OBS: Vou
colocar aqui a lista de livros e as personagens que falam nesta
oneshot, para vocês não confundirem nem as personagens e nem as
relações.
Lista:
As
Super Agentes: Anelise, Camilly, Joenize, Lorranah, Marlin, Silvia e
Susi;
Mago
Belo: Sabrí e Luna;
A
filha do conselho: Caterine e Julie;
As
aventuras de Jimmy Wayn: Samira;
Sayonara
Days: Isa, Carol, Amora, Esquilo e Limão;
Mutsu
Ike: Asami e Kohsaka Ane;
Super
Gata: Guinevere e Gabriela;
Sasaki,
a mulher samurai: Sasaki.
***
Era
mais um dia em Anelândia e as personagens (as mulheres mesmo)
resolveram marcar uma reuniãozinha de mulheres em homenagem ao
próprio dia delas. O encontro foi organizado pelas Super Agentes,
afinal elas eram as mais velhas. Todas, mas todas mesmo foram
convidadas, desde “As Super Agentes” até “Sasaki, a mulher
samurai”, personagens principais e secundárias. No horário
marcado, Anelise, a agente, começou:
–Bem,
mulheres de Anelândia, sejam bem vindas a nossa reuniãozinha.
–E
qual o motivo desta? - interrompe Silvia
–Pelo
nosso dia. Afinal, hoje é 8 de Março.
–Mas
somos personagens literárias.
–Sim!
E somos mulheres também.
–Fala
isso porque é a mocinha.
–No
mundo real não existe essa de mocinho e vilão. Você sabe!
–Claro
que sei, mas não acho pertinente esta reunião.
–Se
não quiser ficar, pode ir embora. Não estou obrigando ninguém.
–Eu
vou ficar, só porque estou sendo bem tratada e aqui tem comida.
Todas
as outras riram. Realmente fora um comentário engraçado. Então,
Camilly tomou a palavra:
–Bem,
estamos aqui para contar nossas experiências como mulheres que
somos.
E
Silvia interrompeu novamente:
–Eu
sou dominadora e vingativa. E... também mal resolvida amorosamente.
Isso que dá ser vilã.
–Pense
pelo lado bom, pelo menos você é independente. – falou Asami –
Já eu sou aquela que se sacrificou por outros, sou “a generosa”,
digamos assim.
–Eu
sou uma órfã que que sempre lutou sozinha, mas um dia encontrou
alguém para se apoiar. Alias, “alguéns”.
–Ótimo,
Caterine! – falou Joenize – Também tenho minha força própria,
mas sem perder apoio na família e na amizade.
–Acho
que todas somos assim, né Jô? – falou Susi – Só que eu sou
mais um pouco... submissa ao meu marido. Porém, consigo me virar sem
ele.
–Quer
dizer, que você o respeita, assim como meu pai respeita minha mãe.
Eles são separados, mas se dão muito bem.
–E
você, Guinevere, - perguntou Sabrí – qual sua experiência?
–Aprendi
que sou capaz de fazer tudo o que quiser sozinha e para algumas
coisas, eu realmente preciso de uma ajudinha.
–Eu
a mesma coisa, Guinevere! – falou Gabriela – Defendendo a cidade
aprendi a me defender melhor.
–Já
eu aprendi a me defender deste pequena, usando meus poderes de maga
elementar. Ainda conquistei um mago com isso.
Luna
deu uma risada e disse:
–Fui
para uma guerra e defendi um mundo a que não sinto pertencer. Ainda
criei um filho praticamente sozinha.
–E
eu sou uma agente veterana, bem sucedida e que treinou muitas outras
como eu. – falou Marlin – E vocês, jovens meninas?
Marlin
se dirigiu para cinco meninas que aparentavam estar no ensino médio.
Eram Isa, Amora, Carol, Esquilo e Limão. Isa foi quem respondeu:
–Nós?!
Somos apenas estudantes, ainda não tivemos alguma experiência
grande com este assunto.
–Apenas
alguns “namoradinhos” aqui e ali. – disse Esquilo
–Meninas,
deixem de ser bobas, temos umas as outras. Temos com quem conversar e
se divertir. – concluiu Limão
–E
devemos manter a amizade, apesar de tudo. Mesmo que sua amiga seja
“inimiga”. – discursou Julie – Ainda fica ao seu lado e te dá
apoio.
–Ah,
Julie. Nossa amizade sempre foi importante para mim. Mas, você não
contou sua experiência.
–Eu
sei, Caterine. Carregava um amor que nunca achei que ser
correspondido. Tive que tomar coragem e revelar o que sentia. Hoje eu
sou uma rainha.
–Nise
é boa nessa coisa de carregar um amor. – comentou Camilly
Anelise
(Nise) se pronunciou:
–É
verdade! Sou uma mulher forte e independente, porém, era frágil por
conta de uma amor. Fazia tudo o que fazia para tentar esquecer. Era
difícil, mas hoje sou feliz com ele.
–“Ele”
é meu pai! – disse Lorranah, filha de Anelise – Que tal a xará
da minha mãe falar? Kohsaka Ane!
Ane
deu um riso tímido e colocou o cabelo atrás da orelha.
–Ora...
Eu... Sou a esperança de um mundo inteiro. Carrego uma cura para
este mundo em meu sangue. Eu sou uma garota normal e sou defendida
por um belo cavalheiro moderno.
–Eu
também tenho um cavalheiro e eu sou como uma musa, uma deusa para
ele.
Depois
que Samira falou, ouviu-se o som da porta abrindo, era uma convidada
atrasada. Era uma moça ofegante vestida com um quimono e carregava
uma Katana.
–Sasaki,
está atrasada.
–Eu
sei! Mas, vocês sabem que eu moro nos confins daqui.
–Por
que não se senta e nos conta sua experiência como mulher?
–Eu
não me considero uma. Não como vocês.
–Conta
vai! Conta! Conta! – gritaram as outras em coro.
–Eu
fui criada para viver em um mundo de homens e honrei a minha família
fazendo uma coisa que normalmente um homem faria. Olhavam-me torto,
mas isso não me impediu de chegar onde cheguei e nem de encontrar o
amor.
Então
vieram os aplausos. Joenize pediu silêncio e perguntou a Sasaki:
–E
sua mãe e irmã? E sua avó? Por que não vieram?
–As
duas ficaram vendo tecido para quimonos. Minha vó, ocupada em casa.
Aquela
reunião já estava durando bastante, pelo menos a parte da conversa.
Todas já queriam ir comer. Anelise se pronunciou então:
–Acho
que ninguém mais quer falar e estão todas com fome. O que
percebemos ouvindo umas as outras hoje? Podemos ser muito diferentes,
mas ainda somos mulheres e completamente diferentes do “padrão”,
se é que existe isso. O que importa é que somos maravilhosas e
apenas nós mesmas.
E
aplausos mais uma vez.
–Agora
podemos ir aos quitutes e as fofocas.
E
assim elas fizeram. Ficaram até tarde da noite por ali,
esquecendo-se dos detalhes de seus mundos e criando mais um, só
delas.
Porém,
uma pessoa, de verdade, observara toda a reunião. A pessoa em quem
todas elas eram espelhadas e a quem idolatravam. Ora, sou eu! Posso
falar por mim agora né?
Esse
texto é uma representação para mostrar que não importa que tipo
de mulher você seja, seja você mesma! Não duvide de sua capacidade
para fazer algo, somos tão capazes quanto os homens. Acredite!
Também
podemos ser a musa ou a inspiração de alguém. Até de si próprias.
Enfim,
feliz dia da mulher a todas nós! Somos lindas e divas!
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