quarta-feira, 28 de maio de 2025

Boletim de Anelândia: #35 - Uma autora, a autocrítica e as críticas (lidando com opiniões negativas)

 
Olá, pessoal! Boas-vindas a mais uma edição do Boletim de Anelândia.
Cá estou hoje para bater mais um papo cabeça autoral com vocês. Eu gosto de escrever meus pensamentos aleatórios na internet desde sempre. E nada mais justo do que falar sobre algo que já me incomodou muito no início, mas que hoje eu consigo ver a sua real importância.
Sim, vamos falar sobre elas, talvez as tão temidas por muitos autores: As Críticas (nossas com nós mesmos; e dos outros).
Enfim, bora lá!

Quem se expõe se arrisca, por bem ou mal

É meio triste dizer isso, mas quem se arrisca e mostra o seu trabalho, no caso dos livros, os publica, está sujeito ao “julgamento de opinião” das outras pessoas.
Seja para o lado bom, que a pessoa gosta; elogia; dá todas as estrelas do mundo; recomenda para outros. Ou do lado ruim, em que a pessoa não gosta (ou até odeia); xinga horrores; dava estrela negativa se possível fosse; fala para os outros não lerem.
Isso sendo bem simplista e lendo as coisas bem preto no branco, porque acredito que tudo tenha partes boas e ruins, até nas críticas. Mas, não vou me aprofundar muito nisso, vou focar só nos dois extremos.
É aquilo, quem bota a cara pode receber ou um tapa ou um carinho.
Eu receosa esperando qual a reação da pessoa! (O meme para descontrair!)
 
 

Tendo maturidade para lidar com isso

Primeiro falando sobre a parte ruim... Quem nunca nessa internet não recebeu uma opinião negativa? Independente de que forma seja, em resenha, em mensagem, em comentário.
Eu mesma já recebi diversas vezes, inclusive em épocas diferentes da minha vida. E sendo sincera, nem sempre eu lidei muito bem com isso, justamente pela falta maturidade.
Muitas vezes, quando recebia críticas, eu chegava a ficar muito mal, duvidando e me questionando sobre as minhas capacidades. Eu me sentia horrível, a pior escritora do mundo e muitas outras coisas. Algumas vezes, até quebrou minha empolgação com a história. E tudo por causa de uma pessoa aleatória na internet sabe?
Ainda me lembro até das sensações, porque foram emoções bem profundas. Vou citar alguns exemplos:
Algumas desqueridas – sim, no plural - que tiveram opiniões demais depois de ler apenas alguns capítulos do meu livro. Uma postou como “resenha” para todo mundo ver, dando uma estrela; e surgiu gente de todo o buraco do “caralivro” para poder comentar e dar razão para a dita cuja. E a outra que eu estava as vésperas de mandar o livro para impressão e a pessoa falou tanto e eu fiquei tão chateada, que a minha vontade foi só jogar o livro inteiro fora e fingir que ele nunca existiu. (E hoje é um dos meus maiores orgulhos como autora!)
Ou da vez quando teve o aniversário de um ano do Café com Letra, em que eu aproveitei uma ideia que já tinha engavetada fazia uns 10 anos e quase ninguém gostou do conto e obviamente, eu perdi o “concurso de aniversário”. A coisa tomou uma escala tão grande – da minha chateação comigo mesma, que ninguém entendeu – que chegaram a me acusar de que eu estava descredibilizando o concurso porque eu não ganhei. (E teve um dos contos numa das coletâneas que eu amei quando escrevi, mas o povo do grupo não gostou e eu passei a odiar! Por que eu era assim?)
Outra foi a vez que uma conhecida me xingou de forma anônima (eu sabia que era ela), dizendo que o que eu tinha escrita foi uma das piores coisas que ela já leu, mandou eu me tratar e “crescer”, porque quem sabe assim eu não conseguisse escrever algo melhor e “mais interessante” (para ela). Essa história já é conhecida por quem me segue a mais tempo... Só que essa foi umas vezes que eu realmente pensei em desistir de tudo nessa coisa de ser escritora!
Foi apenas com o tempo e meu desenvolvimento pessoal e profissional que eu aprendi a separar, finalmente adquirindo a maturidade o suficiente para lidar melhor com as críticas negativas. Finalmente entendendo que algumas opiniões a gente pode aproveitar – se elas fizerem sentido – e outras a gente pode simplesmente descartar e fingir que nunca viu.



 Prints relacionadas às três histórias que eu contei acima! (Porque eu guardo PROVAS!)


Cuidado com o ego

Agora falando dos cuidados que devemos ter com a parte boa!
Inclusive, eu sou daquele tipo de pessoa que fica completamente sem jeito quando alguém me tece um elogio – pessoal mesmo. Não que eu não encare bem, mas eu sou bem introspectiva e só não sei o que responder além de um agradecimento que quase sai num sussurro.
Claro que se pode ficar feliz, contente e sorridente quando o livro é elogiado e a pessoa acaba por falar bem sobre.
Como toda pessoa que trabalha com arte, eu gosto muito e fico muito feliz quando alguém critica de forma positiva alguma história minha. Dá uma enchida no meu ego e também me incentiva ainda mais para continuar. Inclusive, dá para sentir que o que estamos fazendo faz sentido e está tocando outras pessoas.
Ainda lembro quando publicava um dos meus livros no site de fanfics e veio uma moça - acho que era – dizendo quanto a história era especial para ela, isso num capítulo que é um dos mais tensos do livro e a leitora passou por algo semelhante.
Ou outra que chegou e já tinha lido o livro em um lugar, encontrou em outro – porque eu publicava em vários sites – e disse que leria tudo de novo porque amava a história.
E a quantidade de pessoas que nunca tinha sequer interagido comigo, lendo como um leitor fantasma, mas de vez quando dava as caras e diziam o quanto gostavam da história. Ai que se percebe o quanto um livro pode ir longe e quantas pessoas diferentes pode alcançar.
Só que o cuidado que se deve tomar é só para esse ego não acabar ficando inflado demais. É ficar feliz, só que com o pé no chão e tendo a consciência que existe sempre alguma forma de evoluir e não ficar estagnado.
Buscar um equilíbrio justamente entre as duas partes (boas e ruins), ai sim dá certo!

Prints relacionadas às histórias que contei acima!
(A segunda não é comentário propriamente dito, mas é a mesma pessoa!)
 
 

A autocrítica pode ser pior do que a crítica

Estamos aqui só falando sobre os outros, mas existe uma pessoa que é o pior crítico de todos: Nós mesmos!
Digo isso com conhecimento de causa, da minha experiência convivendo comigo mesma. Piadas à parte! O quanto de cobrança que eu faço comigo de vez em quando chega a ser surreal.
Já trabalhei bastante sobre isso na terapia e agora eu sei muito bem enxergar quando essa minha autocrítica acaba por mais me atrapalhar do que ajudar.
Como os outros aspectos que falei, todos aqui devem ser feitos com equilíbrio. Então, um pouco de cada um deles é até bom, mas demais acaba por piorar tudo.
Quantas vezes já não me cobrei para escrever mais ou escrever todos os dias ou criar histórias de forma X, Y ou Z? Quantas vezes já me peguei relendo o que eu escrevi e achando aquilo a pior coisa do mundo e ficar me perguntando o que eu tinha na cabeça quando escrevi?
São tantas cobranças pessoais, de metas pessoais ou profissionais e elas podem acabar apenas sobrecarregando, tornando tudo mais difícil e complicado.
A nossa própria opinião acaba por pesar muito mais pelas que vêm de fora e elas também vêm com mais força, justamente porque nossa cobrança própria é muito maior. Seja esta para alcançar objetivos ou por pura comparação.
O problema é que ela também é bem capaz de fazer mal e causar problemas ainda piores. E quem trabalha com arte, acaba por afetar de uma forma mais profunda.
Como disse, melhor ficar no meio termo. Ter uma crítica consigo sim, mas de uma maneira que seja mais leve e que te impulsione para frente e não te puxe mais para trás.
Um meme velho (e meu) para descontrair!
 
 
Bem, pessoal, é isto!
Espero que tenham gostado do Boletim de Anelândia de hoje.
Nos vemos na próxima! Até!

terça-feira, 29 de abril de 2025

Boletim de Anelândia: #34 - Obras que me influenciam (e me inspiram nos meus livros)


Olá, pessoas! Boas vindas a mais uma edição do Boletim de Anelândia.
E nesta edição, que até meio que complementar a edição de número #27, onde eu falei sobre como manter a inspiração trabalhando com arte... Hoje quero falar sobre quais obras que me influenciaram ou até ainda me influenciam e me inspiram nos meus livros.
É um bocadinho de coisa, mas vou tentar ser sucinta. Mas, sem antes dar a minha dose de opinião sobre este assunto.
Bora lá!


Não tem problema pegar uma coisa ou outra dali

É aquele ditado: Nada se cria, tudo se copia!
Não tem realmente nada de errado se pegar uma inspiração de uma coisa e misturar com outra coisa. Criar algo novo com base em algo que já existe!
As outras mídias estão aí para que tiremos proveito delas e misturemos elementos de vários em nossas criações, sendo capazes de criar uma coisa totalmente nova.
Se até nós somos feitos de todas essas misturas do que gostamos (e do que nós vivemos), imagine o que nós criamos…
Sei que existem alguns que acusam os outros de que tal obra parece muito com outra, mas semelhanças sempre irão aparecer. E sinceramente, é uma linha muito tênue mesmo do que é inspiração e do que seria um plágio. Porém, o mundo está aí desde sempre… - contando de diferentes calendários - então é realmente difícil algo ser realmente 100% original.
Até autores mais famosos tem claras inspirações em suas histórias… Só dar uma pesquisada que logo se encontra! Obviamente, eu estou inclusa nisso e falarei sobre elas logo!
Quem sabe algum dia fale - talvez no meu blog - sobre essas “pequenas regras malucas” que só autor ou gente que tem muito tempo livre na internet é capaz de inventar!
Vou parando esse tópico por aqui antes que me cancelem!
 

Obras que tem claras referências nos meus livros (ou tinham)

Como apontei acima, algumas das minhas obras têm bastante inspirações em coisas que eu gosto muito e que direta ou indiretamente acabei colocando dentro das tantas histórias que eu já cheguei a escrever.
Algumas, que são as que eu falarei, tenho claras na minha cabeça de onde que eu tirei as inspirações. Já outras, eu realmente não faço a mínima ideia!
Então, bora lá!

Sailor Moon, Saint Seiya e Inuyasha: As Super Agentes

Aqui eu me refiro à primeira versão, a de 2004. E como eu era uma criança ainda, obviamente misturei um pouco de tudo o que eu gostava naquela época e desde que eu comecei eu sabia disso. Até porque os personagens tinham os mesmos nomes e eu dizia claramente que eram youkais. Inclusive, no primeiro capítulo, eu literalmente escrevo os nomes das histórias, fazendo uma clara referência de uma pobre otaka fedida no auge do 11 anos de idade. (Se bem que Inuyasha eu vi um cadinho mais velha, então entrou depois!)
Só para constar aqui:

“O bem conta com ajuda dos Cavaleiros do Zodíaco que protegem a deusa Athena, Sailor Moon guardada pela lua, luta contra o mal, e Sakura que usa as mágicas Cartas Clow.”

ASA sendo apenas a salada de coisas mais maluca que eu criei desde sempre e deve ser por isso que eu amo tanto, mesmo sendo beeeem ruinzinho!



Zoey 101 / Manual de Sobrevivência Escolar do Ned:  As Aventuras de Jimmy Wayn

Além das claras inspirações em elementos reais, que eu cansei de falar inúmeras vezes por ai - até na edição especial só sobre o JV - tiveram algumas coisas que eu só percebi que acabaram por me inspirar mais velha, mas em algum momento eu percebi.
Pela época do eu adolescente e de acompanhar muitas séries da Nick, obviamente elas acabaram por me influenciar de uma forma indireta.
São umas influências bem superficiais mesmo, mas de Zoey 101 são mais claras do que as do Ned - que é mais o contexto da série do que qualquer outra coisa.
Aliás, com o filme Zoey 102, eu tô há muito pouco de, mais para frente, escrever uma história dos personagens mais velhos… Depois que fechar a série principal!
 


Ai no Kusabi: O Diário da Escrava Amada

Também falei sobre inúmeras vezes, numa edição específica sobre, mas são claras as inspirações que o DEA têm em ANK.
Talvez seja porque eu fiquei em luto pelo anime de 2012 ter sido cancelado e a minha cabeça fez o que ela faz sempre: inventa coisas malucas para eu ter que escrever. haha
Mas, eu amo toda a mistura e referências que eu coloquei como homenagem depois dentro do DEA. É uma obra que é um grande divisor de águas para mim, como pessoa e como autora. E agradeço a uma das minhas obras favoritas da vida ter feito parte disso de alguma forma!
 

Mais do que apenas inspirações

Aqui um outro sub-tópico aqui para falar sobre coisas em que não peguei apenas inspirações e que só lembra um pouquinho. Aqui é para falar sobre coisas que eu aproveitei como base para criar alguma coisa minha (e nova).
Sobre ambos já falei em edições específicas do Boletim, então só vou pincelar para relembrar.

Músicas da Chihara Minori: 12 Meses com Minorin

Esse aqui não é surpresa, pois é um projeto em que eu peguei a discografia quase inteira da minha cantora favorita e praticamente tirei leite de pedra para inventar histórias inspiradas nelas, com direito a fazer referências e muitas homenagens nesse processo.
Foi um projeto que me fez muito feliz e realizada como fã e como autora!
Alias, ainda estou pensando num 13º conto simplesmente porque a mulher voltou com música nova este ano - deve fazer pouco mais de um mês.


Fated to love you e Ase to Sekken: Destinos Florescentes

A minha história mais recente e que eu muito bem consciente do que estava fazendo, resolvi misturar o enredo do meu drama favorito com um mangá que se tornou um dos queridinhos do meu coração.
Eu chamo Destinos Florescentes de uma versão brasileira de Fated, misturando com os personagens da outra. E esta mistura está dando muito certo e eu só estou numa ressaca de escrita terrível, mas quero muito continuar a escrever esta história.
(Alias, a pobre está sofrendo com muita coisa no seu processo!)
 
Uma fotinha do drama que fizeram de Ase to Sekken!


Bem, pessoal, é isto para edição de hoje!
Ainda vou trazer a edição sobre criatividade, como tem um tempinho que prometi, mas eu preciso pegar o livro e ler todo de novo para tal.
Espero que tenham gostado de saber um pouco mais sobre as coisas que inspiraram em alguns dos meus livros.
Nos vemos no próximo Boletim de Anelândia!

segunda-feira, 31 de março de 2025

Boletim de Anelândia: #33 - Autora fanfiqueira (Histórias minhas que publiquei no wattpad e adjacências)

 
Olá, pessoas! Boas-vindas a mais uma edição do Boletim de Anelândia.
Continuando nas pequenas edições especiais de comemoração aos meus 20 anos, trazendo uma outra partezinha do meu eu autora (e leitora), que foi um ponto crucial para eu alcançar muitas outras coisas na minha carreira.
E sim, vou falar sobre as fanfics. Mesmo que nunca tenha escrito uma propriamente, os sites desse tipo se tornaram um local onde coloquei algumas histórias originais.
Então, bora lá!
 

Como que eu descobri o universo das fanfics?

Não me recordo o ano exato, mas imagino que tenha sido por 2011/2012; que foi quando fiquei mais ativa em redes sociais, usando o tumblr inclusive.
E nessas minhas andanças, encontrei o Nyah! Fanfiction – que hoje em dia é Plus Fiction – e acabei lendo algumas coisas que as pessoas escreveram inspiradas em histórias já existentes, focando até nas coisas que eu gostava.
Eu já meio que conhecia o nome Fanfic, mas só fui me aventurar neste universo só nessa época.
Li coisas relacionadas a Sailor Moon, Yuyu Haksuho, Inuyasha, Ai no Kusabi...

Descobri também que as pessoas escreviam coisas originais e também postavam neste sites. E realmente tinha coisas muito boas e que tenho um carinho por ter lido.
Cito aqui o clássico Contos de Garotos; uma lenda do Nyah Fanfiction.
E foi ai que eu entrei mesmo nesse universo com tudo e nunca mais saí!


Quando comecei a publicar minhas histórias nesses sites

Eu sempre tive vontade de compartilhar meus escritos na internet, mas eu conhecia bem pouco de muitas coisas quando comecei. Na época que eu entrei mais de coisa de ter blog - hábito e algo que amo até hoje – quis abrir um para poder postar as minhas histórias.
Como eu era a doida e autodidata em fazer layouts de blog, criei um bonitinho, usando as bonequinhas de dollmaker que eu sempre gostei e dei um nome que nem é estranho: Contos da Anê. (Nunca época que eu nem escrevia contos ainda, mas detalhes!)
A vontade eu tinha (e muita), mas ai surgiu a: Praga de Mãe!
Ela acabou vendo o layout que eu estava mexendo e brigou comigo, dizendo que as pessoas iam roubar meus livros se eu postasse na internet. Como era bem mais nova, eu só acatei mesmo e deixei para lá. Porém, a vontade de compartilhar meus escritos na internet afora nunca sumiu.



Uma foto do que um dia foi aquele blog que eu inventei.

 
Passaram uns bons anos, na mesma época em que comecei o tumblr do Contos Anê e que foi que tudo veio junto. Primeiro, até a ideia do Tumblr do Contos Anê era postar algumas coisas, mas logo depois descobri os famosos sites de fanfic e o tumblr se transformou num meio de divulgação.
E o pior é que eu acabei escrevendo muitas coisas novas justamente nesta época, especialmente entre 2015-2018, que imagino que tenha sido a época em que fui mais ativa nesse nicho. Participei de muitos grupos em que aconteciam concursos e até projetos especiais.
Então, eu só fui aumentando cada vez mais a quantidade de locais, principalmente para o Wattpad. E até hoje, mesmo que super floopadas, ainda posto algumas histórias minhas nestes sites, porque pelo menos as pessoas podem acabar encontrando!

 

Algumas dessas histórias são...

Algumas das tantas histórias que já postei por essa internet afora, já cheguei a comentar sobre algumas delas em outras edições daqui do Boletim de Anelândia, como: Ascensão de Uma Scarlet; Sasaki, a mulher Samurai; Guilty Angels; As Princesas Gêmeas.
Vou aproveitar o espaço aqui para poder comentar sobre algumas que nunca cheguei a falar por aqui e que também são histórias que fazem parte desta época da minha escrita. Bora lá!
 

Minha Tsundere é uma agente

Se não me engano, este foi para um pequeno concurso de grupo lá no “caralivro”, seguindo uma ideia de ser um “clichê não-clichê”. E eu, como boa otaka que sou, peguei a ideia da Tsundere e misturei com coisas de agentes e nasceu isso.
Confesso que é uma história que eu amo muito e que, com certeza, devo escrever uma versão maior.

O Capitão e o Marujo

Este aqui é uma história com temática BL/Yaoi, que eu escrevi para um projeto (e grupo de facebook) que tinha como nome ABC do Lemon; onde cada uma das autoras ia pegar uma letra do alfabeto e escrever uma história com tema que iniciava com aquela letra. Eu escolhi a letra A, de Ativo (pois é!) e daí nasceu essa história que eu tenho um carinho muito grande. Com inspirações em folk alemão e marinheiros.


O próprio DEA

Não é nenhuma novidade de que o DEA nasceu dentro do Nyah Fanfiction. Tudo porque eu tive aquela ideia maluca por causa de um sonho, com algumas inspirações em diversas coisas que eu gosto. Foram cinco longos anos escrevendo a história e publicando no site, e teve gente que acompanhou até o final.
Mas, tem uma edição exclusiva falando do DEA para quem quiser saber melhor e com mais detalhes.

 

Tão fanfiqueira que o TCC foi sobre Fanfics (e eu fui visionária)

Isso mesmo que vocês leram: Meu TCC numa das minhas faculdades - a de Jornalismo especificamente - foi justamente com essa temática das fanfics. E por ser autora também, acabei falando sobre os autores que começaram neste universo e se tornaram autores publicados.
Ainda me lembro que eu terminei este TCC junto com um dos NaNo em que eu quase terminei o DEA. Infelizmente também, meus professores não entenderam o meu tema e me deram um mísero sete, para um trabalho que eu dediquei praticamente seis meses e que eu sabia mais do tema do que eles.
Falei desde a impressa, a cibercultura, chegada dos livros ao brasil. Falei sobre as origens dos termos das fanfics e das fanfics em si, onde coloquei casos também de autores publicados. Foi um longo e exaustivo  trabalho e que realmente me dediquei e confesso, fiquei muito chateada com a minha nota!
Porém, o tempo acabou me “inocentando” e lá em 2023, um tema muito parecido com o do meu TCC foi tema de um painel na Bienal do Rio.
Eu fui visionária, mas não fui valorizada (eu raramente sou nos meios onde convivo, pois né…)!

Comparando meu título em 2017 com o tema do painel na Bienal 2023!



Bem, pessoal, é isto! Um pouco da minha breve história como autora fanfiqueira (ou nem tanto assim).
Espero que tenham gostado!
Até o próximo “Boletim de Anelândia”!

quarta-feira, 26 de março de 2025

Boletim de Anelândia: Bônus #11 - Mais um Capítulo de Mãe de Aluguel (História Inacabada)

 
Olá, pessoas! Boas-vindas a mais uma edição do Boletim de Anelândia.
Trazendo mais um bônus, que é continuação de uma história inacabada, chamada Mãe de Aluguel (um nome provisório). Que é mais uma das histórias doidas que eu escrevia de puro fogo.
Quem quiser ver o começo, só entrar na outra edição bônus onde coloquei o Prólogo.
Hoje, fiquem com o primeiro capítulo - que é até bem curtinho.
 
Capítulo 1 – Grávida do Rei
Emil cumprimentou-me novamente e pediu para que o acompanhasse, pois mostraria os meus aposentos e pelo visto o caminho seria longo, pois logo ele começou a falar:
- Então, você é a moça que teve o bebê da Lady Rebecca e agora terá o bebê real?
- Não sei se posso falar sobre isto com você, não tenho autorização de suas majestades.
- Não se preocupe com isso. Eu serei seu guarda-costas pessoal enquanto estiver aqui. Apresentar-lhe-ei o castelo.
- Então serás minha companhia pelos próximos nove meses?
- Sim. O rei designou-me esta função. Só não posso prometer que será boa companhia.
- Será sim, com toda a certeza. – ri
Até aquele momento não tinha parado para prestar atenção em Emil. Ele tinha os cabelos compridos e uma barba rala, seu corpo aparentava ser atlético mesmo em baixo dos tecidos das roupas. Do tipo que me atraia e muito. Mas, nunca pude atender minhas necessidades carnais, pois estou sempre com bebê atrás de bebê. Apenas conheci alguns homens nas tavernas e dormimos uma noite (ou duas) juntos, naquele período em que não tinha chance alguma de acabar com uma barriga.
Meu ventre é exclusivo para ajudar essas outras mulheres e para, num futuro, meu próprio filho. Alias, o meu sonho é encontrar alguém para ser o pai deste bebê que eu quero ter. Só que está difícil de encontrar.
Então, Emil me tirou dos meus devaneios ao imaginar como ele fica sem todas aquelas roupas.
- Senhorita Mary, quando irá ao quarto do Rei Igor? Sei que é uma pergunta íntima.
- Não é. – corrigi – Irei já está noite.
- Assim tão cedo? As majestades estão realmente com pressa.
- Eu também estaria se fosse a Rainha com a pressão de ter um herdeiro. Eles estão casados já tem uns bons anos, apesar de ainda serem monarcas jovens.
- E você? Tem família?
- Eu tinha. Apenas a minha mãe. Ela morreu um ano atrás.
- Eu sinto muito. – um breve silêncio constrangedor – E chegamos. Não sei o porquê de ser o menor quarto e neste canto tão afastado de tudo.
- Porque eles querem me esconder. É isso!
- Vai ficar nove meses trancafiada neste quarto?
- Com você. – ri – Vamos entrar!
Abri a porta e mesmo sendo o menor quarto do castelo era ainda maior do que a minha casa. Com enormes janelas, duas camas – uma maior e outro bem menor, para um criado -, uma penteadeira e uma estante com livros. E também já tinha uma tina para o banho, mas ela se encontrava vazia.
- O Rei já mandou trazer para mais tarde.
- Deixe as coisas aqui, Emil. Quero ver o palácio.
- Claro, ia fazer exatamente isso.
Meus pertences ficaram e nós fomos passear pelos corredores. Ele me mostrou a Sala do Trono, o Salão de Jantar, o Salão de Treino, a Cozinha e depois caminhamos até o jardim e resolvemos ver a fonte no centro do labirinto.
- Aqui é tão lindo! – comentei – Uma pena que não poderei vir muito aqui.
- Aproveite enquanto pode. Alias, posso perguntar-lhe uma coisa?
- Claro!
- Quanto tempo leva até você descobrir que tem uma criança ai dentro? – e apontou
- Entre três semanas a um mês, isso porque tenho mais experiência nisso.  Quando se tem muitos filhos você sabe desse tipo de coisa.
- Entendo. – ele sorriu, meio sem graça – Isso tudo ainda é estranho para mim. Você vai ter o filho do Rei e não vai ter direito nenhum sobre ele. Muitas moças dariam tudo para se beneficiar disso.
- Eu não quero ascender socialmente. Antes, minha mãe fazia isso para me dar de comer. Começou com alguns comerciantes e depois com pessoas com mais posses e claro, alguns nobres. Quando ela não pode mais, eu assumi o lugar dela e mesmo assim, ainda não consegui o que quero.
- E o que você quer?
- Uma família e claro algum lugar que possa chamar de meu. Uma pequena casa ou algo assim. Eu só quero viver bem e sem ter que me preocupar.
Encontramos logo a fonte e nos sentamos. Fiquei olhando aquele bela paisagem e ouvindo os pássaros cantando. Até que senti a mão dele tocar na minha e um calafrio subir pelas minhas costas e eu me assustei.
- Desculpe-me, foi sem querer. – ele disse
Eu ia responder, mas eu fintei aqueles olhos castanhos e não resisti ao impulso que o calafrio me dera. Estávamos sozinhos e sei que se alguém visse poderia dar algum problema. E, eu o beijei. Sem pudor! Porém, ele não correspondeu, como esperava. Assim que nossos lábios se tocaram, ele me afastou.
- Senhorita Mary, o que estás fazendo? Alguém pode nos ver e isso não lhe será bom. – ele ainda segurava meu rosto com as mãos
- Perdoe-me. Eu...
Ele não me permitiu completar a frase ao ocupar minha boca com seu beijo. Meu primeiro dia no castelo e é claro que eu me sentir atraída por meu guarda pessoal.
- Acho que não podemos fazer isso. Pelo menos não aqui! - ele disse por fim
- Eu me senti atraída, desculpe-me. Não acontecerá mais.
- Eu senti a mesma coisa. – sorriu
-Nós não podemos...
- Eu sei! Isso fica só entre nós!
- Claro! Ninguém precisa saber.
E com isso nosso passeio acabou. Retornamos ao meu quarto.
O resto do dia transcorreu com a arrumação dos meus pertences. Eu trouxe alguns dos meus vestidos que uso quando estou com a barriga já grande. Emil estranhou.
-Para que vestidos enormes assim?
- É para daqui alguns meses, precisa de espaço para a barriga aqui.
O clima ainda estava estranho por conta do beijo do jardim. Resolvi conversar com ele sobre isso:
- Olha, Emil, não quero que pense nada errado sobre mim...
- Só porque me beijou? Você não é nenhuma donzela e nem uma mulher comum.
- Eu sei, mas, eu não quero que esse mínimo acontecimento interfira no que devo fazer. Prefiro que não nos preocupemos com isso agora e sim, quando tudo terminar.
- Tudo bem! – ele riu – Fique tranquila quanto a isso. Eu sou um servo do Rei acima de tudo.
***
O jantar foi servido em meu quarto. Pouco depois, entraram algumas criadas, trazendo água, toalhas e uma roupa para usar na visita ao Rei naquela noite.
Emil saiu um pouco do quarto para que pudesse ficar mais a vontade. Tomei banho sozinha e me vesti sozinha também. Não precisava de ajuda para isso.
Sentei em minha penteadeira e comecei a pentear meus cabelos, fazendo também uma oração para que - que segundo minhas contas era a melhor época para conceber uma criança – desse tudo certo. Provavelmente passaria bem mais que uma só noite com o Rei.
Sai do quarto e encontrei com Emil, que me levou ao quarto, que já estava a minha espera. Eu trajava uma longa camisola e um roupão. Despedi-me de Emil, que disse:
- Ficarei aqui para acompanhá-la de volta ao quarto.
- Obrigada!
Abri a porta, sem precisar ser anunciada e lá estava o Rei Igor, com sua pele um pouco mais acobreada, cabelos e olhos castanhos. Ele vestia apenas uma calça e uma camisa de mangas compridas e estava sentado em sua cama.
- Boa noite, Senhorita Mary. Venha!
Aproximei-me e parei diante dele. Ele abriu o meu roupão, que caiu no chão. Ele me puxou para si, me lançando na cama e vindo para cima de mim, me beijou. Nossos corpos ficaram atracados por uns minutos, até que o Rei tirou a parte de baixo de sua roupa e me possuiu, com vontade. Eu abri as pernas, deitada na cama e eu não estava ali, eu sempre desligava nesse momento, pensava em outra coisa. Gemia pela questão física mesmo, porque sentir algo eu nem sentia. Acabei pensando em Emil, ali no lugar do Rei e não fiquei mal por isso.  Mal podia esperar para poder fazer isso com ele também. O Rei me possuiu mais algumas vezes antes de adormecer. Sendo assim, apenas me levantei, vesti-me e sai.
Emil me esperava na porta e talvez meio constrangido pelos sons que saíram do quarto antes, nem olhou para mim. Apenas pediu para que seguisse. Chegamos ao quarto e dormimos.
***
Os dias se passaram e eu ia ao quarto do Rei todas as noites, depois a Rainha ia para lá para acordar com ele de manhã, para todos acreditarem na história da gravidez dela.
Assim, passaram três semanas e eu já estava me sentindo diferente, eu sabia que já estava grávida, mas decidi esperar um episódio mais claro para que os outros percebessem.
Passava meus dias na companhia do meu guarda-costas. Estávamos construindo uma relação nesse meio tempo. Líamos, conversamos, passeávamos pelo castelo, ele me ensinava umas técnicas de luta, era bem divertido. Nem tocamos novamente no momento do beijo, mas eu já nutria um pequeno sentimento por ele. E foi para ele quem contei primeiro sobre a gravidez.
- Eu estou grávida, Emil.
- Sério? Como sabe?
- Já estou sentindo meu corpo mais sensível e as minhas roupas estão ficando apertadas.
- Assim tão rápido?
- Já tem quase um mês.
- Precisa contar ao Rei e a Rainha.
- Prefiro esperar um pouco, pelo menos até meu corpo dar um sinal mais forte e que possa ser percebido pelos outros.
- Como o quê?
- Como...
Não consegui completar a frase, porque me veio uma vontade de vomitar e eu apenas vomitei todo o café da manhã que acabará de comer. Emil veio desesperadamente ao meu socorro.
- Estás bem?
- Algo como isso. – sorri – Eu estou bem! Agora podemos falar aos monarcas sobre a criança.
Emil convocou uma audiência com os governantes imediatamente. E os sintomas resolveram me afetar todos de uma vez. Eu já estava enjoada e me sentindo um pouco tonta, tive que pedir ajuda dele para chegar ao gabinete do Rei, onde tanto ele quanto a esposa e o conselheiro esperavam.
- Senhorita Mary, vossa alteza. – ele me anunciou
- Entre, querida. – disse a Rainha Gorana ao ver meu estado – Por que está tão pálida? O que aconteceu?
O guarda-costas colocou-me numa cadeira e eu pude responder as perguntas deles.
- Eu estou grávida, majestades.
- Assim tão rápido? – reclamou o conselheiro – Não tem nem um mês.
- Conselheiro, eu conheço o meu corpo e dormi com o Rei sabendo bem a possibilidade alta de conceber a criança.
- E os sintomas? Grávidas tem sintomas. – retrucou novamente
- Vocês os estão vendo. Acabei de vomitar no jardim. Emil, inclusive, viu.
- Sim, senhor. E depois disso, ela ficou tonta.
- Isso é maravilhoso! – comemorou a Rainha – Meu bebê está ai!
- Sim, majestade. – peguei a mão dela e coloquei na minha barriga – Bem pequenino, mas está aqui.
- Agora precisamos montar o plano para que essa gravidez passe despercebida.
- Simples, é só a Senhorita Mary ficar apenas no quarto, ninguém suspeitará. Enquanto isso, a Rainha forja os sintomas por uns dias e anunciamos a gravidez dela.
Emil olhou para mim com pena, estava condenada a ficar trancada num quarto pelos próximos meses, porém eu já estava acostumada com aquilo, não era nem a primeira e nem a última vez que aquilo aconteceria.
 
Bem, pessoal, é isto!
Ainda tenho mais um capítulo dela - ou melhor, parte de um capítulo, pois não terminei - e quem sabe não o traga aqui, talvez só para deixar vocês mais curiosos.
Até a próxima!

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Boletim de Anelândia: #32 - Minha experiência com publicação em físico


Olá, pessoas! Boas-vindas a mais uma edição do nosso querido Boletim de Anelândia.
Continuando a leva de postagens especiais sobre meu aniversário de 20 anos como escritora, trago mais uma edição contando sobre algumas etapas da minha carreira. Também tentando trazer algum aprendizado para quem ainda está começando.
Hoje falarei sobre quando eu finalmente consegui imprimir alguns dos meus livros, ou seja, quando essa autora aqui finalmente teve algum livro em formato físico.
Lembrando que eu falarei da minha experiência como autora independente e também dona da própria editora, o que difere e muito de outros autores.
Enfim, bora lá!

O que realmente precisa?

Primeiro, sem querer iludir ninguém, mas o que se precisa é de dinheiro. Porque pagar impressão em gráfica é bem, mas bem caro! (E ficou muito mais depois da pandemia!)
Mas, como uma autora que costuma fazer tudo sozinha, cuido de todas as etapas do processo de preparação de um livro e, com o tempo, acabei aprendendo em cada uma delas; fosse como funciona ou apanhando ao mexer em programas específicos.
A revisão é a mais de boas, porque num editor de texto simples já dá para fazer. Sei que não é o ideal, mas pensando como autora que economiza para focar na impressão, eu mesma revisava o livro. Atualmente, conto com a ajuda de digníssimo nessa etapa.
Depois fazer a capa e a diagramação, tomando cuidado com as margens e fazendo os cálculos certinhos para a capa aberta fique certinha na hora de montar tudo; assim da mesma forma que a diagramação. E claro, escolhendo qual o melhor tamanho para o seu livro, pois existem vários.
Se preocupar com o registro do livro na CBL (Câmara Brasileira do Livro), pagando para gerar o ISBN; depois fazendo a ficha catalográfica (que entra na diagramação) e o código de barras, este que vai no verso do livro.
Pesquisar uma gráfica, puxando orçamento de uma e de outra, comparando preços e ver qual pode oferecer um melhor serviço para a impressão do livro.
Muita coisa né? Pois é! Tem algumas etapas a mais do que na publicação de um ebook, mas ainda assim é bastante trabalhoso e custoso. Eu corto muitos destes custos justamente porque eu tive muita paciência da primeira vez e sai pesquisando de que formas eu poderia cortar alguns gastos destes. Se eu fosse pagar por tudo isso, pode colocar o dobro nesta conta ai!
Depois que eu publiquei que eu finalmente entendi quando outros autores diziam que a parte mais uma fácil é escrever o livro... Isso sem contar que tem gente que ainda acha que você está vendendo o livro “muito caro”.

Quando eu decidi imprimir meus livros

Na verdade, a questão é: Quando eu pude imprimir meus livros...
Lembram que eu falei que precisa de dinheiro? Foi justamente quando eu tive, ou melhor, quando comecei a trabalhar no meu CLT e fui guardando meus primeiros salários com este objetivo (e também para participar da Bienal).
Como era em 2019 – que eu vou contar com mais detalhes logo – acabou que nem me foi tão custoso assim, já que eu quase não tinha outras despesas. Foi caro sim, mas isso eu já tinha uma ideia pois outros autores me falaram.
E desde então, tento ao máximo fazer os livros físicos que eu consigo, mas, desde a pandemia, a coisa mudou muito de figura.
 

Minhas experiências até então


Vou contar, de uma forma bem breve, cada uma destas vezes. Não foram muitas, mas qualquer experiência é válida!

2019: JV1 e DEA

A primeira oficialmente foi a do JV1, sendo a do DEA poucos meses depois, mas que eu considero ter sido junto.
Foi aqui que eu só meti a cara e a coragem, com muita pesquisa e muita vontade de ver meu livro impresso.
O livro do Jimmy foi todo feito por mim, enquanto do DEA, teve aquela história de que eu ganhei a diagramação e capa num sorteio; só que eu ainda quero muito eu mesma fazer uma segunda edição dele. Quem sabe quando acabar a primeira né?
Fiz em duas gráficas diferentes e foram ótimas experiências. E quase que o livro do DEA não chega a tempo da Bienal de 2019, pois eu fiquei atribulada ou melhor, enrolada até o pescoço com um outro projeto que estava fazendo parte (que eu contei numa outra edição).
E adiciona nesta conta ai, que teve promoção de marcadores e de brindes também, para os dois livros. (Sem que os filtro dos sonhos do Jimmy sou eu quem faço manualmente! Cada um deles!)




2020: JV2

Já no ano seguinte, na mesma gráfica do primeiro, fiz o segundo volume da série. Não teve muita dificuldade, pois eu já sabia o caminho das pedras e como é uma série, algumas coisas do design acabam por ser fixas, só alterando algumas imagens. O que realmente facilita do que você ter que criar tudo do zero.
Fiz na mesma gráfica do primeiro, bem no meio da pandemia; tanto que fomos buscar o livro de carro, usando de todas as formas de proteção possíveis.
Mudaram algumas coisas de registro nesse meio tempo – foi neste momento em que passou para a CBL – e antes era com a Biblioteca Nacional. E confesso que com a CBL foi bem fácil e prático... Só fiquei revoltada pois na BN, eu paguei o valor para me cadastrar como autora, algo que foi uns 300 reais; só para no ano seguinte mudar tudo.
Foi uma experiência bem tranquila também, pois eu tive toda a paz do mundo para fazer, já que meu trabalho tinha suspendido todas as atividades.
A minha sorte foi que essa impressão foi bem antes dos valores subirem... Se eu esperasse mais alguns meses talvez nem fosse o mesmo valor. (Teve marcador de brinde também!)


2024/2025: JV3

Esta foi a minha última experiência - e que ainda está rolando, na verdade.
Vocês já devem saber que tinha uns bons anos – talvez uns dois – que eu queria fazer o lançamento do JV3, porém por muitas razões pessoais, só fui adiando e adiando...
Só que chegou no finalzinho de 2024 e eu falei: Tem que ser agora! Num aguento mais!
Eu já estava com a capa pronta, já tinha feito os marcadores. Só tive que terminar algumas partes do processo, como terminar de digitar o manuscrito - já que o livro foi todo escrito num caderno – revisar, diagramar e tudo o mais.
A coisa começou a dar ruim quando fui procurar uma gráfica! Primeiro que eu sempre faço pesquisas para poder comparar e tudo o mais; juntando com a subida que os valores tiveram, isso era ainda mais necessário.
A minha gráfica de sempre estava mais cara do que eu podia arcar, visto que agora eu tenho bem mais despesas - então, fui na caça de outra mais em conta. Não vou citar os nomes só para evitar a fadiga, mas encontrei uma que fazia bem mais em conta e resolvi testar para poder outras opções. E ai que começou o “Barato que sai caro!”.
Primeiro que eu mandei o livro em meados de Novembro, demorou um tempão para chegar – o que explica o 2025 no título - e bem, confesso que não consegui ficar feliz quando meu livro chegou. Ainda estou tentando resolver – vamos ver se consigo – o problema que teve na impressão, porque senão terei que vender os livros do jeito que estão.
Não quero me alongar muito aqui, pois esta a minha experiência atual e ainda não teve resolução. Quem sabe, quando acabar tudo, eu deixo uma atualização aqui com o que aconteceu. Mas, já me adianto que talvez nem faça com eles de novo, pois ficou bem aquém do que eu sei que posso entregar como autora.



Dicas para autores que querem imprimir seus livros

E para fechar esta edição, a minha pequena dose de conselhos aos autores. Especialmente aqueles que estão começando e ficam cheio de sonhos e vontades e tudo o mais. Não quero estragar as expectativas de vocês, mas preciso falar a dura realidade.
A primeira é que ter um livro impresso não deve ser uma grande prioridade, a não ser que você realmente tenha condições para custear e fazer isso. Agora, se você não tiver e tiver que ir atrás de uma editora para fazer isso... Cabe muita pesquisa e o dobro de paciência, porque realmente tem muita editora por aí que não faz só publicação tradicional – que é aquela que você não paga – mas fazem de outra forma, acabando ser tão caro quanto.
Só que, cada autor sabe do seu cada qual; o que melhor para si e para os seus livros.
Eu tinha muita vontade de fazer meus livros em físico, mas sabia que ia fazer isso de forma independente e fiz por onde para que isso acontecesse. Então, se você autora sabe o que quer para o seu livro, faça por ele assim.


Bem, pessoal, terminando por aqui mais uma edição do Boletim de Anelândia.
Nos vemos na próxima! Até!

sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Boletim de Anelândia: #31 - Sou menos autora por não ter nenhum prêmio? (Sobre comparações e não-reconhecimento)


Olá, pessoal! Boas-vindas a primeira edição do Boletim de Anelândia de 2025.
Espero que tenham aproveitado as festas de final de ano da melhor forma. Continuando a nossa programação da newsletter especial de 20 anos, ainda misturando uns temas que eu acabo por falar aqui.
Hoje vou comentar sobre eu ser escritora, mas nunca sequer tem ganhado nenhum concurso ou prêmio por conta de alguma coisa que eu escrevi e como isso já pesou muito na minha cabeça e no final, acaba por trazer reflexões demais, como sempre!
Então, sigam-me na linha de pensamento.

 

Não foi por falta de tentativa

Desde que eu realmente me interessei em levar a minha carreira como escritora mais a sério, a gente tenta, de alguma forma, participar de coisas que podem nos dar um certo reconhecimento e obviamente os concursos e premiações entram nessa lista.
Eu já participei desde concursos de grupos que participava no finado “caralivro” até concursos de editora para conseguir publicar meu livro, inclusive o famoso The Wattys do Wattpad.
E em todas as vezes, o resultado foi o mesmo: Eu nunca ganhei nada. Fosse por escolha de um júri ou por votação popular, os resultados sempre diziam outros nomes que não o meu.
Ainda lembro claramente da quantidade de vezes em que participei, tendo alguma esperança - porque a gente pode ter a expectativa – e acabar por me frustrar quando eu via que não tinha dado certo... De novo!
Ficava profundamente magoada em todas as vezes, só que eu continuava tentando e tentando, até que teve simplesmente uma hora que eu cansei e não quis mais, pois a minha sanidade valia mais.
Eu literalmente me matando tentando pensar em ideias para estes concursos e nunca dava certo.
 
 

Será que o problema era comigo?

Nesses meus momentos de frustração, eu sempre ficava me perguntando qual era o motivo... Se é que tinha algum! Tudo culpa do meu MBTI, que é Lógico.
Muitas vezes, eu tentava buscar uma culpa em mim mesma. Eu que não tive uma ideia boa e as pessoas não gostaram ou que eu não era popular o suficiente para que as pessoas votassem em mim.
Teve uma vez, no famoso Café com Letra, que até separei uma edição para comentar sobre, que teve a edição especial de aniversário em que fizeram um concurso especial e eu lancei uma história que tinha anos que estava guardada – A Busca da Criatividade – e só recebi críticas (que fizeram sentido depois) que me deixaram muito triste. Isso porque, em outros meses, talvez sem a pressão de saber que era um concurso, talvez eu tivesse escrito uma boa história, mas não valia nada. Quando foi para valer, eu fiz tudo errado! (Era o pensamento que eu tive naquele momento.)
Minha reclamação dentro do grupo foi tão grande que até chegaram a me acusar de que eu queria descredibilizar o concurso porque eu não tinha ganhado. Sendo que quem me conhece sabe que eu sou a pessoa que mais se anula em qualquer situação e foi justamente isso que eu fiz. E tive que me justificar! (Talvez fosse ainda a minha imaturidade com as críticas negativas.)
Pior que não era só a frustração pessoal não... Chegou já a acontecer, umas duas vezes, se minhas contas estiverem certas, de que eu realmente tinha alguma chance, mas o concurso simplesmente implodia, ou melhor, era cancelado e nem eu e nem ninguém ganhava nada.
O primeiro foi de um grupo novo que eu entrei, naquela rede azul e teve o primeiro mês do concurso de contos... Normal! Ai chegou o segundo mês, participaram eu e mais uma pessoa – que é uma leitora minha – e ela mesma me disse que eu ia ganhar o concurso mensal. Cês acreditam que o grupo simplesmente acabou do nada? Pois é!
Da outra vez, eu enviei o JV1 – sem 90% das mudanças que eu fiz depois – para o concurso de publicação tradicional que uma editora promoveu. Ainda lembro que tive que imprimir uma parte do livro para enviar. O concurso foi cancelado, mas eu recebi um e-mail da editora perguntando se eu não tinha interesse em fazer uma publicação com eles – provavelmente paga –, mas o que me pegou foi que escreveram o nome do livro errado. Juro!
Ai me diz: você não pensa que tem algo errado com você quando acontece algo assim? Eu fico encucada até hoje com as duas situações! Claro que, não era 100% certo de que eu ia ganhar, talvez fosse mais uma vez que ia perder... Enfim, espero que tenham entendido o meu ponto!
Só uma representação do concurso simplesmente "sumindo" e eu seguindo o baile.
 

Hoje eu só desencanei mesmo e vida de que segue

Nessa altura já cheguei à conclusão de que eu não sou autora de prêmios e está tudo bem! O reconhecimento pode vir de outras maneiras além de algum concurso ou prêmio.
Por outro lado, sempre surge aquela maldita comparação com os outros autores, ainda mais aqueles que acumulam algumas dessas vitórias e reconhecimentos. Você ter o título é relativamente importante e tem gente que realmente liga para isso. Antes, eu ligava e até pensava que minhas histórias só teriam valor se eu tivesse também estes títulos, estes reconhecimentos, estas validações.
Porque um prêmio é justamente isso, é uma validação daquilo que você faz. Que aquele seu texto, conto, história ou livro teve algo a mais e que despertou a atenção de outros que te gratificaram com isso.
E nos meus longos anos de terapia (e seguindo também como autora) é de que nem sempre é preciso fazer algo buscando alguma aprovação ou validação dos outros. Por isso que eu realmente parei de tentar, porque eu senti que realmente não precisava disso.
 

Um prêmio, na real, nem significa tanto assim...

Ou será que eu digo isso só por que eu não tenho um né? Brincadeiras à parte, mas ninguém “menos autor” ou “mais autor” só porque nunca recebeu algum prêmio ou ganhou algum concurso.  
Obviamente, receber um tem importância e significado... Não estou invalidando isso! (Se não daqui a pouco o povo vem com todas as pedras na mão!) Nós autores já lidamos com tanta coisa negativa que um reconhecimento desse tipo é sim algo a ser comemorado.
Só que, como eu falei acima, o reconhecimento do nosso trabalho pode vir de outras formas sem ser alguma vitória em algum concurso. Nem tudo precisa ser uma disputa! Nós estamos juntos nessa corrida, cada um no seu próprio ritmo.
Para mim, tem bastante significado quando uma pessoa comenta o quanto gostou do livro, que adora minhas obras, que te me acompanha já tem alguns anos. São algumas pequenas validações e que também valem a pena.
Pode até parecer um pouco simplório, mas realmente se algum livro meu deixa uma pessoa feliz, mesmo que essa pessoa seja eu mesma, para mim já está de bom tamanho.
O que importa é que eu gosto do que eu faço e sei que um dia, de uma forma natural, essa coisa vai alcançar a muitas outras.
Eu feliz e seguindo um dia de cada vez!

 
Com esse clima de otimismo, o que é um milagre, vou terminando por esta edição do Boletim de Anelândia.
Só espero que não me odeiem depois de tudo o que eu falei, porque a gata aqui adora cutucar em vespeiro em assunto literário.
Até a próxima!
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