Olá, pessoal! Boas-vindas a mais uma edição do nosso Boletim de Anelândia.
Hoje trago um tema que é bem comum (talvez) dentro do meu de autores, ainda mais os que costumam escrever fantasia e também jogam RPG de mesa.
É realmente uma ótima maneira de trabalhar histórias e personagens, então, quero falar um pouco sobre isto por aqui!
Bora lá!
Para quem não conhece, RPG é Role Playing Game, que é um jogo de interpretação de personagens. Temos um mestre que comanda a história e os jogadores que criam personagens para habitar dentro deste mundo, construindo todos juntos aquela história. Claro que tem a parte mais interpretativa e também as partes de batalha, que ai demandam aquele monte de valores e dados sendo jogados... Junto com todo o desespero e nervoso de achar que o personagem vai acabar indo de arrasta.
Já tem uns bons anos que jogo, tive meus altos e baixos com esse “hobby” - digo isso pois passei por uma situação meio chata, que nem cabe falar aqui - porém nunca deixei de gostar, pois é ótimo para jogar entre amigos e dar boas risadas.
O contato que vai se construindo com o personagem, pois você fala com a voz dele, interpreta ele, escolhe as ações que ele deve tomar. Mas, é um pouco mais pessoal, pois a responsabilidade de qualquer coisa recai ainda mais sobre você. O que é um pouco diferente de quando se escreve um livro, onde podemos ter uma visão mais passiva dos personagens.
Claro que em muitos momentos, seja desde a construção da ficha até em certos momentos do jogo, acabo cobrando demais a mim mesma... Talvez uma perfeição maluca sobre a forma que o personagem deve ficar, para construir sua história de base (geralmente anterior a aventura) e também de sua personalidade. Acho que aqui fica um pouco dos motivos de ter e afastado disso nos últimos anos. Ainda lembro da mesa em que mestre pediu umas atividades de casa e questionário enorme sobre os personagens. (Isso sem contar a forma que a mesa terminou, prefiro nem comentar!)
Só retornei porque um grupo de amigos de um primo de dignissímo quis se juntar para jogar (primeira vez da maioria deles) e acabou que fui simplesmente jogada dentro do grupo. Ainda estou me reencontrando com isso, pois como disse antes, acabo me cobrando demais em algumas situações.
Apesar disso tudo, ainda tenho um carinho enorme por todas as personagens com as quais já joguei e uma dor enorme que tecnicamente nenhuma das histórias dela teve um real final. Mas, eu conto sobre isso mais lá para frente!
Calliope é uma feiticeira e medusa, que se perdeu da mãe e acabou se encontrando com o grupo disfuncional daquela mesa e quase morria em todas as vezes possíveis... Até aprender a tão sonhada bola de fogo!
Hoje trago um tema que é bem comum (talvez) dentro do meu de autores, ainda mais os que costumam escrever fantasia e também jogam RPG de mesa.
É realmente uma ótima maneira de trabalhar histórias e personagens, então, quero falar um pouco sobre isto por aqui!
Bora lá!
Como comecei a jogar RPG?
Eu não lembro exatamente o ano, eu chuto que deve ter sido entre 2013/2014. Foi quando esse mundo me foi apresentado, especialmente pelo meu dignissímo (que é uma das tantas maneiras que chamo meu noivo) junto de alguns amigos.Para quem não conhece, RPG é Role Playing Game, que é um jogo de interpretação de personagens. Temos um mestre que comanda a história e os jogadores que criam personagens para habitar dentro deste mundo, construindo todos juntos aquela história. Claro que tem a parte mais interpretativa e também as partes de batalha, que ai demandam aquele monte de valores e dados sendo jogados... Junto com todo o desespero e nervoso de achar que o personagem vai acabar indo de arrasta.
Já tem uns bons anos que jogo, tive meus altos e baixos com esse “hobby” - digo isso pois passei por uma situação meio chata, que nem cabe falar aqui - porém nunca deixei de gostar, pois é ótimo para jogar entre amigos e dar boas risadas.
Como é jogar RPG sendo escritora?
Aqui que vem um pouco mais da graça da coisa para mim, especialmente como escritora. Nós criamos este personagem do zero, damos uma história de fundo e a mesma vai se desenvolvendo durante as aventuras que acontecem nas sessões.O contato que vai se construindo com o personagem, pois você fala com a voz dele, interpreta ele, escolhe as ações que ele deve tomar. Mas, é um pouco mais pessoal, pois a responsabilidade de qualquer coisa recai ainda mais sobre você. O que é um pouco diferente de quando se escreve um livro, onde podemos ter uma visão mais passiva dos personagens.
Claro que em muitos momentos, seja desde a construção da ficha até em certos momentos do jogo, acabo cobrando demais a mim mesma... Talvez uma perfeição maluca sobre a forma que o personagem deve ficar, para construir sua história de base (geralmente anterior a aventura) e também de sua personalidade. Acho que aqui fica um pouco dos motivos de ter e afastado disso nos últimos anos. Ainda lembro da mesa em que mestre pediu umas atividades de casa e questionário enorme sobre os personagens. (Isso sem contar a forma que a mesa terminou, prefiro nem comentar!)
Só retornei porque um grupo de amigos de um primo de dignissímo quis se juntar para jogar (primeira vez da maioria deles) e acabou que fui simplesmente jogada dentro do grupo. Ainda estou me reencontrando com isso, pois como disse antes, acabo me cobrando demais em algumas situações.
Apesar disso tudo, ainda tenho um carinho enorme por todas as personagens com as quais já joguei e uma dor enorme que tecnicamente nenhuma das histórias dela teve um real final. Mas, eu conto sobre isso mais lá para frente!
Algumas das minhas personagens...
E obviamente, vou falar e apresentar um pouco sobre as minhas várias personagens de RPG. Todas elas têm um cantinho especial no meu coração e em Anelândia também!Calliope
Essa daqui pode ser conhecida por alguns por causa do conto que saiu sobre ela, que eu lancei no final de 2021.Calliope é uma feiticeira e medusa, que se perdeu da mãe e acabou se encontrando com o grupo disfuncional daquela mesa e quase morria em todas as vezes possíveis... Até aprender a tão sonhada bola de fogo!
Amélia Scarlet
Esta daqui é uma personagem que eu criei para jogar Vampiro: a máscara, joguei uma mesa teste com dignissimo, para poder aprender o sistema (que não é fácil) e a mesa nunca foi para frente.Eu tinha criado uma história de fundo tão legal para ela e fiquei triste de que não ia poder usar, por isso acabei escrevendo o conto sobre a história dela, que é Acensão de uma Scarlet. (Dos meus áureos tempos de Nyah!)
Anabel Oliveira
Essa é a única de uma mesa que não tinha temática medieval, mas era sobre delinquentes escolares japoneses, em resumo. A maioria acabou criando um personagem japonês e eu fui com uma brasileira, pois sim!A criação dela foi até engraçada, pois eu fiz o caminho inverso do que costumo fazer... Primeiro eu procurei uma imagem de base para a aparência dela e só depois, com muito custo da minha cabeça, onde eu misturei Pride e os escambau. Ai, nasceu este ícone de personagem! (Que tinha acessos de raiva igual a mim!)
Amélie
Essa é muito querida e estimada por mim, mas a mesa que eu jogava com ela era um bocado maçante por uma falta de ritmo. Digamos que essa mesa era paralela à mesa da Calliope, pois eram os mesmos jogadores, só que com outras classes.Para vocês terem uma ideia eu tenho o costume de jogar de classe de magia, mas a Amélie foi a primeira vez que eu joguei com personagem de porrada. Haha Ela era ferreira e também dobradora de terra e metal, o que dava um jeito todo especial para a personagem.
Eu tenho um conto de origem dela escrito e guardado, quem sabe não bote para jogo né?
Alias, para os bons catadores de referência: ela aparece no conto da Calliope.
Agnes
Essa daqui é da última mesa que estamos jogando... Foi a personagem NPC que fazia casal com o do meu dignissímo. Na real, ela surgiu até antes, numa sessão especial que fizemos com o filho de um amigo. Ela é basicamente uma druida e vegana, o que rende muitas brigas dela com o marido, extremamente carnívoro.Essa eu não cheguei a desenvolver tanto, porque joguei muito pouco com ela!
Elel Eise
Ainda da mesma mesa e ironicamente é a minha personagem nas tirinhas da editora. Com a sua história um pouco inspirada na Frieren, sendo que a diferença está em ela ser meio-elfa. Mas, a Eise é praticamente uma arqueóloga de magias, sempre em busca das origens de cada uma das magias antigas e perdidas. Acompanhada de seu grimório com um olho esquisito, seu guarda-costas e claro, sua falta de senso.A vontade de contar mais história delas
Agora vocês devem estar se perguntando: Como assim, as personagens não tiveram final? Elas morreram?E eu respondo: Não. Na verdade o que rolou foi a maldição do RPG. Ou seja, a mesa começava e ela ia esfriando e esfriando, até um dia simplesmente terminava. Seja porque os jogadores cansavam ou acontecia uma briga no grupo ou o próprio mestre desistia. Eram muitas razões!
Acho que isso seja uma coisa comum com quem jogo RPG, pelas situações da vida não tem como conseguir marcar nem que seja uma vez por mês para jogar.
E ai, fica aqui eu, a pobre e coitada da escritora, que cria as coisas e elas não acabam indo para frente. Eu fico me coçando para contar mais sobre essas personagens, para eu mesma e os leitores descobrirem mais sobre elas.
Eu simplesmente não aceito que seja um fim tão trágico... Na verdade, é só uma pausa longa e eterna demais para a minha mente imaginativa.
Foi por conta disso que escrevi os contos sobre Amélia Scarlet e a Calliope. Não podia deixar personagens tão legais perdidas e guardadas numa simples mesa de RPG.
Ainda tenho a vontade de escrever as histórias das tantas outras que eu já joguei, fazendo disso um projeto bastante especial.
Eu vendo que todas as mesas que já joguei tiveram esse trágico fim!
Caminho Inverso: Shigure
E olha a ironia, uma personagem que eu já tinha (e é conhecida, com certeza) e converti para o RPG. Sim, é ela, nossa heroína Shigure. HahaPeguei a versão dela do conto “Shigure, a Super Gata” e transformei para colocar como personagem numa mesa de Mutantes e Malfeitores, que é justamente com essa temática de super heróis e poderes, que são a cara dela.
Jogamos umas duas mesas, mas foi bastante divertido e até diferente, pois eu conheço a Shigure muito bem e eu simplesmente amei ser a Super Gata.
Mas, no final, a mesa não foi para frente. Só que dessa vez, tudo bem!
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