Aiga Akemi, aluna do 2º ano do colégio Shigeko, sai de mais um dia
da escola acompanhada de um rapaz de outra classe, como na maioria
das vezes acontece. Eles estão junto a um grupo que vai se divertir
a noite. O rapaz em questão era Hamaya Takeshi, do 3º ano.
-Pronta para se divertir hoje, Aiga-san? - ele perguntou
-Claro que sim, Hayama-kun. Adoro karaokê!
Eles pegaram um metrô com o resto do grupo e chegaram ao lugar.
Escolheram uma das salas e começaram a se divertir. Passaram horas e
mais horas desafinando no karaokê.
Akemi e Takeshi trocavam muitos olhares, fossem eles de desejo ou de
provocação. Com certeza, aconteceria algo mais tarde.
E
foi exatamente assim! O grupo se dispersou. Alguns voltaram para
casa, outros foram passear pelas ruas, enquanto a garota se
encontrava na rua dos motéis com Takeshi. Escolheram um de preço
mediano e que tinha uma cara de ser decente, e era mesmo.
Escolheram
um quarto, pagaram e subiram. Eles não trocaram uma palavra até
estarem totalmente a sós no quarto. Takeshi então falou:
-Tem
meses que estou louco para ficar com você.
-Eu
sei disso. Alias, toda a escola quer ficar comigo. - ela falou
sorrindo - Sabe, já vim a motéis várias vezes, mas eu sempre fico
com um pouco de vergonha.
-Não
precisa disso. Você é tão bonita!
Essa
frase foi seguida de um beijo e mais outro e mais outro. Até que os
dois foram parar na cama.
As
peças de roupas foram tiradas uma a uma e ficaram apenas de roupa
íntima.
Takeshi
saiu de cima da garota e arrancou e mostrou o seu membro duro para
ela.
-Você
tem que resolver isso aqui!
-É
só vir. - falou abrindo as pernas
-Nada
disso! Com a boca.
Akemi
estava acostumada a aquele tipo de pedido, mas mesmo assim não
gostava deles. Levantou da cama, parou ajoelhada diante dele e com
vontade colocou a boca naquilo e fez o que sabia. Engoliu, chupou,
fez sucção. Tudo isso foi acompanhado de gemidos baixos vindos do
rapaz.
Em
certo momento ele puxou-a pelos cabelos para longe.
-Eu
não tô aguentando mais.
Akemi
entendeu o recado e voltou para a cama. O garoto pegou algumas
camisinhas na mochila, abriu uma e colocou. Foi para cima da menina
de novo e rolou mais uns amassos. Ele fez umas preliminares bem
básicas na garota, o que a deixou um bocado insatisfeita, porém ela
não manifestou. Depois, ela sentiu o membro do garoto penetrando-a e
ele começou a fazer movimentos de vai-vem. Como estava muito
excitado, não demorou para gozar.
Fizeram
mais três vezes na sequência, em posições diferentes cada uma e
com proteção. Contudo, uma dessas proteções não funcionou como
deveria.
Tomaram
um banho juntos e saíram. Despediram-se na entrada no motel.
-Foi
ótimo, Aiga-san.
-Eu
também gostei, Hayama-san. - sorriu – Nos vemos amanhã na escola
então?
-Claro!
E também, vou querer sair com você mais vezes.
-Eu
também!
-Até
logo!
-Até!
Fizeram
a reverência e cada um foi para um lado. Akemi pegou o metrô de
volta para casa.
Desceu
na estação próxima de onde morava. Andou até o seu prédio, pegou
o elevador e foi ao apartamento. Entrou e viu que sua irmã já havia
chegado.
-Por
que chegou tão tarde de novo, irmã?
-Eu
estava com um garoto, Yoko.
-Você
tem parar com isso de ficar saindo com um monte de caras, isso vai
acabar te dando algum problema, como um filho.
-Yoko,
eu me protejo. Sempre!
-Mas
camisinhas são uma coisa de plástico tão frágil que arrebentava
fácil. Elas não são 100% seguras.
-Também
sei disso. Irmã, eu sei me cuidar. Não se preocupe!
-Queria
ver se fosse mamãe e papai ouvindo essa conversa. Eles te dariam uma
bela surra, assim como as que eu tomei.
-Vai
querer metê-los nisso de novo?
-Vou
sim. Você está soltinha desse jeito porque veio morar comigo.
-E o
que tem errado em sair? Você faz a mesma coisa.
-Mas
eu já sou uma mulher adulta e sou dona do meu próprio nariz.
-Então,
segundo a sua lógica faltam 4 anos para eu ser dona do meu nariz.
Mas, eu já me sinto dona de mim mesma.
-Pare
com essa bobeira. Você só tem 16 anos, Akemi.
-Fica
falando de mim, mas na minha idade fazia a mesma coisa. - falou faca
a face com a irmã
Yoko
fez um som de desdém.
-Quer
saber, se acontecer alguma coisa, vai ser problema seu.
-Ótimo!
A
conversa acabou ali. Akemi foi seu quarto trocar de roupa para o
jantar.
***
Aiga
Akemi morava em uma cidade pequena com a família, constituída de
pai, mãe e uma irmã mais velha.
Quando
a irmã se formou conseguiu um emprego na cidade de Tóquio e Akemi
implorou aos pais que a deixassem se mudar junto com a irmã. Ela
queria ter uma experiência diferente no ensino médio. Por sorte, a
família de sua melhor amiga, Shinkawa Naomi, também estava de
mudança para lá. Então, foi um passo a mais para convencer os pais
a deixá-la viver com irmã.
Akemi
ingressou no ensino médio junto com a amiga, porém elas ficaram em
classes diferentes no 1º ano. Apenas no segundo ficaram juntas, e
também Akemi conheceu o novo amigo de Naomi, Washiyama
Tsuyoshi.
No ensino médio, Akemi deixou sua sexualidade aflorar e a distância
dos pais a deixou mais livre para soltar o seu líbido. Perdeu a
timidez, saiu com muitos garotos, perdeu a virgindade e passou a ser
uma garota livre, decidida e experiente com esse tipo de coisa. Por
conta disso, ela se tornou uma das garotas mais populares, todas
queriam ser como ela, mas não tinham coragem.
***
Passou-se
pouco mais de um mês desde então e Akemi não saiu com mais ninguém
nesse período, pois eles estavam em uma época de estudos
importante. Era mais um início de semana e Akemi mal tomou café da
manhã direito, ela acordou passando mal.
Ela
estava a caminho da escola com sua melhor amiga, Shinkawa Naomi, e o
amigo dela, Washiyama
Tsuyoshi. Eles perceberam a cara dela.
-Aki-chan, o que está acontecendo? Sua cara tá me preocupando. -
perguntou a amiga
-Acordei enjoada, não consegui comer. Espero que logo passe.
Mas
aquilo não passou, nem naquele dia e nem nos seguintes. A garota
começou a ficar preocupada, eram todos esses sintomas e a
menstruação atrasada. Todos ao seu redor estavam preocupados, mas
ela não contou a ninguém o que estava pensando.
No
final daquela semana, a caminho para um dia de aula, foi a farmácia
e comprou um teste. Seria agora que ela descobriria.
Assim
que chegou ao colégio, correu ao banheiro. Leu as instruções do
teste e o fez. O problema é que ela tinha esperar cinco minutos.
Foram os mais longos da vida dela, a cada momento olhava para o
horário no celular. E de repente, elas apareceram. As duas listras
que indicavam o positivo.
A
reação àquilo foi nenhuma, pelo menos não do lado de fora. Por
dentro, a cabeça dela se tornou uma confusão. Foi desespero com
nervosismo! Sua mão veio a boca para evitar algum som que alguém do
outro lado da porta escutasse.
O
que ela faria? Aquele teste poderia estar errado. Muitas outras
perguntas se fizeram em sua cabeça. Mas ela não tinha como
respondê-las. Não agora! O sinal da escola tocara, era hora de ir
para a aula.
Guardou
tudo na bolsa, saiu do banheiro e foi para a sala.
Encontrou
com Naomi e Tsuyoshi na sala, eles se sentavam próximos.
-Akemi-san,
chegou atrasada. - comentou o garoto
-Ah,
perdi a hora. Mas estou aqui.
-E
parece que aquilo que você tinha passou. - ele completou
Era
verdade. Ao descobrir da possível gravidez, o nervoso tomou o lugar
do enjoo, ela tinha se esquecido deles.
-Pois
é! - sorriu
O
professor adentrou a sala, desejou bom dia e começou a dar a matéria
daquele dia.
Akemi
mandou uma mensagem para Hayama-kun, era a única pessoa para quem
ela tinha coragem de contar aquilo, afinal, era o pai da possível
criança que esperava. Pediu para se encontrar com ele na hora do
almoço.
O
sinal do almoço bateu e Hayama apareceu na classe. Comentários
rolaram acerca dos dois e Akemi pediu para eles irem a um canto mais
reservado para poderem conversar.
-Lá
vai ela de novo. - comentou Naomi – Sabe, Tsu-kun, eu tenho pena de
você nessas horas.
-Por
que, Naomi-san?
-Você
está apaixonado pela Akemi, mas ela é desse jeito. Ela fica saindo
com qualquer garoto, a fama dela nessa escola é de uma garota fácil.
-Eu
não ligo para isso e você sabe. Apesar disso tudo, Aki-chan é
maravilhosa. Tão bonita, tão inteligente, tão segura de si. Ela
tem um jeito encantador, não acha?
-Sim.
Ela era bem diferente antes de entrar no ensino médio, ainda acho
que teria sido melhor ela ter ficado na nossa cidade natal.
-Não,
Naomi-san. Assim não a teria conhecido.
-Eu
quero saber quando é que vai se declarar para ela?
-Ainda
não sei. Preciso ter coragem... E ficar sozinho com ela.
-Isso
é ridículo de conseguir, você mora no apartamento ao lado. Mora
mais perto dela do que eu.
-Só
que ela não sabe disso! - e riu – É até melhor! Posso ficar
olhando-a pela janela de vez em quando.
-Ai,
Tsu-kun, só você mesmo!
Akemi
e Takeshi foram do outro lado do colégio, que estava mais vazio,
para conversarem.
-Diga,
Aiga-san, o que quer? Quer sair de novo comigo?
-Não
é isso! É que... Bem... Como eu vou te dizer? - ela suspirou e
sussurrou – Acho que estou grávida.
-Como
é que é? Grávida? - ele indagou surpreso
-Sim.
E se for verdade, é seu.
-Ora,
não me venha com essa! Você sai com um monte de garotos e vem dizer
que eu sou o pai do seu filho.
-Mas
é você. Tenho certeza!
-Acho
que não! Você lembra que usamos camisinha.
-Usamos
sim, mas alguma pode ter furado.
-Quem
me garante que não é de outro, Aiga-san? Todos sabem como você é.
Sai com todos! Dorme com todos! Esse filho pode ser de qualquer um. -
cruzou os braços – Trate logo de abortar isso antes que fiquem
sabendo. Até mais ver!
A
garota ficou desolada, aquele foi o pior fora que tinha tomado na
vida. Agora é que ela estava sozinha. Não tinha coragem de contar
para a melhor amiga e nem para a irmã. Como ela iria ao hospital
sozinha para confirmar a gravidez? Ela tinha que dar um jeito nisso e
sozinha.
Uma
única lágrima caiu do seu rosto, secou-a depressa. Ergueu-se e
voltou para a sala.
Durante
o resto do dia, ela se concentrou na aula e não deixou transparecer
suas preocupações.
Ela
foi para casa sozinha! Seguiu todo o caminho em silêncio de cabeça
baixa. Chegou ao prédio. Perto do seu apartamento, abriu a bolsa
para pegar a chave, era o mesmo lugar onde estava o teste que fizera
mais cedo. Ao puxar a chave, o teste também foi e acabou caindo no
chão. Ela se virou para pegar, mas teve uma surpresa, era
Tsuyoshi-kun atrás dela e ele pegou o teste antes.
-Tsuyoshi-kun,
o que faz aqui? Você me seguiu?
-Não,
Akemi-san. Eu moro aqui - apontou o seu apartamento – bem do seu
lado. - olhou o que estava na sua outra mão – Isso é um teste de
gravidez?
-É
sim! - responder cabisbaixa – E deu positivo. - permitiu que
algumas lágrimas caíssem – Eu não sei o que fazer.
Tsuyoshi
não sabia o que pensar e nem o que sentir. A garota por quem ele
estava apaixonada estava ali, mais vulnerável e insegura do que ele
nunca tinha visto. Sua última frase tinha um tom de súplica, de
socorro. E por seu amor a Akemi, ele decidiu que a ajudaria.
-Akemi-san,
- ela levantou o olhar para ele – vem, precisamos conversar! Eu vou
te ajudar com isso, tá bem?
Ela
apenas assentiu e eles entraram no apartamento dele.
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