segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Boletim de Anelândia: #30 - 20 anos escrevendo histórias (Um pequeno resumo da trajetória)


 
Olá, pessoal! Chegamos a última edição do Boletim de Anelândia deste ano e bem, não vai ser com clima de Natal, até porque esta autora nem têm tantas histórias de natal assim. Mas, a ideia de hoje é começar - finalmente – a comemoração dos 20 anos que completaram que eu escrevo minhas histórias.
Já deixando claro que é uma data pessoal, uma comemoração de quando eu comecei a escrever mesmo, sem aquela ideia de publicar, mas sim como o hobby que era. Se for contar de publicada mesmo, ai pode reduzir uns 10 anos nessa conta.
Era para ter sido neste ano de 2024, mas algumas coisas pessoais acabaram me atrapalhando nesta tarefa, então, seguindo o lema “antes tarde do que nunca”, vou deixar essa comemoração para o ano de 2025. Trazendo algumas edições especiais aqui no Boletim, vídeos no meu canal e postagens nas redes. Relembrando sempre com muito carinho dessa minha (um bocadinho) longa trajetória como escritora.
Então fiquem ligados por aqui no ano que vem teremos novidades.
Mas, para começar bem, por que não contar um cadinho de cada pedacinho dessa história. Uma pequena linha do tempo para quem não conhecer descobrir e quem conhece relembrar sobre a minha humilde trajetória.
Sem mais enrolar, bora lá!

2004-2014 – Amadurecendo na escrita

No ano de 2004 que foi onde tudo começou e justamente com as minhas amadas primogênitas: As Super Agentes.
Eu adorava brincar e inventar histórias durante a infância. Até que um dia, decidi pegar um caderno antigo e comecei a escrever a história sobre as três agentes e um livro mágico... Desde então, eu nunca mais parei! Como vocês já devem bem saber.
Nesse período foi mais a minha passagem de infância para adolescência e até a fase adulta, enquanto usava uns cadernos (ou até folhas soltas) e escrevia escondido algumas histórias sem muito compromisso, só pelo prazer de poder imaginar e contar as histórias deles.
Muitos dos que viviam ao meu redor sequer sabiam, deviam imaginar que eu era só uma aluna muito estudiosa. Quem sabia mesmo eram os mais próximos, como meus pais e meu digníssimo. (Que sempre digo que foi o primeiro a incentivar!)
Foi uma fase muito de experimentação e de descoberta, pois muitas das histórias que tenho um carinho imenso nasceram aqui. Até falei sobre algumas delas na edição anterior!
Bem no finalzinho desse período foi que eu comecei a perder e vergonha e compartilhar minhas histórias em outros sites, como o Nyah! Fanfiction.
E em algum destes praticamente 10 anos que a vontade de seguir escrevendo livros como profissão tomou forma!


 

2014 – Comemorando 10 anos e Primeira Publicação em Antologia

No ano do 10º aniversário, fiz uma comemoração toda bonitinha e especial no Tumblr do Contos Anê (que já existia naquela época). Já postava com bastante frequência minhas histórias e até recebia alguns comentários e já vendo a coisa aumentando, pensei: Por que não dar o próximo passo? 
Mas qual seria ele? Publicar algum livro? Como? Eu ainda não sabia!
Fui pesquisando e nas minhas buscas encontrei uma coisinha chamada antologia, que nada mais é do que um compilado de contos de diversos autores seguindo alguma temática.
Escolhi uma de contos de romance e escrevi um conto sobre um casal num apocalipse zumbi – que era algo bem em alta na época -, porém a ideia original era bem diferente da que foi para o livro mesmo. Inclusive, este conto foi posteriormente publicado na Amazon. É o Você, até o fim.
Pela primeira vez, tive que vender livros – e paguei um dinheiro absurdo em livros só para revender – e já senti que era algo bastante complicado. As pessoas da família e conhecidas compraram a antologia “só para ajudar”.
Ainda lembro da audácia de um parente perguntando quanto que era “a minha parte” do livro, pois estava comprando só por minha causa. E só para constar, acho que essa parte era apenas 1 real. Pois é!
Para encerrar aquele ano com mais chave de ouro, escrevi um conto especial (e gratuito) onde eu me encontro com meus personagens e comemoramos todos juntos. É o Encontro em Anelândia! Conto que deu origem a uma série ambientada neste mesmo cenário.


2015 – Mais duas publicações em Antologias

No ano seguinte, já com um pouco mais de experiência, embarquei de novo em antologias. Escolhi mais uma de romance e acabei sendo convidada para uma de terror, que era totalmente fora da minha zona de conforto. Os contos que saíram foram Promessa e Noite das Damas. Ambos também estão na Amazon atualmente.
Confesso que até hoje nem sei como o conto de terror saiu, porque eu realmente não sinto que sirvo para escrever este gênero até hoje.


2016 – Mais antologias e Primeira livro solo na Amazon

Mais um ano e mais uma dupla de antologias para participar. Eu desencanei daquela editora, que cobrava um absurdo só para revender livros e entrei em projetos que foram bem mais em conta para o meu pobre bolso de universitária.
São dois contos que eu gosto muito: Letras do Destinos e Dama de Gelo.
O primeiro foi um parto para sair, porque eu tive que reescrever quatro vezes até que o organizador aceitasse o conto. Apesar da raiva que eu fiquei, hoje acaba por ser um dos meus contos favoritos.
Já o segundo é um que tenho muito carinho, pois fez parte de um projeto exclusivo com autoras e com contos sobre fantasia. (Pelo menos o meu foi.)
Hoje, os dois estão publicados na Amazon.
Só que neste mesmo ano, eu dei um passo bem ousado! Publiquei meu primeiro livro solo, apenas na Amazon. Fiz bastante pesquisa e acabei por realizar a publicação sozinha, depois de algumas tentativas frustradas de enviar o livro para alguma editora.
Claro que a capa e a diagramação sofreram um pouco por conta da minha falta de experiência, mas este aprendizado foi bem importante. Mostrando também qual era o melhor caminho para meus livros e que talvez não fosse uma editora.
O livro que lancei foi o conhecido: As Aventuras de Jimmy Wayn: O Menino Virgem.

 

2017 – O dia do avental

Lá no ano de 2017, resolvi ir a minha primeira bienal como autora, munida de cara, coragem, falta de noção e um avental com as antologias que participei sendo exibidas.
Foi um ponto de virada para mim, vendo que o meu trabalho como autora poderia chegar em algum lugar.
Mas, eu falei sobre este dia em específico com muito mais detalhes numa edição aqui do Boletim, então não vou me alongar muito!

 

2018 - Publicação na Antologia Mulheres Reais

No ano de 2018, comecei a participar do Movimento Mulheres Reais, que é aqui da minha região e por fim, acabei participando de mais uma antologia com elas.
Só que diferente das outras, não foi com um conto, mas sim com duas crônicas - acho que posso definir assim – que são Sororidade e Por você mesmo.
Não foi das minhas participações mais memoráveis em antologias, mas ainda gosto dos textos que escrevi.

 

2019 – Livros solos em físico e Organizadora de Antologia

Este ano foi realmente um ano, acho que um dos mais agitados da minha carreira até então.
Como eu comecei a trabalhar e sai dessa vida de pessoa (quase) sem dinheiro e resolvi investir na publicação dos meus livros em formato físico. Já que eu vi muitos outros autores sofrendo em mãos de editoras, resolvi fazer de maneira independente.
As Aventuras de Jimmy Wayn – O Menino Virgem finalmente ganhou uma nova edição - no ebook – e teve a sua versão física feita e que ficou a coisa mais linda.
E um dos meus maiores projetos como autora, o meu amado O Diário da Escrava Amada, ganhou também uma versão física e que ficou a coisa mais linda do mundo, até porque eu ganhei num sorteio.
Ambos os livros foram lançados na Bienal do Rio em 2019, que foi um dos maiores eventos que eu já participei.

E lembram do Mulheres Reais? Acabou que participei de duas antologias com elas novamente, só que desta vez como uma das organizadoras. Não foi das melhores experiências nessa minha vida de autora. Não sendo ingrata, mas ficou o aprendizado do que eu não quero fazer nunca mais.
E bem, eu terminei o ano de 2019 super animada pois tinha muitas coisas planejadas.


 

2020 – Mais um livro físico e Editora Herói

Mais conhecido como o “ano da pandemia”. Um ano que eu tinha muitos planos, mas acabei por adiar, assim como todo mundo.
Neste ano, nasceu a minha editora (que tenho junto com meu digníssimo) que é a Herói Editora. A gente cansou de depender de outras e decidimos abri nossa própria.
A primeira publicação da Herói, que foi meu lançamento do ano foi a continuação de As Aventuras de Jimmy Wayn: Confusão na Escola.

 

2021 – Contos na Amazon e antologia natalina

Este ano ainda teve um restinho de pandemia, mas eu logo resolvi reagir. Ou melhor, só fui reagir no final do ano.
Peguei alguns dos contos que publiquei em antologias, que citei anteriormente, e coloquei na Amazon, junto com um conto especial e inédito, sobre uma das minhas personagens de RPG: Calliope.
O conto dela tinha ficado guardado desde 2019, pois perdi o prazo de uma antologia. Escrevi um novo final e coloquei como um presente de aniversário aos leitores (mais um de tantos).
Lá no finalzinho do ano, participei da antologia Aventuras Natalinas, trazendo mais um conto de Meu Pequeno Monstrinho: Um Amigo de Natal.
 



2022 – Projeto de contos especial

Este foi o ano que eu “dei de maluca” e passei o ano inteiro escrevendo sem parar.
Inventei de fazer um projeto de contos inspirados na minha cantora favorita e lancei um conto inédito a cada mês daquele ano.
Foi um dos projetos mais doidos e maravilhosos que eu já inventei. Comento melhor sobre ele numa edição exclusiva.
Neste ano também foi o ano em que o “Boletim de Anelândia" finalmente nasceu.

2023 – Um ano complicado

Terminei 2022 satisfeita e resolvi me dar umas férias, pois em merecia. O que eu não esperava era que este ano ia me atropelar igual um rolo compressor.
Algumas coisas pessoais acabaram por me atrapalhar muito na minha escrita. Na verdade, foi apenas uma coisa, mas que sugava a minha energia para todas as outras.
Custou a minha saúde mental, me deu burnout e eu até fiz tratamento espiritual.
Mais um ano de projetos que foi por água abaixo, mas temos altos e baixos mesmo. A newsletter até parou nessa época, pois eu estava sobrecarregada.

Conto melhor disso no “comeback da newsletter”.
 

2024 – 20 anos de livros e Retorno aos lançamentos físicos

Finalmente chegamos a atualidade!!
Depois de praticamente um ano me reencontrei com meu eu escritora, mas por questões de mudança e casamento que não fui tão ativa na escrita quanto gostaria. Consegui mesmo voltar a escrever agora em novembro, pois fiquei também ocupada com meu grande lançamento do ano, que é o 3° volume de As Aventuras de Jimmy Wayn: Reviravolta na Família. Tanto em ebook quanto físico.
E em todos estes anos que citei, nunca deixei de continuar escrevendo e publicando minhas histórias por ai para quem quiser ler.
Também comemoro os 20 anos que escrevo meus livros, como disse lá no começo. 
 

Bem, pessoal, este foi um breve resumo/linha do tempo da minha trajetória como escritora, desde os primórdios dos cadernos velhos, até as bienais e livros na Amazon e em papel também.
Chegou a marca dos 20 anos muito feliz e com certeza com ainda muito mais histórias para contar.
O que será que 2025 me reserva? Bom, planos eu tenho, mas seguir nem sempre dá.
Enfim, fiquem ligados aqui e nas minhas outras redes para poder saber!

Desejo a todos um Feliz Natal atrasado e um ótimo ano novo!
Nos vemos no Boletim de Anelândia em 2025!

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Boletim de Anelândia: #29 - A linda e maravilhosa ordem (falando sobre as histórias antigas)



Olá, pessoal! Boas-vindas a mais uma edição do Boletim de Anelândia!
Nessas edições de final de ano, vou começar um pequeno aquecimento para o meu 20º aniversário como autora. (Que é neste ano, mas nada me impede de comemorar depois, pois a autora aqui é CLT e trabalha.)
Então, hoje falarei sobre algumas histórias mais antigas e que estão comigo desde o meu comecinho, que eu dava o apelido carinhoso de “Maravilhosa Ordem”. Coisa besta da minha eu de vinte e poucos anos.
Vamos lá então!

É só uma ordem cronológica

Era só uma brincadeira que eu fazia das minhas primeiras histórias, como falei antes. Só era mesmo a sequência com a qual elas nasceram, nuns poucos anos ou até meses de distância entre elas.
A brincadeira tomou uma proporção maior por causa do início do meu canal de autora no youtube, com os vídeos que eu falava de uma forma geral e de todas essas histórias, seguindo justamente essa sequência para não me perder.
Não tem nada de especial, mas como eu invento ideia com tudo...

Quais são as histórias, pelo menos as primeiras

Vou aproveitar para citar quais eram as histórias, ou melhor, quais são as histórias, porque elas nunca deixarão de ser as primeiras histórias que eu escrevi.

As Super Agentes

Essa aqui já é velha conhecida tanto aqui no Boletim de Anelândia, quanto de quem me segue em toda a internet. Não vou me estender muito, pois tem uma edição exclusiva sobre elas, as minhas primogênitas!

Mago Belo e o mundo da Magia

Eu falo que gosto de fantasia, mas essa história aqui só é conhecida por quem me acompanha a mais tempo. Tem magos, tem poderes de elementos, profecia, salvar o mundo. Eu escrevi uma boa parte de um primeiro livro.
Temos as lendas de Anelândia: Dimitri, Sabrí, Seiyus, Mark e Robert.

A Filha do Conselho

Esse também é desconhecido, mas tem uma ou outra citação perdida por ai.
Inspirada na coisa mais doida do mundo, na época do lançamento da Turma da Mônica - o primeiro de todos desde sempre – e veio a ideia da história.
Amo Caterine e Will e é sobre! Esse livro ainda merece uma reescrita!

As Aventuras de Jimmy Wayn

Também outro conhecido por todo mundo, pois é uma história que tem já tem volumes (comecei a escrever o quarto). Inspirado em coisas de verdade e no meu ensino médio. Também tem uma edição exclusiva falando sobre ele!

Sayonara Days

Esse eu citei na edição sobre histórias incompletas. Fazendo o paralelo com o irmão mais velho, era inspirado nas minhas amigas e mais histórias do ensino médio... Esqueci da maioria delas e escrevi isso de fogo e não quero terminar!

Mutsu Ike

Esse aqui tem um gostinho do começo da minha faculdade que foi uma das histórias malucas que veio através de um sonho. Até tem um conto do universo lançado, que é A Cura (que tá lá na amazon).
Basicamente é uma história sobre uma doença mortal e universos paralelos.

Super Gata

Esta é mais antiga dentro do mundo das ideias, mas só fui começar a escrever bem. É o grande Mahou Shoujo de Anelândia - se for contar a ideia inicial de ASA também o era. Uma gata falante, uma menina com poderes mágicos e uma cidade inteira de crimes para resolver.
Comentei sobre uma das personagens - a Shigure - na edição de personagens de RPG.

Sasaki, a mulher samurai

Eu nem lembro porque eu comecei a escrever isto, mas lembro que foi uma das primeiras lá no Nyah! Fanfiction.
Alguns anos depois que eu aprendi o termo Onna Bugeisha, que é basicamente o que a personagem dessa história é. Sasaki é a primogênita da família e sempre foi rejeitada pela mãe, então resolveu seguir outros caminhos.
Comentei melhor na edição de histórias inacabadas.

O Diário da Escrava Amada

Apenas um grande clássico de Anelândia, junto com o JV.
Temos uma edição exclusiva falando sobre ela por aqui. Trazendo suas inspirações mais aleatórias possíveis.
 
Bem, estas são só algumas das histórias, claro que tem muitas outras mais.

Já tem tanta história, que até a ordem se perdeu

Vieram muitas outras histórias depois que nem faz mais sentido seguir a ordem, até porque a própria autora já a perdeu.
Tenho mais ou menos uma noção de qual foi o tempo em que as escrevi, mas quem realmente antes do quê, eu realmente perdi.
Histórias curtas, livros maiores, os contos/oneshots; já veio tanta coisa depois que até conta de quantas são eu já perdi.
Eu amava usar ordem nos primeiros vídeos do Contos Anê, naqueles que falava sobre um mesmo tópico de todas. Agora, se eu for fazer isso, vai dar é uma hora de vídeo!

Percebendo a evolução

Outra coisa que é bem possível de se notar com o avançar do tempo é justamente a minha evolução como escritora e o meu amadurecimento de ideias num geral.
As primeiras histórias não conseguiam ser muito desenvolvidas porque eu nem tinha conhecimento para tal, foi algo que adquiri com o tempo.
Claro que a minha escrita ainda não é a perfeição, sempre existe algum ponto a melhorar, mas eu mesma já consigo notar diferenças enormes entre os meus primeiros escritos e como eles foram evoluindo durante os anos, chegando na maneira que eu escrevo hoje.
Alguns outros autores já teriam praticamente queimado todas essas coisas antigas, mas essa autora aqui é besta e gosta de deixar guardado e de vez em quando inventar de ler e fazer até vídeo para o canal.
Vou deixar para vocês aqui, como um extra!







 
Bem, pessoal, é isto! Espero que tenham gostado desta edição do Boletim de Anelândia!
E não esqueçam do lançamento de As Aventuras de Jimmy Wayn - Reviravolta na família, que é amanhã! (E é meu aniversário também!)
Até a próxima!

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Degustação: As Aventuras de Jimmy Wayn - Reviravolta na Família


 As Aventuras de Jimmy Wayn

Reviravolta na Família

 

Prólogo


Aqui é o Jimmy outra vez!
Passei por toda aquela preocupação por causa da Samira. Deu um rolo, uma confusão. Até briguei no colégio. Ganhei o prêmio de ficar em casa. Mas, agora está tudo bem, tudo voltou ao seu normal. Continuo estudando, zoando com a Manada, tocando na banda. E eu e minha namorada? Nunca estivemos melhor! Tão bem que até escrevi uma música para ela, num momento de inspiração: O Soldado e a Deusa. E esta se tornou a segunda música da Riot of Hell.
A banda, depois do show no colégio, está começando a crescer. Já fizemos alguns testes e em breve, quem sabe não lançamos nosso single? Fizemos alguns show em pequenos bares e casas de show. Quem assistiu, aplaudiu bastante. É tão bom quando o nosso trabalho é reconhecido!
Falando em trabalho…
Tiramos um lindo — e mais do que merecido — dez no trabalho de caracterização. Samira gostou tanto daquele vestido que disse que usaria na próxima festa à fantasia que aparecesse e Isabelle concordou com ela. Ela e Píter continuam bem, ainda mais depois do “mêsversário” caliente. Freire e Adriano estão na mesma: encalhados. E Ique nem quer saber de garotas por um tempo, a ex dele lhe deu muita dor de cabeça.
Mas tem duas pessoas da minha família que estão bobas de apaixonadas: Minha mãe e Jin. Meu irmão finalmente se declarou para a menina da sala dele e ela nem pensou duas vezes ao aceitar o pedido de namoro. Minha mãe, depois de anos, resolveu recomeçar a vida amorosa. Essa semana irá apresentar o namorado dela para a gente.
E nós, os filhos, esperamos que seja um cara legal e que ele goste de adolescentes.


Capítulo 1 – O namorado da mamãe

Hoje é sexta-feira. Tão feliz! Hoje também vamos conhecer o namorado da minha mãe. Eu e meus irmãos estamos ansiosos, afinal ele pode ser nosso futuro padrasto. Mamãe organizou um jantar especialmente para apresentá-lo. E o prato será o preferido dele, o que não muda nada, pois eu não sei qual é!
Tive aula normalmente hoje, os trabalhos de grupo deram uma parada. E, como sempre, após o colégio , ocorreu o ensaio da Riot of Hell. Estamos nos preparando para mais um teste e desta vez é tão importante que estamos com mais de um mês de antecedência. Começamos o ensaio puxando para o lado do rock, com Samira no vocal (e meus dedos sangrando). E ela quis começar logo com Trickster da Nana Mizuki. Não sei o que dá na Samira, mas quando ela canta essa música… Fica de um jeito que… Caramba! Eu enlouqueço (E tenho altas fantasias)! Só que eu sou muito bom em disfarçar, por isso, ninguém percebeu. O resto do ensaio foi normal e bem mais fácil para eu me controlar. As duas últimas músicas foram as de nossa autoria. A épica: Porque ele é virgem!; e a mais nova, escrita por mim: O Soldado e a Deusa.
Lembro de quando mostrei a letra para o pessoal… Foi aprovação unânime!
O refrão da música é esse:


“A Deusa que precisa de proteção
é defendida por um capitão
em meio a uma guerra entre os deuses
Ele se esforçará para cumprir
Sua missão
Seu destino
E sua paixão (2x)”


Essa música é inspirada na Samira, mas principalmente (ou literalmente) nos meus sonhos em que sou soldado de Afrodite. E isso é óbvio de se perceber!
Lanchamos todos conversando e imaginando o futuro. Como seriam as capas de CD e os clipes dessas canções. Foi divertido! Após isso, todos partiram. Com exceção de Samira, porque ela ia dormir aqui hoje. A família toda foi se arrumar. Ficamos assistindo televisão esperando o namorado da mamãe chegar. De repente, a campainha tocou e mamãe mandou todos se levantarem. Ela atendeu a porta, do outro lado, estava um homem, parecia um pouco mais velho que ela, com uns fios já grisalhos no cabelo. Ele falou:
— Kimmy, querida!
Sim! Kimmy é o nome da minha mãe.
— Kauã! Que bom que chegou.
Então, olhou para nós.
— Se apresentem. — mamãe pediu
Cumprimos as ordens dela e Kauã respondeu com “muito prazer!” e disse a minha mãe que éramos lindos como ela. Sentamo-nos à mesa e Kimmy foi pegar a comida. Enquanto isso, ele puxou assunto conosco:
— Sua mãe só me falava de vocês, como são filhos maravilhosos!
— Obrigada! Faço o meu melhor. — disse Aya, se gabando — E você, de onde conhece a mamãe?
— Nós estudamos juntos no colégio e acabou que nos reencontramos no trabalho.
— Que legal, vocês trabalham juntos! — disse Jin
— Sim! E também tivemos os mesmos problemas na vida amorosa.
— Como assim? — perguntei eu
— Eu também sou separado. Mas diferente da sua mãe, não tenho filhos.
E ela chegou com a refeição. Era lasanha (Esse cara tem um bom apetite!)! Comemos e fomos fazendo o interrogatório reciprocamente. Fazendo serviço de investigação para o devido serviço de aprovação. Nós contamos sobre a infância e o colégio. Já ele ficou lembrando da época que estudava com a minha mãe. E nem preciso dizer que a lasanha estava uma delícia. Torno as palavras de Kauã as minhas:
— Nossa, Kimmy! Você sabe mesmo fazer lasanha.
Também contamos sobre nossa banda e sobre sermos otakus. Kauã parecia muito empolgado e animado ouvindo sobre nós. Após o jantar, todos foram jogar vídeo game. Durante as rodadas das partidas, eu e Kauã nos sentamos nos sofá. Ele resolveu ter um papo-cabeça comigo e elogiar minha namorada.
— Sua namorada é muito bonita!
— Obrigado!
— Sua mãe disse que vocês já…
— Não acredito que ela te contou isso!
— Não tem nada demais nisso. E posso te dar um conselho?
— Claro, pode falar.
— Tenha muito cuidado e sempre use camisinha, hein rapaz!
— Pode deixar, tomo muito cuidado.
— Assim espero.
E voltamos a prestar atenção no jogo. Depois descobri que ele disse a mesma coisa ao Jin.
Não demorou até que ele fosse embora. E quem partiu para o interrogatório foi a Sra. Kimmy, mas perguntando o que achamos dele. Aya disse que o achou muito simpático e bonito. Samira concordou com ela e acrescentou que ele era divertido. Já eu e Jin dissemos que ele parecia ser uma boa pessoa e realmente sentia algo por minha mãe. Só reclamamos dela ter contado sobre nossa intimidade a ele, o que levou ao “conselho”. Mamãe riu e falou que conversava bastante com ele e achava certo contar esse tipo de coisa.
Na boa, quase nós batemos nela (no sentido figurado). A sorte é que o Kauã agiu normalmente com a situação. Com outras pessoas, poderia haver a reprovação e o repreendimento. Após essa conversa, todos foram se arrumar para dormir.
Samira tomou banho na minha frente e ficou me esperando no quarto. Durante o banho, o “Trickster” veio à minha mente. Ainda bem que vou colocá-lo em ação! Cheguei no quarto tinindo e já fui para cima dela. Apesar do meu desespero (e fogosidade), não me esquecia da minha responsabilidade. Abri a gaveta da cômoda ao lado da cama, onde guardo as camisinhas. E tive uma surpresa: não tinha nenhuma. Vou ter que contentar apenas com a minha fantasia. Fiz uma careta triste e Samira perguntou:
— O que foi, amor?
— Não vamos poder fazer. Não tem camisinha.
Como eu conheço a minha namorada, sei que ela também ficou triste. Nós queríamos aquilo. Ela olhou para mim e disse:
— Não tem problema! Fazemos sem mesmo, eu tomo remédio.
— Tem certeza?
— Certeza!
Sendo assim, parti para o ataque. Quando acabamos falei para Samira:
— Eu compro o remédio para você amanhã. E vou ver você tomando.
— Por que você fica preocupado assim comigo?
— Samira, você sabe.
E beije-lhe a testa e dormimos. Afinal, tínhamos um ensaio puxado no dia seguinte.


Capítulo 2 – Ensaio de sábado

Samira e eu acordamos, tomamos banho, fomos à farmácia e compramos o remédio (Sim, a pílula do dia seguinte). Voltamos para casa e a vi tomar o remédio, como prometi. Eu sinceramente espero que não aconteça nada, se é que me entendem.
Não demorou muito até o pessoal da banda chegar. Fomos à garagem e tivemos um excelente ensaio, já que aos sábados são os mais relax. Em seguida: o famoso lanche. O líder chamou a todos, precisávamos conversar e resolver algumas coisas sobre o nosso teste daqui um mês.
— Pessoal, temos que decidir a música que cantaremos no teste e também quem poderá nos levar até o lugar. É um pouco longe e temos que levar os instrumentos.
A maioria começou a concordar em cantar “Porque ele é virgem”. Mas, meu irmão levantou a mão, queria silêncio para ser ouvido.
— Acho que devemos cantar a nossa nova música: O Soldado e a Deusa. Ela é muito boa!
Começaram a reclamar e disseram que tinha que ser o nosso épico e porque sim! Eu não tinha opinado até o momento, fiquei pensando no que o meu irmão falou. Sabe, em todos os testes que fizemos, que não foram muitos, cantamos esta música. Temos que fazer diferente! Eu levantei a mão e o silêncio se fez:
— Eu concordo com o Jin. Acho que podemos tocar a nossa música nova…
Fui interrompido pela seguinte frase:
— Você está puxando pro seu lado. Escreveu a música e a outra é referência a você. Não está querendo ser zoado!
Soltei um suspiro e falei:
— Não é isso! Não me deixaram terminar. Em todos os testes até agora, nós cantamos “Porque ele é virgem!”. Dessa vez, façamos algo diferente.
— Tá ai, concordo com o Jimmy. - disse o líder, me dando uma moral
Nesse momento, todos colocaram a cabeça para funcionar e começaram a concordar com o que eu disse. No fim, decidimos que tocaremos “O Soldado e a Deusa”.
Quanto ao outro ponto, um pai de um dos membros da banda tem uma van que cabe tudo: nós e os instrumentos. Ele só veria se o pai estaria de folga no dia. Porém, era certo que nos levaria sem reclamar. É um fã da banda! Após isso, quem tinha que ir embora foi. Ficou só a família (Samira é família, tá?). Sentamo-nos na sala e ficamos jogando vídeo game. No sábado não havia muita coisa para fazer além de ficar à toa e zoando. Mais tarde, eu levei Samira para casa. Ao voltar, Jin veio falar comigo.
— Fez sem camisinha ontem?
— Sim. Tinha acabado.
— Era só ir me pedir, gênio. Tô com umas sobrando!
— Eu estava no auge do momento, não ia bater daquele jeito no seu quarto.
— Confira isso antes da próxima vez.
— Sim, sim!
— Samira tomou a pílula?
— Sim. Ela mesma disse que tomaria. E eu vi!
— Pelo menos você é responsável, irmão. Tem uma menina na minha sala que está grávida, não teve cuidado.
— Espero que isso não aconteça comigo e com a Samira.
— E se acontecer?
— Vou ter que me conformar e aceitar, né?
Jin riu e concordou, mas disse que esqueci a parte do amor. Retruquei e disse que isso seria o que sentiria com a possível descoberta. Meu irmão, assim como eu e Samira, esperava que não acontecesse nada.

quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Boletim de Anelândia: #28 - A eterna criança (Autores que têm contato com sua criança interior sempre)

 

Olá, pessoal!
Sejam bem-vindos a mais uma edição do Boletim de Anelândia!
Cá estou hoje para falar sobre um tema relacionado um pouco com a edição anterior, sobre o processo de escrita, criatividade e estar em contato com a infância.
São sobre coisas que eu já ouvi falar nessas minhas andanças de internet e tem realmente algumas que eu acabo concordando e quero falar sobre ela hoje.
Então, bora lá!

Pessoas artistas têm uma criança interior que nunca abandonam

Não lembro exatamente onde vi, mas pessoas que trabalham com arte acabam por ter um contato um pouco maior com a sua criança anterior ou até com a sua infância.
É aquela criança sonhadora e que ajuda a manter a inspiração, a vontade, a disposição, o fluxo de ideias e diversas outras coisas.
Toda pessoa artista tem uma grande criança dentro de si mesmo, aquela que se empolga e ama fazer o que faz, seja cantar, dançar, desenhar, escrever… Independente da atividade.
Talvez seja porque é uma época em que temos muitas emoções e estamos aprendendo com todas elas e vamos apenas experimentar e vivenciando e sonhando e construindo… E trabalhar com arte é justamente isso: Vivenciar, testar, sonhar, construir.
Também é a fase em temos maior imaginação e essa também é uma parte integral da arte.
Em resumo, todos nós artistas somos crianças interiores realizando as próprias vontades sempre!
Claro que nem sempre isso acontece por se ter uma boa infância, mas para consolar aquela mesma criança que você foi um dia!

Eu sempre abraço a minha criança interior

Ironicamente, como vocês bem sabem - ou não - meu começo de escrita foi justamente por fuga. (Mas quero falar com mais detalhes sobre isso numa edição especial ainda neste ano!) Fuga de muitas coisas e a vontade de voltar para uma época mais fácil e onde eu era feliz. Realmente, tive uma transição bem complicada da infância para adolescência e sofri bastante e foi neste momento em que meu primeiro livro nasceu.
Como sempre falo, era só uma brincadeira e hobby de criança, mas que foi evoluindo e crescendo junto comigo, quando quis que isso fosse algo que queria fazer como profissão (não a minha principal, porque no Brasil isso é uma raridade).
Porém, toda vez eu me recordo daquela pequena Anelise, acuada e assustada, com tantas preocupações na cabeça e o meu eu adulta só tem vontade de abraçá-la e dizer que tudo vai ficar bem e que vai dar tudo certo!
E aqui entra uma versão minha que eu descobri há pouco mais de dois anos, se minhas contas não estiverem falhas!
Eis a “adulta saudável”!
Em muitos momentos durante o meu processo de escrita - e de ter que lidar com outras situações - eu preciso acessar esta versão, para poder me manter centrada e até controlar um pouco e também acolher a minha versão infantil. Enquanto uma fica super empolgada e animada com cada uma das histórias - a infantil - a outra tem que dar uma segurada e ser mais pé no chão e seguir com o ar profissional, mas sem esquecer o lado puro que o processo envolve.
A adulta abraça também em momentos mais tristes e até frustrantes, dando até um pouco de sentido e razões em tudo isso, nessa ideia maluca de querer contar e escrever as próprias histórias.
Eu sempre falo isso, mas eu realmente sou a primeira leitora do livro e a ela quem eu tenho que agradar, enquanto a adulta precisa cuidar do planejamento, já que a criança fica empolgada pensando em cenas de uns vinte capítulos na frente.
Sei que parece confuso, mas é um equilíbrio que eu aprendi e que funciona para mim!

A versão minha que sempre abraça a mais nova!


E tem algo errado em ser “tão infantil”?

Talvez, na visão de alguns, esse aspecto que comentei na edição de hoje seja apenas uma grande maluquice e que não tem sinceramente nada a ver com nada.
Mas, ser sonhador, imaginativo, é sim lidar com uma parte mais infantil, com coisas mais simples. É de tudo o que eu falei até agora!
O que sempre complica é que existem algumas regras ou alguns limites que outros - sejam artistas também ou só “pessoas normais” - acabam impondo com base em seus próprios conceitos e valores e acabamos por seguir só para… Sei lá… Ser aceito por eles? Ser aceito e entendido? Mas por quê? E por quem?
Não existem nada de errado nisso! Não tem problema abraçar a criança interior, atendendo a vontades que não pudemos durante a infância, fazendo com que ela finalmente se sinta realizada e feliz… E nós fiquemos também! Afinal, aquela mesma criança somos nós!

As lembranças de tempos mais simples (e de puro caos)!


Meus pequenos aspectos “infantis”

Só para comentar mesmo, vou dizer algumas coisas que eu faço - não diretamente relacionadas com a escrita - mas que são consideradas “infantis”.

Moda Personagem

Essa aqui já foi até motivo, mais de uma vez, para que me mandassem buscar tratamento psicológico!
Tem uma edição exclusiva falando sobre o MP aqui no Boletim de Anelândia, mas resumindo: ele nasceu como mais uma das minhas ideias malucas e simplesmente foi evoluindo para uma versão de cosplay dos meus personagens. Meu eu infantil adora ficar inventando roupa e representando personagem.

Fazer personagem em Dollmaker

Isso aqui só de ler já dá para ter uma ideia.
Como eu nunca tive boas habilidades de desenho e por muito tempo tive a grana curtinha para pagar ilustração, acaba por usar esses dollmakers - especialmente o da Rinmaru (RIP para a lenda) e do Azalleas Dolls - para fazer meus personagens. Ter uma simples ilustração com a aparência deles, até para ajudar na divulgação.

Adoro fazer até eu mesma nestes tipos de "jogos"!

Assistir animação

Até hoje, em pleno 2024, tem gente que diz que animação é só para criança!
Uma das coisas que eu mais amo fazer é ver desenho, especialmente os animes. Já perdi as contas de quantas vezes já sofri um bullying de leves por causa da minha otakice fedida.

Eis a gata surtando por causa de casal de anime since 1992. haha


Bem, pessoal, encerramos por aqui mais um Boletim de Anelândia.
Até a próxima!

segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Boletim de Anelândia: Bônus #10 - Capítulo de Mãe de Aluguel (História Inacabada)

 
 
Olá, pessoal!
Bem-vindos a mais uma edição bônus do Boletim de Anelândia!
Trago hoje a vocês o capítulo de uma história perdido, que deve ser de 2018, que eu dei o nome provisório de Mãe de Aluguel. Mas, é basicamente sobre uma mulher que é barriga de aluguel numa época medieval.
A ideia era para ser uma história curta, de poucos capítulos, mas eu escrevi o prólogo e o uma parte do primeiro capítulo…
Quem sabe numa outra edição bônus não traga o outro capítulo incompleto!

Deixando, de curiosidade, a capa bem simples que eu fiz na época!
 
 

Prólogo - Um herdeiro para o trono

Aqui estou eu, numa carruagem rumo ao castelo. Fui convocada por suas majestades, recomendada por uma outra nobre que gostou dos meus serviços.
E tem menos de três meses que eu tive o último bebê. É sempre assim! Todos os anos estou grávida, estou carregando uma criança que no final de tudo não será minha, mas sim de quem está me pagando para tê-la. Sou uma Ama de barriga, se é que se pode chamar assim. Eu tenho filhos de mulheres que não podem, carrego filhos de mulheres que não foram abençoadas com graça de prover uma vida dentro de si.
Eu sigo os passos da minha mãe. Na minha infância, sempre a via grávida e pensava que teria um irmãozinho como as outras crianças, mas não. Sempre vinha uma pessoa para buscar meu “irmãozinho” e uns meses depois, lá estava ela novamente com o estômago alto por conta de outro bebê a caminho. Era um ciclo sem fim! Era assim desde que papai morreu e isso é uma lembrança muito remota na minha mente. Ela precisava nos sustentar e foi dessa forma que conseguiu. E claro, ela me ensinou o seu ofício, assim que me tornei mulher. E quando ela já não mais podia, quem nos sustentava era eu. Tenho muitos irmãos e filhos perdidos por este reino.
E foi pelo mesmo motivo que o Rei e a Rainha me chamaram. Há anos, eles tentam ter um herdeiro para o trono, mas a Rainha é infértil, então, resolveram me chamar. Tudo em segredo! Fui recebida por um dos empregados do Rei:
-Bom dia, senhorita Mary Bash. As majestades já a esperam. Eu sou Emil Madani, sou guarda-costas real. Acompanhe-me.
Agradeci e o segui. O Castelo era bem maior do que parecia quando visto da cidade. Grandes colunas com o estandarte da família real estendido, nas cores vermelha e dourada. Eles me aguardavam no gabinete do Rei, o mesmo lugar onde ele provavelmente traça suas estratégias de guerra, pois vi uma quantidade enorme de mapas quando adentrei a sala.
- Majestades, aqui está a moça. – me introduziu – Com licença.
- Obrigado, Emil. – agradeceu o Rei
Na sala havia, além do Rei e da Rainha, outro homem que não faço ideia de quem seja.
- Sente-se, querida. – disse a Rainha, que trajava um belo vestido e a sua coroa – Eu sou a Rainha Gorana Lakhdar e este é meu marido, Rei Igor Lakhdar. E aquele é o conselheiro real: Mirko Bacri.
Fiz o que ela me pediu e o Rei começou a falar:
- Temos um assunto importante para tratar. Eu e minha esposa desejamos um herdeiro para o trono real, mas o médico real já disse que ela não é capaz de gerar uma criança. Porém, os súditos não sabem disso. Então, a Lady Rebecca lhe recomendou, pois recentemente teve um filho que proveio de seu ventre.
- Sim, tem poucos meses que tive o herdeiro de Lady Rebecca. Meu corpo já está mais do que pronto para receber o herdeiro real. Minhas regras já retornaram. – apesar de ser algo até íntimo demais para outras mulheres, eu já estava acostumada a falar sobre isso, era um detalhe importante para meus clientes
- Excelente. Mas, temos um pequeno plano. – disse o conselheiro – Sua gravidez passará despercebida, pois fingiremos que a Rainha está grávida.
- Entendi. Não será a primeira vez que farei isso. Só preciso saber quem serão as pessoas de confiança para tudo, especialmente o parto.
- Resolveremos isto tudo no decorrer dos meses. E não se preocupe que terá tudo do bom e do melhor e receberá uma boa recompensa pelo que está fazendo por nós. – completou o Rei
- Já preparamos seus aposentos num canto mais afastado do palácio. Emil lhe levará. Contudo, você já passará esta noite com o Rei, queremos esse bebê o mais breve possível. – a Rainha, dessa vez
- Obrigada! – levantei-me e a Rainha me guiou até a saída
Emil aguardava na porta, com minhas bagagens.
Em outra situação, eu levaria uns dias para aceitar ou até conversaria mais, mas eram os governantes do meu reino, esse trabalho é quase como uma ordem. Eu estou me sentindo estranha pois logo estarei com o herdeiro do reino em meu ventre.

Bem, pessoal, é isto! Espero que tenham gostado!
Quem sabe não aproveito essa ideia para alguma outra história?!
Até a próxima edição!

sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Boletim de Anelândia: #27 - De onde tirar inspiração (Falando sobre algumas das minhas)


Olá, pessoal! Boas-vindas a mais uma edição do Boletim de Anelândia!
Como sempre, gosto de trazer temas interessantes para cá, ainda mais se for falar sobre meus livros ou sobre o simples ato de escrever. Porém, hoje falarei sobre um assunto que talvez seja um cadinho complicado para alguns escritores, mas considero uma coisa que sempre devemos cultivar... A inspiração!
Enfim, sem mais enrolar, bora lá!

Trabalhar com criatividade é... Complicado!

Nós, autores, trabalhamos com a criatividade e bem, ela por si já é bem difícil de lidar. Ter um processo criativo constante é realmente uma construção de hábito, seguindo um passinho de cada vez.
Só que, com a bendita da criatividade, existem dias bons e dias ruins, que também oscilam junto com a qualidade daquilo que acaba por ser produzido junto.
Afinal, todo mundo é ser humano e não uma máquina que sempre é capaz de produzir incansavelmente. Temos uma vida, problemas, questões (que se lidam em terapia) e que acabam por nos atrapalhar, mesmo que não seja a nossa intenção.
Então, a não ser que se tenha realmente muito controle – e autocontrole -, vão ter dias de altos e baixos mesmo, não adianta insistir nos baixos. Invista nos altos e aproveite o fluxo!
Mas, deixo para falar mais sobre a criatividade (e o próprio processo criativo) especificamente numa edição para frente, já que gosto muito deste assunto.
O livro que vai servir um bocadinho de inspiração para a edição da criatividade!
 

Saber o momento de “desligar” e tá tudo bem

Pode até ser controverso para alguns autores, mas às vezes, aquela maluquice de sempre precisar estar produzindo – ainda mais nesse nosso mundo de hoje – pode acabar tanto com a nossa inspiração quanto a nossa criatividade.
Porque mesmo com o compromisso, a obrigação e a responsabilidade, seja com nós mesmos, com os leitores, com o nosso livro e personagens, uma hora a gente acaba mesmo ficando sugado e esgotado.
Mais importante do que saber aproveitar a alta da onda, é saber quando ela acabou e que devemos descansar e esperar pela próxima. Não é ficar na frente do computador, olhando pro teclado, para a tela em branco; para um caderno, uma página em branco, com uma caneta na mão. Isso não é esperar, é forçar! Forçar e obrigar para que tudo o que tiver que ser escrito seja escrita na marra.
Esperar, nesse caso, é realmente parar! Se dar um tempo para descansar... Tanto o corpo, como a mente (principalmente)! Uma cabeça cansada não consegue produzir tão bem quanto uma descansada. Pode até sair alguma coisa, mas a um custo muito pior do que poderia ser se ocorresse uma pausa.
Tirar mesmo algumas horas ou até uns dias – a depender do caso, só você mesmo pode saber – para tirar os pensamentos daquilo que estão causando o desgaste.
Se dar um tempo para respirar é importante sempre! Não tenha vergonha de parar. Como disse lá em cima: Somos humanos e não máquinas, precisamos de descanso.
Sei que parece horrível ter que parar, mas é preciso!
 

Como se manter inspirado então?

Vocês já devem estar assim: Toda sabichona dando conselho e ai? Como que faz para que a inspiração e a criatividade não morram então?
Pode parecer um bicho de sete cabeças - ou melhor, a gente autor adora glamourizar as coisas – mas é bem simples! É só fazer algo que gosta e que te faz bem!
Ouvir música; assistir a um filme ou série; jogar algum jogo; fazer algum trabalho manual... Qualquer coisa que te dê prazer e que seja apenas um hobby!
Pois é, sempre bom ter um hobby, aquela coisinha que você faz sem o compromisso de ser bom, faz apenas para se divertir. (Obs: Cuidado para não serem transformadores de hobby em trabalho viu? Isso não faz bem!)
Ou coisas até mais simples: Tomar um café; fazer um lanche; dar um passeio em algum lugar... Só sair para espairecer, respirar um ar puro, ver o dia, umas plantinhas, fazer um carinho num gato...
Quando entramos em contato com outras atividades e até com o que outras pessoas fizeram, nós conseguimos manter a nossa própria inspiração viva. E quem sabe, fazendo isso durante aquele descanso, ela não acabe voltando assim de repente?
 

Como eu faço para manter a minha inspiração

Bom, eu mantenho minha inspiração fazendo exatamente o que eu falei acima. Aliás, fazendo TUDO mesmo do que eu falei até agora.
Com os meus alguns bons anos nessa coisa de ser autora, sempre me peguei em momentos de grandes bloqueios ou até de loucuras inspiracionais longuíssimas. Os meus próprios altos e baixos, menines!
Confesso que lá no início até me forçava a tentar manter uma produtividade pois sim - são coisas que outros autores (que adoram cagar regra) acabam por fazer – e obviamente acaba ficando tudo uma bela de uma bosta.  Então, quando acontece isso, eu simplesmente aceito e deixo o que estava fazendo para lá e vou distrair a minha cabeça com outra coisa (que falarei mais a frente).
Fico o tempo que for necessário... Podem ser algumas horas ou até dias, mas depois que sinto mais relaxada e até com um bocado da pressão artística (que nem sei explica) já bem distante, que é quando a inspiração acaba por voltar, até com algumas influências do que usei para desligar. Ai, sim, eu vou  escrever de novo!
 

Algumas das minhas inspirações são...

Aproveitando esse espacinho da edição para falar um pouco sobre algumas das coisas que me mantém inspirada e também me servem e muito como inspiração.
 

Música

Essa aqui acredito que seja a maior de todas! Normalmente até durante o meu ato de escrita, costumo tem alguma música no fundo. Ou melhor, eu sou o tipo de pessoa que se vai fazer qualquer coisa, vai pegar deixar uma música tocando, pois sim.
A música é uma excelente distração em diversos momentos, relaxa a mente e te leva a lugares que são capazes de criar muitas coisas.
(Por isso que eu tenho um projeto inteiro inspirado em músicas de uma mesma cantora!)
 

Animes, Dramas Asiáticos e Outras mídias

Qualquer outro tipo de mídia visual e criativa acaba por, ao mesmo tempo, me relaxar e também me servir de inspiração.
Sempre quando sento para assistir algum anime ou drama, estou procurando um momento de diversão sem muito compromisso de pensar. (Lembrando que a cabeça precisa de descanso.)  
 

Artesanato e outros trabalhos manuais

Pode parecer doideira, mas eu simplesmente amo artesanato. Tanto que até alguns dos brindes dos meus livros foram artesanatos feitos por mim – como o filtro dos sonhos da JV.
Desde criança, sempre gostei de pintar e desenhar; aprendi a bordar no início da adolescência; e na pandemia descobri o prazer de fazer lettering (que são desenhos de letras e frases).
Parar por algumas horas e se dedicar a pintar um desenho; fazer o lettering de alguma frase; bordar alguma coisa; são sempre momentos em que entro em contato com outra parte artística minha e a não tão exigente assim.

Bem, pessoal, é isto!
Espero que tenham gostado da edição do Boletim de Anelândia de hoje. Espero que tenha feito sentido alguma coisa que eu falei aqui.
Até a próxima!

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Boletim de Anelândia: #26 - A autora jogadora (Falando sobre minhas personagens do RPG)

 

Olá, pessoal! Boas-vindas a mais uma edição do nosso Boletim de Anelândia.
Hoje trago um tema que é bem comum (talvez) dentro do meu de autores, ainda mais os que costumam escrever fantasia e também jogam RPG de mesa.
É realmente uma ótima maneira de trabalhar histórias e personagens, então, quero falar um pouco sobre isto por aqui!
Bora lá!
 

Como comecei a jogar RPG?

Eu não lembro exatamente o ano, eu chuto que deve ter sido entre 2013/2014. Foi quando esse mundo me foi apresentado, especialmente pelo meu dignissímo (que é uma das tantas maneiras que chamo meu noivo) junto de alguns amigos.
Para quem não conhece, RPG é Role Playing Game, que é um jogo de interpretação de personagens. Temos um mestre que comanda a história e os jogadores que criam personagens para habitar dentro deste mundo, construindo todos juntos aquela história. Claro que tem a parte mais interpretativa e também as partes de batalha, que ai demandam aquele monte de valores e dados sendo jogados... Junto com todo o desespero e nervoso de achar que o personagem vai acabar indo de arrasta.
Já tem uns bons anos que jogo, tive meus altos e baixos com esse “hobby” - digo isso pois passei por uma situação meio chata, que nem cabe falar aqui - porém nunca deixei de gostar, pois é ótimo para jogar entre amigos e dar boas risadas.  
 

Como é jogar RPG sendo escritora?

Aqui que vem um pouco mais da graça da coisa para mim, especialmente como escritora. Nós criamos este personagem do zero, damos uma história de fundo e a mesma vai se desenvolvendo durante as aventuras que acontecem nas sessões.
O contato que vai se construindo com o personagem, pois você fala com a voz dele, interpreta ele, escolhe as ações que ele deve tomar. Mas, é um pouco mais pessoal, pois a responsabilidade de qualquer coisa recai ainda mais sobre você. O que é um pouco diferente de quando se escreve um livro, onde podemos ter uma visão mais passiva dos personagens.
Claro que em muitos momentos, seja desde a construção da ficha até em certos momentos do jogo, acabo cobrando demais a mim mesma... Talvez uma perfeição maluca sobre a forma que o personagem deve ficar, para construir sua história de base (geralmente anterior a aventura) e também de sua personalidade. Acho que aqui fica um pouco dos motivos de ter e afastado disso nos últimos anos. Ainda lembro da mesa em que mestre pediu umas atividades de casa e questionário enorme sobre os personagens. (Isso sem contar a forma que a mesa terminou, prefiro nem comentar!)
Só retornei porque um grupo de amigos de um primo de dignissímo quis se juntar para jogar (primeira vez da maioria deles) e acabou que fui simplesmente jogada dentro do grupo. Ainda estou me reencontrando com isso, pois como disse antes, acabo me cobrando demais em algumas situações.
Apesar disso tudo, ainda tenho um carinho enorme por todas as personagens com as quais já joguei e uma dor enorme que tecnicamente nenhuma das histórias dela teve um real final. Mas, eu conto sobre isso mais lá para frente!
 

Algumas das minhas personagens...

E obviamente, vou falar e apresentar um pouco sobre as minhas várias personagens de RPG. Todas elas têm um cantinho especial no meu coração e em Anelândia também!
 

Calliope

Essa daqui pode ser conhecida por alguns por causa do conto que saiu sobre ela, que eu lancei no final de 2021.
Calliope é uma feiticeira e medusa, que se perdeu da mãe e acabou se encontrando com o grupo disfuncional daquela mesa e quase morria em todas as vezes possíveis... Até aprender a tão sonhada bola de fogo!

Amélia Scarlet

Esta daqui é uma personagem que eu criei para jogar Vampiro: a máscara, joguei uma mesa teste com dignissimo, para poder aprender o sistema (que não é fácil) e a mesa nunca foi para frente.
Eu tinha criado uma história de fundo tão legal para ela e fiquei triste de que não ia poder usar, por isso acabei escrevendo o conto sobre a história dela, que é Acensão de uma Scarlet. (Dos meus áureos tempos de Nyah!) 
 

Anabel Oliveira

Essa é a única de uma mesa que não tinha temática medieval, mas era sobre delinquentes escolares japoneses, em resumo. A maioria acabou criando um personagem japonês e eu fui com uma brasileira, pois sim!
A criação dela foi até engraçada, pois eu fiz o caminho inverso do que costumo fazer... Primeiro eu procurei uma imagem de base para a aparência dela e só depois, com muito custo da minha cabeça, onde eu misturei Pride e os escambau. Ai, nasceu este ícone de personagem! (Que tinha acessos de raiva igual a mim!)
 

Amélie

Essa é muito querida e estimada por mim, mas a mesa que eu jogava com ela era um bocado maçante por uma falta de ritmo. Digamos que essa mesa era paralela à mesa da Calliope, pois eram os mesmos jogadores, só que com outras classes.
Para vocês terem uma ideia eu tenho o costume de jogar de classe de magia, mas a Amélie foi a primeira vez que eu joguei com personagem de porrada. Haha Ela era ferreira e também dobradora de terra e metal, o que dava um jeito todo especial para a personagem.
Eu tenho um conto de origem dela escrito e guardado, quem sabe não bote para jogo né?
Alias, para os bons catadores de referência: ela aparece no conto da Calliope.
 

Agnes

Essa daqui é da última mesa que estamos jogando... Foi a personagem NPC que fazia casal com o do meu dignissímo. Na real, ela surgiu até antes, numa sessão especial que fizemos com o filho de um amigo. Ela é basicamente uma druida e vegana, o que rende muitas brigas dela com o marido, extremamente carnívoro.
Essa eu não cheguei a desenvolver tanto, porque joguei muito pouco com ela!

Elel Eise

Ainda da mesma mesa e ironicamente é a minha personagem nas tirinhas da editora. Com a sua história um pouco inspirada na Frieren, sendo que a diferença está em ela ser meio-elfa. Mas, a Eise é praticamente uma arqueóloga de magias, sempre em busca das origens de cada uma das magias antigas e perdidas. Acompanhada de seu grimório com um olho esquisito, seu guarda-costas e claro, sua falta de senso. 

 

A vontade de contar mais história delas

Agora vocês devem estar se perguntando: Como assim, as personagens não tiveram final? Elas morreram?
E eu respondo: Não. Na verdade o que rolou foi a maldição do RPG. Ou seja, a mesa começava e ela ia esfriando e esfriando, até um dia simplesmente terminava. Seja porque os jogadores cansavam ou acontecia uma briga no grupo ou o próprio mestre desistia. Eram muitas razões!
Acho que isso seja uma coisa comum com quem jogo RPG, pelas situações da vida não tem como conseguir marcar nem que seja uma vez por mês para jogar.
E ai, fica aqui eu, a pobre e coitada da escritora, que cria as coisas e elas não acabam indo para frente. Eu fico me coçando para contar mais sobre essas personagens, para eu mesma e os leitores descobrirem mais sobre elas.
Eu simplesmente não aceito que seja um fim tão trágico... Na verdade, é só uma pausa longa e eterna demais para a minha mente imaginativa.
Foi por conta disso que escrevi os contos sobre Amélia Scarlet e a Calliope. Não podia deixar personagens tão legais perdidas e guardadas numa simples mesa de RPG.
Ainda tenho a vontade de escrever as histórias das tantas outras que eu já joguei, fazendo disso um projeto bastante especial.
Eu vendo que todas as mesas que já joguei tiveram esse trágico fim!
 

Caminho Inverso: Shigure

 E olha a ironia, uma personagem que eu já tinha (e é conhecida, com certeza) e converti para o RPG. Sim, é ela, nossa heroína Shigure. Haha
Peguei a versão dela do conto “Shigure, a Super Gata” e transformei para colocar como personagem numa mesa de Mutantes e Malfeitores, que é justamente com essa temática de super heróis e poderes, que são a cara dela.
Jogamos umas duas mesas, mas foi bastante divertido e até diferente, pois eu conheço a Shigure muito bem e eu simplesmente amei ser a Super Gata.
Mas, no final, a mesa não foi para frente. Só que dessa vez, tudo bem!

Bem, pessoal, é isto!
Espero que tenham gostado de conhecer mais sobre minhas personagens de RPG, que é uma coisa que realmente gosto muito e creio que outros autores deveriam experimentar.
Até o próximo Boletim de Anelândia!

quarta-feira, 31 de julho de 2024

Boletim de Anelândia: #25 - Músicas que escrevi para meus livros (Edição especial)


 
Olá, pessoal!
Boas-vindas a mais um “Boletim de Anelândia” e numa edição mais do que especial, pois este é o nosso número 25! *Todos comemora*
E nada mais justo do que falar sobre uns detalhes super especiais dos meus livros - até porque a newsletter tá aqui para isso: as músicas que eu já escrevi para alguns livros meus.
Então, sem mais enrolar... Bora começar!

De onde veio essa ideia maluca de escrever músicas?

Uma coisa é fato: Música é uma das coisas que mais permeia a minha vida. Tanto que em vários momentos – inclusive quando estou escrevendo – acabo por colocar alguma coisa.
Quando era mais nova e até mais criativa e pensava nas minhas histórias quase como uns animes que eu escrevia. (Meu sonho de princesa é receber adaptação de alguma obra minha em versão animada!) Então, era óbvio que o eu adolescente pensava nas aberturas e encerramentos dos benditos. Inclusive, chegava a ter até insert song/chara song (bem otaka fã de seiyuu essa ideia).
Depois de uns anos que as músicas se tornaram mais um recurso narrativo do que qualquer outra coisa. Assim como outros aspectos da minha escrita, ela também evoluiu.  

Algumas delas são...

Mirror Magic (As Super Agentes)

Um hit clássico dentro das terras de Anelândia (brincadeiras à parte). A minha ideia é essa música ser um feat entre a Amélia e a cantora pop Cammy (nome a mudar). Até porque as gatas são bem parecidas e como agente acaba fazendo de tudo um pouco, a nossa Amélia faz ponta de cantora.

Eis um trecho:
"Você consegue ser diferente?
Se olhando no espelho, todo dia
e sempre ver a mesma expressão cansada
Cansada da mesmice
Do mundo, das pessoas, das coisas
Tudo é tão vazio
que este vazio se reflete no seu espelho".

Liberte a Diva em Você (As Super Agentes) 

Outro clássico atemporal em Anelândia! Digamos que essa é a música de debut de nossa queria Cammy, onde a ideia é sobre aquilo que toda adolescente já fez: botou música alta no quarto (ou outro ambiente) e se imaginou cantando num show, até com a escova como microfone.

Eis o trecho:
"Corre, coloca uma roupa
se enfeita toda
Prepara a sala para o seu show
Arrasta coisas aqui e lá.
Escolhe uma música
A escova é o microfone!
É hora!"  

Caído na Magia (MB)

Apenas clássicos nesta edição sobre músicas. A ideia desta é ser a música de abertura do possível (um sonho distante) anime de Mago Belo, onde o menino Dimitri conta sobre como simplesmente do nada ele caiu no mundo mágico.

Eis um trechinho:
"Um dia desses, podia-se dizer
entre aspas: "que eu era normal"
Mas um dia, no meio de um temporal
um raio me atingiu e quando acordei
estava num mundo maluco e bizarro"


Garota Alaranjada (Guilty Angels)

Um mais recente, mas nem por isso menos icônico. Esta é da história que escrevia com minha amiga e leitora Ingrid. Ela é uma homenagem do Niels (o protagonista que eu escrevia) para a Shayera (a personagem que ela escrevia), como o encontro dos dois fez a inspiração
 do garoto voltar.

Um trecho para deleite:
"Andava triste e sozinho
Guardava tudo para mim
Sentimentos selados e agoniantes
Me torturavam diariamente
Eu não tinha inspiração
Não tinha vontade para nada
Pensava em quanto tempo mais iria suportar
Pensava em desistir, deixar tudo para lá
Não havia caminho para seguir"


Claro que tem outras tantas, não vou falar sobre todas para não deixar aqui extenso demais!

 

Um livro onde músicas são importantes...

Apesar de alguns livros meus terem músicas, apenas em uma das minhas histórias ela tem realmente um grande papel, seja para os personagens ou para a história em si. Sim, estou falando de As Aventuras de Jimmy Wayn, onde temos a banda Riot of Hell e eles, de vez em quando ousam escrever algumas músicas.

São elas...

Porque ele é virgem (JV1)

Obviamente, a música que é apenas um resumo da vida do pobre Jimmy. Sabemos que a piada e a zoação foram longe demais... Ainda bem que a situação muda.  

Um trecho:
"Para os garotos virgindade é ruim
É por isso que a perdem mais cedo
Mas existe um cara
que não quer que seja apenas uma coisa carnal.
Ele quer que seja um dia lembrado
para sempre!
Para isso ele deve tentar
achar a garota
a garota perfeita
a pessoa certa
Mas isso é difícil, difícil demais"

O Soldado e a Deusa (JV2)

Representando tudo o que o menino Jimmy sobrevive no segundo livro, resolve escrever essa música inspirada nos sonhos que ele tem como Samira sendo a Afrodite e ele sendo um soldado dela.

Pequeno trecho:
"A Deusa que precisa de proteção
é defendida por um capitão
em meio a uma guerra entre os deuses
Ele se esforçará para cumprir
Sua missão
Seu destino
E sua paixão"

 

Despedida (JV3)

Não posso comentar tanto sobre, pois é um enorme spoiler de um acontecimento do livro. Mas, essa é escrita pela Samira, como uma homenagem a uma pessoa que ela nunca irá conhecer.
Mas, um trecho em primeira mão para vocês:

"Uma dor tão grande
Nem disse olá e devo dizer adeus
Como se despedir de alguém assim?
Mesmo que não queria, é uma despedida!"


Tem letra, mas num tem melodia...

Pois é, agora vocês devem estar se perguntando: E esse tanto de música? Onde posso ouvir?
Então... Lamento informar, mas elas “todas” só existem completas na minha cabecinha maluca.
Eu não sei tocar um acorde e nem uma nota em nenhum instrumento, quando mais montar uma música inteira.
Até tenho uma ideia dos estilos que cada uma delas tem, mas precisaria da ajuda de outras pessoas para poder transformar em uma música mesmo. Quem sabe um dia, nova edição do JV, não tenho a letra cifrada no final né?
O que vale é que eu já tenho essas letras, então é um passo andando para as outras partes. (Se bem que devem rolar umas adaptações para caber e tal, mas nem sei).
Quem sabe um dia tenha elas bonitas e cheirosas e prontinhas para serem ouvidas pelos leitores.
Enquanto isso, vamos ficando apenas com a montagem das playlists
.
E para fechar a edição, deixo para vocês um vídeo super antigo do canal de autora, onde eu pago mico e dou uma palhinha de algumas das músicas (e de outras) que falei aqui.



 
E estou muito feliz de termos alcançado a marca de 25 edições do Boletim de Anelândia. Aos trancos e barrancos, pós uma pausa de quase um ano, mas seguimos. É sempre muito divertido poder falar sobre meus livros, independente do meio, e também colocar alguns
pensamentos meus para fora.

Obrigada por acompanharem até aqui e espero que fiquem para mais!
Até o próximo “Boletim de Anelândia”!
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