sexta-feira, 12 de abril de 2024

Capítulo 4 - Uma surpresa

Pouco mais de um mês se passou desde o final de semana da festa da empresa e de todo o escândalo que foi compartilhado em todos os portais nos dias seguintes. Dimas já estava movendo o processo contra os responsáveis e por sorte, até aquele momento ninguém descobrira a real identidade da mulher presente nas fotos, nem mesmo as pessoas próximas.
Dimas passou o mês viajando por diversos lugares do Brasil e do mundo, participando de reuniões e conquistando ainda mais para a Lirio D'ouro. Era bastante comum que ele passasse longos períodos viajando sem pausas. Então, ele finalmente tiraria uns dias de "folga", porque estaria no Rio, mas iria para a empresa em todos estes dias, já que sempre tinha algo a fazer.
Ana Maria resolveu focar no trabalho para tentar esquecer, ainda mais porque as benditas fotos insistiam de aparecer o tempo todo, porém era muito difícil tirar Dimas de seus pensamentos, principalmente depois dos poucos e intensos momentos que tiveram juntos. Ela não queria nem pensar que parte da culpa eram de pessoas que eram suas parentes, mas para ela a família nunca foi a melhor coisa, já que era a filha rejeitada. Por muito pouco, ou melhor, por intervenção do pai, que Ana Maria existia. Por isso que foi tão fácil para ela simplesmente sair de sua cidade e tentar a sorte no Rio.
Só havia uma época no ano em que ela fazia questão de retornar, que era na época do Festival das Flores. Seu evento favorito - e o único - da cidade, onde ela sempre criou ótimas memórias, junto das amigas e do pai. Eram as únicas coisas que ainda a ligavam à Charmosinha. Só que o elo mais forte nisso tudo era o genitor, só que ele faleceu anos antes e não era mais a mesma coisa.
***
Ana Maria acordou, se arrumou e saiu para o trabalho. Não sabia o motivo, mas não acordou muito bem, sentia-se um pouco enjoada, sem contar que estava sonolenta também. Achou que fosse só algo que comeu no dia anterior e que realmente teve uma noite mal dormida. Na verdade, já fazia uns dias que ela não estava se sentindo normal, mal estava comendo e ficava com muita náusea, chegando até a vomitar quando estava sozinha em casa. Contudo, ela deu um susto em todo mundo ainda neste mesmo dia.
Pouco antes do horário de almoço, Ana se levantou para ir à baia de Larissa, sentiu uma tontura e acabou desmaiando em cima da amiga. Foi levada à enfermaria da empresa e esperaram que ela acordasse. Larissa decidiu fazer companhia a amiga, enquanto a enfermeira ia resolver outra coisa. Logo, Ana Maria abriu os olhos lentamente e viu a cara de preocupação da outra.
- O que aconteceu? - perguntou Ana
- Você desmaiou, Aninha. Todo mundo está preocupado com você. - Lari respondeu, sentando-se na cama da enfermaria
- Não estou me sentindo muito bem! - confessou
- Já tem uns dias isso né? - a amiga soltou - Eu percebi que você está estranha nesses últimos dias.
- Talvez seja porque vou voltar para Charmosinha em breve... Estou com medo de ver meu cunhado e o pai dele, ainda mais depois de tudo o que houve.
- Não acho que seja só isso! - tocou de leve nela
- Como é, Lari? - arregalou os olhos
- Aninha, sua menstruação veio este mês? - elas podiam conversar sobre, pois estavam sozinhas
- Uai, claro que sim! - falou de pronto - Pera... - fez um cálculo mental, com os dedos no ar - Esse trem tá atrasado! Nunca fiquei. - olhou para a amiga - Você tá querendo dizer que...
- Sim, pode ser que você esteja!
- Eu tomei remédio na hora. - retrucou
- Nem ele é 100% de garantia. - segurou a mão de Ana Maria - Na hora do almoço, compramos um teste, tá bem?
- E se der positivo? - sofrendo por antecipação
- Vamos esperar o resultado! Estarei com você, tá bem?
- Tá bem! - assentiu, sentindo uma lágrima solitária correr
Depois de uns minutos, Ana Maria se sentiu mais disposta e retornou ao setor. Foi enchida de perguntas pelos colegas e ela só respondeu que acordou meio mal, mas que já estava melhorando. Tomou apenas um remédio para enjoo e ficou bem!
No horário de almoço, as duas comeram depressa e foram à farmácia mais próxima para comprar um teste de gravidez. Retornaram e foram ao banheiro para que Ana Maria o fizesse. Encontraram um dos banheiros menores, Ana entrou no ambiente, leu as instruções com calma e as seguiu.
- E ai? - Larissa perguntou do outro lado da porta, observando o perímetro
- Tem que esperar, eu acho. - disse Ana, muito apreensiva - Três minutos.
- Os três minutos mais longos! - Larissa se apoiou na porta
Passado o tempo, Ana Maria finalmente chamou a amiga, que entrou e fechou a porta atrás de si. Ana estava com uma cara confusa olhando as listras do teste.
- Duas listras significam o quê?
- Aninha, - Lari pegou o teste e comparou com a caixa - é positivo!
- Verdade?! - começou a chorar - O que eu vou fazer?
- Amiga, calma! Primeiro, vamos fazer um exame de sangue e vou marcar minha ginecologista para você. Só esse teste não é uma grande certeza. - secou as lágrimas dela
- E quanto ao Dimas? - cochichou
- Vai ter que falar com ele, de qualquer forma. - abraçou a amiga
Elas ficaram alguns minutos ali. Larissa ficou preocupada por conta da amiga, mas não quis transparecer muito, pois queria oferecer um porto seguro para ela.
Voltaram do almoço e Larissa cuidou de tudo o que seria necessário. Por sorte, o dia seguinte era um sábado e elas tinham o dia livre para isto.
***
No dia seguinte, Larissa e Ana Maria foram tirar a prova do resultado no teste de farmácia. Era uma manhã nublada e as duas foram para uma clínica próxima. Usando o plano de saúde disponibilizado pela empresa, Ana fez um exame de Beta HCG, para dar um pouco mais certeza da razão dos sintomas que apareceram na última semana.
Colheu o sangue sem muitos problemas e demoraria algumas horas para a chegada do resultado. Enquanto isso, ela tinha uma consulta marcada na ginecologista daquela mesma clínica para dali algumas horas. Para a espera não ser tão ruim, ambas foram comer uma padaria próxima e conversaram:
- Obrigada pela ajuda, Lari. Eu estaria perdida sem você!
- Ora, Aninha, imagine. Amigas são para essas coisas!
- Ainda estou com medo do resultado.
- É normal! - sorriu amarelo - E já pensou no que fará dependendo da resposta?
- Sinceramente, não sei! - suspirou - E acreditar que a primeira vez que vou a ginecologista e é justamente para isso.
- Perai? Quê? Você nunca foi?
- Não! Até tem essa especialidade na cidade vizinha, mas minha mãe dizia que só podíamos ir depois que casássemos. Então, eu nunca fui!
- Isso é tão errado! Eu vou desde que fiquei menstruada, com uns 14 anos.
- Depois que cheguei na cidade fiquei com vergonha de ir. Não queria que tivesse chegado a isso!
- Tudo bem! Não precisa se preocupar, Aninha, estarei com você lá. Aliás, ela é a minha médica.
Terminaram de comer e retornaram à clínica, dando entrada nos consultórios para aguardar a vez. Foi uma longa espera, pois por ser final de semana, o local ficava mais cheio. Eis que o nome de Ana foi falado e por sorte só tinha ela de Ana Maria naquela manhã.
Larissa a acompanhou para dentro do consultório, a médica sentou-se em seu lugar e indicou os outros dois para as duas,  logo indagando:
- O que a traz aqui, Sra. Ana Maria?
- Bom... Eu comecei a ter uns sintomas estranhos nessa última semana e estou atrasada. - falou tímida
- Tem vida sexual ativa?
Ana Maria ficou confusa com a pergunta e Larissa respondeu:
- Sim, ela se relacionou com um homem no mês passado. Apenas usou a pílula do dia seguinte.
- Entendi! Segundo o registro, você fez um Beta HCG mais cedo né? - olhou no computador à sua frente
- Sim! - Ana respondeu cabisbaixa
- Já temos o resultado dele!
- Sério?! - Lari deu um pulo na cadeira - E qual foi?
- Taxas bem altas do hormônio, o que indica que é positivo!
Nesse instante, Ana Maria fez um som estranho e a amiga entendeu que ela ia começar a chorar e de pronto a abraçou. As lágrimas escorreram sem censura pelo rosto de Ana. A médica se encarideceu da situação e pegou alguns lenços de papel.
- Obrigada! - agradeceu Ana entre soluços
- Imagino que não foi algo planejado.  - comentou a médica
- Tem mais algumas complicações... - Larissa falou
A médica saiu de seu lugar e se abaixou na frente da paciente e falou:
- Olha, pode chorar o quanto quiser e precisar. Vamos ter que fazer mais alguns exames, para ver se está tudo bem com o bebê e com você, tudo bem?
- Claro! - tentou sorrir
- Vou deixar vocês sozinhas por um tempo, Larissa, dar um tempo para ela se acalmar. Volto daqui uns minutos! Peça que ela coloque o avental e me espere na maca.
Lari apenas assentiu e a médica saiu, deixando ela e Ana ali. Levou alguns minutos para que a amiga se acalmasse, pois a notícia ainda era um choque e estava sendo absorvida aos poucos. Lari indagou:
- Como se sente, Aninha? Bota para fora!
- Com medo, assustada, sem saber o que fazer... É muita coisa!
- Eu sei! Mas, como já falei, pode contar comigo.
- Obrigada, Lari.
- Agora vai lá trocar de roupa para poder fazer o resto dos exames.
Ana apenas assentiu e foi para o outro lado da sala, com uma divisória, tirou suas roupas e colocou o avental. Pouco depois, a médica retornou, cumprimentou Larissa e foi cuidar da sua paciente.
Ana estava deitada na maca, a médica falou com ela e pediu licença para abrir o avental. Observou e apalpou o corpo de Ana, vendo os seios, as axilas e a barriga.
- Seus seios estão doloridos?
- Um pouco!
- Como se fosse ficar menstruada, não é?
- É... Sim!
- Isso é normal! Bom, vou colher seu exame preventivo e pedirei outros exames de sangue, especialmente de ISTs para saber se está tudo bem com sua saúde, ok?
Ana apenas assentiu. A médica, posteriormente, pediu para ela descesse o corpo um pouco na maca. Abriu suas pernas com ajuda dos braços posicionados para isso na mesa e observou a parte de baixo da paciente, colhendo também o exame, que foi uma situação um pouco desconfortável para a jovem.
- Eu sei que dói e incomoda, mas relaxe! - a médica pediu
Não demorou tanto assim e a médica falou para Ana retornar à posição anterior. Chamou Larissa, que se posicionou ao lado da amiga. Ligou o aparelho que estava bem ali do lado, um de ultrassom transvaginal. Pediu que Ana ficasse com as pernas abertas e introduziu o tubo, devidamente preparado, pelo canal da paciente.
Passou alguns segundos olhando para a tela e logo encontrou o que procurava. As amigas apertaram a mão uma da outra.
- Aqui está! - virou a tela para as duas - Você está com aproximadamente de 4 a 5 semanas de gestação. A princípio está tudo bem, tamanho normal e um coração batendo forte. Só não vai dar para ouvir, pois esta máquina está com o som ruim. Agora temos só que acompanhar! Pode se vestir de novo e conversaremos.
- Vou te esperar lá também. - Lari falou
Ana colocou novamente sua roupa e retornou a cadeira que estava antes. A médica começou a falar, entregando alguns papéis que saiam da impressora ali do lado:
- Bom, esses aqui são pedidos dos exames que falei. Estou passando também umas vitaminas para você já começar a tomar. E tem umas fotos do exame para você, se quiser guardar!
- Está bem!
- Sei que é um baque grande, mas agora você tem que se cuidar. Não vou falar suas opções agora para lhe confundir mais, se preocupe que o bebê esteja crescendo bem e apenas isso. E se possível, fale com o pai da criança! Ele tem que cumprir o papel dele. No mais, nos vemos em breve, podem marcar o retorno na saída.
- Obrigada, doutora! - falou Ana Maria
- Se cuidem viu?
As amigas saíram do consultório, totalmente baqueadas pelo que aconteceu lá dentro. Larissa sabia que a amiga ia precisar de todo o suporte naquele momento e Ana sabia que tinha que falar com Dimas o mais breve possível e tinha que descobrir um jeito de como.
***
Naquela mesma manhã, um dos tantos aviões que chegaram ao Rio de Janeiro pousou, trazendo Dimas de volta à sua cidade natal. Durante o mês que se passou, além de muito trabalho, ele não parava de pensar naquela mulher que foi sua convidada na festa anual da Lirio D'Ouro. Não parava de pensar também na enorme dor de cabeça que estava por conta de tentar negociar com o sindicato da cidade dela... A forma como eles eram tão inflexíveis e alguns até sem escrúpulos que atingiram e prejudicaram uma pessoa inocente com suas ações.
O advogado mantinha Dimas informado de tudo e por enquanto estava apenas numa intimação e eles tentavam um acordo e uma possível indenização por uso indevido de imagem e por calúnia e difamação.
Como era um sábado, ele não precisaria ir até a empresa e ainda bem, pois estava acabado e precisava de descanso depois de tanto tempo fora. Desembarcou do avião, pegou sua mala e logo encontrou com Antônio, que o esperava no carro. Ambos entraram no veículo e o secretário dirigia até a residência da casa Al'Beytar.
- Como foi a viagem de volta, senhor?
- Cansativa! E olha que eu fui de classe executiva...
- Ficou praticamente um mês fora. É normal! - e riu
- O advogado falou mais alguma coisa do caso do sindicato?
- Não, só aquilo que já sabe. - suspirou - E não, não sei nada sobre aquela moça.
- Eu nem perguntei sobre ela. - desviou a cabeça para a janela
- Mas está na sua cara! - debochou - Pelo pouco que sei, ela continua no setor dela.
- Focou no trabalho... Assim como eu!
- Quem sabe vocês não se reencontrem logo.
- E a minha vó?
- Com saudades suas! Até está preparando um almoço pelo seu retorno!
- Ela falou mais algo sobre o incidente?
- Não que eu tenha visto! Acho que ela finalmente se acalmou com essa história.
- Acho que não! Ainda mais quando ela souber que irei ao Festival das Flores de Charmosinha no próximo final de semana...
- Sempre cutucando a onça com vara curta, não é?
- Qualquer coisinha provoca essa onça, o que eu posso fazer?
E ambos riram! O resto do trajeto seguiu com Dimas contando a Antônio sobre como foram as negociações durante as viagens. Além do projeto das flores, o jovem CEO queria levar a marca para outros países em breve, expandindo ainda mais o negócio familiar.
***
O final de semana passou mais depressa do que todos pudessem perceber e logo o despertador da segunda-feira tocou e todo mundo que precisava trabalhar teve que levantar para fazê-lo.
Ana Maria levantou um pouco enjoada, mas já estava com indicação de remédios da médica e assim que tomou se sentiu bem melhor e conseguiu comer alguma coisa. Se arrumou depressa e encontrou com Larissa no caminho para a estação.
- Bom dia, Aninha. Como está hoje? Enjoada? - cruzou o braço com o da amiga
- Bom dia, Lari. - sorriu - Acordei um pouquinho, mas o remédio resolveu.
- Ah, que bom. - sorriu como resposta - Vai tentar falar com o Dimas hoje?
- Sim, eu preciso.
- Será que ele vai querer assumir?
- Sinceramente, eu não faço ideia, Lari. Se ele não quiser, acho que terei que pedir demissão e voltar para a minha cidade e criar a criança lá! - falou cabisbaixa
- Isso se você não tomar uma justa causa antes...
- Uai! Vira essa boca para lá! - deu um tapa em Lari
- Mas é verdade... E tem outra coisa... Devem te chamar no RH para outra coisa.
- Por quê?
- Eles tem todos os detalhes dos usos do plano de saúde e bom, você fez um Beta HCG no final de semana. Não deve ser hoje, mas daqui uma semana ou duas.
- Quando eu voltar das férias, né?
- Ah, o Festival é neste final de semana, não é? Nem me organizei para ir!
- Todo ano tem, Lari. Aliás, fica ruim ir para minha cidade e voltar num final de semana, é muito cansativo.
- E vai contar sobre a gravidez para sua família?
- Ainda não sei, mas devo deixar como segredo por enquanto.
- Então, minha boca é um túmulo.
O assunto se encerrou ali, pois elas correram para pegar o transporte.
O dia de trabalho correu numa rotina até bem comum para uma segunda-feira. A única coisa diferente foi a fofoca de que o Dimas tinha voltado para o Rio e estava na empresa naquele dia. Mesmo mais de um mês depois, ainda muitos levantavam teorias sobre quem era a tal mulher nas fotos e muitos não iriam parar até descobrirem.
Porém, Ana e Lari estavam mais concentradas em suas próprias tarefas. A jovem de Charmosinha estava especialmente preocupada de que forma falaria com Dimas e se conseguiria fazê-lo mais tarde.
A horas passaram e logo era a hora de todos irem embora. Lari se despediu da amiga e desejou boa sorte e que a mantivesse informada.
Ana Maria aproveitou o prédio mais vazio e o contra fluxo e subiu no elevador vazio até o último andar, onde ficava o escritório do CEO da Lírio D'Ouro. Quando a porta do elevador abriu, deu de cara com a secretária, que bufou:
- O Sr. Dimas ainda está na sala dele?
- Sim, senhorita, e não vai embora tão cedo. Eu não perderia meu tempo se fosse você.
- Eu posso esperar. Obrigada!
Elas trocaram de lugar, uma ficando dentro e outra fora do elevador. A porta se fechou e o elevador fez seu trajeto, enquanto Ana sentou-se na sala de espera e decidiu aguardar. Ela não sabia quanto tempo demoraria, mas aquela era a única passagem para ir embora e o Dimas passaria por ali de qualquer forma.
***
Dimas acordou e não encontrou com a avó desde sábado, parecia que ela estava viajando e voltaria só no dia seguinte.
Aproveitou o pouco restante de paz e tomou um café sossegado e dirigiu até a empresa. Chegou e ficou enfurnado no escritório apenas trabalhando. Antônio inclusive levou seu almoço para que ele continuasse cuidando das pendências acumuladas, indo embora no seu horário normal.
E para piorar, tinha uma reunião marcada para a "hora da saída", o que na verdade o deixaria até mais tarde na empresa e provavelmente ouviria outro esporro da avó porque ficou novamente trabalhando até escurecer.
A reunião foi longa, chata e entediante e poderia muito bem ter sido um e-mail, porém os europeus gostavam de resolver as coisas de maneira diferente. Assim que se deu por encerrada, ele desligou o computador, pegou suas coisas e rumou para pegar o elevador, ir até o estacionamento, pegar o carro e dirigir até sua casa. Porém, ele teve uma surpresa assim que abriu a porta... Viu Ana Maria sentada esperando.
Por alguns segundos pensou ser um sonho, até que ela o olhou e se levantou. Contudo, logo ele notou que havia algo errado. No segundo seguinte, ela perdeu a consciência e seu corpo iria bater forte no chão de mármore frio. Ele correu depressa e chegou bem a tempo de evitar que ela batesse a cabeça no chão, usando o seu corpo como amortecedor da queda.
O conteúdo da bolsa de Ana Maria se espalhou pelo chão e logo uma foto chamou atenção de Dimas.

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