sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Capítulo 15 – Trabalho sem fim

Foi meio difícil trabalhar depois daquela noite maravilhosa com a Helena. Não sei se tudo o que aconteceu foi por causa do ex dela ter reaparecido. Junto com meu cansaço e preocupação por causa dela, foi complicado manter a concentração durante a sessão de fotos. Fui a um parque que tem aqui na cidade fazer um ensaio de 15 anos. Os pais da aniversariante se interessaram pelo meu trabalho porque eu faço coisas variadas.

Foi um ensaio leve e divertido! A menina ficou com vergonha no início, mas eu fui brincando com ela e a deixando mais à vontade. As fotos ficaram lindas e tanto a menina e os pais adoraram o resultado.

Durante o trajeto de volta, recebi mensagem da Helena me chamando para jantar. Dessa vez não foi uma refeição tão elaborada e que eu gosto muito, porém ela não superou a receita da minha mãe.

Ela me surpreendeu contando o ocorrido com ela mais cedo e também fez um pedido, justamente por causa do ex. Agora, para casos eventuais, vou fingir ser o namorado dela. Eu espero que o plano funcione!

Depois que arrumamos toda a bagunça do jantar, não resistimos muito tempo e começamos a nos agarrar ali mesmo e fomos para o quarto. Ela tinha me prometido a calcinha comestível e logo levantei o vestido dela para ver e lá estava, minúscula e bem vermelha. Não pensei duas vezes e mordi uma das bordas e comi um pedaço e senti o gosto de morango. Comi um pouco daquele lado e deixei a mostra o que eu queria da Helena. Mordi o outro lado e puxei, levando a peça pendurada na boca e jogando em cima da Helena.

- Você nem comeu tudo. – ela protestou

- Deixei um pedaço para você. É de morango! – sorri faceiro

Ela comeu uma parte e sorriu.

- Realmente é bem gostoso! Lembra sorvete e acabei de lembrar que o meu acabou. – riu

Dei um beijo nela, com vontade. Senti um calafrio subir no meu corpo e um calor dentro da minha bermuda, mas eu podia esperar por isso um pouco mais.

Fui em direção a parte livre de Helena, onde antes estava a calcinha que comi parte e comecei a lamber, morder de leve, enquanto ela se abria cada vez mais para mim, gemendo baixo.

- Gustavo, por favor. – ela pediu

- Por favor, o quê?

- Só vem logo. Eu quero você!

- O que anda acontecendo com você esses dias?

- Não esquece a camisinha, tem daquelas na gaveta.

- Pode deixar!

Tirei a bermuda e a cueca e coloquei a proteção. Até eu estava assustado no quão duro eu estava, nunca achei ser possível ficar daquele tamanho. Não que eu tenha dos maiores, mas ele estava além do normal.

Penetrei e comecei os movimentos que sempre faço de vai e vem. Helena estava relaxada e estirada na cama, o que é uma bela visão. Mas, não queria ela ali, a queria mais perto.

- Ei, H, chega mais perto.

Não reclamou, apenas a ajudei a levantar e ela ficou sentada da minha frente, abraçada a mim e começou a se mexer. Ela descabelava meus cabelos e olhava diretamente nos meus olhos enquanto rebolava em cima de mim. Não resisti e a beijei com vontade de novo, depois apertei levemente seus seios. Seu corpo se contorcia com os estímulos!

Nenhum de nós dois estava com pressa para acabar. Ficamos ainda mais um tempo naquela posição e fomos trocando, o que gerava gemidos diferentes, vindo tanto de mim quanto dela. Por fim, ela ficou de quatro e só me implorou para ir com mais força. E acabou me apertando inteira antes que nós gozássemos.

Ela ficou caída de bruços na cama e eu sentei ao lado dela. O cabelo escondendo o rosto. Revelei seu rosto e sorri para ela, que respondeu da mesma forma.

- Vai dormir aqui hoje? Ou vai trabalhar amanhã?

- Amanhã vai ser cedo, mas bem que eu queria fica aqui.

- Melhor ir descansar. – disse e se sentou a minha frente

- Eu ainda nem sei como agradecer por tudo.

- Não precisa, já falei. Somos amigos.

- Amigos, H? – não sei porquê disse isso, mas saiu

- Amigos coloridos! – sorriu

- E se eu quisesse algo mais com você?

- Tipo?

- Se o nosso namoro não fosse mentira para espantar o seu ex.

- Por que veio com essa pergunta do nada? – ela parecia na defensiva

- Eu só quero saber! – peguei em sua mão – Seja sincera!

- Eu aceitaria! Eu gosto muito de você, G!

- Eu também gosto muito de você, H.

- Só que eu ainda não me sinto 100% pronta para entrar num relacionamento de novo, mesmo depois de tanto tempo do meu ex.

- Não se sinta pressionada. – resolvi me explicar – Sabe que não faria nada que você não quisesse. Podemos ir com calma. – coloquei uma mecha de cabelo dela atrás da orelha

- Obrigada por entender. Por favor, não ache que estou sendo evasiva.

- É o mínimo que posso fazer. E fosse evasiva, H, eu não estaria nem aqui.

- Eu só tenho medo por um lado sabe. – suspirou – Eu vou precisar falar disso na terapia amanhã.

- Eu entendo perfeitamente.

Apenas nos abraçamos depois disso. Eu não sei que impulso tive de perguntar tudo isso para a Helena. Acho que nós estamos começando a ficar confusos com essa nossa relação.

Voltei para casa e logo fui dormir. Eu tenho uma sessão de fotos logo agora de manhã. E ainda haverá outra sessão à tarde. Ambas vão ser longas!

Por enquanto, estou num quarto de motel esperando que as minhas clientes, que são duas amigas terminem de se arrumar. Elas querem fazer um ensaio sensual, bem do estilo do que fiz com a Helena, para ter as fotos para si. Talvez até façam umas nudes mais sofisticadas! Obviamente elas são leitoras assíduas do Contemporânea Erótica. E este quarto, é um dos mais caros ouso dizer, foi escolhido como o nosso cenário. Não acho tão esquisito, é até aceitável porque está bem decorado e dá muito para aproveitar todos os espaços para as fotos.

As duas amigas que serão minhas modelos estão bem longe de ter estar dentro do ideal de beleza que se vê por ai. Ambas já são mães e estão longe de serem o símbolo da magreza. E eu acho que é essa é a beleza de todas as pessoas, é ser diferente entre si. Existem vários tipos de corpos, em altura, no formato de corpo, cor dos cabelos, cor da pele. E foram essas nuances que me fizeram virar fotógrafo, para poder mostrar isso, da forma como vejo essa beleza. Foi isso o que eu pensei quando fiz a proposta das fotos para a Helena. Eu sabia que as fotos que ela postava no blog tinham potencial para serem maravilhosas, mas eu sei o quanto as próprias pessoas veem o corpo delas de forma diferente. É por isso que eu amo fotografar pessoas e não lugares, porque gosto de ver a reação delas quando percebem que podem ficar bonitas em fotos. Muitas pessoas acreditam que não são bonitas, mas eu discordo. Cada pessoa é bonita a sua maneira!

As mulheres saíram vestindo roupões e ainda com um pouco de vergonha de mim. Estavam com cabelos arrumados e com a maquiagem bem forte. Ainda lembro o que elas disseram que queriam com este ensaio. Apenas se sentirem mais confiantes e terem essas fotos de lembrança para si!

- Querem começar por onde? – perguntei do jeito mais natural possível

- Na cama? Pode ser? – uma delas disse confusa

- Comecemos por lá então. Querem colocar uma música para ficarem mais à vontade?

- Sim, por favor!

E assim o fizemos. Ironicamente, esse ensaio me lembrou um bocado o que eu fiz com a Helena. Toda a vergonha e a parte da música – que é até bem normal de pedir para colocarem – e depois elas se soltaram. Iam cantando e dançando e rindo uma da outra. Elas estavam leves e eu também! Tiramos fotos no jardim e até na banheira do quarto. Foi uma manhã muito divertida!

Depois que terminamos as fotos, elas se trocaram, me pagaram e nos despedimos na entrada do motel. Os atendentes até acharam engraçado toda a situação, mas aceitaram de boas. Até porque provavelmente devem ter visto coisa mais estranhas!

Peguei um ônibus em direção ao meu destino da tarde, que era fotografar mais uma festa de aniversário, dessa vez num daqueles salões infantis. A minha barriga já estava roncando e eu estava rezando para que tivesse almoço na festa. E minhas expectativas estomacais e digestivas foram atendidas, teve almoço e tudo mais que tinha direto na festa.

Esse trabalho durou até mais menos umas quatro da tarde, então, após receber, agradeci e peguei outro ônibus de volta para casa. Eu me arrependo e muito de não ter feito autoescola e não sabe dirigir, tem dia é que é horrível andar com esses equipamentos no transporte. Diversas vezes eles já quase caíram e quebraram, ainda bem que tenho bons reflexos.

Desci no ponto que é um pouco antes do prédio e caminhei pela calçada até ver a entrada. Não leva cinco minutos e me surpreendo com a cena que vejo. Helena está conversando com alguém ali no hall da frente, ou melhor, gritando com alguém. Não demora muito para eu distinguir quem é quando ele simplesmente se acha no direito de agarrá-la. O meu sangue ferve e eu não penso duas vezes antes de fazer alguma coisa!

 

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