Olá, pessoal!
Sejam bem-vindos a mais uma edição do Boletim de Anelândia!
Cá estou hoje para falar sobre um tema relacionado um pouco com a edição anterior, sobre o processo de escrita, criatividade e estar em contato com a infância.
São sobre coisas que eu já ouvi falar nessas minhas andanças de internet e tem realmente algumas que eu acabo concordando e quero falar sobre ela hoje.
Então, bora lá!
Pessoas artistas têm uma criança interior que nunca abandonam
Não lembro exatamente onde vi, mas pessoas que trabalham com arte acabam por ter um contato um pouco maior com a sua criança anterior ou até com a sua infância.
É aquela criança sonhadora e que ajuda a manter a inspiração, a vontade, a disposição, o fluxo de ideias e diversas outras coisas.
Toda pessoa artista tem uma grande criança dentro de si mesmo, aquela que se empolga e ama fazer o que faz, seja cantar, dançar, desenhar, escrever… Independente da atividade.
Talvez seja porque é uma época em que temos muitas emoções e estamos aprendendo com todas elas e vamos apenas experimentar e vivenciando e sonhando e construindo… E trabalhar com arte é justamente isso: Vivenciar, testar, sonhar, construir.
Também é a fase em temos maior imaginação e essa também é uma parte integral da arte.
Em resumo, todos nós artistas somos crianças interiores realizando as próprias vontades sempre!
Claro que nem sempre isso acontece por se ter uma boa infância, mas para consolar aquela mesma criança que você foi um dia!
Eu sempre abraço a minha criança interior
Ironicamente, como vocês bem sabem - ou não - meu começo de escrita foi justamente por fuga. (Mas quero falar com mais detalhes sobre isso numa edição especial ainda neste ano!) Fuga de muitas coisas e a vontade de voltar para uma época mais fácil e onde eu era feliz. Realmente, tive uma transição bem complicada da infância para adolescência e sofri bastante e foi neste momento em que meu primeiro livro nasceu.
Como sempre falo, era só uma brincadeira e hobby de criança, mas que foi evoluindo e crescendo junto comigo, quando quis que isso fosse algo que queria fazer como profissão (não a minha principal, porque no Brasil isso é uma raridade).
Porém, toda vez eu me recordo daquela pequena Anelise, acuada e assustada, com tantas preocupações na cabeça e o meu eu adulta só tem vontade de abraçá-la e dizer que tudo vai ficar bem e que vai dar tudo certo!
E aqui entra uma versão minha que eu descobri há pouco mais de dois anos, se minhas contas não estiverem falhas!
Eis a “adulta saudável”!
Em muitos momentos durante o meu processo de escrita - e de ter que lidar com outras situações - eu preciso acessar esta versão, para poder me manter centrada e até controlar um pouco e também acolher a minha versão infantil. Enquanto uma fica super empolgada e animada com cada uma das histórias - a infantil - a outra tem que dar uma segurada e ser mais pé no chão e seguir com o ar profissional, mas sem esquecer o lado puro que o processo envolve.
A adulta abraça também em momentos mais tristes e até frustrantes, dando até um pouco de sentido e razões em tudo isso, nessa ideia maluca de querer contar e escrever as próprias histórias.
Eu sempre falo isso, mas eu realmente sou a primeira leitora do livro e a ela quem eu tenho que agradar, enquanto a adulta precisa cuidar do planejamento, já que a criança fica empolgada pensando em cenas de uns vinte capítulos na frente.
Sei que parece confuso, mas é um equilíbrio que eu aprendi e que funciona para mim!
A versão minha que sempre abraça a mais nova!
E tem algo errado em ser “tão infantil”?
Talvez, na visão de alguns, esse aspecto que comentei na edição de hoje seja apenas uma grande maluquice e que não tem sinceramente nada a ver com nada.
Mas, ser sonhador, imaginativo, é sim lidar com uma parte mais infantil, com coisas mais simples. É de tudo o que eu falei até agora!
O que sempre complica é que existem algumas regras ou alguns limites que outros - sejam artistas também ou só “pessoas normais” - acabam impondo com base em seus próprios conceitos e valores e acabamos por seguir só para… Sei lá… Ser aceito por eles? Ser aceito e entendido? Mas por quê? E por quem?
Não existem nada de errado nisso! Não tem problema abraçar a criança interior, atendendo a vontades que não pudemos durante a infância, fazendo com que ela finalmente se sinta realizada e feliz… E nós fiquemos também! Afinal, aquela mesma criança somos nós!
As lembranças de tempos mais simples (e de puro caos)!
Meus pequenos aspectos “infantis”
Só para comentar mesmo, vou dizer algumas coisas que eu faço - não diretamente relacionadas com a escrita - mas que são consideradas “infantis”.
Moda Personagem
Essa aqui já foi até motivo, mais de uma vez, para que me mandassem buscar tratamento psicológico!
Tem uma edição exclusiva falando sobre o MP aqui no Boletim de Anelândia, mas resumindo: ele nasceu como mais uma das minhas ideias malucas e simplesmente foi evoluindo para uma versão de cosplay dos meus personagens. Meu eu infantil adora ficar inventando roupa e representando personagem.
Fazer personagem em Dollmaker
Isso aqui só de ler já dá para ter uma ideia.
Como eu nunca tive boas habilidades de desenho e por muito tempo tive a grana curtinha para pagar ilustração, acaba por usar esses dollmakers - especialmente o da Rinmaru (RIP para a lenda) e do Azalleas Dolls - para fazer meus personagens. Ter uma simples ilustração com a aparência deles, até para ajudar na divulgação.
Adoro fazer até eu mesma nestes tipos de "jogos"!
Assistir animação
Até hoje, em pleno 2024, tem gente que diz que animação é só para criança!
Uma das coisas que eu mais amo fazer é ver desenho, especialmente os animes. Já perdi as contas de quantas vezes já sofri um bullying de leves por causa da minha otakice fedida.
Eis a gata surtando por causa de casal de anime since 1992. haha
Bem, pessoal, encerramos por aqui mais um Boletim de Anelândia.
Até a próxima!