sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Capítulo 6 – No 805

Acabei escrevendo outro conto inspirado em mais uma das minhas transas com o Gustavo, é que acontece quando a coisa é boa. Ele ia sair no blog naquele mesmo dia. Programei a postagem para sair e me arrumei para a festa de aniversário da filha de uma das minhas amigas de faculdade: Nana.

Ironicamente, o fotógrafo da festa era o Gustavo. Creio que por ser um iniciante, ele ainda faça esses eventos e não há vergonha alguma nisso, porque é um trabalho como qualquer outro. Até mesmo tirar foto de uma pessoa de lingerie como eu. Foi bom vê-lo fora do prédio e sem ter todo o acordo que nos cerca.

Acabou que ofereci uma carona para ele ao voltarmos para casa. Gustavo confessou a mesma coisa que estou sentindo e não falei. Então, decidi dar um agrado a ele, com a promessa de não escrever sobre.

Chegamos ao condomínio. Eu estacionei o carro na minha vaga e subimos, todo o trajeto sendo feito em silêncio. Descemos no 8º andar e Gustavo indagou:

- Na sua casa? – e apontou na direção do meu apartamento

- Não, na sua. Alias, não conheço onde mora. – e sorri

Ele foi na frente e abriu a porta. E bem, a casa dele não era feia, talvez só faltasse um pouco de decoração. Porém, resolvi não comentar para não estragar o clima. Eu entrei logo atrás dele. Gustavo trancou a porta e falou:

- Pode ficar a vontade. Quer uma água ou alguma coisa? – disse indo pra cozinha

- Não, obrigada. Na verdade... – me dirigi a cozinha e peguei em sua mão  - vamos pro seu quarto.

- Eu tô sem camisinha, H. – protestou

Apenas pedi indicação de onde era o bendito quarto e o coloquei sentado em sua cama. Passei a mão por cima da calça e pude sentir bem a situação que o conto fizera com ele. Imediatamente abri o botão e o zíper, puxando o membro dele para fora. Gustavo olhava para mim, tentando decifrar o que eu realmente ia fazer.

- Só relaxe e aproveite! – sorri maliciosa

E o coloquei na minha boca, sentindo o volume que nas outras vezes esteve dentro de mim. Ele claramente não era dos maiores, mas já percebia suas vantagens. Fiz o que sempre faço nos orais: Lambi, mordi de leve, coloquei inteiro na boca, chupei, fiz sucção. E tudo isso sem tirar meus olhos de Gustavo, que reagia e muito aos meus estímulos, soltando gemidos baixos. Dava para sentir suas pernas tremendo e o seu membro pulsando dentro da minha boca. Fiquei fazendo isso por alguns minutos, trocando os movimentos e intensidades. Não tardou muito e ele finalmente gozou, soltando um suspiro de alívio e se jogando na cama atrás dele. 

Todo o líquido que ele despejou foi para dentro da minha boca e como eu não gosto de engolir, procurei o banheiro para cuspir, me ausentando do quarto por breves segundos.

- Você não engole? – perguntou ele

- Eu não gosto! – respondi – Faz mal pro estômago!

- Quem diria, logo você.

- Não me julgue. Por falar nisso, eu preciso de um chocolate e ir para casa resolver a minha situação.

- Eu posso resolver ambos. – falou se levantando, fechando a calça – Sempre tenho algum doce por aqui. Deixe-me ver!

Sentei-me na cama e esperei enquanto ele foi a cozinha. Logo trouxe uma barra de chocolate fechada, abriu a embalagem, destacou dois tabletes e me deu. Eu mordi o primeiro e o colei no céu da boca, para fazer a sensação da endorfina do cacau durar mais. Só que ai, Gustavo me surpreendeu. Ele se aproximou de mim e me deu um beijo, acho que ele queria sentir o gosto do chocolate também.

- Sabe que tem uma barra inteira logo ali né? – comentei por fim

- Eu sei. Mas não era só o gosto do chocolate o que eu queria.

Eu ri com a tirada safada, depois questionei:

- Uma coisa você resolveu. E a outra?

- Deite-se que eu resolvo.

- Tudo bem! – fiz conforme ele disse

Como estava de vestido, ele apenas tirou a minha calcinha, jogou-a para trás e enfiou a cabeça entre as minhas pernas.  E começou a passar a língua por toda minha vulva, fazendo até um pouco de cócegas. Chupou, colocou a língua dentro e depois um dedo, depois outro. Vez ou outra mordia minhas coxas de leve e tudo aquilo estava me fazendo tremer e ter muitos calafrios subindo na espinha.

Ele fazia cada vez mais rápido e eu me contorcia para não gemer tão alto e nem me engasgar com o chocolate na boca, porque realmente estava muito bom. Não demorou e eu senti meu corpo inteiro pulsar, pedindo socorro e eu sabia exatamente que hora era essa e não me privei de soltar o grito da garganta e sentir meu corpo relaxar. Gustavo percebeu e saiu de entre minhas pernas com um sorriso faceiro.

- Achei que estivesse enferrujado. – e me mostrou o que saiu

Ele pegou um lenço de papel que estava na mesa de cabeceira e limpou sua mão. Enquanto eu estava estirada na cama, recuperando o fôlego. Gustavo olhou para sua calça e riu.

- Que droga! – reclamou

- O que foi?

- Nada. Só fiquei aceso de novo.

- Quer transar? – joguei na lata

- Querer eu quero. Mas, tô sem camisinha, já disse.

- Tem na minha bolsa. Eu deixei na sala.

- Por que você anda com elas? – lançou um olhar julgador – Esperava que fizéssemos algo?

- Não. É um hábito que tenho!

Saiu do quarto e logo voltou trazendo a minha pequena bolsa. Abri e de dentro da carteira tirei as duas que deixava estrategicamente ali.

- São da marca que você recebeu. – Gustavo comentou

- Tem pouco tempo que as troquei. As outras perderam a validade. – entreguei para ele

Eu confesso que realmente guardei pensando no Gustavo, mas era mesmo só um hábito que já tinha. Fiquei feliz, pois há muito tempo que as camisinhas da carteira não me são úteis.

Ele sorriu, agradecendo. Tirou a calça, sua camisa e a cueca e eu vi a situação que ele estava. Colocou a camisinha sem dificuldades. E eu tirei o meu vestido, ficando apenas de sutiã.

Gustavo se aproximou e eu permaneci deitada. Ele me deu um beijo com vontade, segurando minha nuca. E no momento seguinte, finalmente penetrou. E entrou fácil, pois eu estava muito molhada. E ele começou o movimento de vai-e-vem, dando estocadas que eu sentia no colo do meu útero.

Ainda estava me recuperando daquele oral que ele fez e com isso, parecia que eu ia era gozar de novo. Controlava meus gemidos, com minhas pernas envolvendo as costas dele. Calafrios e mais calafrios que se espalhavam por todo o meu corpo e houve um momento em que eu só desliguei. A cabeça relaxou, o corpo que estava tenso também se aliviou. Eu sabia o que era mesmo tendo sentido poucas vezes: era um orgasmo.

No mesmo instante, Gustavo se contraiu todo e soltou um suspiro de alívio. Fomos juntos dessa vez!

- Você me apertou e acabei gozando. Aguentava mais tempo. – ele reclamou

- Não foi intencional. Eu...

- Eu percebi. – rebateu – Assim você vai me deixar com o ego lá em cima. – e riu

Ele saiu de dentro de mim, tirou a camisinha, dando um nó e descartando no banheiro. Depois, se jogou ao meu lado na cama. Eu ainda estava ofegante e estirada na cama.

- Quer comer alguma coisa?

- Daqui a pouco. – olhei para a janela e já havia escurecido

- Podemos pedir algo. Que acha?

- Acho ótimo! Tô zero vontade de cozinha hoje.

- Ótimo!

E ficamos um tempo ali, olhando o teto, sem falar nada. Em seguida tomamos um banho – separados – e Gustavo pediu uma pizza para a gente.  Na verdade, mal sai do banho e a pizza chegava. Sentei-me com ele a mesa, que era minúscula se comparar com a minha e fomos comer. E claro, resolvi puxar um assunto:

- Trabalha com fotografia tem quanto tempo? – indaguei

- Tem pouco mais de dois anos. Nunca cheguei a trabalhar numa empresa, só faço eventos e alguns trabalhos para agências vez ou outra.

- E você vive disso? Bem, não fica com orçamento apertado?

- Em alguns meses sim. Só estou conseguindo me segurar por enquanto por causa das reservas de dinheiro.

- Então, me diga quanto são as sessões de foto e dos produtos que fez pra mim. Eu quero pagar!

- Não precisa, H.

- Apesar do nosso acordo, eu quero pagar pelo seu trabalho, G. Me diga quanto fica que lhe transfiro hoje mesmo.

- Obrigado! – ele disse – Tá bem difícil este mês...

- E você ainda me oferece uma permuta nessa situação. Mesmo as fotos já saindo na outra semana.

- Eu me desesperei, confesso. – falou– Foi mesmo uma surpresa saber que minha vizinha é a Echii do Contemporânea.

- E eu fui burra em manter meu segredo. Ou melhor, alguém foi bem xereta no meu computador. – e ri para ele

- Culpe o porteiro e não a mim!

- G, nessa altura, cada um de nós tem uma parcela!

E depois mudamos de assuntos sobre alguma leviandade, como os filmes ou livros.

Naquela mesma noite, eu voltei para casa. E bem, eu até escrevi, mas foi no meu diário e não para o blog como havia prometido.

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