sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Boletim de Anelândia: #27 - De onde tirar inspiração (Falando sobre algumas das minhas)


Olá, pessoal! Boas-vindas a mais uma edição do Boletim de Anelândia!
Como sempre, gosto de trazer temas interessantes para cá, ainda mais se for falar sobre meus livros ou sobre o simples ato de escrever. Porém, hoje falarei sobre um assunto que talvez seja um cadinho complicado para alguns escritores, mas considero uma coisa que sempre devemos cultivar... A inspiração!
Enfim, sem mais enrolar, bora lá!

Trabalhar com criatividade é... Complicado!

Nós, autores, trabalhamos com a criatividade e bem, ela por si já é bem difícil de lidar. Ter um processo criativo constante é realmente uma construção de hábito, seguindo um passinho de cada vez.
Só que, com a bendita da criatividade, existem dias bons e dias ruins, que também oscilam junto com a qualidade daquilo que acaba por ser produzido junto.
Afinal, todo mundo é ser humano e não uma máquina que sempre é capaz de produzir incansavelmente. Temos uma vida, problemas, questões (que se lidam em terapia) e que acabam por nos atrapalhar, mesmo que não seja a nossa intenção.
Então, a não ser que se tenha realmente muito controle – e autocontrole -, vão ter dias de altos e baixos mesmo, não adianta insistir nos baixos. Invista nos altos e aproveite o fluxo!
Mas, deixo para falar mais sobre a criatividade (e o próprio processo criativo) especificamente numa edição para frente, já que gosto muito deste assunto.
O livro que vai servir um bocadinho de inspiração para a edição da criatividade!
 

Saber o momento de “desligar” e tá tudo bem

Pode até ser controverso para alguns autores, mas às vezes, aquela maluquice de sempre precisar estar produzindo – ainda mais nesse nosso mundo de hoje – pode acabar tanto com a nossa inspiração quanto a nossa criatividade.
Porque mesmo com o compromisso, a obrigação e a responsabilidade, seja com nós mesmos, com os leitores, com o nosso livro e personagens, uma hora a gente acaba mesmo ficando sugado e esgotado.
Mais importante do que saber aproveitar a alta da onda, é saber quando ela acabou e que devemos descansar e esperar pela próxima. Não é ficar na frente do computador, olhando pro teclado, para a tela em branco; para um caderno, uma página em branco, com uma caneta na mão. Isso não é esperar, é forçar! Forçar e obrigar para que tudo o que tiver que ser escrito seja escrita na marra.
Esperar, nesse caso, é realmente parar! Se dar um tempo para descansar... Tanto o corpo, como a mente (principalmente)! Uma cabeça cansada não consegue produzir tão bem quanto uma descansada. Pode até sair alguma coisa, mas a um custo muito pior do que poderia ser se ocorresse uma pausa.
Tirar mesmo algumas horas ou até uns dias – a depender do caso, só você mesmo pode saber – para tirar os pensamentos daquilo que estão causando o desgaste.
Se dar um tempo para respirar é importante sempre! Não tenha vergonha de parar. Como disse lá em cima: Somos humanos e não máquinas, precisamos de descanso.
Sei que parece horrível ter que parar, mas é preciso!
 

Como se manter inspirado então?

Vocês já devem estar assim: Toda sabichona dando conselho e ai? Como que faz para que a inspiração e a criatividade não morram então?
Pode parecer um bicho de sete cabeças - ou melhor, a gente autor adora glamourizar as coisas – mas é bem simples! É só fazer algo que gosta e que te faz bem!
Ouvir música; assistir a um filme ou série; jogar algum jogo; fazer algum trabalho manual... Qualquer coisa que te dê prazer e que seja apenas um hobby!
Pois é, sempre bom ter um hobby, aquela coisinha que você faz sem o compromisso de ser bom, faz apenas para se divertir. (Obs: Cuidado para não serem transformadores de hobby em trabalho viu? Isso não faz bem!)
Ou coisas até mais simples: Tomar um café; fazer um lanche; dar um passeio em algum lugar... Só sair para espairecer, respirar um ar puro, ver o dia, umas plantinhas, fazer um carinho num gato...
Quando entramos em contato com outras atividades e até com o que outras pessoas fizeram, nós conseguimos manter a nossa própria inspiração viva. E quem sabe, fazendo isso durante aquele descanso, ela não acabe voltando assim de repente?
 

Como eu faço para manter a minha inspiração

Bom, eu mantenho minha inspiração fazendo exatamente o que eu falei acima. Aliás, fazendo TUDO mesmo do que eu falei até agora.
Com os meus alguns bons anos nessa coisa de ser autora, sempre me peguei em momentos de grandes bloqueios ou até de loucuras inspiracionais longuíssimas. Os meus próprios altos e baixos, menines!
Confesso que lá no início até me forçava a tentar manter uma produtividade pois sim - são coisas que outros autores (que adoram cagar regra) acabam por fazer – e obviamente acaba ficando tudo uma bela de uma bosta.  Então, quando acontece isso, eu simplesmente aceito e deixo o que estava fazendo para lá e vou distrair a minha cabeça com outra coisa (que falarei mais a frente).
Fico o tempo que for necessário... Podem ser algumas horas ou até dias, mas depois que sinto mais relaxada e até com um bocado da pressão artística (que nem sei explica) já bem distante, que é quando a inspiração acaba por voltar, até com algumas influências do que usei para desligar. Ai, sim, eu vou  escrever de novo!
 

Algumas das minhas inspirações são...

Aproveitando esse espacinho da edição para falar um pouco sobre algumas das coisas que me mantém inspirada e também me servem e muito como inspiração.
 

Música

Essa aqui acredito que seja a maior de todas! Normalmente até durante o meu ato de escrita, costumo tem alguma música no fundo. Ou melhor, eu sou o tipo de pessoa que se vai fazer qualquer coisa, vai pegar deixar uma música tocando, pois sim.
A música é uma excelente distração em diversos momentos, relaxa a mente e te leva a lugares que são capazes de criar muitas coisas.
(Por isso que eu tenho um projeto inteiro inspirado em músicas de uma mesma cantora!)
 

Animes, Dramas Asiáticos e Outras mídias

Qualquer outro tipo de mídia visual e criativa acaba por, ao mesmo tempo, me relaxar e também me servir de inspiração.
Sempre quando sento para assistir algum anime ou drama, estou procurando um momento de diversão sem muito compromisso de pensar. (Lembrando que a cabeça precisa de descanso.)  
 

Artesanato e outros trabalhos manuais

Pode parecer doideira, mas eu simplesmente amo artesanato. Tanto que até alguns dos brindes dos meus livros foram artesanatos feitos por mim – como o filtro dos sonhos da JV.
Desde criança, sempre gostei de pintar e desenhar; aprendi a bordar no início da adolescência; e na pandemia descobri o prazer de fazer lettering (que são desenhos de letras e frases).
Parar por algumas horas e se dedicar a pintar um desenho; fazer o lettering de alguma frase; bordar alguma coisa; são sempre momentos em que entro em contato com outra parte artística minha e a não tão exigente assim.

Bem, pessoal, é isto!
Espero que tenham gostado da edição do Boletim de Anelândia de hoje. Espero que tenha feito sentido alguma coisa que eu falei aqui.
Até a próxima!
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