastante poderosa e diferente. Agora
sabendo de sua origem mestiça faz bastante sentido.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Poderosa e diferente?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Sua metade fada e metade humana parecem se equilibrar e se complementar
muito bem. Pode não parecer, mas humanos têm a sua própria magia, assim
como as fadas, mas elas se manifestam de outras formas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Interessante! E tem mais uma coisa que queria saber: Quando retornar ao seu reino, posso ir com você?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Claro que pode, Elina! - abriu um enorme sorriso - Será um prazer te apresentar o meu mundo.</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Elina
conversou com sua mãe sobre a sua vontade de visitar o Reino das Fadas.
A mais velha ficou bastante feliz quanto a isto, o seu maior medo era
que a sua filha a odiasse por ter escondido a verdade por tanto tempo,
mas ela parecia lidar cada dia melhor com a descoberta de ser uma Fada.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Alguns
dias se passaram e a Rainha Iris tinha que retornar a seu reino, Elina
iria a acompanhar na viagem e ficaria uma semana lá com ela, para
conhecer um pouco o Reino das Fadas. Ela fez uma pequena mala, com
poucas roupas e coisas, já era a governante disse que disponibilizaria
tudo o que fosse necessário, já que seria uma convidada especial no
castelo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Despediram-se da tia e da mãe, que falou:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Aproveite a estadia, filha. Depois me conte como está tudo por lá.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Pode deixar, mãe. Venho a tempo para a feira na cidade!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Então,
as outras duas começaram a caminhada, se afastando cada vez mais da
pequena casa e das mais velhas acenando no portão. Poucos minutos
depois, elas já estavam numa parte bastante alta do mato e quase
entrando em um bosque.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É muito longe? Porque estamos indo a pé!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Não! Logo chegaremos. Nós fadas, usamos portais para viajar para o
mundo humano e estes também têm a propriedade de mudar a nossa forma,
para humanoide ou fada, dependendo de para que lado estamos
atravessando.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Esses portais podem te levar onde quiser?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Sim! Não tem limite de distância. Por isso que vim bem rápido quando
sua Tia me convidou, só demorei mais porque precisei deixar uma coisas
encaminhadas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Difícil ser rainha não é?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu gosto, mas sinto que está na hora de me aposentar e quem sabe passar um tempo por aqui. - e riu</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O
comentário arrancou uma risada leve da mais jovem, ela já estava ciente
da busca de uma sucessora da Rainha, pois elas conversaram sobre isto
também. Talvez ser da realeza fosse como um trabalho sem fim, nada mais
justo que passá-lo a outra pessoa o mais breve possível.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Caminharam
mais alguns minutos, numa trilha já bem demarcada - por causa da Tia
Venus - e alcançaram uma clareira. No centro dela, havia um pedaço do
que um dia foi uma árvore imensa. Iris subiu na ex-árvore e se
concentrou, fazendo sua mágica sem palavras, apenas com as energias
azuis saindo de suas mãos.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Se aproxime, Elina, nós já vamos atravessar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ela
fez conforme a outra falou e primeiro um enorme clarão veio a visão da
jovem fada, depois se viu em um túnel flutuam junto a Rainha e as duas
pequenas malas. Do outro lado, era possível ver um cômodo grande, que
devia ser do palácio. Passaram pelo túnel colorido e outro clarão.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Quando deu por si, Elina estava caída no chão, a Rainha foi ajudá-la.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
É a sua primeira viagem, isso é normal. - e olhou com carinho para a
garota - Tem um espelho ali, se quiser se ver como fada. E boas vindas
ao Palácio e ao Reino das Fadas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Iris
continuava com os mesmos cabelos azulados, porém sua roupa agora era um
vestido belíssimo, em um tom de azul diferente. Na sua cabeça já estava
a coroa de rainha.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Imediatamente, uma serviçal entrou no recinto.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Bem-vinda de volta, majestade. - se curvou - Seu banho está pronto.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ah, obrigada. Inclusive, preciso que prepare um quarto para a minha convidada.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Claro! - e saiu para cumprir o pedido</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Logo, um conselheiro adentrou a sala.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Como ficou tudo durante minha ausência? - se dirigiu a ele</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Tudo nos conformes, menos o caos da sucessão. Muitos comentaram sobre a sua repentina ausência em um momento como este.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- O que importa é que agora retornei.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sim, majestade, mas os portões continuam lotados.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Enquanto
isso, Elina foi finalmente matar a curiosidade de como era sua
aparência como a sua outra metade. Foi até o espelho e se olhou, ficando
maravilhada com o que vira. Seus cabelos continuaram do mesmo tom,
castanhos, porém, suas roupas mudaram para tons rosados diferentes,
assim como suas asas, bem grandes e que pareciam saídas direto de uma
fantasia de carnaval por conta do brilho. Vestindo uma saia longa, um
top com estrelas e os pés com sapatilhas com fitas que iam até as
pernas. Até uma maquiagem mágica ela ganhou!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Foi o conselheiro que a tirou de seu devaneio de distração, pois perguntara dela para a Rainha:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E quem é esta jovem? Nunca a vi por aqui.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É minha convidada de honra, filha de uma amiga de longa data. Passara uma semana conosco antes de voltar para casa.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Olá, senhor. - se aproximou para se apresentar - Sou Elina, é um prazer.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Igualmente! - se curvou educadamente</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Logo irei atender a todos os que vieram, mas antes quero apresentar o palácio a minha convidada. Prometo não demorar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Claro, majestade.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O
conselheiro saiu, deixando as duas sozinhas, assim começando uma
pequena tour pelo palácio. A Rainha mostrou as partes principais, como o
jardim, o salão de baile, a sala do conselho real, o seu escritório
privado, além de muitos corredores entre estes lugares. Tudo era muito
bem colorido e decorado, dando um ar mágico que ela não sabia descrever.
Durante o breve passeio, ela resolveu perguntar a monarca:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não sabia que a sua sucessão estava tão complicada assim.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Eu abri para qualquer pessoa se candidatar. Estou percebendo que isto
foi um erro. Desde o dia do comunicado, passo horas e mais horas
conhecendo fadas de todo o reino que querem ser reis ou rainhas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E o que procura do seu sucessor, majestade?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Alguma coisa especial, um potencial, alguma fagulha mágica.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Tipo o que viu comigo?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Mais ou menos isso.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
A gente vai encontrar seu sucessor ou sucessora, posso ajudar enquanto
estiver aqui. - sorriu - E estou louca para conhecer a cidade e tudo o
mais sobre o Reino das Fadas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Faremos um passeio por lá amanhã. Agora vamos à sala do trono, porque tenho súditos a atender.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Elina
acompanhou a Rainha até a sala do trono e ficou de longe, por longas
horas observando a monarca atender a todos os súditos. A maioria veio
mesmo se candidatar para serem o próximo Rei ou Rainha, enquanto outros
vinham pedir ajuda para questões problemáticas envolvendo os locais onde
moravam. Uma fada de uma das províncias mais distantes veio pedir
auxílio quanto a diversas casas de moradores simplesmente sucumbirem,
por conta da destruição humana. A solução que a Rainha ofereceu foi
aumentar as barreiras de proteção mágica da região e também colocando as
criaturas mágicas da localidade para um local mais centralizado, longe
das bordas do reino, que infelizmente acabam diminuindo cada dia mais.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Era algo temporário e inevitável, mas ainda assim era uma resolução.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O dia fora bastante longo e tanto a recém-descoberta fada quanto a regente apenas jantaram em seus quartos e se retiraram cedo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Elina nem teve como comentar de tudo o que viu, pois ela mal falou com a rainha depois das audições diárias.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O dia seguinte prometia ser o do passeio pela capital do reino dos fadas.</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Assim
que o Sol despontou no céu, Iris e Elina se arrumaram e saíram para dar
um passeio. Não haveriam visitas ao castelo, conforme solicitado pela
monarca, então o dia todo seria apenas a nova Tia e Sobrinha.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Elina
saiu com a sua roupa normal, enquanto a rainha foi obrigada a colocar
um disfarce para que não fosse reconhecida nas ruas. Ela resolveram sair
voando por ai, até para que a nova fada aprendesse a nova habilidade e
só tinha um jeito eficiente: praticando.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A
grande capital do Reino das Fadas até se parecia com uma cidade grande
humana. Ruas lotadas, bastante barulhos, vendedores anunciando seus
produtos a plenos pulmões, fadas carregando bolsas e mais bolsas de
compras, apresentações nas ruas… Nada que não fosse atípico para Elina.
Exceto que tinha uma enorme floresta em torno da cidade.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O
primeiro ponto de parada foi o mercado ao ar livre, que costuma
acontecer próximo ao palácio. Ela vieram conversando enquanto viam os
mais variados tipos de itens, a Rainha começou:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Então, o que achou de ontem?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Achei bastante interessante, na verdade. Principalmente aquela que
pediu ajuda para o desmatamento humano. É verdade mesmo que seu reino
está diminuindo, Iris?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Cada dia mais, Elina! A nossa raça vizinha não mede esforços para
crescer, destruindo a natureza, enquanto nós tentamos viver em harmonia
com ela. O problema é que as ações deles podem acabar na nossa extinção.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É verdade! Imagino que isso não seja de agora e talvez seja por isso que tinha aquela lei?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Exatamente! Porém, agora temos alguns aliados do lado de lá, inclusive a
sua Tia Venus é quem me ajuda a manter contato com eles.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Nossa, eu não sabia disso.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Ela tem aptidões que você desconhece. - e mudou para um sussurro - Se
ela não ficasse perambulando entre os dois reinos, ela seria a minha
conselheira.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu concordo plenamente! - sorriu Elina</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E ai? Gostando de ter asas? - mudou de assunto a Rainha</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sim, só tenho que me… - e deu uma cambaleada pois uma das asas travou - Adaptar!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Para quem nunca voou, está indo bastante bem! Devo pedir um professor para você.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Professor de voo? E dá tempo? Não esqueça que eu só fico uma semana.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu sei! Digamos que vai ser só para você pegar o básico do básico. A maior parte aprendemos durante a vida.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Mas eu não tive uma vida de fada para aprender, Iris.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu sei! - sorriu - Ainda bem que não ficou com raiva da sua mãe por conta dessa história.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
É que foi tão surreal que demorou a cair minha ficha. Agora que vejo
como são as coisas, penso que ela fez bem em guardar por um tempo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">E
o passeio prosseguiu, com Iris e Elina comprando algumas peças de
tecidos, algumas frutas e poções. O resto do período de estadia parecia
bastante promissor!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Depois
das compras, foram fazer uma visita a praça central da cidade, que
ficava bem próxima ao castelo, porém elas foram ao museu que tinha perto
dali. Era o bastante conhecido Museu de História das Fadas, onde
contavam desde as origens da espécie até o período atual, tendo uma
parte bastante extensa sobre os antigos Reis e Rainhas das fadas,
chegando até a atual rainha. A mais jovem se manteve atenta e observando
todas as informações presentes, pois eram conhecimentos novos para ela.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Elina
tomou um susto quando viu quanto tempo de reinado ela tinha, já
passando dos séculos. E então, seus miolos fizeram algumas contas e ela
se voltou para sua companheira e fez uma pergunta:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Quantos anos uma fada vive? Não tinha essa informação por aqui.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Vivemos por séculos, se bobear. Eu mesma tenho mais de 300 anos…</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Como é? - quase gaguejando - Então, a minha mãe… E a minha tia…</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ah, sim, nós passamos nossa juventude juntas. Temos mais ou menos a mesma idade.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E eu? Sou só metade fada… - disse num sussurro</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Não faz tanta diferença. Os genes mágicos são mais fortes e se
sobrepõem aos humanos. Aliás, não perguntei, quantos anos tem, Elina?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Farei trinta em pouco tempo. - respondeu a jovem</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É uma fadinha bebê, praticamente.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu percebi. - fez careta</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Mas, não se preocupe, ainda vai aprender bastantes coisas nesta vida. - sorriu</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">E
assim, o assunto se encerrou. Elas saíram do museu e retornaram ao
castelo, subindo a enorme escadaria que ficava antes dele. Foi a
primeira vez que Elina se atentou em observar a grande construção, com
suas colunas trazendo um grande portal na entrada. O hall principal era
decorado com diversas pinturas e outras artes, o que deixava seus olhos
brilhando. Ela ainda iria conhecer cada cantinho daquele palácio até o
momento de sua partida.</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A
semana de visita de Elina se passou mais depressa do que ela pudesse
perceber. Passou aqueles dias observando um pouco do funcionamento do
palácio, da rotina da Rainha e também das outras fadas dali. Teve
contato com a cultura, com a mágica, com a habilidade de voar… E para
este três ela teve algumas aulas, que a sua anfitriã fez questão de
pedir para ela.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">E
muitas reflexões surgiram em sua mente, sobre a sua origem e em como
coisas que ela já tinha pensado faziam um certo sentido agora: como a
sua mãe não aparentar estar envelhecendo ou que a mesma colocava magia
na comida, por isso tudo era tão gostoso. A jovem estava mudando a sua
perspectiva de mundo num curto período de tempo e ela estava achando
isto maravilhoso.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Porém,
a fantasia de conto de fadas - e de que ela era uma fada - ficaria logo
para trás, pois logo retornaria para o Reino dos Humanos e com a sua
mãe para sua casa, o seu ateliê e os seus artesanatos. Ela ainda não
sabia o que ia fazer, talvez deixasse que o tempo pudesse lhe responder.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Elina
encontrava-se distraída em seu quarto, quando foi chamada para jantar
com a Rainha. Então, ela foi atender ao pedido da monarca, que já a
esperava sentada na longa mesa de refeições.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Elina, querida, sente-se. Fiz questão que os cozinheiros do castelo
preparassem um dos meus pratos humanos favoritos. - sorriu - Bom para a
sobremesa.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Que seria?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ah, é pudim! - riu</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Não sabia que a grande Rainha das Fadas gostava de pudim.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
A sua tia, num dos períodos de estadia por aqui, fez para mim e eu
fiquei apaixonada. Peguei a receita e de vez em quando como.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Tem muitos outros doces humanos que são maravilhosos. - e mudou de
assunto - Imagino que queria falar algo importante comigo… Você não me
chamou aqui para falar só do pudim.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Sabia que não ia conseguir esconder… Sei que amanhã será o dia de seu
retorno ao seu outro Reino e bom… Já tínhamos um baile programado para
esta data e eu gostaria muito que participasse. Será o Baile da
Primavera, a estação favorita das fadas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Um baile no Reino das Fadas? Isso sim é promissor e uma ótima
despedida! Posso adiar meu retorno em algumas horas. - sorriu, animada</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Que bom que gostou! Mandei preparar uma bela roupa para usar amanhã. As
criadas levarão para a hora da festa, espero que seja do seu agrado.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Todas as roupas que fez para mim já foram, este não será diferente.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Assim, o jantar chegou e elas ficaram conversando sobre outros assuntos.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Elina ficou animada, pois agora ela tinha uma festa mágica para ir. Ela não poderia estar mais empolgada!</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O dia seguinte inteiro foi uma agitação sem fim no castelo, por conta dos preparativos para a festa da noite.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Elina
passou o dia em locais mais escondidos, a fim de evitar um pouco da
confusão, já que ia interagir com bastantes indivíduos à noite.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Próximo
do horário, ela retornou ao quarto e lá estava uma das serva da rainha
esperando-a com a roupa para o Baile. Era tudo da mesma cor que aquela
mesma fagulha que acendeu de suas mãos na cozinha: rosa. Um saia longa e
esvoaçante, com um corpete da mesma cor e uma renda por cima, com
sapatos finos que se amarravam as pernas. Ironicamente, as peças
combinavam também com suas asas, da mesma coloração.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Fez
questão de fazer uma maquiagem especial para complementar o visual.
Depois, se olhou no espelho e ficou se admirando mais uma vez naquela
forma de Fada, com a qual ainda estava se acostumando.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Um
outro criado veio chamá-la para comparecer ao salão, pois a festa já
começara. Ela foi conduzida pelos corredores, percebendo o som da música
aumentar a cada passo que dava. Lá ela se encontrou com a Rainha,
usando o seu belo traje de gala, junto com a sua coroa, que era bem não
convencional - se for pensar numa coroa de rei humano. Ela estava parada
diante de uma cortina grande.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Que bom que chegou! Está linda!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Achei que já estava na festa.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu vou entrar agora e você é minha convidada de honra e virá comigo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">E logo depois, a música deu uma pausa e o anúncio foi feito:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- A sua Majestade, Rainha de Todas as Fadas: Iris. E sua convidada de honra: Elina.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">As
cortinas abriram e finalmente ambas foram reveladas ao público, que
saudavam com palmas. Todos os olhares do salão estavam para as duas, mas
Elina esperava que fosse por conta da Rainha e não dela.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A
música foi retornando, enquanto elas desciam os inúmeros degraus da
escadaria do salão, ainda sendo observadas. Quando alcançaram o piso,
cada uma das duas foi puxada para dançar por um cavaleiro no recinto.
Foi só mesmo para que aproveitassem a música e a festa.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">E
foi assim que a noite se seguiu, com bastante alegria, dança, comida e
bebida. Era a comemoração da chegada da melhor estação do ano para
aquela espécie, com suas flores e seu frescor.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Muitos
convidados observaram a acompanhante da Rainha e ficaram se perguntando
quem era aquela jovem fada, pois ela nunca havia sido vista por ali.
Alguns ainda tiveram cara de pau para perguntar à Rainha sobre quem era
ela, apenas para ouvirem de resposta:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É minha sobrinha, filha de uma amiga muito especial. Mas, ela está só de passagem e vai voltar para casa em breve.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Outros
mais incisivos e preocupados com a questão da sucessão lançaram a
pergunta de se Elina era a possível sucessora do Reino. A Rainha disse:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Quando a isso já fui bem clara: ainda não escolhi o meu herdeiro e
sucessor. E não, a minha sobrinha não veio para cá só para isto.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">As
falas da Rainha não aquietaram, apenas atiçaram ainda mais os outros,
pois viram alguma coisa diferente e especial naquela jovem fada que
desceu as escadarias ao lado da monarca.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O
baile durou por bastantes horas, indo acabar quase ao amanhecer. Elina e
Iris se recolheram bem cedo, pois a mais nova retornaria para casa na
manhã seguinte.</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O
dia seguinte começou no mundo das fadas e também no mundo humano e era
hora de Elina se despedir. A Rainha Iris a levou até a mesma sala em que
elas chegaram uma semana antes. A recém-descoberta fada olhou para
aquele lugar uma última vez, pensando em tanta coisa que havia passado
em tão pouco tempo. Quem diria que poucos dias antes, ela estava em
casa, no seu ateliê e agora estava indo embora do Reino das Fadas? E que
ela mesma era uma fada?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A Rainha chamou a jovem por uma última vez e falou:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Vai saber voltar mesmo sozinha?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sei! Eu prestei atenção no caminho e a casa da Tia não é tão longe dali assim.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Vou mandar uma carta mágica a Venus para eu saber que chegou bem.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Mande para mamãe também. Ela sente saudades das suas cartas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Pode deixa, Elina. Agora, você carrega o segredo de ser uma fada.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sinto-me honrada com isso. Vou exercitar bastante a minha magia quando voltar para casa.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Vai desenvolver este seu potencial., tenho certeza.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E obrigada por ter me apresentado o Reino. - sorriu</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Pode vir sempre que quiser! É bom ter a companhia de uma fada tão especial quanto você.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Elas se abraçaram como se fossem conhecidas de longa data. </span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A
Rainha Iris novamente conjurou a magia do portal, que se abriu para que
Elina pudesse atravessar. Da mesma forma, ela viu um clarão, depois
passou por um túnel e chegou ao outro lado, de novo com a sua estatura
grande e sem as suas asas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Observou
a bela manhã que surgia na clareira na floresta, o canto dos pássaros
misturado com o som dos ventos percorrendo os corredores entre as
árvores. Ela respirou fundo, absorvendo aqueles últimos segundos do que
pareciam um sonho.</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Alguns
meses se passaram, Elina e sua mãe retornaram para a sua casa na
cidade, porém tudo estava completamente diferente. Agora elas
compartilhavam mais uma coisa em comum e estavam bem mais próximas por
causa disto.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A
visita ao Reino das Fadas deixou a jovem bastante inspirada, tanto que
ela agora conseguia produzir muitas peças sem parar… Talvez fosse o
efeito de sua magia.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">As
lembranças daquele mundo ainda estavam vívidas em sua mente,
principalmente a visita ao mercado e o Baile da Primavera. Era um local
colorido e repleto de uma coisa que ela não sabia explicar o que era.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Naquele
final de semana, Elina se preparava para ir outra vez à cidade do
interior, para participar da feira como artesã, expondo todos os seus
itens novos.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ela
e a mãe ficaram numa correira a semana toda, pois queriam ter bastantes
peças para vender. A jovem estava animada com a viagem, pois ficara com
muita saudade da Tia.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Numa
sexta de manhã, as duas entraram no carro e foram para o destino,
chegando a mesma casinha distante e que era próxima à floresta que dava
passagem para o Reino das Fadas e provavelmente Venus tinha vindo de lá.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Encontraram
a Tia no portão, feliz em vê-las. Elas se abraçaram e foram comer, pois
a viagem fora longa e pedia uma refeição. E no meio da conversa, Elina
perguntou:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E a Rainha, como ela está? Ela já conseguiu um sucessor?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ela está bem! E não, ela ainda não encontrou.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Poxa, espero que ache logo.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O resto do dia correu normalmente, até que fossem dormir.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Acordaram no dia seguinte e Elina carregou as bolsas para montar a sua tenda na feira, tudo com ajuda das outras mais velhas.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O
local ainda não estava cheio, mas prometia que ficaria mais tarde.
Arrumaram tudo e ficaram as três trabalhando na barraca, como um negócio
em família.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A
feira começou oficialmente e as horas do dia foram passando, diversas
pessoas pararam, olharam e algumas levaram um dos itens confeccionado
pelas mãos de Elina. E o que mais estava fazendo sucesso eram justamente
as fadinhas inspiradas nas de verdade.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Em
certo momento, as duas mais velhas saíram para comer alguma coisa,
deixando a mais nova sozinha. Ela estava distraída atendendo uma
cliente, quando uma mulher com os cabelos azuis apareceu, chamando
atenção de todos ali em volta, pois era uma cor tão forte que quase
ofuscava a visão. O que despertava ainda mais a curiosidade era o seu
belo vestido, num tom mais escuro de azul e que era de um modelo datado.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ela reconheceu imediatamente quem era, terminou de atender a cliente e cumprimentou a outra figura.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- É um prazer vê-la novamente, majestade. - o vocativo num sussurro para que ninguém ouvisse</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Igualmente, Elina. - sorriu</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Veio dar mais uma escapadinha no mundo dos homens?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Na verdade, não! Eu vim atrás da minha sucessora.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ah, quer dizer que encontrou então. - falou animada</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sim! Ela está bem na minha frente!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Como é? - o sorriso se desmanchou na boca de Elina - Eu?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Sim, você. Eu fiquei meses procurando uma fada especial por todas as
províncias do mundo das fadas, só que eu não achei. A Fada Especial que
procuro e a futura Rainha das Fadas é você!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ainda não entendo o por que de ser eu.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Sua magia é especial, o fato de você ter uma parte humana e uma parte
fada. E olha o que você faz… - apontou para a mesa - Não podia ser
outra!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu não sei se serei capaz de exercer esta função. Tenho medo de não conseguir! - confessou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Justamente por isso que também é perfeita. Você foi a única que não me
pediu! E não se preocupe que lhe ensinarei tudo o que precisar!</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Dalila e Venus retornaram para a barraca. A Tia comentou:</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Todas as fadas morreriam de inveja de você agora.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Vocês sabiam disso né? - Elina jogou</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Sim, nós duas sabíamos da intenção da Rainha. - respondeu a mãe</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu comentei com elas em cartas sobre a sua visita.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E você voltou tão empolgada, tão animada, tão inspirada, filha. - falou Dalila - Eu me arrependo de ter guardado isso de você.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Imagino o que você não fará quando for a Rainha. - acrescentou Venus</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E eu devo aceitar, majestade? - disse olhando para as três</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Acho que sim! - disse a monarca</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Então, eu aceito ser a sua sucessora!</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O
Reino das Fadas entrou em festa quando descobriu que a Rainha
finalmente havia escolhido quem seguiria o seu legado. Alguns não
gostaram por Elina ser uma forasteira, uma meio-fada. Outros,
principalmente aqueles que a viram no baile, adoraram a notícia.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A jovem fada tinha um brilho que não dava para descrever e que tinha realmente algo de especial.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Ela
abandonou toda a sua vida no mundo humano para ser a nova Rainha das
Fadas. Passou meses treinando, aprendendo sobre a cultura, política,
como se portar, tudo o que era necessário.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">No
dia de sua coroação, o Reino inteiro foi para o baile de comemoração.
Até Dalila, que fazia décadas que não pisava ali, apareceu.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Usando
a mesma roupa do Baile da Primavera, Elina recebeu a coroa dourada com a
pedra, que passou de azul - a cor da Rainha Iris - para rosa - a sua
cor.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A festa de sua coroação durou por dias, deixando o reino com novas esperanças para a nova era que começava.</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Alguns anos depois</span></i></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Aonde vai, majestade? - perguntou o conselheiro, enquanto ela entrava no salão</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">-
Vou visitar minhas tias e minha mãe. Ficarei uns dias fora. - discursou
a monarca - Volto em breve, consegue cuidar do reino até lá?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Claro! - sorriu o conselheiro</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Ótimo! Deixei uma lista das prioridades para cuidar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A
Rainha Elina fechou os olhos, se concentrou e se transportou para o
outro lado, perdendo as asas e crescendo de tamanho. Respirou fundo,
sentindo o ar puro e bastante diferente do reino que fazia parte de
metade do seu ser.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Chegou
na clareira e caminhou algum tempo até chegar naquela casinha afastada
da cidade do interior. Bateu e chamou no portão, sua mãe a atendeu.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Finalmente chegou, filha! A gente já estava achando que não viria, filha.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Eu não ia perder nossa reunião anual por nada, mãe.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Onde estão minhas tias?</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- Estão lá dentro, arrumando a mesa. Elas têm bastante coisa para contar.</span></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">- E eu também! - disse entrando pelo portão</span></p><p><br /></p><p><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">***</span></p><p><br /></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">"Essas asas vão além do céu</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">não voar para longe</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">O último momento, a pessoa que eu sinto falta</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">é para embrulhar</span></i></p><p><br /></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">(...)</span></i></p><p><br /></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">o destino está à frente</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">A vida é escolhida?</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">Se você continuar desejando, para qualquer um</span></i></p><p><i><span data-mce-style="font-weight: 400;" style="font-weight: 400;">o futuro pode ser mudado"</span></i></p><p><br /></p><p><b>(Celestial Diva - Minori Chihara)</b></p></div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;"> <br /></div>Anelisehttp://www.blogger.com/profile/06098998692638161206noreply@blogger.com0