sábado, 12 de março de 2022

Capítulo 23 – Escolhendo o destino

 

Depois daquela treta toda, foi bem complicado conseguir dormir e foi mais difícil ainda de levantar. Eu fiquei revendo as cenas de discussão e a do meu soco, especificamente, na minha mente durante boa parte da madrugada. Estava demorando mais do que o normal para o meu sangue esfriar!

O despertador tocou e eu resmunguei sonolento. Não era tão cedo assim, era a metade da manhã, só sairia perto do horário de almoço, pois as sessões seriam à tarde, num parque a alguns bairros de distância. Eram três: Uma de debutante, outra de casamento e a última um ensaio de grávida.

Estipulei a média de uma hora e meia a duas para cada sessão, começando às 12h e indo até às 18h. Três seguidas não é para qualquer um. Sabia que ia chegar moído em casa! Helena até me mandou mensagem durante um dos meus intervalos – ou essa foi a hora que eu vi? - perguntando sobre a viagem, dando as opções de lugares que podemos ir. Adorei as escolhas e fiquei ansioso, pois com essas pequenas coisas sinto que há algo recíproco entre nós e quero muito que essa viagem ajude nisso.

Sim, eu estou com bastantes intenções e também expectativas quanto a essa viagem. Eu não sou perfeito, tá? Não é querendo pressionar e nem forçar a Helena a gostar de mim, mas, desde sempre, eu fico nervoso sobre saber o que as garotas sentem ou pensam de mim. Enfim, são meus traumas – se é que posso usar esta palavra – de adolescência que ainda tento arrancar de mim.

Decidimos ver os pormenores com mais calma depois do meu trabalho e do dela. Mas, bem provável de irmos a um local de praia, acho que vai combinar mais com a Helena. E… Podemos ter fotos de biquíni.

Terminei as últimas fotos com o último resto de ânimo do meu ser. Apesar da correria, o trabalho foi divertido e gratificante. Os clientes relaxaram e aproveitaram os momentos e consegui tirar fotos maravilhosas e espontâneas.

Peguei o transporte de volta para o condomínio e vim distraído no celular, olhando as minhas redes sociais e vendo o quanto meu engajamento aumentou desde aquela primeira sessão de fotos. O “boom” das fotos e da quantidade exorbitante de likes já passara, porém uma parte das pessoas novas que chegaram estavam bem ativas, sempre comentando e curtindo. Isso me deixa bastante feliz! É tão bom quando reconhecem o seu trabalho!

Não demorou muito e desci no ponto que tem próximo ao prédio. Caminhei um pouco e finalmente cheguei, indo direto para o meu bloco e o meu andar, mas ao apartamento da Helena. Bati na porta e logo ela atendeu, sorrindo:

- Achei que ia demorar mais, o trânsito estava bom hoje?

- Sim! Praticamente sem engarrafamento, o que é bem estranho para este horário. - falei entrando e tirando os sapatos, colocando as bolsas no canto próximo a entrada

- Está com fome? É que ainda vou preparar o nosso jantar.

- Um pouco, só lanchei no meio da tarde. Na verdade, eu queria tomar um banho, será que posso? Estou cansado.

- Cansado para atravessar o corredor?! - e riu – Tudo bem! Vou pegar uma toalha para você. E sua roupa? Não vai ficar com essa né?

- Será que você pode pegar para mim? - estendi a chave

- Seu abusado! - pôs as mãos na cintura – Tá bom!

Conforme disse, ela pegou uma toalha limpa para mim. Entrei embaixo do chuveiro e senti a água gelada relaxar todos os meus músculos. Logo Helena voltou trazendo minha roupa. Agradeci. Terminei de me banhar e sai parcialmente revigorado, o resto seria quando fosse dormir.

Sai secando o cabelo e Helena estava sentada no seu escritório, com o notebook em cima da mesa. Ela parecia procurar um lugar legal para a gente se hospedar.

- Encontrou alguma casa legal para ficarmos? - indaguei e ela praticamente pulou da cadeira e eu ri, pois nem era minha intenção assustá-la

- Precisamos decidir em que lugar ir primeiro. Mas, como comentou que achava melhor praia, separei as casas na praia. Pega uma cadeira na sala para que possamos ver isso.

Fiz conforme ela disse e logo foi me mostrando os lugares que encontrou. Todos os lugares eram belíssimos, eram em casas mais afastadas, porém não completamente isoladas, o que poderia ser um problema para o nosso projeto. Não quis comentar nada sobre isso no começo, pois ela parecia bem animada com tudo o que encontrou. Só que Helena ficou puta com meu silêncio e me cobrou uma posição:

- Fala alguma coisa, Gustavo. Esse seu silêncio está acabando comigo! Gostou de algum lugar?

- Gostei de todos, na verdade. Já até consegui imaginar onde podemos fazer as fotos, porém tem uma coisa que está na minha cabeça…

- E o que seria? - perguntou olhando para mim

- Não são lugares tão privados quanto a gente gostaria. Tem algumas casas aí por volta, dá para ver em algumas das fotos.

- Também pensei nisso. E foi por isso que achei este lugar aqui. - e trocou a aba do navegador – Esta casa isolada que fica a quarenta minutos da cidade e tem uma praia privada.

As imagens passando em repetição mostravam uma casa rústica, pequena, mas aconchegante. Era um pouco maior que uma quitinete na cidade, mas o suficiente para nós dois e o nosso orçamento pequeno – mais por minha culpa do que por ela. A praia privada ficava à frente da casa, segundo o anúncio. Olhei aquelas imagens e eu já conseguia imaginar todas as fotos que tiraria naquele lugar.

Acho que meus olhinhos brilharam, porque a Helena riu e comentou:

- Eu também fiquei assim quando vi este lugar. É perfeito né?

- Mais que perfeito!

- Só preciso saber da sua disponibilidade, sr. fotógrafo ocupado.

- Essa semana estou bem atribulado, mas não fechei o cronograma da próxima semana. Posso deixar a sexta e quinta livres para irmos durante o final de semana. Que tal?

- Perfeito! Vou reservar agora mesmo para o próximo final de semana.

- Excelente!

Helena fez todo o processo de reserva e sorte que tinha vaga pros dias que queríamos, porque ao que parece o lugar é bastante concorrido. E assim, a nossa viagem estava marcada.

- Agora, com isso resolvido, preciso fazer o jantar. Me ajuda?

- Claro!

Seguimos para a cozinha e ela preparou nossa comida, que nem era algo tão elaborado. 

Logo nos alimentamos, limpamos tudo e ficamos no sofá assistindo a um filme qualquer. Helena se esfregou e se agarrou um pouco demais em mim, com claras segundas, terceiras e até quartas intenções. Querer eu também queria, mas eu tava só o pó.

- H, eu tô moído do trabalho hoje.

- Eu sei! Você pode ficar quietinho que eu faço tudo.

- Já que é assim… Como posso recusar? - e ri

Assim ela me beijou e subiu no meu colo. Começamos os amassos ali mesmo no sofá. Peça por peça de nossas roupas foram ficando espalhadas pela sala enquanto a gente não conseguia se desgrudar. E involuntariamente, minhas mãos apertavam várias partes do corpo dela. As coxas, os seios, a barriga.

Logo descemos para o chão, comigo deitado e ela por cima. Ironicamente, quem ficou pelado primeiro fui eu dessa vez. Fez um oral em mim, bem do jeito que eu gosto, dando leves mordidas inclusive. Sentia calafrios subindo pela minha espinha e não estava acontecendo nada demais, talvez fosse meu cansaço querendo que aquilo acabasse logo. Não que não estivesse gostando, nada disso. Quando estava no ponto pra gozar, falei com Helena:

- H, para senão vou gozar e não quero que acabe. Quero você!

Assim que ouviu minha voz, ela já tinha parado, o que me deu tempo para respirar e aguentar um pouco mais ao menos. Foi buscar a camisinha no quarto. Eu mesmo coloquei, enquanto ela tirava a calcinha. Em seguida, encaixou meu membro dentro dela e começou o movimento.

Eu tinha uma visão privilegiada, vendo todo o contorno da cintura e dos seios da Helena, os cabelos caídos sob os ombros, aqueles olhos bem na minha direção e uma leve mordida nos lábios para segurar o tesão. Além de toda a sensação me arrepiando por completo. Sabia que não ia aguentar muito, tava foda!

Respirei fundo para tentar segurar nem que fosse mais um minuto, mas não deu, acabei gozando ao soltar um gemido baixo. Helena protestou:

- Já? Foi rápido hoje.

- Eu disse que estava cansado. Desculpa!

- Tudo bem. - sorriu – Vou te dar essa moral hoje! Até porque a gente vai ter bastante tempo na viagem para isso.

Helena saiu de cima de mim, tomei outro banho, desta vez junto com ela e fui para casa, porque tanto eu quanto ela iríamos trabalhar no dia seguinte.

Assim começamos a contagem regressiva para a nossa viagem!

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