segunda-feira, 4 de agosto de 2014

As Super Agentes: O futuro

Depois de ter os gêmeos Yui e Yuri e Seiya ter ganho a guarda deles e de Lorranah. Anelise ficou um tempo afastada deles. Ela queria esquecer a dor que Seiya lhe causou, mas não pode deixar de amá-lo. Não havia dúvida a quem o coração de Anelise pertencia.

Os gêmeos completaram três anos e Anelise decidiu voltar. Durante o tempo de ausência, ela trabalhou como agente. A única pessoa com quem mantinha contato era Ikki, seu parceiro nas missões. Era ele que deixava todos informados de como estava.

Sua volta trouxe surpresa e felicidade a todos, principalmente a Seiya. Ele não sabia, ou insistia em não saber, mas seu coração ainda palpitava por ela. Seiya tentava seguir sua vida, estava saindo com uma mulher muito simpática.

Ao chegar ao Brasil, Anelise foi dar uma volta com a mãe no shopping. Estavam colocando a conversa em dia.

A mãe de Anelise foi comprar alguma coisa e ela ficou ouvindo a conversa de duas mulheres.

E aquele cara que você está saindo, amiga? Como vão?

Estamos indo bem. Ele é maravilhoso.

Acho ele um gato. E já...?

Não ainda. Mas é o que eu pretendo.

Ele tem filhos, não é?

Tem! Tem uma menina e os meninos são gêmeos.

Até essa altura, Anelise sabia de quem se tratava. Sua mãe voltou e elas continuaram conversando. Não ouviu mais nada daquela conversa. Mais tarde, foi a casa de Seiya para ver ele e os filhos. As crianças abraçaram-na bem apertado. E Lorranah falou:

Mãe, que saudade.

Eu também estava com saudade, Lorranah!

Finalmente voltou. – disse Seiya

Olá, Seiya!

O que fez esse tempo todo?

Trabalhando como agente.

As crianças sentiram sua falta, não suma assim outra vez,

Está bem.

Outra coisa: Posso te pedir um favor?

Diga, Seiya.

Eu tenho um encontro com a mulher que estou saindo. Pode ficar com eles agora?

Posso sim.

Obrigado! Bem, já estou de saída.

Tchau, pai.

Tchau, crianças. Tchau, Anelise.

Tchau, Seiya.

Então, ele bateu a porta e saiu. Nem é preciso dizer o aperto que Anelise sentiu no coração.

Ela foi brincar com as crianças e eles se divertiram bastante. Em seguida, sentaram-se no sofá e Yui com sinceridade perguntou:

Mamãe, você gosta do papai?

Mas, ela não repreendeu o filho, respondeu com a mesma sinceridade da pergunta.

Eu gosto do seu pai, filho. Gosto tanto que tive vocês três.

E acabou chorando, o que levou as crianças a abraçá-la.

Então, fala para ele. – disse Yuri, o outro gêmeo

A mamãe não pode falar, isso vai piorar tudo. – disse Lorranah, que sabia de toda a história

Sua irmã tem razão. E sabe, seu pai não gosta de mim como eu gosto dele. Não mais como antes.

E os gêmeos tiveram o mesmo pensamento.

Deixa que a gente fala com o papai para você.

Anelise e Lorranah riram. Anelise falou:

Obrigada, meninos. Não precisa! Só de ter vocês já me basta. E sua irmã sabe o porquê.

Nós somos “pedacinhos de Seiya”.

MEUS “pedacinhos de Seiya”.

Então, o Seiya completo chegou. As crianças correram para abraçá-lo. Anelise, ainda no sofá, enxugou suas lágrimas rapidamente.

Obrigado por ter ficado com eles.

Nada além do meu trabalho de mãe.

Por que seus olhos estão vermelhos?

Caíram ciscos neles.

Ah sim!

Bem, Seiya, crianças, eu já vou!

Espera! Quer vir jantar aqui amanhã?

Não tem encontro?

Não, ela vai viajar.

Eu venho então.

OK! Mamãe já vai. Deem um abraço nela.

Depois de ser devidamente apertado, foi embora. E chorou que nem uma adolescente no travesseiro, por causa de Seiya. Seus filhos a lembraram da dor que é não poder ter Seiya.

No dia seguinte, ela foi jantar na casa de Seiya. Anelise pensou que jantariam todos juntos, mas eram ela e Seiya, sozinhos. Assustou-se ao ver a mesa no jardim, Sentou-se junto a Seiya, os empregados trouxeram o jantar. Então, ficaram a sós.

Eu não sou tão importante para ter um jantar assim.

Claro que é importante, você é a mãe dos meus filhos.

Anelise deu um sorriso tímido.

Eles conversaram sobre o que fizeram enquanto estavam distantes. Também ficaram se lembrando dos tempos da escola e rindo, enquanto caminhavam pelo jardim. Apesar de tudo, ainda eram bons amigos. Continuaram conversando até que chegaram a primeira vez deles.

O silêncio deu o tom do clima que levou ao beijo. Um beijo lento e carregado com o amor dos dois.

Adivinha quem espionava os dois e vibrou com esse beijo? A primogênita.

Vamos lá para o quarto.

Não, Seiya! Não posso. Você está saindo com outra.

E não tenho nada com ela ainda.

Anelise encontrou-se em um dilema entre a razão e o coração. A razão dizia: Não! Não faça isso. O coração dizia: Vai. Faça isso! Ela acabou sendo levada por seu amor e os dois foram para o quarto. Seiya estava ouvindo aquele amor que ele não percebia.

Anelise se jogou na cama e Seiya foi para cima dela. Os dois começaram a se beijar. Eles iam se beijando e tirando as roupas um do outro.

Aquilo que no jardim fora lento, agora estava quente e agitado, sem perder a carga de amor. Os dois estavam só de roupa íntima. Pararam a beijação e se olharam. Aquele troca de olhar foi para ter certeza do que estavam fazendo. A resposta foi sim!

Seiya abriu o sutiã de Anelise e acariciou os seios dela enquanto ainda se beijavam. Ela queria dizer alguma coisa, mas a fogocidade dos beijos não deixava. Eles não sabiam, porém os seus poderes de youkai acabariam aumentando com aquilo tudo, causando a metamorfose. Principalmente Anelise, que ganhou mais poderes depois que os gêmeos nasceram. Os seus olhos já haviam ficado avermelhados. Anelise retribuiu os carinhos de Seiya. Nem conversavam, pelo menos sem ser com palavras.

Seiya já estava desesperado, ele virou-a na cama, deixou os dois completamente nus e foi com tudo, seguido pelo grito de Anelise. Nesse momento, Seiya se transformou e ficou em sua forma youkai. Anelise também transformou-se, com a cor de cabelo rosa, sua mais fraca.

Seiya estava em um vai-e-vem tão rápido que os dois ficaram muito ofegantes. Eles não faziam isso há mais de três anos. Estavam tão conectados naquilo. Seiya deitou-se e agarrou Anelise, sem parar seu movimento. Anelise pegou a cabeça de Seiya e beijou-o.

Seiya já não estava aguentando mais e “acabou” fazendo um som de alívio. E se jogou do outro lado da cama. Então, Anelise falou:

O que fizemos?

Sexo! – respondeu rindo

Seiya acendeu o abajur e eles viram os cabelos um do outro. Sentaram na cama e começaram a conversar:

Seiya, você está transformado.

É mesmo! E você também – viu os olhos vermelhos – e os seus olhos.

Eles estão vermelhos!

Por que isso?

São novos poderes de youkai. Eu os ganhei depois que tive Yui e Yuri.

Eu não sabia disso.

Descobri assim que meus poderes voltaram.

Então, está mais forte?

Sim. Tanto que meu poder pode sair do meu controle.

Como assim?

Feche os olhos.

Seiya fez conforme ela pediu. Anelise transformou-se com cabelo preto, que depois da cor vermelha, era a mais forte. De acordo com a cor do cabelo, era uma quantidade de poder diferente. Pediu para Seiya abrir os olhos e depois falou:

Se passar disso, fica fora de controle.

Seiya resolveu soltar uma cantada.

Então, me deixa te tirar do controle.

Beijou-a e a agitação voltou. Mas agora era bem mais perigoso, pois Anelise estava de cabelo preto. A situação em que os poderes saíram de controle já havia acontecido uma vez, durante um treino na agência onde Anelise trabalha com Ikki. Ele era o único que podia pará-la quando estava fora de controle. Anelise pedia a Seiya para parar, mas se fazia de surdo. Ela estava passando de ofegante para bufante. Porém, ainda consciente. Continuou pedindo para que parasse e ele não escutava.

De repente, Anelise gritou. Seiya parou e olhou para ela. Era tarde demais!

Ele foi empurrado, bateu na parede e se espatifou no chão. Quando se levantou, Anelise já estava a sua frente e agarrou-o. Seiya iria morrer se aquilo continuasse. Agora ele estava sendo enforcado e no desespero tentou pensar em alguma coisa. Ele tinha que dar um jeito para ela voltar ao normal. E não era na base da força que conseguiria isso. Anelise apertava seu pescoço com força, o ar já lhe faltava. Então, teve uma ideia de relance: poderia fazê-la desmaiar. Mas como? Era ele quem estava nessa situação, tinha que arrumar um jeito de soltar. Começou a se debater, não precisou muito até que caísse, as mãos de Anelise estavam bem molhadas. Seiya se levantou rápido e depressa correu para o outro lado do quarto. Ainda não tinha a mínima ideia de como faria Anelise desmaiar. Ela estava vindo em sua direção e iria atacá-lo de novo. Como Seiya estava perto da mesa de cabeceira, havia um abajur ao seu lado. Era exatamente o que precisava!

Na mesma velocidade que Anelise avançou, Seiya pegou o abajur. Próximo o suficiente, ele aplicou um golpe com o abajur bem na cabeça de Anelise. O abajur acertou-a e caiu no chão em seguida, causando enorme estrondo... E o desmaio de Anelise.

Ela caiu e seus cabelos voltaram a ser castanhos. Seiya soltou um suspiro de alívio, por duas coisas: por ele e Anelise estarem bem; e ninguém ter acordado com o barulho.

Seiya pegou Anelise desmaiada e colocou-a na cama e observou que cortou a sua testa com a pancada. Ele limpou o sangue e fez um curativo. Após isso, se deitou do outro lado da cama, olhou para Anelise, passou a mão em seu rosto e falou:

Espero que me perdoe por isso.

Em seguida, adormeceu. Na manhã seguinte, Anelise acordou e sentiu uma dor em sua cabeça. Olhou a sua frente e viu Seiya sentado à mesa com o café posto, pronto para eles comerem. Anelise perguntou:

Seiya, o que aconteceu?

Sente-se aqui. Eu conto para você!

Então ela ouviu tudo o que houve e sentiu-se a pior pessoa do mundo. E pediu desculpas.

Não precisa se desculpar. Eu que fui teimoso e não te ouvi. Ainda machuquei você.

Ela sorriu e deixou uma lágrima cair. Seiya enxugou a lágrima e olhou fundo nos olhos dela. Rolou um beijo. Sem querer, assim que pode falar, Anelise disse:

Eu te amo, Seiya!

O quê?

Nesse momento que se tocou.

Não é nada, Seiya. Eu não tinha que ter falado isso.

Como não? Repete... Eu quero ouvir.

Ela respirou fundo.

Eu... Te... Amo... Seiya!

E por esse tempo todo. – sorriu

Eu sei! Eu sou uma idiota!

Idiota? Eu chamaria isso de nobreza. Mesmo depois de tudo o que aconteceu entre nós e seu sentimento por mim não mudou.

Eu não chamo isso de nobreza. Chamo de amor, amor de verdade!

Seiya calou-se.

E você, Seiya?... Corresponde o mesmo amor por mim?

Era exatamente a mesma situação de quando Yui, seu irmão gêmeo, pressionava-o sobre Anelise. Normalmente a resposta seria não. Mas, a voz de Anelise deixava Seiya como uma criança e abria a porta para o coração falar.

Se eu correspondo?... Claro que sim! Você me deu três filhos lindos e sempre esteve ao meu lado, mesmo quando estava pronto para te atacar.

O coração de Seiya o fez chorar. Seiya resmungou:

Eu não entendo! Por que estou chorando? E falando essas coisas?

Sabe o que é? Seu coração finalmente falando para mim... E a verdade.

Anelise se levantou e foi abraçá-lo.

Você não precisa dizer. Eu já sei!

Mas... Mas eu quero falar. Eu te amo, Anelise!

Os dois já estavam enfraquecidos. Ao ouvir essas palavras, Anelise também desabou a chorar. Eles se abraçaram e as crianças entraram no quarto e foram dar bom dia aos dois. O meninos foram abraçar Seiya e Lorranah, a mãe. Os meninos perguntam a Seiya:

Papai, por que você está chorando?

Não se preocupem. É que o papai está feliz!

Lorranah já sabia sobre o que era e também sabia que eles não tinham se resolvido completamente.

Irmãos, vamos com a mana. Papai e mamãe precisa conversar.

Os gêmeos obedeceram e ao saírem, Lorranah piscou o olho para a mãe. Anelise não conseguiu conter o riso.

Eles ficaram sozinhos novamente. Olharam-se. Seiya se levantou e aproximou-se de Anelise. As lágrimas de ambos haviam secado e os dois estavam sérios. Olharam-se fundo nos olhos e não trocaram uma palavra. Tudo o que devia ser dito já fora dito. Pela proximidade, o beijo era inevitável. Iria acontecer a mesma coisa que na noite anterior. Acabaram indo para a cama, as coisas esquentaram e fizeram outra vez.

Quando acabou, os dois estavam com sua aparência normal. Tinha sido diferente. Seiya levantou-se e falou:

Vamos nos vestir. Logo Yui e Cammy chegam por aqui.

Eles vêm aqui hoje?

Todos virão aqui hoje. Reunião dos amigos!

Seiya estava se vestindo, Anelise continuara deitada e muito pensativa. Pensativa sobre ela e Seiya.

Anelise, o que houve?

Não é nada. Já vou me vestir.

E se vestiu. Ela não queria preocupar e nem pressionar Seiya a ficar com ela. Desceram. Seiya foi ao computador verificar algumas coisas do trabalho. Anelise foi brincar com os filhos. Quando os gêmeos se distraíram, a primogênita foi perguntar a sua mãe os detalhes do acontecido. Ela respondeu:

Eu e seu pai estávamos nos resolvendo. Disse que o amava e ele disse que me amava também.

E o que mais?

Mais nada. Nem sei o que vai acontecer, pareço uma adolescente preocupada.

Difícil ele voltar atrás, mãe. Já revelou seus sentimentos.

Eu sei, filha. Mas, não que pressioná-lo. Não quero que ele fique comigo porque o obriguei.

Eu entendo, mãe. Mas estou torcendo por vocês.

E ela respondeu sorrindo. Lorranah ressaltou que também havia apoio de todos os amigos.

... Principalmente do tio Ikki.

E do seu tio Yui.

Quer que eu os convença a falar com o papai?

Não. Já falei que não quero pressioná-lo.

Tudo bem então.

Nesse instante a campainha tocou. Lorranah correu para atender. Eram Yui, Cammy e seu filho.

Cunhada! – Yui sempre chamava Anelise assim.

Yui, pare com isso. – Anelise o repreendia. – Tudo bem?

Tudo sim. Estamos ótimos e felizes.

Ele é muito lindo.

E pegou o filho deles no colo. Falou com Cammy, que perguntou:

O que você faz aqui a essa hora? E esse machucado na testa?

Eu cheguei aqui cedo. E a luminária de casa caiu na minha testa.

Yui não acreditou.

Não minta! Você dormiu aqui ontem.

Anelise fez careta.

Sim, eu dormi aqui.

E dormiu com o papai. – Falou Lorranah

Ela repreendeu a filha. Yui e Cammy riram.

É verdade isso?

Sim!

Quero saber TU-DO! – falou Cammy

Anelise ia começar a contar, mas a campainha tocou novamente, era o resto dos amigos. Não demorou para todos saberem o que aconteceu entre Seiya e Anelise na noite anterior. E os amigos sabendo da longa história deles, queriam que eles se resolvessem. Os homens cercaram Seiya e fizeram um interrogatório com ele. Quando Seiya disse que revelou seus sentimentos a ela, Yui falou:

Eu disse! Eu falei! Você ainda ama ela!

O interrogatório com Seiya acabou. Ele disse que iria conversar com Anelise. Depois que todos comeram, ele foi falar com ela.

Anelise, podemos conversar lá em cima?

Claro!

Eles subiram. Foram ao escritório. Seiya começou:

Eu sei e você sabe o que aconteceu conosco hoje. E... Eles conversaram comigo...

Eu não acredito! Eu falei para não fazerem.

Anelise começou a se desesperar e chorar. Seiya segurou seus ombros e prosseguiu:

Eles me fizeram pensar sobre você... Sobre nós!

Seiya deu uma pausa para segurar o choro.

Eu disse que te amo e não foi da boca para fora. Eu sou tão teimoso e digo que é mentira.

O Yui tinha razão o tempo todo. – disse sorrindo

Ele está certo! Eu só precisava de um empurrão seu para perceber.

Empurrão? Uma jogada do penhasco, você quer dizer! – Ela sempre ironizava

Seiya não conteve o riso.

Você sabia também. Por que não me seduziu? Ou conversou comigo?

Eu estava muito machucada, Seiya. Eu queria te esquecer, mas não consegui. Você me possui!

E você me persegue.

Eles riram. Anelise perguntou séria:

E então, o que decidiu?

Vou escutar meu coração. E o melhor para ele é ficar com você.

Não! O melhor para você é ficar comigo.

Anelise caiu na choradeira. Chorar de soluçar. Seiya a abraçou e deixou-a chorar. Está mostrando sua felicidade de maneira inusitada.

Esperei anos para ouvir isso. – disse com a voz abafada pelo braço de Seiya.

Conteve o choro. E se beijaram! Após isso, desceram e foram recebidos pelos amigos, mais felizes do que nunca.

A reunião de amigos acabou virando a festa de comemoração por Anelise e Seiya finalmente terem se resolvido. As mulheres se sentaram para conversar:

Parabéns, Anelise!

Obrigada, Susi!

Eu e Yui achamos que este dia nunca chegaria.

Mas o Seiya não estava saindo com outra?

Sim! Ele vai explicar tudo a ela.

Espero que ele não te enrole de novo.

Seiya não vai fazer isso. Se fizer, eu jogo ele mesmo do penhasco.

Todos foram para casa em seguida. Ficou só a família de novo. Anelise decidiu ir para casa. Disse a Seiya que queria um tempo sozinha. Ao chegar, ela só tomou um banho e deitou-se e pensou em tudo o que aconteceu naquele dia. Ficou tão feliz, sua vida deu uma reviravolta. Sabia que logo seria pedida em casamento, mas não tão rápido assim. No dia seguinte, a campainha tocou, era Seiya. Eles se sentaram e Seiya falou:

Posso te falar um coisa?

Diga, Seiya!

Eu estava mexendo em umas coisas e encontrei isto.

Seiya puxou do bolso uma caixinha de anel. Ajoelhou-se diante dela.

E eu queria saber: Você quer se casar comigo?

Sim! Sim! Sim!

O anel era de ouro com um rubi em cima. Seiya colocou o anel no dedo dela e se beijaram.

Eu amei o anel, Seiya.

Eu sei. Tem tempo que eu comprei para você. Eu ia dar-lhe no dia em que terminamos.

Podíamos estar casados há tanto tempo.

Sim. Culpa do meu padrasto, que fez nos mudarmos e fez eu terminar com você.

Eu não gostava dele.

Eu também não! Alias, quero que conheça uma pessoa.

Está bem.

Seiya levou-a a casa de sua sogra, mãe dele. Anelise ficou muito feliz em ver a mãe de Seiya. Ela já sabia do que acontecera e parabenizou-lhes.

E quem tenho que conhecer?

Onde ele está, mãe?

Nos fundos, Seiya.

Os dois foram aos fundos. Lá estava um senhor, um pouco mais velho que a mãe de Seiya, pintando.

Pai! – chamou Seiya

Ele se virou, abriu um sorriso, abraçou Seiya e disse:

Olá, meu filho. Como está?

Eu estou bem. Tenho uma pessoa para te apresentar.

Essa bela moça, eu suponho.

Anelise, este é o meu pai!

É um prazer, senhor.

Para mim é uma honra. Estou conhecendo a mãe dos meus netos. – Ele viu o anel na mão de Nise – E parece que temos outras notícias.

Pois é, vamos nos casar.

Quando será?

Isto ainda não sabemos. – respondeu Anelise

Eles ficaram conversando por um tempo, depois o casal foi embora. Anelise achou o pai de Seiya muito simpático e gostou dele bem mais do que o padrasto. No dia seguinte, como era sexta-feira, Anelise resolveu levar a família (Seiya e os filhos) para conhecer um lugar. Somente Lorranah sabia que lugar era, já fora lá quando mais nova. Anelise tem uma ilha particular, cuja ganhou da mãe em seu 18º aniversário. Para ela, aquele lugar era um refúgio, sempre ia para lá quando queria ficar só, ou ficava triste ou até apenas para relaxar. Ninguém (ou quase ninguém) sabia da existência deste lugar. Afinal, ele era segredo. Ao chegarem a ilha, Seiya falou:

Nossa, que lugar lindo!

Eu sei! Ele é meu.

Essa ilha é sua? Mesmo?

É sim, Seiya!

E eles me deram a guarda das crianças porque eu tinha mais dinheiro.

Eu não pude contar com minha fortuna de agente no julgamento, apenas com o dinheiro de estilista.

A ilha era grande e tinha uma mansão, próxima a praia. Após conhecerem o lugar, a família foi a praia. O casal observava os filhos brincando e conversavam:

Eu nunca pensaria em te procurar em um lugar deste. Por isso você o chama de refúgio.

É um ótimo lugar e que uso para me esconder. Usei bastante nesses últimos tempos. Foi o melhor presente que ganhei na vida.

Quem mais sabe daqui?

Meus pais, meus irmãos e vocês.

Então, se escondeu bem.

Eles riram e Anelise falou.

Alias, eu tenho um sonho com este lugar.

Sonho? Qual sonho?

Sonho em me casar nesta praia... E com você.

Por mim, casamos aqui. Já que quer assim. Mas... E o segredo?

Não me importo! Posso mentir e dizer que não estou aqui quando me procurarem.

Seiya riu.

Ora, você em!

Anelise respondeu com outra risada. Rolou um beijo.

A família passou o fim de semana na ilha. Se divertiram muito.

O casal começou os preparativos do casamento. Queriam uma coisa bem simples, casariam o mais rápido possível. Não queriam perder mais tempo. Passados dois meses, finalmente era o dia do casamento. Seiya se arrumava sozinho e nem demorou. Já Anelise estava se arrumando com a ajuda das amigas. Tinha cabelo, unhas e maquiagem para fazer.

Apesar de feliz, Anelise aparentava nervosismo. Cammy percebeu e falou:

Está nervosa, Nise?

Estou, Cammy.

Ora, não fique assim. Acha que o Seiya vai fugir? – falou Joenize

Só se for nadando. – falou Camilly

Todas riram e Susi falou:

Ele ama você! Ele não vai mais fugir desse amor.

Meninas, o problema não é esse. É que... Este dia finalmente chegou. Sempre foi um sonho, agora é real.

Então, está com medo de não ser como sempre imaginou?

Anelise assentiu e caiu uma lágrima. Todas a abraçaram.

Ainda bem que não estou maquiada, senão teria borrado tudo.

Nise se controlou e não chorou mais.

Já estava chegando a hora, a hora da realização do casamento. Seria ao pôr-do-sol na praia. E todos os convidados haviam chegado. Finalmente chegou a hora da realização do sonho de Anelise: Casar com Seiya. Ela entrou ao som das ondas e com as falas das pessoas comentando sobre ela. Ela usava um vestido bem simples e leve, tinha apenas algumas lantejoulas na parte de cima, que mal chegavam a saia do vestido. Enquanto caminhava em direção ao altar, só olhava para Seiya. Ele respondia reciprocamente.

Ela chegou ao altar e juiz começou o casamento, fez as perguntas habituais. Anelise e Seiya assinaram os papéis e depois as testemunhas, que eram Yui e Cammy. O casal se beijou e foi aplaudido pelos convidados.

A festa de casamento seria um lual na praia. Bem, quase um lual. Tinha uma pista de dança dentro da mansão. E o melhor é que os convidados não iriam embora, todos dormiriam na mansão (também não eram muitos). A festa-lual acabou no meio da madrugada. Era o momento da noite de núpcias do casal. Mas... Eles iriam dormir na mansão lotada? Claro que não. Havia um casebre do outro lado da praia. Anelise costumava ir para lá quando realmente queria ficar sozinha. Agora, era para o casal ficar sozinho. Eles entraram no casebre e Seiya disse:

Nossa, que bonito aqui.

Eu sei. É a casa “quero ficar só”. Costumava vir para cá quando queria pensar ou ficar mesmo sozinha.

Você passou a gostar desse tipo de coisa. – falou Seiya sorrindo.

Quando se sofre por amor acontece esse sentimento de solidão.

E foi por minha culpa. Perdoe-me.

Não precisa se desculpar. Agora que estamos juntos, nada mais importa. Nem mesmo tudo o que sofri.

Beijaram-se. Consequentemente foram para a cama. E eles finalmente puderam fazer amor como um casal perante a sociedade. E foi bem diferente do que da última vez, quando Anelise retornara. Foi uma coisa mais calma. (Justamente agora que eles podiam fazer barulho, eles não fazem.) Eles se sentiam diferentes com aquilo tudo. Afinal, era a primeira vez como marido e mulher. Após tudo, eles ficaram deitados conversando:

Finalmente nos casamos, Seiya.

E foi como você imaginou?

Foi melhor ainda. Só fui boba de ter ficado nervosa.

Sério? – perguntou rindo.

Sim. Não ria de mim!

Sabe, eu também fiquei nervoso. Mas, foi por medo de estragar seu sonho.

Ah, Seiya, seu bobo!

E roubou um outro beijo. Em seguida, Seiya soltou um enorme bocejo.

Eu estou com sono. Vamos dormir, senão daqui a pouco vemos o amanhecer.

Tudo bem!

E eles dormiram. No dia seguinte, Anelise acordou e sentiu um cheiro bom de café da manhã. Levantou-se e foi até a cozinha, Seiya fritava ovos.

Bom dia, amor!

Bom dia! Demorou a acordar.

Eu sei. O que está fazendo? – disse abraçando Seiya e espiando

Ovos!

Oba! E o que mais tem?

Tem algumas frutas e pão.

Que delícia! Vou me sentar a mesa.

Assim ela fez. Seiya colocou os ovos fritos na mesa e se sentou.

Nosso primeiro café-da-manhã. Mas, falta uma coisa para ser perfeito.

Eu sei! – Alguém bate à porta – E parece que chegaram!

Seiya abriu a porta. Eram os três filhos: Lorranah, Yui e Yuri. Eles correram para abraçar os pais e depois sentaram. Todos comeram juntos! Depois de comer, foram à praia. Os convidados estavam lá também. A praia estava cheia.

Nunca vi esse lugar cheio assim. – comentou Anelise

As crianças foram brincar e o casal ficou conversando com os amigos. Ikki, o curioso, perguntou:

E aí, como é que foi?

Foi o quê, Ikki? – perguntou Seiya

A noite de núpcias, ou melhor, a primeira noite de sexo oficial.

Anelise e Seiya riram. Eles entenderam.

Ikki, o que é isso? – falou Camilly

E todos os outros fizeram cara de “Mas que porra é essa?”.

Com os anos de convivência como dupla, Anelise e Ikki se tornaram grandes amigos. E ele fazia perguntas desse tipo, já estava acostumada. Respondeu, direcionando seu olhar para Seiya:

Bem, foi melhor do que eu esperava.

Os comentários não foram menores do que a pergunta de Ikki. Esse assunto dispersou e eles ficaram conversando sobre outras coisas.

No final daquele dia, todos foram embora, exceto a família, que ficou para aproveitar umas férias.

Anelise e Seiya demoraram anos, porém finalmente ficaram juntos. Estavam muito felizes e tinham uma família linda. Nise continuou como parceira de Ikki e com a vida de agente. Seiya continuou trabalhando na empresa com o irmão. E os filhos? Bem, eles continuaram estudando.

E todos esses amigos e agentes seguiram suas vidas e do melhor jeito possível: felizes!

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