sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Capítulo 8 – Convite para o Encontro de Família

Passei o dia de domingo com o Gustavo na piscina, conversando e trocando uns beijos. Claro que eu fiquei com vontade de tirar a roupa dele ali mesmo, só que os vizinhos dos blocos próximos iam ter uma visão de camarote e nós dois íamos levar uma advertência daquelas do síndico.

Subi e tomei um banho. E aproveitei o fogo e usei um dos vibradores que vieram na caixa, aproveitando ainda a sensação dos movimentos da água e os cabelos molhados e pensando em Gustavo. Minha sorte é que não gemo tão alto quando estou me masturbando. Poucos minutos depois, eu estava estirada na cama e ofegante, desejando que na verdade aquilo fosse um de verdade e não de silicone lilás. Mas, eu não quero abusar do Gustavo para minha libido sexual um pouco elevada. Ambos nos enfiamos nesse acordo maluco!

Decidi escrever um conto, mesmo que de mentirinha da transa da piscina, contudo tinha que perguntar ao Gustavo se podia e também lembrar do que ele estava me devendo.

Vesti uma roupa, já que nem fiz questão disso antes e fui pegar meu celular na sala e no mesmo momento ele tocou, recebendo uma chamada da minha mãe. Atendi:

- Olá, filha! Como está?

- Bem, mãe. E você?

- Estou bem! Já conseguiu um trabalho?

- Ainda não – lá vem ela com isso de novo – e nem preciso ou quero.

- Vai viver de trabalho... Como chama?

- Freelance, Rita. – já fazendo careta

- Isso. Já falei que tem que tomar rumo, filha!

- Foi só para isso que ligou? – para me encher a paciência, só pode

- Não. É que vai ter almoço de família aqui em casa, estou te avisando com antecedência, para você não reclamar. Será no sábado.

- Alguma ocasião?

- Nenhuma. Só estou com saudade dos meus filhos.

- Tá bom, vou me organizar para ir.

- E trate de trazer um namorado dessa vez. Não sei por que terminou com o Pedro. Ele era um bom rapaz!

- Não estava dando certo, mãe. E para de querer que eu arrume macho.

- Eu quero netos! – protestou

- Pede pro seu primogênito, que não toma jeito.

Na minha família, somos eu e mais um irmão – que é o mais velho – e uma irmã – que é mais nova. Pois é, sou a filha do meio perdida, segundo minha mãe. Meu irmão Arthur é um zero à esquerda, que nunca quis estudar e só trabalha fazendo alguns pequenos serviços e vive sem dinheiro e na aba dos meus pais, tanto que ainda mora com eles. Já minha irmã Marina, ainda está na faculdade, mas divide apartamento com uma amiga e trabalha meio período para cobrir os custos da casa e da faculdade.

- Ele não encontrou nenhuma moça a altura dele.

- Claro, ele é um traste! Mulher nenhuma vai querer casar com um cara e acabar ganhando um filho junto.

- Não fale assim do seu irmão, ele está estudando para fazer prova.

- Finalmente, o mínimo. Espero que se esforce e consiga.

Me irrita muito o quanto a minha mãe passa a mão na cabeça e defende o meu irmão, enquanto eu e Marina só tomamos patadas gratuitas.

- Ele vai ficar feliz em saber do seu apoio. Não se esqueça de vir hein?

- Pode deixar, mãe. Beijo!

- Tchau, filha.

E desligamos. E depois mandei a mensagem pro Gustavo. Não sei se seria abuso pedir ele para ir para o almoço da minha família comigo, porque eu convidei-o para uma noitada logo no dia anterior. Tenho alguns dias para decidir isso.

Falei com Gustavo e ele me deu a permissão para escrever o conto. Então, preparei um pequeno lanche com um copo de suco, sentei no sofá com o notebook apoiado em cima de uma das almofadas e comecei a deixar fluir.

Conto: Dentro das águas

Era um belo domingo de Sol e a única coisa que eu queria era espantar um pouco o calor e curtir a piscina, mesmo que fosse só para pegar um bronzeado. E não fui a única que pensou nisso, praticamente o condomínio inteiro também desceu para a piscina. Então, tudo estava regado com o som das conversas, das crianças gritando, correndo e o som das águas batendo como se fossem ondas dos mar.

Eu confesso que tenho um pouco de vergonha de estar com tantas pessoas em volta, sempre penso que estão me olhando. Aproveitei e estava sentada lendo um livro, só para passar o tempo, mas eu estava louca para dar tibum na piscina que devia estar com a água bem gelada.

Fiquei tão distraída na leitura que nem vi mais um dos vizinhos gatos – e que já estou de olho tem um tempo – se aproximar. Ele já pulou na piscina porque veio secando o cabelo e percebi seu short de banho pingando. Cumprimentou-me e perguntou porque eu estava só sentada ali, quase torrando no sol quente em vez de aproveitar a água. Ele até riu quando confessei a minha vergonha, porém me incentivou a entrar, dizendo que iria junto comigo. E como não tinha nada muito melhor além de ler, resolvi ir com ele.

Foi uma tarde divertida em sua companhia. No primeiro mergulho já senti praticamente o calor ir embora. Brincamos de jogar água um no outro, rimos e conversamos. Aproveitamos também para tomar uns bons drinks no bar da piscina, só para acabarmos nos soltando um pouco mais.

As horas foram passando, foi escurecendo e os condôminos foram retornando para suas casas, até o salva-vidas foi embora e ficamos apenas nós dois ali. E com essa solidão que o clima esquentou. Um pouco do misto de efeito da bebida com a nossa própria vontade. Começou como leves beijos, foi passando para carícias e uma mão ou outra descendo ali e os gemidos baixos querendo sair. E em dado momento, não se sabia onde começava um e terminava o outro. E nem a água iria nos atrapalhar.

Eu já estava acesa e ele também. E no calor do momento, foi sem proteção mesmo. Ele me fez apoiar os cotovelos na borda da piscina para que meu quadril ficasse exposto. Apenas botou a calcinha do biquíni para o lado e fez o que tinha que fazer. Assim que senti, perdi o apoio e quase ralei as costas, mas ele me segurou. E ficamos naquilo alguns breves minutos, com a água fazendo algumas ondas por conta dele mover meu corpo para cima e para baixo, até que ele gozou e eu também, selando com um beijo na boca.

- Vamos para as espreguiçadeiras. – disse

Saímos da piscina e voltamos para onde estavam as nossas toalhas. Ali continuamos a nos agarrar, comigo deitada e ele por cima. Dessa vez ele resolveu brincar um pouco com meus seios, tirando eles da proteção da cortininha, revelando mamilos erriçados por conta do tesão e também da leve brisa que corria naquela hora. Eu queria mais uma vez e ele também. Eu sentia seu volume aumentando cada vez que se esfregava no meu baixo ventre. E assim foi! Só que comigo por cima, sentindo o atrito dele e do meu biquíni na virilha, junto com o medo de ser vista pelos vizinhos que moravam nos prédios altos em volta e de tomar uma multa do síndico por atentado ao pudor. Eu me mexia devagar para aproveitar cada segundo daquilo, mas me apertava por dentro para deixar ele cada vez numa situação mais complicada. Chegamos ao ápice de novo e eu segurei muito para não soltar um gemido de secar a garganta. Cai sob seu peito no fim, que apenas me sorriu.

- Acho que precisamos voltar para a água.

E tomamos um banho naquela água de cloro. Trocamos mais alguns beijos dentro das águas e depois, cada um retornou para sua casa.”

Dei o último ponto final satisfeita com o conto, mesmo que não seja tão poético quanto outros que já escrevi.

Abri o navegador, colocando no administrador de postagens do blog e programei o texto para sair já na data agendada, assim como programei a postagem da resenha da camisinha que Gustavo escreveu. E isso me lembrou de fazer a transferência das sessões de fotos para ele. Logo fiz, mas só cairia no dia seguinte, já que era domingo ainda.

Depois disso, desliguei o notebook e fiquei pensando sobre o que faria no almoço de família. Eu chamaria Gustavo ou não? Não era parte do nosso acordo ter que ir a almoços de família ou até fingir ter um relacionamento comigo. Era apenas o blog, as fotos e as transas, talvez fossem apenas negócios... Eróticos! Porém, eu não queria ter que ouvir mais gracinhas da minha mãe por ir desacompanhada de novo. Então, decidi ao menos tentar e mandei mensagem para ele. Comecei a conversa com o que devia falar com ele primeiro.

G, já fiz a transferência, mas só cai amanhã.”

Ok. Sem problemas e obrigado!”

Imagina, é seu trabalho.”

Um breve silêncio, não era uma mensagem que se pedia resposta mesmo. O silêncio foi justamente tentando vestir uma cara de pau para perguntar:

G, sem querer abusar da sua boa vontade, mas é que tenho um almoço de família para ir no próximo final de semana e queria companhia. Quer ir comigo?”

Por que essa pergunta do nada, H? Tem medo da sua família?”

Sim e porque não quero ouvir abobrinha da minha mãe de novo.”

Deixa eu pensar... Deve ser porque você não está namorando?”

Nem precisa ser um gênio para descobrir que é isso. Desculpe, estou sendo abusada demais.”

Eu vou com você.”

Como é?”

Posso ir com você. Só teremos que tomar cuidado para não beber demais e chegar de ressaca lá.”

Muito obrigada!”

Mas... Tem uma condição.”

Sabia! Lá vem...

Você irá comigo no próximo encontro da minha família.”

Ok. Eu posso lidar com isso.”

Despedimo-nos e logo depois fui ver um filme de romance água com açúcar só para ficar com sono.

 

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