quarta-feira, 31 de julho de 2024

Boletim de Anelândia: #25 - Músicas que escrevi para meus livros (Edição especial)


 
Olá, pessoal!
Boas-vindas a mais um “Boletim de Anelândia” e numa edição mais do que especial, pois este é o nosso número 25! *Todos comemora*
E nada mais justo do que falar sobre uns detalhes super especiais dos meus livros - até porque a newsletter tá aqui para isso: as músicas que eu já escrevi para alguns livros meus.
Então, sem mais enrolar... Bora começar!

De onde veio essa ideia maluca de escrever músicas?

Uma coisa é fato: Música é uma das coisas que mais permeia a minha vida. Tanto que em vários momentos – inclusive quando estou escrevendo – acabo por colocar alguma coisa.
Quando era mais nova e até mais criativa e pensava nas minhas histórias quase como uns animes que eu escrevia. (Meu sonho de princesa é receber adaptação de alguma obra minha em versão animada!) Então, era óbvio que o eu adolescente pensava nas aberturas e encerramentos dos benditos. Inclusive, chegava a ter até insert song/chara song (bem otaka fã de seiyuu essa ideia).
Depois de uns anos que as músicas se tornaram mais um recurso narrativo do que qualquer outra coisa. Assim como outros aspectos da minha escrita, ela também evoluiu.  

Algumas delas são...

Mirror Magic (As Super Agentes)

Um hit clássico dentro das terras de Anelândia (brincadeiras à parte). A minha ideia é essa música ser um feat entre a Amélia e a cantora pop Cammy (nome a mudar). Até porque as gatas são bem parecidas e como agente acaba fazendo de tudo um pouco, a nossa Amélia faz ponta de cantora.

Eis um trecho:
"Você consegue ser diferente?
Se olhando no espelho, todo dia
e sempre ver a mesma expressão cansada
Cansada da mesmice
Do mundo, das pessoas, das coisas
Tudo é tão vazio
que este vazio se reflete no seu espelho".

Liberte a Diva em Você (As Super Agentes) 

Outro clássico atemporal em Anelândia! Digamos que essa é a música de debut de nossa queria Cammy, onde a ideia é sobre aquilo que toda adolescente já fez: botou música alta no quarto (ou outro ambiente) e se imaginou cantando num show, até com a escova como microfone.

Eis o trecho:
"Corre, coloca uma roupa
se enfeita toda
Prepara a sala para o seu show
Arrasta coisas aqui e lá.
Escolhe uma música
A escova é o microfone!
É hora!"  

Caído na Magia (MB)

Apenas clássicos nesta edição sobre músicas. A ideia desta é ser a música de abertura do possível (um sonho distante) anime de Mago Belo, onde o menino Dimitri conta sobre como simplesmente do nada ele caiu no mundo mágico.

Eis um trechinho:
"Um dia desses, podia-se dizer
entre aspas: "que eu era normal"
Mas um dia, no meio de um temporal
um raio me atingiu e quando acordei
estava num mundo maluco e bizarro"


Garota Alaranjada (Guilty Angels)

Um mais recente, mas nem por isso menos icônico. Esta é da história que escrevia com minha amiga e leitora Ingrid. Ela é uma homenagem do Niels (o protagonista que eu escrevia) para a Shayera (a personagem que ela escrevia), como o encontro dos dois fez a inspiração
 do garoto voltar.

Um trecho para deleite:
"Andava triste e sozinho
Guardava tudo para mim
Sentimentos selados e agoniantes
Me torturavam diariamente
Eu não tinha inspiração
Não tinha vontade para nada
Pensava em quanto tempo mais iria suportar
Pensava em desistir, deixar tudo para lá
Não havia caminho para seguir"


Claro que tem outras tantas, não vou falar sobre todas para não deixar aqui extenso demais!

 

Um livro onde músicas são importantes...

Apesar de alguns livros meus terem músicas, apenas em uma das minhas histórias ela tem realmente um grande papel, seja para os personagens ou para a história em si. Sim, estou falando de As Aventuras de Jimmy Wayn, onde temos a banda Riot of Hell e eles, de vez em quando ousam escrever algumas músicas.

São elas...

Porque ele é virgem (JV1)

Obviamente, a música que é apenas um resumo da vida do pobre Jimmy. Sabemos que a piada e a zoação foram longe demais... Ainda bem que a situação muda.  

Um trecho:
"Para os garotos virgindade é ruim
É por isso que a perdem mais cedo
Mas existe um cara
que não quer que seja apenas uma coisa carnal.
Ele quer que seja um dia lembrado
para sempre!
Para isso ele deve tentar
achar a garota
a garota perfeita
a pessoa certa
Mas isso é difícil, difícil demais"

O Soldado e a Deusa (JV2)

Representando tudo o que o menino Jimmy sobrevive no segundo livro, resolve escrever essa música inspirada nos sonhos que ele tem como Samira sendo a Afrodite e ele sendo um soldado dela.

Pequeno trecho:
"A Deusa que precisa de proteção
é defendida por um capitão
em meio a uma guerra entre os deuses
Ele se esforçará para cumprir
Sua missão
Seu destino
E sua paixão"

 

Despedida (JV3)

Não posso comentar tanto sobre, pois é um enorme spoiler de um acontecimento do livro. Mas, essa é escrita pela Samira, como uma homenagem a uma pessoa que ela nunca irá conhecer.
Mas, um trecho em primeira mão para vocês:

"Uma dor tão grande
Nem disse olá e devo dizer adeus
Como se despedir de alguém assim?
Mesmo que não queria, é uma despedida!"


Tem letra, mas num tem melodia...

Pois é, agora vocês devem estar se perguntando: E esse tanto de música? Onde posso ouvir?
Então... Lamento informar, mas elas “todas” só existem completas na minha cabecinha maluca.
Eu não sei tocar um acorde e nem uma nota em nenhum instrumento, quando mais montar uma música inteira.
Até tenho uma ideia dos estilos que cada uma delas tem, mas precisaria da ajuda de outras pessoas para poder transformar em uma música mesmo. Quem sabe um dia, nova edição do JV, não tenho a letra cifrada no final né?
O que vale é que eu já tenho essas letras, então é um passo andando para as outras partes. (Se bem que devem rolar umas adaptações para caber e tal, mas nem sei).
Quem sabe um dia tenha elas bonitas e cheirosas e prontinhas para serem ouvidas pelos leitores.
Enquanto isso, vamos ficando apenas com a montagem das playlists
.
E para fechar a edição, deixo para vocês um vídeo super antigo do canal de autora, onde eu pago mico e dou uma palhinha de algumas das músicas (e de outras) que falei aqui.



 
E estou muito feliz de termos alcançado a marca de 25 edições do Boletim de Anelândia. Aos trancos e barrancos, pós uma pausa de quase um ano, mas seguimos. É sempre muito divertido poder falar sobre meus livros, independente do meio, e também colocar alguns
pensamentos meus para fora.

Obrigada por acompanharem até aqui e espero que fiquem para mais!
Até o próximo “Boletim de Anelândia”!

sexta-feira, 26 de julho de 2024

Boletim de Anelândia: Bônus #8 - Contos que se passam de Anelândia

Publicada Originalmente em 30 de Maio de 2023.

Olá, pessoas! Trazendo a vocês mais uma edição Bônus do Boletim de Anelândia.
Dessa vez vou indicar algumas histórias para vocês ambientadas no universo de Anelândia, que nada mais é como eu imagino um espaço em que todos os meus personagens habitam. Agora com essa newsletter, imagino que o jornal de lá tenha o mesmo nome. haha
E bem, até esse próprio universo tem uma cronologia, ou seja, vou deixar as histórias na ordem em que são mesmo.
Obs: Alguns personagens estão com os nomes antigos viu?
Enfim, seguem as recomendações com os links para ler.

 

Reunião das Mulheres de Anelândia

Esta oneshot é especial pelo Dia Internacional da Mulher.
Ela é ambientada na terra da Anelândia. (Lê-se: na minha mente.)
As personagens contam suas experiências por serem mulheres de um jeito bem descontraído.
(Link para ler)


Encontro em Anelândia

Os personagens recebem uma mensagem de sua autora/deusa e ela vai fazê-los uma visita.
(Link para ler)


Natal em Anelândia

Depois de passado mais um ano em que o povo de Anelândia recebeu a visita de sua Deusa, eles decidiram se reunir novamente. Só que dessa vez não é em prol da Deusa deles e sim por conta de uma festividade especial, conhecida como natal, que foi-lhes adotada também.
Mais uma reunião, para matar as saudades e aproveitar as companhias uns dos outros.
(Link para ler)


A Busca da Criatividade

Um acidente, uma autora em coma, seus personagens em apuros. Só eles podem salvar o seu mundo e a sua deusa. Eles devem fazê-la despertar.
(Link para ler)


 
Na visão de alguns, pode até ser uma coisa besta ter histórias ambientadas num universo assim, mas o fogo e o gosto de fazer um crossover das crianças todas juntas é indescritível.
Caso leiam algumas delas, espero que gostem!
Até o próximo Boletim de Anelândia!

quinta-feira, 25 de julho de 2024

Boletim de Anelândia: #18 - Contos com Aroma de Café (falando da época do Café com Letra)

Publicada Originalmente em 20 de Maio de 2023.

Olá, pessoas! Boas vindas a mais uma edição do Boletim de Anelândia.
Hoje trago a vocês uma lembrança de uma época que carrego com bastante carinho, que era quando participa de um grupo de escrita chamado Café com Letra e muito coisa que amei escrever e amo reescrever são justamente deste período.
Então, bora lá!

O que era o CCL?

O Café com Letra - CCL para íntimos - era um grupo de desafios de escrita, que foi criado por amiga de internet - que depois até conheci pessoalmente, mas perdi contato. Se não engano, eu a conheci nas minhas épocas mais ativas no Nyah Fanficition, então foi lá por 2014, 2015.
A ideia do grupo era produzir uma coletânea mensal de oneshots, com uma temática diferente sempre. Cada autora devia escrever um conto - que é basicamente a mesma coisa - entre 500 a 5mil palavras.
Todos os inícios de mês, nós fazíamos uma votação para escolher o tema daquele mês e depois tinha a decisão do nome específico para a coletânea. E seguindo a ideia do Café, todos os nomes tinham a ver com isso. E bom, tem alguns nomes que eu acho maravilhosos!
Além disso, a gente tinha que interagir, ler as histórias dos amigos e comentar, foi assim inclusive que conheci muitas pessoas que acompanho até hoje e elas me acompanham também.
Apesar de parecer corrido, era bem divertido de participar, porque era sempre um ótimo desafio, especialmente trabalhar as ideias num espaço tão curto de palavras.

Eu descobri que era boa em escrever contos

Pouco antes de começar a fazer parte do grupo, eu não me achava tão boa assim no ato de escrever contos. Participei de algumas antologias antes do surgimento do CCL e bom, não são as melhores coisas que escrevi nessa minha carreira de autora.
No começo, confesso que sentia muito dificuldade de cumprir as temáticas dentro de um espaço tão curto. Porque, até hoje, tem horas que as minhas ideias de histórias vão longe demais.
Mas, como entendo bem, tudo na escrita é uma evolução e um aprendizado e conforme foi passando o tempo e com o decorrer das coletâneas - que era como chamávamos - descobri que era muito boa nessa coisa de escrever oneshot/contos.
Fui aprendendo a ter ideias mais simples e explorar outros tipos de gêneros e escrever sobre coisas que provavelmente eu nunca pensaria.
Foram uns três ou quatro anos produzindo bastantes histórias exclusivamente para as ideias deste grupo, que eram decididas de maneira coletiva, como falei antes.
Então, descobri que era boa em contos e passei a escrevê-los melhor!
 

Eis a autora que mais escreveu para o CCL

Talvez seja até ousadia da minha parte falar que sou a autora que mais escreveu pro CCL, mas é a mais pura verdade. Era mais raro eu não participar do que participar!
Oficialmente, tiveram 32 edições do Café com Letra e eu escrevi em 30. As únicas que não participei foram a de número 23 e 25.

Então, digamos que, se cada oneshot lançada fosse um nível… Eu seria nível 30!
Lembrando que não era obrigação nenhuma participar todos os meses, participava quem queria e quem podia. Eu que era a maluca desembestada que queria participar toda vez, porque acaba tendo ideia e precisava escrever.
Por isso acabei com praticamente 30 contos nas costas!
E pelo tempo de experiência com o CCL, imagino que foi por esse motivo que fiz o projeto de contos do ano passado - que tinha contos com bem mais de 5mil palavras - com o pé nas costas!

Infelizmente, o grupo “acabou”

É aquele ditado: Tudo o que é bom acaba! E infelizmente, este grupo também.
Lá no começo do grupo, a amiga virtual criadora administrou o grupo, passando poucos meses depois essa responsabilidade para duas moderadoras, que ficaram alguns anos. Porém, elas criaram um projeto paralelo só delas e deixaram a moderação.
E foi neste momento em que fui chamada para ser a nova moderadora (isso deve ter sido lá por 2018) e eu aceitei.
Tomei conta do grupo, fazendo as regras de convivência para manter tudo funcionando - e escrever as ones também.
Nesse meio tempo, mudamos até os desafios para períodos bimestrais em vez de mensais. E bem, o grupo foi morrendo aos poucos, porque as pessoas foram fazendo outras coisas e cada nova temática menos pessoas escreviam. Acho que da última coletânea - a 32 - deve ter sido só eu quem escreveu.
E bem, eu comecei a trabalhar em 2019 e o povo já estava me deixando no vácuo no grupo havia um tempo, então, eu até comecei a 33 - perguntando ideias de tema - mas ninguém me respondeu e eu deixei para lá.
Uma pena, pois eu carrego um carinho muito grande por todo mundo que eu conheci lá e todas as coisas que eu escrevi nessa época de 2015-2019.
Um meme só por ter um meme!

Algumas indicações de contos dessa época

Quero deixar para vocês algumas indicações de contos que eu escrevi neste período. Confesso que foi bem difícil de escolher, porque eu real tenho coisas muito boas e se pudesse indicava todas.
Sinceramente, a minha vontade era colocar essas histórias todas num livro, compilado mesmo.
Enfim, vamos às indicações.

Ceci Iara (CCL #2 - Mocacchino)

Com as crises no país, como o desmatamento e a crise hídrica, alguns seres mitológicos brasileiros acabam fugindo para outros locais e passam a viver na cidade grande com os humanos.
Iara adota os dois moleques travessos Curupira e Saci Pererê. Eles passam a viver uma vida pacata em uma cidade do interior. Iara está sem as águas dos rios, os meninos sem as florestas. Todos em eterna fuga.

Meu Pequeno Monstrinho 1 e 2: O Monstro Vampiro (CCL#6 - Descafeinado / CCL#13 - Red Eye)

Quando criança, criei um monstro para ser meu amigo imaginário. Com o passar da minha infância, deixei de vê-lo, porém nunca me esqueci dele. Então, após contar muitas das nossas aventuras ao meu filho, tenho uma surpresa.

Meu editor exigiu-me uma história de Haloween para a edição especial de diversos quadrinhos da editora. E uma casa assombrada da minha infância me deu a ideia perfeita para um conto no universo de As Aventuras de Magus, o Sapocaco.
É a história do Monstro Vampiro.

Shigure, a Super Gata (CCL #7 - Super Café)

Uma felina que nasceu com o dom da fala. Por um bom tempo não tinha entendido o porquê daquilo, até que a cidade precisou de sua ajuda.


A Lenda da Moderna Mulan (CCL #9 - Café da Tarde)

No meu primeiro dia de aula na faculdade conheci uma menina chamada Mulan. E na mesma semana também vi um garoto que frequentava as minhas aulas e ele fazia parte de um clube que é exclusivo para garotos do meu curso. Os dois nunca estavam no mesmo ambiente, mesmo que fizessem as mesmas aulas comigo. Tive que tirar essa história a limpo!

Mirror Magic (CCL #19 - Café com Arte)

Um dia, meu reflexo no espelho quis conversar comigo, mas essa conversa não terminou da forma que eu esperava.
(Inspirado no quadro "Duas Fridas" de Frida Kahlo)


Algum dia... Na Chuva (CCL #28 - Café Pingado)

Um final de tarde chuvoso. Um guarda-chuva dividido por breve caminho. Um história que começa em algum dia... Na chuva.


A Dama e o Forasteiro (CCL #29 - Café Vitoriano)

Numa vila remota na China antiga, uma garota tem que tecer um robe para seu futuro marido, que a escolhera em uma cerimônia. Porém, ela tem a certeza que não será escolhida por ninguém. Faltando poucos dias para a cerimônia, ela ajuda um forasteiro ferido e o hospeda em sua casa até que se cure.

Bem, pessoal, é isto!
Espero que tenham gostado de conhecer um pouquinho sobre umas das minhas fases - porque foi isso mesmo, admito - como autora. Um período de bastantes boas histórias e que me fizeram aprender muito!
Até a próxima edição!

quarta-feira, 24 de julho de 2024

Boletim de Anelândia: #17 - Devagar e sempre (Autores e seus ritmos de escrita)

Publicada Originalmente em 5 de Maio de 2023.

 
Olá, pessoas! E sejam bem-vindos a mais uma edição do nosso Boletim de Anelândia.
Cá estou hoje para falar um pouco sobre como eu acabo escrevendo meus livros um pouco devagar - sobre o meu processo de escrita deixo para outra edição - e sobre muitos pensamentos que tenho acerca esse tema de quanto tempo levamos para escrever um livro.
Peguem na minha mãozinha e vamos!

A autora que escreve igual uma tartaruga

Na edição passada falei um pouco sobre as histórias que nunca terminei e acho que acaba sendo tudo um efeito dominó. Porque eu tenho fogo de começar muita coisa, vai ficando tudo pelo caminho e acabo continuando cada uma aos pouquinhos. Escrevo um capítulo ali, outro acolá, fico uns bons meses sem escrever e depois volto, ai abandono de novo… Essas coisas!
E bem, eu sempre tive bastante dificuldade em fazer uma grande quantidade de palavras em um dia só, o meu máximo são 2 mil num dia, porque se eu escrevesse mais que isso acho que ia ficar cansada… De verdade!
Acho que um dos motivos também que causa lentidão na minha escrita é que sempre mantive a minha carreira como autora como uma coisa paralela. Ou eu era estudante ainda, tanto na escola quanto na faculdade, em épocas de estágio e agora trabalhando formalmente. Então, eu raramente conseguia dedicar meu tempo exclusivamente para a escrita, como tenho certeza que muitos autores fazem.
Então, sim, eu sou uma escritora que leva um bocado de tempo para terminar o que escrever, porque tem muitos outros fatores na minha vida.
Pode parecer que é só desculpa minha, mas é a minha realidade.
Só que é outra coisa que eu falo brincando: Devagar e sempre. (Título dessa edição BTW.)
Então, agora, vou aproveitar para falar sobre algumas histórias minhas e quanto tempo levei para terminar.

O livro que eu levei mais tempo foi…

A primeira versão de As Super Agentes e o livro das magias.
Foram mais ou menos 8 anos escrevendo até o final, entre 2004 até 2012. E tudo isso para não usar nada e eu acabar repaginando a história que estou reescrevendo agora.
Mas, a explicação é que como é efetivamente a minha primeira história muita coisa acaba sendo crua até demais, os personagens, os acontecimentos, as inspirações para a história.
Mas, confesso que eu tenho um carinho enorme por esse livro que acompanhou boa parte da minha vida - por isso que eu falo sobre ASA o tempo todo - e ainda quero muito pegar essa primeira versão, digitar - porque tá tudo manuscrito - e colocar em algum lugar de graça para leitura, só pelo prazer de usar algo que levei oito anos da minha vida para fazer.
A primeira versão de ASA se sendo quase esquecida! 

Esse também levou uns bons anos…

Como O Diário da Escrava Amada, que foram 5 anos, entre 2013 e 2018; e os volumes dois e três de As Aventuras de Jimmy Wayn, que nem sei quantos anos foram, mas deve ter sido de dois a três cada um.
DEA é uma das minhas obras mais complexas e que eu tenho um carinho muito grande. Claro que eu amadureci muito enquanto escrevia a história, então dá para perceber a diferença entre o começo - que eu tinha 20 anos - com o final - que eu já estava com meus quase 25 anos.
O JV2 me acompanhou durante a faculdade de letras, devo ter começado no início de 2010 e fui até o final de 2012, sendo que os enredos e acontecimentos são mais do que os que acontecem no primeiro livro. E já o terceiro foi entre 2013 até 2019, mas efetivamente menos que isso, se for contar escrevendo o livro mesmo. E bem, dos três até então, é o livro mais longo - com 25 capítulos - e também com sei lá quantas histórias secundárias junto.
Demorou, mas terminei né? Vitórias!

O que levei menos tempo foi…

As Aventuras de Jimmy Wayn: O menino virgem, que foi entre o final de 2008 e metade de 2009, totalizando 9 meses.
Eu tinha menos histórias e era apenas uma aluna do ensino médio, aproveitei a empolgação que fiquei com a história, com o narrar de visão masculina e bem, até hoje, nenhum outro livro foi escrito tão rápido quanto este.
Tudo bem que o enredo é super simples e super direto ao ponto, deixando o livro bem curtinho e rápido de ler.
O que foi mais rápido depois dele foi a Contemporânea Erótica, que eu levei mais ou menos um ano e meio.
Parabéns para mim, pois terminei “rápido” até!
 

Pensando pensamentos…

Vou usar essa parte da edição para levantar umas reflexões sobre escrita e até outros autores. Infelizmente, a gente acaba se comparando com muitos dos outros que estão por ai escrevendo e publicando suas próprias histórias. Comparamos sobre a qualidade das histórias, os gêneros e é claro, quão rápido escrevemos!
Ainda lembro um dia que eu vi uma autora que sigo no twitter que escreveu mais de 15 mil palavras - ou até mais, não tenho certeza do valor agora - em apenas uma dia. Ou até outra autora que eu acompanho que mensalmente tem lançado histórias novas na Amazon. E obviamente já tem algum autor que terminou um livro até essa altura do ano.
E volto para mim, uma reles mortal, autora assalariada que nem está perto de viver dos seus livros e fico pensando se algum vou chegar no patamar desses autores, de conseguiu começar um livro e terminar no mesmo ano ou até no mesmo mês. É realmente algo que nem vejo acontecer comigo, de verdade!
Acabo me cobrando uma produtividade e ritmo que não me é habitual, porque o meu processo é realmente diferente e apenas meu.
Eu fico triste, fico chateada, mas eu entendo que eu sou assim e tá tudo bem eu escrever meus próprios livros no meu ritmo… Eles são meus afinal!

E tá errado levar anos para escrever livros? Ou até um mês também?

Fica esta questão: Existe tempo certo ou ideal para se terminar de escrever um livro?
Bom, eu sou a pessoa que mais odeia ficar “cagando regra” na escrita dos outros, então, na minha visão, não existe limite de tempo para se trabalhar num livro.
O que vale é que o autor esteja dentro do seu ritmo, capacidades e até limitações - porque quem nunca fez mais do que devia - para trabalhar no seu livro. Se ele consegue fazer tudo isso em mês, isso é com ele! A mesma coisa para alguns meses ou alguns anos. É só uma coisa do processo de cada um e isso é diferente! (O que quebra é ficar se comparando, como disse lá em cima!)
Cada um de nós sabe onde o calo aperta e sabe a melhor forma de trabalhar os seus próprios processos criativos, pois imagino que a criatividade e tudo que a envolve é algo bastante pessoal para cada pessoa. Nós nos inspiramos de diferentes fontes e nós manifestamos nossas criatividades à nossa maneira.
Então, se você, pessoa que escreve, está lendo isso e se sentindo um pouco estranho porque não produz no mesmo ritmo/velocidade que outros a sua volta, saiba que não tem nada de errado ser um pouco mais lento. Só faça do seu jeito!
É o meu lema: Devagar e sempre!

E com isto encerramos a nossa edição de hoje do Boletim de Anelândia.
Espero que tenham gostado!
Até a próxima!

terça-feira, 23 de julho de 2024

Boletim de Anelândia: #16 - Esquecidas no churrasco (Histórias inacabadas)

Publicada originalmente em 19 de Abril de 2023.

 
Olá, pessoas! Sejam bem-vindos a mais uma edição do Boletim de Anelândia.
E nosso tema de hoje é sobre algumas das minhas histórias inacabadas, ainda mais da época em que eu escrevia nos meus cadernos.
A maioria delas cheguei até a postar em algum lugar, mas vida e outras coisas fizeram com que eu não as continuasse.
Estão preparados para conhecê-las?
Bora então!

A autora que mais começa do que termina

Nesses meus mais de 15 anos - praticamente 20 no ano que vem - escrevendo minhas histórias e sempre com mais ideias do que tempo ou até disposição, acabou que aconteceu de muitas eu acabar começando e não terminando. Especialmente as que comecei na adolescência e como jovem adulta - lembrem que eu sou uma pessoa com 30 já.
E bom, admito, que no meu começo como escritora, quando era só hobby ou algo que eu fazia mais para diversão, eu não tinha tanto compromisso com o ato de escrever e muito menos de terminar.
Tudo bem que o primeiro livro que eu terminei eu já estava com 16 anos. Contudo, se for levar em conta a quantidade de livros que tenho e ainda estão incompletos, é bem maior do que quantos eu terminei mesmo.
Oficialmente, eu terminei estes aqui:
JV1, 2 e 3; O Diário da Escrava Amada; ASA (Versão 1); A Filha do Conselho; Contemporânea Erótica.

Ou seja, haja fogo no cy para começar, mas para terminar vai acabando. haha
(E lembrando que estou falando aqui sobre livros mesmo, porque se for levar os contos, eu terminei vários mesmo!)

Eu mesma vendo a lista de histórias que eu crio, escrevo e não continuo!


Falando um pouco sobre algumas inacabadas…

Resolvi separar um espacinho para falar um pouquinho sobre histórias que amo bastante, mas que eu ainda não terminei, seja por que motivo for.
Algumas delas só parei porque comecei outra logo depois ou eu perdi o arquivo ou fui atropelada pela vida na época e perdi a vibe… Enfim, muitos motivos!
Espero que gostem de conhecer um pouco sobre elas!

Sasaki, a mulher samurai

Essa aqui foi uma das primeiras que eu postei no Nyah Fanfiction, antes até do DEA.
É sobre uma onna bugeisha - que nada mais é do que mulher samurai, só não conhecia o termo na época - e ela vai contando a história de vida dela. Sobre ser rejeitada pela própria mãe, pois ela é a primogênita da família, só que ela queria um menino.
Ela acaba sendo treinada pelo pai e quando tem idade suficiente ela sai de casa para trabalhar como samurai.
Eu sei que isso nem deve ter tanta relação com o que aconteceu mesmo nesse período no Japão, mas era uma história bem gostosa de escrever.
Na minha cabeça, eu já tenho o final dela, que tá planejado para ser uma desgraceira que só! Por outro lado, preciso talvez mexer muita coisa para continuar.


As Princesas Gêmeas

Em resumo é A Princesa e a Plebeia - sim a da Barbie - misturado com ASA.
Nunca falei isso aqui, mas eu tenho algumas histórias que quando eu imagino na minha cabeça, acabo vendo os personagens desse livro que eu amo muito.

É uma história medieval, com castelos, princesas e claro, uma guerra né?
Nem é tanto spoiler, mas a mãe das gêmeas - que é a rainha - ficou grávida delas antes de ser desposada pelo rei, então ela forjou tudo para se proteger. Porém, o rei ao ver que eram duas meninas, quis se desfazer de uma delas e deu a empregada que teve um natimorto - mas que era um menino. Inventando assim toda uma história para todo mundo!
No seu leito de morte, ambos revelam os segredos e agora a rainha pode procurar a sua filha perdida, porém ela tem que lidar com uma crise no reino.
Sua outra filha, não querendo se casar com o rei de um reino vizinho, simplesmente foge e acaba se encontrando com a sua irmã gêmea e o destino delas finalmente se encontra.
É um enredo um cadinho complexo, mas eu gosto bastante e nos meus planos vai dar é muita treta.
Essa eu parei porque estava num HD antigo e nem sei se vou conseguir recuperar, mas eu estava no comecinho do capítulo 3 nela e eu publiquei 2… Então, não é impossível de continuar!

Entre os punhos e a arena

Essa aqui é uma das loucuras que eu cometo de escrever coisas inspiradas em mim e no meu “conje”. Só que essa chega a ser na cara dura mesmo!
Basicamente, temos a personagem jornalista e o personagem que é lutador. Eles se conhecem na adolescência, enquanto treinavam karatê numa academia. Ela era bem ruim em combate, mas ótima em teoria e ele, um ótimo combatente. A menina era um pouco excluída do grupo e como ele era o aluno, acabaram se tornando companheiros de treino e amigos.
A vontade do garoto era ser o melhor da academia, desafiando assim a pessoa que ocupava o posto no momento. Contando com a ajuda do seu sensei e da amiga, ele treina para tal.
Porém, no dia do grande combate - que se tornou um evento enorme - ela acaba saindo de mudança para outra cidade, por causa de um novo emprego do pai da família.
Assim, eles acabam separados por anos, até se reencontrarem.
Eu sei que o nome dessa história é horroroso, mas ela está nos meus planos de reescrever - deve ser a próxima que vou pegar para mexer - e esse nome vai sair. Fé na deusa!
Só parei ela porque eu me engajei no DEA na época.
Inclusive, vou deixar esse trecho dela aqui, porque é um dos melhores trechos de Anelândia todinha:
 
O toque fez o instinto de defesa dele se ativar. Marc virou o corpo, com o punho fechado. Amélia agarrou o soco. O olhar dele se arregalou, impressionado. A garota falou:
    – Você ainda começa com a direita!


Amor de Verão

Essa aqui é inspirado em música japonesa, de novo! Dessa vez, na Ayumi Hamasaki e em Summer Diary.
É uma história curta, nos meus planos, onde uma garota vai passar um tempo num local de praia e acaba se apaixonando pelo dono da pousada em que fica, se envolvendo com ele e tudo o mais que tem direito.
A ideia era ter cinco capítulos, mas assim como Princesas Gêmeas, está perdida no HD e nem sei se vai dar para recuperar.
Mas, era bem divertido de escrevê-la!


Guilty Angels

Essa aqui é um dos amores da minha vida! E uma exceção, porque esse projeto não era só meu, mas em parceria com a minha amiga (e maior fã): Ingrid.
Eu não lembro de onde surgiu, mas a história é basicamente sobre uma academia de música que forma novos artistas para o mercado. Temos dois protagonistas, que são o Niels e a Shayera. Ele é amante de rock, mas acabou sendo escalado para uma boyband com mais três garotos, que viraram seus amigos. Só que o desejo é ter uma banda e ele não sabe como resolver isso.
Ela é a aluna novata, mas que logo nos primeiros dias acaba revelando um enorme potencial e posteriormente acaba sendo até adiantada de “ano” na academia.
Mas, a história começa porque Shayera perde uma letra de uma música que escreveu, o Niels acaba encontrando e fica em busca da dona da canção.
Era uma história tão divertida de escrever, porque eu amava a dinâmica dos capítulos entre os dois personagens. (Sem contar que eu brinco que o Niels é um JV 2.0.)
O projeto só parou porque a gente parou com ele também! Mas, tem praticamente mais de vinte capítulos dele.
(Inclusive, o nome do primeiro capítulo é “o Bias que queria ser um deus do rock”. Na moral, eu fui luz com esse capítulo!)


Mate-me se for capaz (Pseudônimo Kyon Hiryu)

Lembro de ter falado brevemente sobre esse livro na edição sobre ter pseudônimo, mas ele também entra na leva dos que ficaram inacabados.
A história - que eu tinha pensado numa ideia mais medieval - é sobre uma briga por herança entre a madrasta e a enteada, após o falecimento do pai da família.
É uma história de ação, com aquelas pegadas de agentes, com as duas praticamente e quase se matando por causa de dinheiro (mais a madrasta que a filha).
Essa história ainda tenho salva num drive, eu só não continuei mesmo, de vez em quando não tem um bom motivo.
 
 

Esse daqui eu nunca vou terminar de escrever…

E dentre tantas inacabadas, claro que existe aquelas que realmente desisti e não vou terminar mesmo. E para a sorte de vocês, é só uma e vou falar dela rapidinho.

Sayonara Days

A começar que esse nome é horroroso, num sei o que tinha na cabeça quando pensei nele.
Da forma que o JV foi pensando para homenagear os meninos, pensei nessa história para homenagear as meninas do ensino médio. A ideia era só ser um grande apanhado das nossas histórias reais da época, usando apelidos nos nomes para evitar processo.
Mas, os anos passaram e bem, até tinha um roteiro pros capítulos, mas eu não iria me lembrar sequer da metade dos acontecimentos.
Enfim, fica de lembrança os poucos capítulos que escrevi dela, porque não vou terminar!

 

Tem algum problema em não terminar os livros?

Vocês devem ter chegado nessa altura dessa edição assim: Garota, quanta coisa você nunca terminou né? Tem vergonha não?
Olha, por um lado confesso que até tenho vergonha, não de não terminar, mas talvez pela minha falta de foco e um cadinho da minha afobação adolescente que começou a escrever muita coisa e fazia por diversão.
Mas, escrever é um tipo de arte e é um processo pessoal para cada autor. E bem, eu sou a pessoa que menos julga outros autores seja pelo que eles façam.
Pode ser se comece uma história e depois perca a vibe, perca os arquivos. Enfim, são muitos motivos que causam este abandono!
E realmente ter histórias que começam e não sabemos como terminar e só deixamos para lá mesmo, o que é o caso da última que contei por aqui.


Bem, pessoal, é isto! Espero que tenham gostado da edição de hoje.
Até o próximo Boletim de Anelândia!

segunda-feira, 22 de julho de 2024

Boletim de Anelândia: Bônus #7 - "Dicas para Escrever" que publiquei no meu blog

Publicada Originalmente em 9 de Abril de 2023.
 
Olá, pessoas! Mais uma edição bônus do nosso Boletim no ar.
E dessa vez quero trazer um coisa legal e que com certeza está um cadinho perdida no limbo do meu blog: Ane-chan’s Shizen?
Eu mantenho blog desde 2013 - uma pessoa persistente né? - e se não me engano desde 2014 comecei com algumas postagens onde ofereço algumas dicas de escrita para autores. Usando para essas postagens as minhas experiências como escritora já tem muitos anos. Pior que eu nem sei quantos eu já fiz, mas foram bastantes.
São de temáticas variadas, mas que sempre agregam alguma coisa. Então, como sei que tem algumas pessoas que acompanham aqui que também escrevem, quero deixar como um material para vocês consultarem se precisarem.
Espero que seja de bom uso!

Lista do “Dicas para Escrever“ em ordem cronológica:


E como sempre falo no blog, são apenas dicas, então nada precisa ser levado como uma verdade absoluta, ainda mais porque acredito que escrever é um processo diferente para cada autor, o que funciona para um pode não funcionar para todos.
Enfim, até a próxima edição do Boletim de Anelândia!

Obs: Lista atualizada com as Dicas que saíram posteriormente após a publicação original da edição.
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