quinta-feira, 25 de julho de 2024

Boletim de Anelândia: #18 - Contos com Aroma de Café (falando da época do Café com Letra)

Publicada Originalmente em 20 de Maio de 2023.

Olá, pessoas! Boas vindas a mais uma edição do Boletim de Anelândia.
Hoje trago a vocês uma lembrança de uma época que carrego com bastante carinho, que era quando participa de um grupo de escrita chamado Café com Letra e muito coisa que amei escrever e amo reescrever são justamente deste período.
Então, bora lá!

O que era o CCL?

O Café com Letra - CCL para íntimos - era um grupo de desafios de escrita, que foi criado por amiga de internet - que depois até conheci pessoalmente, mas perdi contato. Se não engano, eu a conheci nas minhas épocas mais ativas no Nyah Fanficition, então foi lá por 2014, 2015.
A ideia do grupo era produzir uma coletânea mensal de oneshots, com uma temática diferente sempre. Cada autora devia escrever um conto - que é basicamente a mesma coisa - entre 500 a 5mil palavras.
Todos os inícios de mês, nós fazíamos uma votação para escolher o tema daquele mês e depois tinha a decisão do nome específico para a coletânea. E seguindo a ideia do Café, todos os nomes tinham a ver com isso. E bom, tem alguns nomes que eu acho maravilhosos!
Além disso, a gente tinha que interagir, ler as histórias dos amigos e comentar, foi assim inclusive que conheci muitas pessoas que acompanho até hoje e elas me acompanham também.
Apesar de parecer corrido, era bem divertido de participar, porque era sempre um ótimo desafio, especialmente trabalhar as ideias num espaço tão curto de palavras.

Eu descobri que era boa em escrever contos

Pouco antes de começar a fazer parte do grupo, eu não me achava tão boa assim no ato de escrever contos. Participei de algumas antologias antes do surgimento do CCL e bom, não são as melhores coisas que escrevi nessa minha carreira de autora.
No começo, confesso que sentia muito dificuldade de cumprir as temáticas dentro de um espaço tão curto. Porque, até hoje, tem horas que as minhas ideias de histórias vão longe demais.
Mas, como entendo bem, tudo na escrita é uma evolução e um aprendizado e conforme foi passando o tempo e com o decorrer das coletâneas - que era como chamávamos - descobri que era muito boa nessa coisa de escrever oneshot/contos.
Fui aprendendo a ter ideias mais simples e explorar outros tipos de gêneros e escrever sobre coisas que provavelmente eu nunca pensaria.
Foram uns três ou quatro anos produzindo bastantes histórias exclusivamente para as ideias deste grupo, que eram decididas de maneira coletiva, como falei antes.
Então, descobri que era boa em contos e passei a escrevê-los melhor!
 

Eis a autora que mais escreveu para o CCL

Talvez seja até ousadia da minha parte falar que sou a autora que mais escreveu pro CCL, mas é a mais pura verdade. Era mais raro eu não participar do que participar!
Oficialmente, tiveram 32 edições do Café com Letra e eu escrevi em 30. As únicas que não participei foram a de número 23 e 25.

Então, digamos que, se cada oneshot lançada fosse um nível… Eu seria nível 30!
Lembrando que não era obrigação nenhuma participar todos os meses, participava quem queria e quem podia. Eu que era a maluca desembestada que queria participar toda vez, porque acaba tendo ideia e precisava escrever.
Por isso acabei com praticamente 30 contos nas costas!
E pelo tempo de experiência com o CCL, imagino que foi por esse motivo que fiz o projeto de contos do ano passado - que tinha contos com bem mais de 5mil palavras - com o pé nas costas!

Infelizmente, o grupo “acabou”

É aquele ditado: Tudo o que é bom acaba! E infelizmente, este grupo também.
Lá no começo do grupo, a amiga virtual criadora administrou o grupo, passando poucos meses depois essa responsabilidade para duas moderadoras, que ficaram alguns anos. Porém, elas criaram um projeto paralelo só delas e deixaram a moderação.
E foi neste momento em que fui chamada para ser a nova moderadora (isso deve ter sido lá por 2018) e eu aceitei.
Tomei conta do grupo, fazendo as regras de convivência para manter tudo funcionando - e escrever as ones também.
Nesse meio tempo, mudamos até os desafios para períodos bimestrais em vez de mensais. E bem, o grupo foi morrendo aos poucos, porque as pessoas foram fazendo outras coisas e cada nova temática menos pessoas escreviam. Acho que da última coletânea - a 32 - deve ter sido só eu quem escreveu.
E bem, eu comecei a trabalhar em 2019 e o povo já estava me deixando no vácuo no grupo havia um tempo, então, eu até comecei a 33 - perguntando ideias de tema - mas ninguém me respondeu e eu deixei para lá.
Uma pena, pois eu carrego um carinho muito grande por todo mundo que eu conheci lá e todas as coisas que eu escrevi nessa época de 2015-2019.
Um meme só por ter um meme!

Algumas indicações de contos dessa época

Quero deixar para vocês algumas indicações de contos que eu escrevi neste período. Confesso que foi bem difícil de escolher, porque eu real tenho coisas muito boas e se pudesse indicava todas.
Sinceramente, a minha vontade era colocar essas histórias todas num livro, compilado mesmo.
Enfim, vamos às indicações.

Ceci Iara (CCL #2 - Mocacchino)

Com as crises no país, como o desmatamento e a crise hídrica, alguns seres mitológicos brasileiros acabam fugindo para outros locais e passam a viver na cidade grande com os humanos.
Iara adota os dois moleques travessos Curupira e Saci Pererê. Eles passam a viver uma vida pacata em uma cidade do interior. Iara está sem as águas dos rios, os meninos sem as florestas. Todos em eterna fuga.

Meu Pequeno Monstrinho 1 e 2: O Monstro Vampiro (CCL#6 - Descafeinado / CCL#13 - Red Eye)

Quando criança, criei um monstro para ser meu amigo imaginário. Com o passar da minha infância, deixei de vê-lo, porém nunca me esqueci dele. Então, após contar muitas das nossas aventuras ao meu filho, tenho uma surpresa.

Meu editor exigiu-me uma história de Haloween para a edição especial de diversos quadrinhos da editora. E uma casa assombrada da minha infância me deu a ideia perfeita para um conto no universo de As Aventuras de Magus, o Sapocaco.
É a história do Monstro Vampiro.

Shigure, a Super Gata (CCL #7 - Super Café)

Uma felina que nasceu com o dom da fala. Por um bom tempo não tinha entendido o porquê daquilo, até que a cidade precisou de sua ajuda.


A Lenda da Moderna Mulan (CCL #9 - Café da Tarde)

No meu primeiro dia de aula na faculdade conheci uma menina chamada Mulan. E na mesma semana também vi um garoto que frequentava as minhas aulas e ele fazia parte de um clube que é exclusivo para garotos do meu curso. Os dois nunca estavam no mesmo ambiente, mesmo que fizessem as mesmas aulas comigo. Tive que tirar essa história a limpo!

Mirror Magic (CCL #19 - Café com Arte)

Um dia, meu reflexo no espelho quis conversar comigo, mas essa conversa não terminou da forma que eu esperava.
(Inspirado no quadro "Duas Fridas" de Frida Kahlo)


Algum dia... Na Chuva (CCL #28 - Café Pingado)

Um final de tarde chuvoso. Um guarda-chuva dividido por breve caminho. Um história que começa em algum dia... Na chuva.


A Dama e o Forasteiro (CCL #29 - Café Vitoriano)

Numa vila remota na China antiga, uma garota tem que tecer um robe para seu futuro marido, que a escolhera em uma cerimônia. Porém, ela tem a certeza que não será escolhida por ninguém. Faltando poucos dias para a cerimônia, ela ajuda um forasteiro ferido e o hospeda em sua casa até que se cure.

Bem, pessoal, é isto!
Espero que tenham gostado de conhecer um pouquinho sobre umas das minhas fases - porque foi isso mesmo, admito - como autora. Um período de bastantes boas histórias e que me fizeram aprender muito!
Até a próxima edição!

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